Algumas destas análises não deixam de ser engraçadas e o curioso é que quase todas permitem concluir que a Russia chegou ao ponto em que depende completamente do cor-de-laranja.
Um discurso do Trump e o pessoal do Partido Comunista fica completamente excitado, achando que o que Trumo diz, de repente virou lei.
Porque Trump acha que a guerra da Ucrânia é um disparate, isso não implica que os países da Europa, especialmente os que têm uma fronteira comum com a Russia ou com o satélite do Lukashenko, passem a achar o mesmo.
Mais uma vez e aqui faço-me apenas veículo do que vejo e escuto em alguns dos podcasts de gente que realmente demonstra entender o que se passa, há uma curiosidade que parece que estar a passar ao largo e poucos falam nela.
Donald Trump é um vendedor e altera o seu discurso, à medida que vai escutando o potencial comprador do produto.
Uma das coisas que toda a gente que já falou com o Trump nunca deixa de relembrar, é que o presidente americano é um "sedutor".
Ele será um sedutor de meia tijela, seguramente, mas ainda assim, utiliza a velha tática de elogiar o comprador até à exaustão.
Na última vaga de "negociações" com o Putin, foi isso que essencialmente veio ao de cima. E o Putin gostou de ser elogiado.
O que isto quer dizer, ainda estamos todos para ver, porque Trump é especialista em fazer elogios num minuto e no minuto seguinte espetar uma faca nas costas do cliente, se isso lhe for conveniente.
A procissão vai no adro e até agora não se viu nada de nada. A realidade do terreno é a conhecida, a Russia está numa situação de catástrofe e a realidade dos factos não permite esconder isso.
Os ideologos de Putin cá em Portugal, parecem nos últimos dias ter esquecido que já nem os magros avanços à custa de milhares de cadáveres por dia a Russia tem conseguido lograr.
Na cidade de Pokhrovsk, pela primeira vez depois de continuas retiradas, os ucranianos estão a avançar e em Kursk, a mesma coisa.
A América é essencial no que respeita aos sistema anti-aéreos que têm dado alguma segurança à Ucrânia, mas na frente de batalha não são os Abrams que estão a lutar, são os Leopard-1 e Leopard-2 alemães. É a artilharia europeia, são os sistemas franceses, ingleses e suecos e armas enviadas por estes países, pela Itália e pela Espanha.
A procissão ainda vai no Adro.