Invasão da Ucrânia

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #5925 em: Fevereiro 28, 2024, 10:57:31 am »
10 aeronaves russas abatidas em 10 dias.. a este ritmo... 8)

https://www.forbes.com/sites/davidaxe/2024/02/27/10-shot-down-jets-in-10-days-russias-aerial-surge-in-ukraine-is-getting-more-of-its-pilots-killed/

Ainda se está para saber o que eles estão a usar..e que tática para que funcione tão bem..
Já ouvi muitas possibilidades algumas bem engenhosas..
 

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #5926 em: Fevereiro 28, 2024, 12:02:19 pm »
É normal que muitos civis não saibam que a França já não tem Divisões mas sim Brigadas, enfim, nem todos percebem de panificação ou de escritas,...é normal que nem todos percebam de assuntos militares. Não é a mim que verão a comentar num tópico sobre padarias, p.ex.
Como dizia a minha muito querida mãe  :  "quem te manda a ti sapateiro tocar rabecão ?"

A estória do Macron não passa de um bluff para, como já escrevi, se apresentar com mais força na mesa das negociações  ;  esta é a opinião de alguns respeitados analistas franceses e que eu partilho.

Os delírios sobre a Ucrania continuam, eu acho que devemos ter a humildade de reconhecer quando perdemos, as coisas são mesmo assim, não se ganha sempre.
Isto pode tudo descambar até por uma causa fortuita mas o nosso interesse é que esta guerra acabe o mais rápido possível...agora se há pessoal que pretende ficar imortalizado nos livros de História por ter lutado até ao último, que saibam que serão os filhos e netos dos vencedores que os vão ler. Nós , que estamos no conforto das nossas pacatas vidas, não temos o direito de contribuir para o prolongamento de uma agonia. O entusiamo que vejo aqui da parte de alguns colegas em favor da continuação daquela destruição mexe comigo.
 
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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #5927 em: Fevereiro 28, 2024, 12:16:53 pm »
Eu fico é admirado que alguns auto-proclamados experts militares, porque já foram soldados rasos, não percebam que o Macron não está a disponibilizar divisões francesas, mas sim alguns Rafale com ASMP-A, e eventualmente 1 Triomphant e nem sequer precisam de estar em território Ucraniano ::)

O Lula um respeitado líder mundial? Nem no seu o país o respeitam quanto mais fora de portas  :mrgreen:

É por tiradas destas, completamente fora da realidade, é que te considero, a par do amandatangas, um dos mais aberrantes estupidos com quem me cruzei na Net. O senhor "em 4 meses a economia russa está destruida", já pensou bem no que escreveu? Acha mesmo que, neste patamar da guerra, o problema principal dos ucranianos é equipamento ou "armas-maravilha"? Porque é que "Micron" falou em soldados e não em tanques e aviões?  E não precisam de estar em território ucraniano!!! Um buraco negro condensa menos matéria que tu condensas estupidez,,,

Só falta dizer dizeres o mesmo que o amandatangas, sobre os russos terem medo de franceses e ingleses porque podem trnsformar Moscovo numa planicie de estroncio radioativo. Yah, pois, nem dormem a pensar nisso.......
Muito cultos em doutrinas, tão cultos que nem o básico sabem sobre as armas nucleares não serem armas de ataque ou defesa, mas sim serem armas de autodestruição, ou seja, "eu vou mas vão todos comigo". Portanto muito passiveis de ser utlizadas quando os interesses vitais da nação nuclear não estão ameaçados como bem prova o seu uso pelos Americanos aquando corridos do Vietname, Afeganistão e Iraque, ou quando os Soviéticos foram corridos do Afeganistão.... Ignorancia em estado puro.

Deixo a pergunta novamente: Que é que os franceses vão fazer se uns Iskander aterrarem na cabeça de forças militares francesas devidamente uniformizadas? Porque sabemos o que fez quando cairam em cima dos "trabalhadores humanitários" em Kharkov.

Portanto, vamos continuar a ver o nosso futuro como alternativa num mundo multipolar a ser devorado em nome de interesses que não os nossos.

É normal que muitos civis não saibam que a França já não tem Divisões mas sim Brigadas, enfim, nem todos percebem de panificação ou de escritas,...é normal que nem todos percebam de assuntos militares. Não é a mim que verão a comentar num tópico sobre padarias, p.ex.
Como dizia a minha muito querida mãe  :  "quem te manda a ti sapateiro tocar rabecão ?"

A estória do Macron não passa de um bluff para, como já escrevi, se apresentar com mais força na mesa das negociações  ;  esta é a opinião de alguns respeitados analistas franceses e que eu partilho.

Os delírios sobre a Ucrania continuam, eu acho que devemos ter a humildade de reconhecer quando perdemos, as coisas são mesmo assim, não se ganha sempre.
Isto pode tudo descambar até por uma causa fortuita mas o nosso interesse é que esta guerra acabe o mais rápido possível...agora se há pessoal que pretende ficar imortalizado nos livros de História por ter lutado até ao último, que saibam que serão os filhos e netos dos vencedores que os vão ler. Nós , que estamos no conforto das nossas pacatas vidas, não temos o direito de contribuir para o prolongamento de uma agonia. O entusiamo que vejo aqui da parte de alguns colegas em favor da continuação daquela destruição mexe comigo.

Caro legionário, até pode ser isso mas tendo a não concordar. Creio que é uma proposta séria por parte do "Micron" e no risco calculado que a Rússia não quer confronto directo com países ocidentais e, portanto, não vai atacar forças de outros países que entrem na Ucrania.
Para mim essa premissa está errada pois uma coisa é não querem isso, outra coisa é não o fazerem. Os russos estão fartos de o afirmar, desde 2007, inclusive, nos famosos "cables", o então embaixador americano em Mscovo escreveu a washington que era uma linha vermelha que levaria a uma guerra. Não interessa o que nós pensamos e achamos, interessa o que os russos pensam e acham sobre o que eles consideram ser um assunto vital para a sobrevivencia da Rússia e o que estão dispostos a fazer sobre isso Assim como não interessava o que soviéticos e cubanos pensassem sobre misseis "defensivos" em Cuba, mas sim o que os EUA pensaram e estavam dispostos a fazer sobre isso. Até os Polacos apressaram-se logo a dizer que não, pois têm a perfeita noção do que é que isso significa para a Rússia!!
« Última modificação: Fevereiro 28, 2024, 12:27:41 pm por FoxTroop »
 
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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #5928 em: Fevereiro 28, 2024, 12:54:55 pm »
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já se percebeu o obvio é ninguém sabe como sair de forma airosa do atoleiro de estrume onde se enfiaram com a história ucraniana. Putin foi muito claro nas suas palavras: "nada há para falar, vamos deixar que eles descubram como sair da situação onde se enfiaram e, quando quiserem falar, vamos ouvir, mas as nossas condições sao claras".

Mas quem esta metido num atoleiro?  Quem esta a perder todo o seu equipamento mais moderno? A sofrer dezenas de milhares de baixas e a gastar 32% dos eu orcamento numa guerra que era para durar 4 dias?  Quem esta a esgotar o stock de municoes? Vai atirar areia nos olhos doutro. ::)
- José Alberto Medeiros
 
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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #5929 em: Fevereiro 28, 2024, 01:11:07 pm »
Citar
já se percebeu o obvio é ninguém sabe como sair de forma airosa do atoleiro de estrume onde se enfiaram com a história ucraniana. Putin foi muito claro nas suas palavras: "nada há para falar, vamos deixar que eles descubram como sair da situação onde se enfiaram e, quando quiserem falar, vamos ouvir, mas as nossas condições sao claras".

Mas quem esta metido num atoleiro?  Quem esta a perder todo o seu equipamento mais moderno? A sofrer dezenas de milhares de baixas e a gastar 32% dos eu orcamento numa guerra que era para durar 4 dias?  Quem esta a esgotar o stock de municoes? Vai atirar areia nos olhos doutro. ::)

Estou completamente a cagar-me se acredita nesses numeros. Uma coisa muito estranha para a malta das fés futebolisticas  chama-se realidade e nesse mundo estranho para as fés quem parece estar sem malta, sem armas e sem munições não são os russos. Ou como diria o outro "Devido ao comportamento intrinseco desta guerra os ucranianos estão a avançar recuando e os russos retiram-se avançando

Para mais, os numeros que me interessam não são os da Rússia, os numeros que me interessam são os do meu país e os da União Europeia. E esses dizem-me que estamos em dificuldades.
 
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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #5930 em: Fevereiro 28, 2024, 01:11:59 pm »
Eu fico é admirado que alguns auto-proclamados experts militares, porque já foram soldados rasos, não percebam que o Macron não está a disponibilizar divisões francesas, mas sim alguns Rafale com ASMP-A, e eventualmente 1 Triomphant e nem sequer precisam de estar em território Ucraniano ::)

O Lula um respeitado líder mundial? Nem no seu o país o respeitam quanto mais fora de portas  :mrgreen:

É por tiradas destas, completamente fora da realidade, é que te considero, a par do amandatangas, um dos mais aberrantes estupidos com quem me cruzei na Net. O senhor "em 4 meses a economia russa está destruida", já pensou bem no que escreveu? Acha mesmo que, neste patamar da guerra, o problema principal dos ucranianos é equipamento ou "armas-maravilha"? Porque é que "Micron" falou em soldados e não em tanques e aviões?  E não precisam de estar em território ucraniano!!! Um buraco negro condensa menos matéria que tu condensas estupidez,,,

Só falta dizer dizeres o mesmo que o amandatangas, sobre os russos terem medo de franceses e ingleses porque podem trnsformar Moscovo numa planicie de estroncio radioativo. Yah, pois, nem dormem a pensar nisso.......
Muito cultos em doutrinas, tão cultos que nem o básico sabem sobre as armas nucleares não serem armas de ataque ou defesa, mas sim serem armas de autodestruição, ou seja, "eu vou mas vão todos comigo". Portanto muito passiveis de ser utlizadas quando os interesses vitais da nação nuclear não estão ameaçados como bem prova o seu uso pelos Americanos aquando corridos do Vietname, Afeganistão e Iraque, ou quando os Soviéticos foram corridos do Afeganistão.... Ignorancia em estado puro.

Deixo a pergunta novamente: Que é que os franceses vão fazer se uns Iskander aterrarem na cabeça de forças militares francesas devidamente uniformizadas? Porque sabemos o que fez quando cairam em cima dos "trabalhadores humanitários" em Kharkov.

Portanto, vamos continuar a ver o nosso futuro como alternativa num mundo multipolar a ser devorado em nome de interesses que não os nossos.

É normal que muitos civis não saibam que a França já não tem Divisões mas sim Brigadas, enfim, nem todos percebem de panificação ou de escritas,...é normal que nem todos percebam de assuntos militares. Não é a mim que verão a comentar num tópico sobre padarias, p.ex.
Como dizia a minha muito querida mãe  :  "quem te manda a ti sapateiro tocar rabecão ?"

A estória do Macron não passa de um bluff para, como já escrevi, se apresentar com mais força na mesa das negociações  ;  esta é a opinião de alguns respeitados analistas franceses e que eu partilho.

Os delírios sobre a Ucrania continuam, eu acho que devemos ter a humildade de reconhecer quando perdemos, as coisas são mesmo assim, não se ganha sempre.
Isto pode tudo descambar até por uma causa fortuita mas o nosso interesse é que esta guerra acabe o mais rápido possível...agora se há pessoal que pretende ficar imortalizado nos livros de História por ter lutado até ao último, que saibam que serão os filhos e netos dos vencedores que os vão ler. Nós , que estamos no conforto das nossas pacatas vidas, não temos o direito de contribuir para o prolongamento de uma agonia. O entusiamo que vejo aqui da parte de alguns colegas em favor da continuação daquela destruição mexe comigo.

Caro legionário, até pode ser isso mas tendo a não concordar. Creio que é uma proposta séria por parte do "Micron" e no risco calculado que a Rússia não quer confronto directo com países ocidentais e, portanto, não vai atacar forças de outros países que entrem na Ucrania.
Para mim essa premissa está errada pois uma coisa é não querem isso, outra coisa é não o fazerem. Os russos estão fartos de o afirmar, desde 2007, inclusive, nos famosos "cables", o então embaixador americano em Mscovo escreveu a washington que era uma linha vermelha que levaria a uma guerra. Não interessa o que nós pensamos e achamos, interessa o que os russos pensam e acham sobre o que eles consideram ser um assunto vital para a sobrevivencia da Rússia e o que estão dispostos a fazer sobre isso Assim como não interessava o que soviéticos e cubanos pensassem sobre misseis "defensivos" em Cuba, mas sim o que os EUA pensaram e estavam dispostos a fazer sobre isso. Até os Polacos apressaram-se logo a dizer que não, pois têm a perfeita noção do que é que isso significa para a Rússia!!

Caro Fox, concordo consigo até na ironia  :G-beer2:

p.s. sabe quem é este zébeto ? espero que o tenham avisado sobre a "prova de fogo"...
 

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Luso

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #5931 em: Fevereiro 28, 2024, 01:13:51 pm »
Quando alguém apresenta argumentos contra a narrativa "oficial" aparecem logo os bichos da madeira que nunca se pronunciaram sobre mais nada, nomeadamente sobre o estado das forças armadas de Portugal, por exemplo. Mas ficam logos excitadinhos quando falam da Ucrânia. E designam-se "patriotas" ou outras larachas para preencher esse vazio de credibilidade.
Autenticidade? Nicles.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 
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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #5932 em: Fevereiro 28, 2024, 01:14:44 pm »
10 aeronaves russas abatidas em 10 dias.. a este ritmo... 8)

https://www.forbes.com/sites/davidaxe/2024/02/27/10-shot-down-jets-in-10-days-russias-aerial-surge-in-ukraine-is-getting-more-of-its-pilots-killed/

Ainda se está para saber o que eles estão a usar..e que tática para que funcione tão bem..
Já ouvi muitas possibilidades algumas bem engenhosas..

IRST terrestre de longo alcance?
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Lusitano89

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #5933 em: Fevereiro 28, 2024, 01:23:11 pm »
 

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Malagueta

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #5934 em: Fevereiro 28, 2024, 02:27:38 pm »
Opinião: Nem a Rússia nem o Ocidente sabem como esta guerra vai acabar
Opinião de Anna Arutunyan

https://edition.cnn.com/2024/02/28/opinions/ukraine-russia-war-define-victory-arutunyan/index.html

Nota do editor: Anna Arutunyan é jornalista, analista e autora especializada em política russa. Ela é autora de "Guerreiros Híbridos: Proxies, Freelancers e a Luta de Moscou pela Ucrânia" e coautora com Mark Galeotti do vindouro "Queda: Prigozhin e Putin, e a luta pelo futuro da Rússia". As opiniões expressas neste comentário são de sua autoria. Leia mais Opinião da CNN.

CNN
 —
Com a Suíça devendo sediar uma cúpula de paz na Ucrânia até o verão, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, deposita grandes esperanças de que isso "fortaleça" seu país. Mas com a guerra da Rússia contra a Ucrânia em seu terceiro ano, é improvável que outra cúpula ofereça um avanço – não apenas porque Moscou não estará presente, mas mais importante porque nenhum dos lados tem uma visão clara do que significa uma vitória agora ou como alcançá-la.

Muito continua a ser assumido sobre as intenções do presidente russo, Vladimir Putin, de subjugar totalmente a Ucrânia - mas, embora ele aceitasse se pudesse obtê-la, o Kremlin mantém seus objetivos tão nebulosos quanto eram quando iniciou sua "operação militar especial" há dois anos.

"Haverá paz quando alcançarmos nossos objetivos", disse Putin em dezembro, "a desnazificação e desmilitarização da Ucrânia, seu status neutro". Isso significa tudo e nada, e pode ser girado para significar o que o Kremlin quiser.

Os formuladores de políticas ocidentais seriam mais sábios para fazer julgamentos sobre as intenções do Kremlin com base mais em suas ações do que em suas palavras. A máquina de guerra da Rússia, embora em uma posição melhor do que há um ano, dificilmente é capaz de tomar Kiev como tentou fazer no início da guerra e, desde meados de 2022, se concentra em ganhos territoriais no leste.

Depois de anunciar a anexação ilegal das regiões ucranianas de Luhansk, Donetsk, Zaporizhia e Kherson em setembro de 2022, Moscou se manteve firme na tentativa de capturar a totalidade dessas regiões. Quanto ao que faz se isso acontecer, Moscou está sinalizando uma postura muito mais agressiva ao Ocidente do que tem a intenção ou capacidade de realizar, testando o quanto pode se safar.

"A operação militar especial começou como uma operação contra a Ucrânia, ao longo do tempo tomou a forma de uma guerra contra o Ocidente coletivo", disse recentemente o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

Está a fazê-lo em parte porque os planos e intenções dos aliados ocidentais da Ucrânia são muito vagos. Os EUA, a UE e o Reino Unido estão oferecendo à Ucrânia ajuda limitada para defender seu território (como parecem estar realmente fazendo) ou estão de fato travando uma guerra por procuração para "derrotar" a Rússia de Putin (como parecem estar dizendo)?

Assim como o Kremlin está fazendo, os aliados ocidentais da Ucrânia estão sinalizando sua determinação de "derrotar" a Rússia sem realmente articular o que essa derrota significa. Longe de manter o Kremlin em pé, essa ambiguidade estratégica na verdade faz com que as potências ocidentais pareçam fracas do ponto de vista de Moscou – prometendo demais para compensar a falta de vontade política.

Isso ficou evidente na Conferência de Segurança de Munique, onde a descrição de um formulador de políticas resumiu a substância da estratégia do Ocidente para a Ucrânia: "Muitas palavras, nenhum compromisso concreto".

Uma razão para isso é que, no último ano, o objetivo declarado de vitória da Ucrânia - recapturar todos os territórios ucranianos ocupados, incluindo a Crimeia, sob controle russo há quase uma década - parece cada vez mais irrealista.

O apoio militar dos aliados da Ucrânia está disposto e capaz de oferecer paradas justamente onde está a escassez mais urgente da Ucrânia: mão de obra. Apesar dos recentes comentários do presidente francês, Emmanuel Macron, sobre "não excluir" o envio de tropas para a Ucrânia, as potências da Otan não estão considerando seriamente esse passo destrutivo e escalatório, e com razão.

Mas, na Ucrânia, a questão ainda permanece. "O problema mais imediato em todas as unidades é a falta de pessoas", disse recentemente um comandante de uma companhia ucraniana, ecoando o crescente reconhecimento na linha de frente da Ucrânia de quão terrível o problema se tornou.

De fato, Zelensky demitiu seu comandante-em-chefe, Valerii Zaluzhnyi, no mês passado, em meio à controvérsia sobre as sugestões de que até 500.000 soldados a mais poderiam ser necessários se os objetivos da Ucrânia fossem alcançados. A proposta era financeira e politicamente inviável, então Zelensky demitiu o general e lançou um "reset" do comando militar, mas sem expandir o Exército ou reduzir seus objetivos.

Há outro problema: uma coisa é empurrar as forças russas de volta às suas posições antes de 24 de fevereiro de 2024 - por mais difícil que isso possa ser dois anos após a guerra -, outra é desalojar de fato as administrações russas dos territórios em Donetsk, Luhansk e Crimeia que ocupam há uma década.

Mas os aliados ocidentais da Ucrânia não estão a contar com estas realidades e, em meio à crescente relutância dos partidos de direita nos EUA e na Europa em arcar com os custos, estão recorrendo à retórica triunfalista.

Um recente livro branco do Ministério da Defesa da Estônia prometeu "derrotar a teoria imperialista da vitória da Rússia", mas não definiu exatamente o que isso implicava. Aliados do ex-presidente dos EUA Donald Trump que se opõem ao pacote de ajuda que está parado no Congresso dos EUA podem estar errados ao pensar que US$ 60 bilhões não "mudarão a realidade no campo de batalha" – mais armas podem e ajudarão a Ucrânia a manter sua defesa e, talvez, recuperar mais território.

Mas dificilmente garantirá o "destino do mundo livre" ou "salvará a democracia como a conhecemos", como afirmaram alguns legisladores americanos ao apoiar o projeto.

O problema é que, embora mais armas e ajuda ajudem a Ucrânia a se defender, não pode haver garantias de que um país de cerca de 37 milhões de habitantes possa derrotar um adversário de mais de 140 milhões. Sugerir que isso é inevitável engana a Ucrânia, semeia desconfiança entre os contribuintes ocidentais e sinaliza fraqueza à Rússia.

Embora haja espaço para endurecer as sanções já em vigor, elas não forçarão uma mudança rápida na política do Kremlin e, à medida que os países ocidentais começarem a reduzir seus próprios estoques de armas e munições, também há um limite para quanta ajuda militar extra pode ser fornecida.

A lei e a justiça podem dizer que a Ucrânia merece libertar os territórios ocupados, mas o pragmatismo sugere que esse pode ser um objetivo sangrento ou mesmo inatingível. Os aliados ocidentais precisam começar a reconhecer seus recursos limitados, ou pelo menos os limites do que podem ou oferecerão à Ucrânia.

Isso significará ser honesto ao definir o que pode ser alcançado na prática. É muito bom declarar que o único objetivo aceitável é a "derrota" absoluta de Putin. Mas quando as restrições políticas e econômicas limitam os recursos que o Ocidente está disposto a mobilizar, continuar insistindo nisso pode muito bem colocar Kiev em um canto, forçando-a a escolher entre a paz e uma guerra eterna em busca de uma noção pouco clara de "vitória".

Por mais intragável e injusta que seja, a melhor vitória plausível pode exigir não apenas um apoio militar reforçado à Ucrânia, incluindo sérias garantias de segurança, mas algum reconhecimento de que Kiev pode ter que abandonar alguns de seus objetivos, seja por meio de promessas de neutralidade – ou, por mais difícil que seja engolir – alguns dos territórios ocupados.
 

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mafets

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #5935 em: Fevereiro 28, 2024, 03:32:05 pm »
A Rússia tem pouco equipamento moderno na Ucrânia. Tirando uma ou outra fragata, um ou outra avião, o resto é tudo projectos da guerra fria actualizados como se pode.  Mesmo um caça como o Su57 a Rússia espera até ao final de 2024 fabricar 50. 



Os Russos só vão ficar sem munições se as reservas de ouro acabarem (a logística Russa é que é péssima) , até porque desde chineses a norte-coreanos, passando pelo Irão, tudo fabrica no mesmo calibre. Eram 2000 toneladas em 20222 e é pouco provável que uma serie de países não aceitem pagamentos em ouro. Assim como é pouco provável que Putin, já tenha gasto isto tudo.

https://www.dailymail.co.uk/news/article-10654849/Russia-140BILLION-gold-reserves-no-one-buy-banned-selling.html

  Por ultimo, este atoleiro dá jeito a muita gente. Os Russos compram a um conjunto de países e estão ocupados na Ucrânia, não tendo capacidade militar para chatear mais quem quer que seja. Porque isso de terem umas forças Xpto é só retórica.



Saudações
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

http://mimilitary.blogspot.pt/
 

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Josemedeirosbeto

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #5936 em: Fevereiro 28, 2024, 11:12:30 pm »
Quando alguém apresenta argumentos contra a narrativa "oficial" aparecem logo os bichos da madeira que nunca se pronunciaram sobre mais nada, nomeadamente sobre o estado das forças armadas de Portugal, por exemplo. Mas ficam logos excitadinhos quando falam da Ucrânia. E designam-se "patriotas" ou outras larachas para preencher esse vazio de credibilidade.
Autenticidade? Nicles.

O caro Luso tem toda a razão, se alguém se desvia da "verdade oficial" pode cair duma janela  ou pelas escadas abaixo.. Quem foge ao guião aqui é logo atacado pessoalmente pelos kremlinbots..
- José Alberto Medeiros
 
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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #5937 em: Fevereiro 29, 2024, 12:02:15 am »
Bom, como o foxtretas não consegue discutir absolutamente nada sem insultar com quem discorda, não vale a pena perder mais tempo com alguém que não sabe portar-se e ser ao menos um homenzinho!!!!
Ainda para mais quando é atacado com a amnésia que lhe impede de recordar que já disse que a rússia dentro da Ucrãnia ía moer a Ucrãnia até destruir qualquer capacidade de defesa desta!!!! Todos temos visto isso!!!!
Mas então quando se mete em assuntos que não domina, então saem disparates seguidos! Como é que é possível alguém afirmar, sem se rir, que a economia russa vai de vento em popa!? Quem é desonesto pode afirmar sem se rir, mas quem sabe que uma economia, assumida pelos próprios russos que se transformou numa economia de Guerra, em que 1/3 dos gastos públicos são feitos em Defesa! O país até pode crescer 2, 4 ou 10% que mesmo assim continua a encolher!

Mas deixo um gráfico feito por quem sabe, que explica o que o povo russo estará a sofrer, num período de inflação!!!! Vejam lá a tendência do investimento público, com a única excepção para a Defesa!!!! Sem dúvida que esta guerra é uma vitamina poderosíssima para a economia russa!!!!


https://www.economist.com/graphic-detail/2023/10/31/what-russias-new-budget-reveals-about-the-war-in-ukraine

Agora para o comparsa que até já foi excluído várias vezes por não se saber comportar nem ser educado. Era o que faltava um cromo poder falar sobre todos os temas, mas os outros se não forem da área não podem falar!?! Na terra do criminoso que vocês defendem pode ser assim, mas em democracia, todos são criticáveis, desde que educadamente, coisa que nenhum dos dois é! Era o que faltava eu não ser da área da saúde e não poder criticar as falhas da saúde. Era o que faltava não ser da área do direito e não poder criticar a justiça. Como é com a liberdade que tanto proclamam? Só podemos pagar impostos e não criticar? Isto não é um fórum de discussão? Ridículos!?!?!?!

Felizmente quem criou este Fórum, é muito mais inteligente que os 2 cromos, e sabe que um verdadeiro Fórum deve ser aberto a quem gosta discutir os temas que aborda, desde que sigam as normas e regras de boa educação, urbanidade….. que ambos ignoram! A vossa frustração pessoal, que eu até dou de barato que possam não estar na posse da plenitude do raciocínio lógico ou até terem saído de alguma refeição mais bem regada. Agora os vossos argumentos são os insultos!? Fraca gente! Não me intimida quem não está à altura da idade que supostamente apresenta o cartão de cidadão!!!!

Voltando a quem criou este Fórum, por certo se quisessem que apenas participassem militares, pediriam a identificação mecanográfica militar e falariam apenas para o grupo! Não foi isso que fizeram e bem! Até porventura reconhecendo que precisam de dar a conhecer à restante população que não podemos descurar a nossa Defesa!

Passem bem, vou continuar por cá, mas a ignorar estes 2 que discutem como se estivessem na tasca da esquina!
Aos restantes, peço desculpa pelo off topic!
« Última modificação: Fevereiro 29, 2024, 03:22:35 am por Viajante »
 

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #5938 em: Fevereiro 29, 2024, 12:47:09 am »
A Rússia tem pouco equipamento moderno na Ucrânia. Tirando uma ou outra fragata, um ou outra avião, o resto é tudo projectos da guerra fria actualizados como se pode.


Mas isso nem faz sentido, porque eles teriam pouco material moderno no único teatro de guerra que conta? Ou não há mais, ou serão parvos?...  ::)
 

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #5939 em: Fevereiro 29, 2024, 01:04:06 am »

Ucrânia retira-se de mais duas aldeias em Avdiivka

As forças armadas ucranianas retiram-se de Stepove e Sieverne, enquanto as forças russas prosseguem os ataques.
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