Eu acho que o problema aqui, é que neste lado do Atlântico, vão tentar sempre agigantar a coisa/exagerar nos adjectivos e requisitos para este tipo de meio. Refiro-me ao PNM, que podia e devia ter sido apenas um hidrográfico, ligeiramente maior que os navios do tipo, e portanto com espaço livre para receber módulos contentorizados para outras missões/testagem de equipamentos. O convés de voo podia ser mais simplificado, e não ser um convés de voo corrido.
Já estes USVs, parece-me que deviam ser vistos como algo que nada tem a ver com o PNM. Ninguém está a ver estes, se alguma vez entrassem ao serviço com o PNM, víssemos o dito navio a largar dezenas deles por toda a nossa ZEE (deduzo que a ideia passe por ter estes USVs espalhados pela nossa ZEE). Esta capacidade (de largar e recuperar os USV), terá que ser sim incluída em fragatas, NPOs, e até no que viesse a substituir os Tejo.
Tem é que haver dentro da Marinha (e não só) a humildade de perceber que estes sistemas não podem substituir meios convencionais.
Quanto a comparações com a USN, eles lá também investem em USVs. A diferença é que, ao contrário de nós, para eles é um meio a acrescentar à frota, complementando os meios convencionais, e não para substituir fragatas ou destroyers.
Parece-me uma plataforma interessante para desenvolver no futuro. Conseguir-se-à transformar este tipo de drone em algo capaz de incorporar VLS e acompanhar uma fragata? Porque se tal for possível pode-se multiplicar estas escoltas e o armamento com custos muito mais reduzidos. E até aumentar a hipótese de sobrevivência dos navios.
Não. Demasiado pequeno para receber um VLS, e a performance em alto mar não permitirá acompanhar uma fragata. Para acompanhar fragatas, teria que ser algo mais perto do tamanho dos Tejo, no mínimo do tamanho dos Argos/Centauro.*
Existiria é algo deste tipo:
https://chuckhillscgblog.net/2019/05/18/small-vessel-hellfire-vertical-launch-system/Que por sua vez está bem longe de ser um USV com VLS para algo como o ESSM, e cuja robustez me parece claramente superior ao projecto aqui apresentado neste tópico.
Já seria um sonho húmido ter algo daquele tamanho, com uma RWS que fosse, ou um sistema tipo Simbad RC, ou uma Marlin WS com Mistral acoplado. O mais provável é que, se fossemos para a frente com o projecto, ficar desarmado, ficando a sua utilidade militar limitada a ASW, como parte de uma rede de sonares. Mais do que isto, dependerá de financiamento nacional e estrangeiro, para pegar no conceito, e evoluir para algo maior e mais complexo.
*e mesmo nestes casos, as capacidades de combate deverão remeter-se a quando a força naval está parada. Por exemplo, defesa em torno de um arquipélago, teres 1 ou 2 fragatas, servindo de navios de comando/mãe (também por causa dos seus sensores), apoiadas por um X número de USVs (maiores do que o projecto em questão) com alguma capacidade AA, servindo de multiplicador de força.
Mas isto já é sonhar muito alto, para uma MGP que nem patrulhas consegue manter.