Eu acho que é fácil de perceber que esta plataforma é um meio maioritariamente civil. Poderá incorrer em algumas funções militares muito específicas, mas é tão "militar" como um NPO, ou seja, praticamente zero. Talvez possa cumprir missões de guerra de minas, com recurso a mergulhadores e/ou USVs. A ter utilidade militar, será em operações de baixa intensidade, e mesmo assim quase de certeza na dependência de uma fragata de escolta.
Quanto à esquadra de UAVs, parece-me é que o navio venha a ser uma "mothership" para operação contínua de UAVs. Enquanto um NPO se calhar consegue ter 2 ou 3 UAVs, este navio poderá ter o dobro ou triplo, permitindo, assim de uma forma simplista, ter o navio no meio, e ter UAVs operados por este a patrulhar uma grande área em torno do navio.
Esta esquadra de UAVs, com os meios actuais e previstos, não apresentará capacidade militar muito além da vigilância e reconhecimento. Para que esta esquadra, a operar a partir deste navio, tenha utilidade militar além da que falei, era preciso UAVs completamente diferentes:
-VSR700 ou equivalente, capaz de lançar sonoboias e/ou capacidade de guiar mísseis anti-navio (lançados de um navio) para lá do alcance visual
-UCAVs VTOL, que tenham capacidade autónoma para atacar algum tipo de alvos, como o Camcopter S-100
-ou drones Kamikaze/Loitering munition, que possam ser lançados do navio
Quando se fala em esquadra de UAVs, a sua utilidade militar vai ficar definida pelo tipo de UAVs em uso. Este navio a operar 4 ou 5 Camcopter S-100 com 2 mísseis LMM cada um, tem uma capacidade militar complemente diferente do mesmo navio a operar meia dúzia de Ogassa VTOL civis. A variável é o tipo de UAVs em causa.
Agora convém é que se perceba que este navio, mesmo com UAVs altamente militarizados, continua a precisar da protecção de navios com capacidade AAW e ASW.