Equipamento a oferecer à Ucrânia

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PTWolf

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Re: Equipamento a oferecer à Ucrânia
« Responder #1260 em: Maio 28, 2024, 07:55:41 pm »
Relativamente a este tópico parece-me que não é necessário reinventar a roda:

- Apostar na industria nacional e produzir para nós e fornecer alguns exemplares à Ucrania. Acredito que o que poderá ser mais util será a nivel de drones (Tekever, UAvision). A nivel naval diria que estarão mais avançados que nós, ainda assim se se puder criar sinergias então perfeito.

- Negociar um desconto nos F35 e prometer a doação de F16 à medida que formos recebendo os novos

Já há carradas de drones da Tekever na Ucrânia, mas sim, podemos oferecer dessa e de outras empresas nacionais.

Doar F16 quando só receberiamos outros caças daqui a uns bons anos, parece-me uma mau negócio, mas só a FAP é que pode dizer de sua justiça.

Oh bem cada um dá o que têm e pode. Não sei se há carradas ou não de drones da Tekever, sei que há e dúvido que em algum momento sejam demais. Quanto mais olhos no céu melhor...

Quanto à doação de F16 em troca de um desconto nos F35, sendo que só iriam os F16 para a Ucrania quando recebecemos os novos, como seria um mau negócio?
Sendo que esta situação poderia ajudar-nos a galopar umas posições na lista de espera....

Quanto à visita do presidente Ucraniano a Portugal, lendo o documento na diagonal pareceu mais uma visita diplomática do que outra coisa. Não que não seja importante, porque do ponto de vista diplomático é também importante à Ucrania procurar abrir portar com o novo governo português.
 

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CruzSilva

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Re: Equipamento a oferecer à Ucrânia
« Responder #1261 em: Maio 28, 2024, 09:15:12 pm »
É exactamente por causa da cronologia que eu aponto o dedo ao governo de socialistas e comunistas.

Em primeiro lugar, seria necessário pensar no governo de Sócrates, SIM, aquele que levou Portugal à bancarrota.
Muitas vezes ignoramos estes factos para não parecer tão mal, mas as pessoas do governo da geringonça, eram em grande parte as pessoas que estavam no governo uns anos antes no governo Sócrates ...

A seguir, parece que estamos a culpar o governo do Passos Coelho, esquecendo o elefante na sala, chamado TROIKA.
Acusar um governo sob intervenção estrangeira, em que o país perdeu técnicamente a independência, de não fazer compras militares, não me parece fazer grande sentido...

Quando a geringonça chega ao poder, grande parte da tempestade já tinha passado, mas o que é que socialistas e comunistas fizeram ?
Pioraram tudo.
E depois com o COVID, que serviu de desculpa e cobertura para tudo, fizeram ainda pior.

Achar que o partido europeu, com as mais vincadas relações de vassalagem com a ditadura soviética/russa  passava pelo governo da república (condicionando as suas politicas) sem deixar marca, parece-me pouco lógico...

As evidências são devastadoras.

Podia começar pelo caso mais conhecido, os navios da classe Tejo, comprados em desespero de causa e mesmo com o país sob intervenção estrangeira.
Quando possível os navios precisavam de reparações, modernizações e algum investimento...
Todos sabemos no que deu...

É exactamente a realidade cronológica que afunda Antonio Costa e os dois partidos comunistas, no balde do lamaçal em que se encontram as forças armadas.

Vamos agora isentar e santificar o Governo que quis, disse e foi expressamente para além da troika? ::)

Se nos quisermos guiar somente pelos factos, então o Governo do Sócrates tanto nos levou à bancarrota, como foi muito provavelmente responsável pela maior aquisição de meios para as Forças Armadas dos últimos 20 anos. E factos são factos, para o bem ou para o mal.

Muitas das considerações que fez no seu post parecem-me mais de cariz pessoal do que outra coisa, permita-me que lhe diga com todo o respeito caro PT, embora também partilhe de muitas delas. E como o assunto deste tópico é outro completamente oposto, o meu off-topic fica por aqui.
Para evitar esventrar o tópico vou só fazer uma observação sobre esta afirmação:

Não adianta encher forças armadas de meios se depois levas o país à bancarota e não os consegues manter ou substituir. O poderio militar está muito ligado ao poderio financeiro e económico do respetivo país.

Os EUA continuam até aos dias de hoje a serem o país militarmente mais poderoso do mundo porque têm a economia mais poderosa do mundo (assente no domínio do dollar que, já agora, está em queda - mas isso é uma estória para outro momento).
"Homens fortes criam tempos fáceis e tempos fáceis criam homens fracos - homens fracos criam tempos difíceis e tempos difíceis criam homens fortes."
 

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dc

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Re: Equipamento a oferecer à Ucrânia
« Responder #1262 em: Maio 28, 2024, 10:21:37 pm »
Relativamente a este tópico parece-me que não é necessário reinventar a roda:

- Apostar na industria nacional e produzir para nós e fornecer alguns exemplares à Ucrania. Acredito que o que poderá ser mais util será a nivel de drones (Tekever, UAvision). A nivel naval diria que estarão mais avançados que nós, ainda assim se se puder criar sinergias então perfeito.

- Negociar um desconto nos F35 e prometer a doação de F16 à medida que formos recebendo os novos

Pena é que o investimento na indústria nacional já devia ter sido feito há 2 anos. Ficar à espera da visita do Zelensky a Portugal para começar a trabalhar nisso, é mesmo cena de país de pacóvios. Teria dado perfeitamente para pedir à UE financiamento para capacitar as empresas nacionais de drones de conseguirem aumentar a produção, e investir no continuo desenvolvimento dos mesmos e de novos modelos, e hoje teríamos algo palpável a mostrar. Também tinha sido inteligente, considerando o acordo a 10 anos, incluir nele umas lanchas costeiras made in Portugal, para o pós-conflito.

Também despachar mais M-113 a ver se recebíamos viaturas de lagartas credíveis, e fazer o mesmo para vários outros equipamentos e munições que mais ano menos ano chegam ao fim da validade.
 
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Charlie Jaguar

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Re: Equipamento a oferecer à Ucrânia
« Responder #1263 em: Maio 29, 2024, 08:36:00 am »
Não adianta encher forças armadas de meios se depois levas o país à bancarota e não os consegues manter ou substituir. O poderio militar está muito ligado ao poderio financeiro e económico do respetivo país.

Atualmente parece que é preciso fazer um disclaimer de cada vez que se for falar de um Governo socialista. ::)

Sim, completamente certo. Porém, também é factual e indesmentível que foi no Governo Sócrates que se fizeram as últimas aquisições de vulto para as Forças Armadas em 2006/7, e de meios que hoje são dos mais modernos que temos ao serviço como as BD, os Leo 2A6NL e os P-3C. Não se trata de qualquer apologia daquela criatura execrável do Sócrates, dos socialistas em geral, ou sequer uma afirmação política da minha parte, mas antes uma constatação dos factos. E é apenas isso que quero ressalvar, nada mais.

Um exemplo muito rebuscado, porém para que se perceba: o "Kadafi dos pneus", antigo presidente do meu clube, também é alguém que desprezo e em quem nunca votei ou votaria, mas também é um facto que durante os seus mandatos foram contratados jogadores fabulosos para o Benfica como o Aimar, Cardozo, Saviola, Salvio, Gaitán, Matic, Jonas, Witsel, Ederson, Oblak, etc, etc. E tanto isto é um facto irrefutável, como é também o LFV não passar de um escroque iletrado que prejudicou bastante o Glorioso enquanto lá se encontrava.

Agora as "viúvas do Passos Coelho" não venham é dizer que tudo o que se passou durante os seus 4 anos e meio de governação foi exclusivamente por culpa do Sócrates, porque não foi e os factos corroboram-no. Foi uma opção ideológica e consciente ir além da Troika, tal como foram os cortes e cativações nas Forças Armadas ao contrário do que se passou na Grécia, por exemplo.

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/passos_defende_que_chegou_o_momento_da_accao_na_reforma_das_forcas_armadas
https://www.rtp.pt/noticias/pais/passos-coelho-rejeita-que-crise-afete-missoes-das-forcas-armadas_a553539
https://expresso.pt/actualidade/discurso-de-passos-coelho-cai-mal-entre-os-militares=f719784
https://www.cm-tv.pt/atualidade/detalhe/passos-quer-cortar-10-mil-efetivos-nas-forcas-armadas
https://www.jn.pt/politica/militarese-policias-unidos-contra-passos-coelho-3246841.html/amp/
https://www.tsf.pt/portugal/politica/amp/oficiaisforcas-armadas-cortes-na-defesa-inaceitaveis-3044438.html/
https://www.rfi.fr/pt/europa/20121110-militares-portugueses-protestam-em-lisboa-contra-cortes-no-orcamento

Resumindo e concluindo: quando toca a apontar o dedo aos culpados do miserável estado a que chegámos, não há ninguém na Direita nem na Esquerda que se salve ou possa isentar de culpas. E esta é a triste sina dos militares em Portugal, sempre à perna com uma classe política que não está minimamente interessada (ou preparada) para se debruçar a sério e com responsabilidade sobre este setor.
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
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Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 
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Re: Equipamento a oferecer à Ucrânia
« Responder #1264 em: Maio 29, 2024, 10:24:34 am »
Agora as "viúvas do Passos Coelho" não venham é dizer que tudo o que se passou durante os seus 4 anos e meio de governação foi exclusivamente por culpa do Sócrates, porque não foi e os factos corroboram-no. Foi uma opção ideológica e consciente ir além da Troika, tal como foram os cortes e cativações nas Forças Armadas ao contrário do que se passou na Grécia, por exemplo.
Resumindo e concluindo: quando toca a apontar o dedo aos culpados do miserável estado a que chegámos, não há ninguém na Direita nem na Esquerda que se salve ou possa isentar de culpas. E esta é a triste sina dos militares em Portugal, sempre à perna com uma classe política que não está minimamente interessada (ou preparada) para se debruçar a sério e com responsabilidade sobre este setor.
Exacto, enfraquecer e eventualmente acabar com as FFAA é um objectivo que todos os partidos têm em comum. Uns são mais abertos e transparentes em relação a isso, enquanto outros vai chegar o dia em que vão fazer grande festa e dizer que é um orgulho quando for para apresentar o novo bote da Marinha de Guerra Portuguesa, que será o único meio existente nessa altura.

Ainda estes dias andavam aí os outros a falar em apoiar a criação de umas forças armadas europeias. Isso é que era. Zero responsabilidade política, zero orçamento para a defesa e tachos à mesma.

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 
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Re: Equipamento a oferecer à Ucrânia
« Responder #1265 em: Maio 29, 2024, 11:28:06 am »
Apoio militar à Ucrânia "foi quase insignificante" mas Portugal tem uma arma com "enorme valor geoestratégico" que mais ninguém tem
João Guerreiro Rodrigues

O pacote de ajuda militar português foi muito mais reduzido do que o de outros países, mesmo quando comparado ao valor do Produto Interno Bruto do país. Mas Portugal garante à Ucrânia algo que os outros países não podem oferecer
Depois de uma visita em contrarrelógio a três capitais europeias em dois dias, Volodymyr Zelensky recebeu várias centenas de milhões de euros, aviões de combate e garantias de segurança. Em Lisboa, onde o presidente ucraniano recebeu as promessas mais reduzidas de apoio militar e financeiro, a Ucrânia pode não ter saído de mãos a abanar. O líder ucraniano conseguiu de Portugal uma arma poderosa e difícil de quantificar, mas de “um enorme valor geoestratégico”.

“O apoio militar e financeiro português é quase insignificante. É o elemento político e diplomático que trouxe Zelensky a Lisboa. Portugal tem um enorme valor geoestratégico, que pode beneficiar muito a causa ucraniana: nós temos uma forte influência em países que a Ucrânia quer trazer para a sua causa”, explica José Filipe Pinto, especialista em Relações Internacionais.

Para os especialistas, Volodymyr Zelesnky sabia que não podia esperar de Portugal um pacote de apoio militar capaz de alterar significativamente a dinâmica no campo de batalha. Luís Montenegro “ofereceu” 126 milhões de euros em apoio militar, dos quais 100 milhões já tinham sido prometidos pelo Governo de António Costa, para ajudar a Ucrânia a comprar munições de 155 mm na iniciativa da Chéquia. Mas, para o líder ucraniano, o verdadeiro interesse estava no apoio que Portugal pode dar no campo diplomático, que faz com que o nosso país seja “mais do que um retângulo junto ao Atlântico”.

Este apoio é particularmente importante para a Ucrânia, numa altura em que o presidente ucraniano procura convencer o maior número possível de países a estar presentes na Cimeira da Paz, que vai decorrer na Suíça nos próximos dias 15 e 16 de junho. Convencer países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa como Angola e Brasil, que já recusaram participar no encontro, é uma das prioridades de Kiev no campo diplomático e Portugal pode ter uma palavra a dizer.

O próprio primeiro-ministro insistiu no papel crucial dos esforços diplomáticos portugueses enquanto discursava ao lado de Zelensky. Luís Montenegro garantiu que Portugal “continuará a fazer todos os esforços e todos os contactos a todos os níveis” para mobilizar e motivar “o maior número de países”, sublinhando o “inabalável e firme” apoio português à causa de “legítima defesa” ucraniana.

“Portugal representa uma diplomacia de influência muito grande junto ao Sul. Portugal não dispõe de nenhuma tutela em relação aos países lusófonos. Não há aqui nenhum neocolonialismo, mas existe da nossa parte uma diplomacia de influência. Nós não interferimos nas decisões destes países, mas tentamos apelar a que haja posições conjuntas”, reforça José Filipe Pinto.

Mas a capacidade portuguesa de influenciar estes dois países “está longe de estar garantida”, insiste o especialista. Ao mesmo tempo que países como Brasil e Angola se afastam da posição ucraniana, nações mais pequenas como São Tomé ou a Guiné-Bissau estreitam laços e cooperação com a Rússia. Moçambique, que se encontra a lutar contra uma insurgência armada islâmica no norte do país, torna-se cada vez mais um potencial alvo da política externa russa, que poderá intensificar a sua cooperação militar no país, através da utilização de grupos paramilitares.

A influência europeia

O objetivo de entrada para a União Europeia também pesa nas contas e nos esforços diplomáticos ucranianos e Portugal também pode vir a ter uma palavra importante a dizer neste assunto. Embora o executivo português já tenha expressado o seu apoio na adesão ucraniana ao projeto europeu, o antigo primeiro-ministro português António Costa é cada vez mais colocado na linha da frente de possíveis sucessores para liderar a presidência do Conselho Europeu, substituindo Charles Michel.

“Zelensky percebe que António Costa pode chegar à presidência do Conselho Europeu e isso pode ser importante para as aspirações da Ucrânia na Europa. Além disso, o presidente ucraniano não esquece que o secretário-geral das Nações Unidas é português”, acrescenta Filipe Pinto.

O acordo de apoio militar assinado entre a Ucrânia e Portugal contrasta com aqueles assinados poucas horas antes, em Bruxelas e Madrid. Na Bélgica, Zelensky conseguiu um forte compromisso de cariz militar, que garante a entrega de 30 caças F-16 e de 977 milhões de euros em material militar, apenas este ano. Com Pedro Sánchez, o presidente ucraniano conseguiu receber vários mísseis para o sistema de defesa antiaéreo Patriot, que a Ucrânia tem pedido repetidamente para trazer os ataques russos na região de Kharkiv, num pacote de ajuda que supera os mil milhões de euros.

A dimensão da economia portuguesa é inferior quer à espanhola quer à belga, no entanto, o valor dos pacotes de ajuda anunciados não espelha a dimensão das economias. Dos três países, o apoio anunciado por Portugal é o mais pequeno quando comparado com o valor do seu Produto Interno Bruto (PIB). Os 126 milhões anunciados por Luís Montenegro correspondem a 0,05% do PIB português. O pacote espanhol, por sua vez, corresponde a 0,08% do seu PIB. Apesar de superior ao português, este valor fica abaixo do 0,16% do PIB que a Bélgica dedicou ao apoio militar à Ucrânia este ano.


“Aquilo que Zelensky precisa não lhe podemos dar. O presidente ucraniano precisa de militares. Nós temos contribuído com a formação no quadro policial, temos disponibilizado a capacidade de formar técnicos e especialistas em Portugal. O que Zelensky pode esperar de Portugal é o apoio político”, defende o major-general Agostinho Costa.

Para os especialistas, Portugal não poderia ir muito mais além na entrega de apoio militar. No documento, a que a CNN Portugal teve acesso, o Governo de Luís Montenegro compromete-se a participar na coligação dos aviões de combate F-16, garantindo a formação de pilotos e mecânicos ucranianos, bem como a "doação de equipamentos", embora o documento não especifique se se refere à transferência de aeronaves ou de peças necessárias para a sua manutenção.

Ao lado de Volodymyr Zelensky, o primeiro-ministro português destacou que Portugal esteve sempre na linha da frente do apoio à Ucrânia e recordou que o nosso país apoiou "de forma abrangente" a Ucrânia, ao enviar carros de combate Leopard 2A6, sistemas de veículos aéreos não-tripulados (UAV), veículos blindados de transporte de pessoal M113, veículos blindados de socorro e evacuação médica M577. Mas esses apoios podem ter-se esgotado, uma vez que o nosso país corria o risco de ficar sem capacidades para se defender em caso de necessidade.

“Portugal tem capacidade do ponto de vista militar. Temos os Leopard 2A6, entre outras viaturas, mas se as entregássemos ficávamos sem nada. Temos também os F-16 e alguma artilharia. Mas com que capacidades é que ficávamos se o entregássemos?”, questiona o major-general Agostinho Costa.


https://cnnportugal.iol.pt/guerra/ucrania/apoio-militar-a-ucrania-foi-quase-insignificante-mas-portugal-tem-uma-arma-com-enorme-valor-geoestrategico-que-mais-ninguem-tem/20240529/66564a84d34ebf9bbb3e0e46?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=ed-cnnportugal
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: Equipamento a oferecer à Ucrânia
« Responder #1266 em: Maio 29, 2024, 11:46:12 am »
Sim. O que nós mais temos é influência,  tanto é que todos os nossos "países irmãos " nos cagam na boca.

Tadinho do Zé Lensky, tão mal informado que ele anda...
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 
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Cabeça de Martelo

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Re: Equipamento a oferecer à Ucrânia
« Responder #1267 em: Maio 29, 2024, 12:33:59 pm »
Sim. O que nós mais temos é influência,  tanto é que todos os nossos "países irmãos " nos cagam na boca.

Tadinho do Zé Lensky, tão mal informado que ele anda...

Isto é mais os nossos caríssimos políticos a meterem-se em bicos dos pés... ::)
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: Equipamento a oferecer à Ucrânia
« Responder #1268 em: Maio 29, 2024, 03:38:43 pm »
Só não temos equipamento individual necessário, por desleixo das chefias e governos. Não é um investimento de propriamente 10 mil milhões fazer tais renovações (e ter uma indústria capaz de suprir tais necessidades!).

Agora, também de nada adianta ter o pessoal todo pipi, se depois a capacidade de se defenderem contra ameaças aéreas residir a uns poucos Stinger.

A não ser que a ideia passe por "parecer fixe" nas filmagens do drone Kamikaze.

O estado das viaturas de apoio é realmente patético então. Mais gritante se torna o silêncio das chefias, e de nem sequer tentarem solucionar o problema com uma encomenda das viaturas adequadas. Preferem dizer que "está tudo bem", e que só falta mesmo pessoal.

Eu acho que o DC não tem bem noção de como estão as coisas. Não é a questão do pessoal estar pipi ou tótil tático para as fotos para o tinder, é mesmo a questão que o material individual do combatente português é uma palhaçada de mau gosto.
Vejamos:

- Não há coletes balísticos, de longe, para todos os militares, e os que há, são na sua maioria da década de 90 e incompatíveis com os sistemas de carga atuais;
- Os capacetes de kevlar, muitos deles estão literalmente a desfazer-se de tanta porradinha que levaram, e novamente, são incompatíveis com os novos sistemas de montagem de material (sejam NVG, sejam rádios, seja o que for);
- Não há rádios, quer manpack, quer veiculares. Muitas das unidades ainda nem receberam o 525, estão presas ao 425, e muitos deles INOP;
- Comunicações pessoais são um mito. As tropas especiais e os BI vão tendo alguns rádios pessoais, mas completamente insuficiente e de qualidade duvidosa;
- O fardamento é escasso, tem que ser comprado, e nem para comprar há;
- As botas são super confortáveis para trabalho de gabinete mas duram 3 dias no campo;
- Não há luvas, abafos ou outras proteções para clima frio (queres? compra);
- Não há aparelhos de pontaria largamente disseminados, muito menos outro tipo de optrónica;
- Não há kits de 1ºs socorros em distribuição alargada. Há para as FND e está bom;
- Outras coisas que me esqueço.

Resumidamente, pode não custar mil milhões resolver isto, mas umas centenas ia custar.
Quer meter indústria portuguesa ao barulho?
Temos capacidade para mais ou menos tudo o que referi anteriormente. O que é inaceitável, além da malta ter que comprar o próprio camuflado para fazer serviço, é terem que comprar walkie talkies na Decathlon para exercícios, terem que comprar o seu próprio creme de camuflagem, os seus óculos de proteção, as suas próprias botas se não quiserem ficar sem sola (e ainda por cima a dotação é só de um par de botas por militar), os seus próprios abafos, etc etc etc.

Há capacidade industrial portuguesa para rádios, coletes balísticos, e capacetes, e certamente haverá para camuflados e botas em condições. Mas já nem estes últimos dois são cá feitos. E isto sim, era apoio militar para a Ucrânia, com mais valias para a indústria portuguesa.
« Última modificação: Maio 29, 2024, 04:14:29 pm por Anthropos »
 
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mafets

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Re: Equipamento a oferecer à Ucrânia
« Responder #1269 em: Maio 29, 2024, 04:06:57 pm »
O Passos, esse grande democrata. Assim que se sentou foi só cortar, exepto em algumas coisitas (para os Tejo foram 28 milhões que na sua maioria acabaram a financiar o Alfeite e um tal escritório de advogados)...  :mrgreen:

https://www.cmjornal.pt/exclusivos/detalhe/governo-gasta-348-milhoes-em-viagens

https://observador.pt/2015/06/01/passos-coelho-desbloqueia-dinheiro-madeira/

https://ionline.sapo.pt/2013/10/17/despesas-com-gabinetes-do-governo-aumentam-13-milhoes-de-euros-3/

Aliás, a falta de pagamento das Viagens do Falcon, até aprendeu com o Sócrates.  :mrgreen:

https://sol.sapo.pt/2012/04/17/governo-nao-paga-viagens-de-falcon/

Citar
a dívida mais antiga ainda é de 2006, do tempo do governo de josé sócrates, sendo que a maior parte dos pagamentos em atraso se refere ao ano de 2011, incluindo já os governantes de passos coelho.

ao todo, são 444.265 euros, segundo a declaração de recebimentos em atrasos da força aérea, a que o sol teve acesso.

Saudações  :mrgreen:

P.S. Segundo a Euro News já vamos fornecer F16 à Ucrânia. Malditos socialistas... :mrgreen:

Citar
Portugal e Ucrânia assinaram um acordo bilateral de cooperação e segurança com um horizonte de dez anos. Além do apoio de 126 milhões de euros em 2024, Lisboa fornecerá a Kiev caças F-16, assegurando a manutenção e o treino dos pilotos para o uso das aeronaves.

https://pt.euronews.com/my-europe/2024/05/28/126-milhoes-de-euros-em-apoio-militar-para-a-ucrania-ainda-este-ano-promete-portugal

P.S. Estes socialistas e comunas... :mrgreen:

https://cnnportugal.iol.pt/guerra/ucrania/montenegro-anuncia-126-milhoes-de-euros-para-a-ucrania-mas-100-milhoes-ja-vinham-de-costa/20240528/665612d8d34e049892215ba8
« Última modificação: Maio 29, 2024, 04:09:37 pm por mafets »
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

http://mimilitary.blogspot.pt/
 

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Drecas

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Re: Equipamento a oferecer à Ucrânia
« Responder #1270 em: Maio 29, 2024, 04:11:26 pm »
Só não temos equipamento individual necessário, por desleixo das chefias e governos. Não é um investimento de propriamente 10 mil milhões fazer tais renovações (e ter uma indústria capaz de suprir tais necessidades!).

Agora, também de nada adianta ter o pessoal todo pipi, se depois a capacidade de se defenderem contra ameaças aéreas residir a uns poucos Stinger.

A não ser que a ideia passe por "parecer fixe" nas filmagens do drone Kamikaze.

O estado das viaturas de apoio é realmente patético então. Mais gritante se torna o silêncio das chefias, e de nem sequer tentarem solucionar o problema com uma encomenda das viaturas adequadas. Preferem dizer que "está tudo bem", e que só falta mesmo pessoal.

Eu acho que o DC não tem bem noção de como estão as coisas. Não é a questão do pessoal estar pipi ou tótil tático para as fotos para o tinder, é mesmo a questão que o material indiivudal do combatetnte português é uma palhaçada de mau gosto.
Vejamos:

- Não há coletes balísticos, de longe, para todos os militares, e os que há, são na sua maioria da década de 90 e incompatíveis com os sistemas de carga atuais;
- Os capacetes de kevlar, muitos deles estão literalmente a desfazer-se de tanta porradinha que levaram, e novamente, são incompatíveis com os novos sistemas de montagem de material (sejam NVG, sejam rádios, seja o que for);
- Não há rádios, quer manpack, quer veiculares. Muitas das unidades ainda nem receberam o 525, estão presas ao 425, e muitos deles INOP;
- Comunicações pessoais são um mito. As tropas especiais e os BI vão tendo alguns rádios pessoais, mas completamente insuficiente e de qualidade duvidosa;
- O fardamento é escasso, tem que ser comprado, e nem para comprar há;
- As botas são super confortáveis para trabalho de gabinete mas duram 3 dias no campo;
- Não há luvas, abafos ou outras proteções para clima frio (queres? compra);
- Não há aparelhos de pontaria largamente disseminados, muito menos outro tipo de optrónica;
- Não há kits de 1ºs socorros em distribuição alargada. Há para as FND e está bom;
- Outras coisas que me esqueço.

Resumidamente, pode não custar mil milhões resolver isto, mas umas centenas ia custar.
Quer meter indústria portuguesa ao barulho?
Temos capacidade para mais ou menos tudo o que referi anteriormente. O que é inaceitável, além da malta ter que comprar o próprio camuflado para fazer serviço, é terem que comprar walkie talkies na Decathlon para exercícios, terem que comprar o seu próprio creme de camuflagem, os seus óculos de proteção, as suas próprias botas se não quiserem ficar sem sola (e ainda por cima a dotação é só de um par de botas por militar), os seus próprios abafos, etc etc etc.

Há capacidade industrial portuguesa para rádios, coletes balísticos, e capacetes, e certamente haverá para camuflados e botas em condições. Mas já nem estes últimos dois são cá feitos. E isto sim, era apoio militar para a Ucrânia, com mais valias para a indústria portuguesa.

E para além do dig or die  :mrgreen: o melhor equipamento individual também salva vidas
 

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dc

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Re: Equipamento a oferecer à Ucrânia
« Responder #1271 em: Maio 29, 2024, 05:03:20 pm »
Eu acho que o DC não tem bem noção de como estão as coisas. Não é a questão do pessoal estar pipi ou tótil tático para as fotos para o tinder, é mesmo a questão que o material individual do combatente português é uma palhaçada de mau gosto.
Vejamos:

- Não há coletes balísticos, de longe, para todos os militares, e os que há, são na sua maioria da década de 90 e incompatíveis com os sistemas de carga atuais;
- Os capacetes de kevlar, muitos deles estão literalmente a desfazer-se de tanta porradinha que levaram, e novamente, são incompatíveis com os novos sistemas de montagem de material (sejam NVG, sejam rádios, seja o que for);
- Não há rádios, quer manpack, quer veiculares. Muitas das unidades ainda nem receberam o 525, estão presas ao 425, e muitos deles INOP;
- Comunicações pessoais são um mito. As tropas especiais e os BI vão tendo alguns rádios pessoais, mas completamente insuficiente e de qualidade duvidosa;
- O fardamento é escasso, tem que ser comprado, e nem para comprar há;
- As botas são super confortáveis para trabalho de gabinete mas duram 3 dias no campo;
- Não há luvas, abafos ou outras proteções para clima frio (queres? compra);
- Não há aparelhos de pontaria largamente disseminados, muito menos outro tipo de optrónica;
- Não há kits de 1ºs socorros em distribuição alargada. Há para as FND e está bom;
- Outras coisas que me esqueço.

Resumidamente, pode não custar mil milhões resolver isto, mas umas centenas ia custar.
Quer meter indústria portuguesa ao barulho?
Temos capacidade para mais ou menos tudo o que referi anteriormente. O que é inaceitável, além da malta ter que comprar o próprio camuflado para fazer serviço, é terem que comprar walkie talkies na Decathlon para exercícios, terem que comprar o seu próprio creme de camuflagem, os seus óculos de proteção, as suas próprias botas se não quiserem ficar sem sola (e ainda por cima a dotação é só de um par de botas por militar), os seus próprios abafos, etc etc etc.

Há capacidade industrial portuguesa para rádios, coletes balísticos, e capacetes, e certamente haverá para camuflados e botas em condições. Mas já nem estes últimos dois são cá feitos. E isto sim, era apoio militar para a Ucrânia, com mais valias para a indústria portuguesa.

O que eu estava a dizer, de forma bastante resumida, é que não podemos ter esta mentalidade de "antes de investir naquilo, temos de investir nisto". Não dá para usar a retórica de "epá, se não temos A, para que vamos ter B?".

É exactamente isto que acontece durante anos (décadas) nas FA, em que se investe só numa coisa porque é a coisa que está "na moda", e o resto passa tudo para segundo plano.
Eu não vou sequer aceitar o raciocínio de "nós não temos coletes ou fardas - logo não precisamos de blindados modernos".

Precisamos de praticamente tudo, e é preciso reformular e reestruturar tudo no EP, e também nos 3 ramos. Se parte da resolução dos problemas, puder ser feita através de trocas directas de material fornecido à Ucrânia (M-113 por Bradley por exemplo), que seja, já que isto facilitará a alocação de verbas para o resto.

O facto de não termos indústria de Defesa, é culpa nossa e apenas nossa. Especialmente indústrias associadas ao fardamento, que permitem ao país ter uma área que se mantém de pé independentemente de crises económicas, enquanto houver FA e FS para equipar.
 

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Re: Equipamento a oferecer à Ucrânia
« Responder #1272 em: Maio 30, 2024, 08:50:47 am »
Saab 340 Airborne Surveillance & Control (ASC) for Ukraine
(29 de Maio de 2024)
Citação de: Scramble
On 29 May 2024, the Swedish government announced that it will donate USD 1,2 billion in military aid to Ukraine.

Swedish Defence Minister Pål Jonsson said that the donation includes air defence, artillery ammunition and armoured vehicles, but also two Saab S100D Airborne Surveillance & Control (ASC) aicraft. These aircraft would complement and reinforce the donations of F-16 fighter jets.

It has not been reported when the ASC aircraft will go to Ukraine. Currently, Sweden relies on two S100D and two S102B Korpen Signal Intelligence (SIGINT) modified Gulfstream IVs for their Airborne Early Warning & Control (AEW&C) capability.

On 30 June 2022, Saab announced that the Swedish Defence Material Administration (FMV) had placed an order for two S106 GlobalEye AEW&C aircraft, with an option for two more. The aircraft are to be delivered in 2027.

Jonsson said that the donation of the two ASC aircraft means "a temporary decline in the Swedish defence capability. This means that they will be delivered before the first GlobaEye AEW&C aircraft enter service.

Sweden once operated a fleet of six S100B/D ASC aircraft. Four of these were sold, with two aircraft going to Thailand in 2012 and two to the United Arab Emirates in 2011. The last two returned to Sweden in December 2020 and were sold to Poland. The two remaining aircraft, S100D 100003 and 100004 are operated by the 74 Special Avn Squadron aty Linköping-Malmen.
Fonte: https://www.scramble.nl/military-news/saab-340-airborne-surveillance-control-asc-for-ukraine

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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dc

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Re: Equipamento a oferecer à Ucrânia
« Responder #1273 em: Maio 30, 2024, 07:24:17 pm »
Já tinha falado da utilidade que teria a cedência de aeronaves AEW a hélice para a Ucrânia. Até podiam ter sido alguns E-2.  :G-beer2:
 
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mafets

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Re: Equipamento a oferecer à Ucrânia
« Responder #1274 em: Maio 31, 2024, 04:36:13 pm »
Afinal sempre são uteis. Havia quem  dissesse que não, que os da Nato faziam o trabalho e que não fazia sentido no meio de uma guerra.  :mrgreen: :mrgreen:

https://www.dn.pt/3550840063/ucrania-vai-receber-da-suecia-olhos-para-os-f-16/



Saudações  :mrgreen:

P.S. Dois destes também davam jeito.  ;)


Citar
The Swedish Air Force operates four Gulfstream IVs, two are modified G-IV SPs in the SIGINT role and are designated S 102B Korpen (Raven).
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

http://mimilitary.blogspot.pt/
 
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