União Europeia

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Duarte

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Re: União Europeia
« Responder #330 em: Agosto 24, 2025, 05:26:48 pm »
слава Україна!
“Putin’s failing Ukraine invasion proves Russia is no superpower".
"Every country has its own Mafia. In Russia the Mafia has its own country."
"L'union fait la force." - Muita atenção aos que semeiam o desacordo e espalham propaganda.
 

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Re: União Europeia
« Responder #331 em: Setembro 03, 2025, 04:05:57 pm »
Bruxelas fecha acordo histórico com o Mercosul para subir exportações em 40%

A Comissão Europeia apresentou esta quarta-feira os tratados que serão agora enviados aos Estados-membros para serem (ou não ) retificados. Acordo demorou duas décadas a ser negociado e beneficia indústria agroalimentar portuguesa.



 O objetivo é criar a maior área de comércio livre do mundo, cobrindo um mercado potencial de 700 milhões de consumidores e encontrar alternativas viáveis face ao recuo dos EUA com a nova política de tarifas gerais de 15% sobre os produtos da União Europeia.

O Executivo comunitário apresentou nesta quarta-feira os tratados que finalmente consolidarão o acordo do Mercosul, bem como a ampliação e atualização do acordo já existente com o México. Os acordos visam consolidar as relações comerciais com a Argentina, o Brasil, o Paraguai e o Uruguai, que criará a maior zona de comércio livre do mundo, com um mercado de mais de 700 milhões de consumidores, além de reforçar as alianças estratégicas da Europa.

 Com o novo acordo, que deverá ser ratificado pelos Estados-membros antes do final do ano, grande parte das tarifas que mantinham o comércio de bens entre as duas regiões estagnado em 100 mil milhões de euros será eliminada. Quando as novas condições entrarem em vigor, Bruxelas prevê que as exportações europeias poderão aumentar rapidamente em até 39%, somando um valor de quase 50 mil milhões de euros, face ao existente.

Apesar das dúvidas levantadas pela França e Polónia, que procuram defender as respetivas indústrias agrícolas da concorrência que os produtos provenientes desses mercados poderiam representar, Bruxelas acredita ter apoio suficiente para levar por diante a proposta agora fechada. O objetivo é também ter opções noutras geografias, dados os entraves criados pelos EUA.

“Os acordos com o Mercosul e o México são marcos importantes para o futuro económico da UE. Continuamos a diversificar o nosso comércio, a promover novas parcerias e a criar novas oportunidades de negócio”, referiu a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen citada no comunicado de Bruxelas. “As empresas da UE e o setor agroalimentar da UE colherão imediatamente os benefícios da redução das tarifas e dos custos, contribuindo para o crescimento económico e a criação de emprego.”

 Quanto à atualização do acordo com o México, Bruxelas acredita que vai proprcionar um “acesso crucial a matérias-primas essenciais, beneficiando assim indústrias estratégicas para a Europa”, sendo o México um dos principais fornecedores de produtos usados na siderurgia e cerâmica, farmacêutica e cosméticos.

Também o presidente do Conselho Europeu, António Costa, saudou o acordo.

Portugal entre os ganhadores

O principal elemento do acordo comercial é a retirada das tarifas que incidem sobre as exportações europeias para os países do Mercosul, consideradas demasiado elevadas. No setor agroalimentar, por exemplo, produtos como vinho, refrigerantes, espumantes e outras bebidas alcoólicas suportam tarifas de até 35%, enquanto chocolate, bolos e biscoitos têm taxas em torno de 20%, o queijo é tributado em 28% e o azeite em 10%.

A retirada das tarifas, especialmente as do azeite e do vinho, é particularmente relevante para Portugal, um dos principais exportadores para a região. De acordo com dados do Ministério da Agricultura, a média de exportações de azeite para os países do Mercosul entre 2019 e 2023 foi de 276 milhões de euros. No vinho foi de 71 milhões de euros, em média. O principal mercado é o Brasil (99% das exportações) e o Uruguai (1%). Desta região, Portugal importa sobretudo soja, milho e açúcar

No conjunto, estima-se que o bloco dos quatro países do Mercosul eliminará as tarifas sobre 93% das exportações da UE, enquanto o europeu fará o mesmo com 82% das importações agroalimentares provenientes da Argentina, Brasil, Paraguai ou Uruguai.

Além do setor agrícola, o acordo comercial adotado pela Comissão Europeia prevê a eliminação progressiva das tarifas ao longo de um período de 10 anos. Nesse contexto, os setores mais beneficiados serão o automóvel, a moda e o couro, que suportam tarifas de 35%; a maquinaria e os produtos químicos e farmacêuticos.

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/europa/uniao-europeia/detalhe/bruxelas-fecha-acordo-historico-com-o-mercosul-para-aumentar-exportacoes-em-40#loadComments

Um acordo muito importante, em particular para Portugal!
 

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MMaria

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Re: União Europeia
« Responder #332 em: Setembro 03, 2025, 06:06:14 pm »
...O principal mercado é o Brasil (99% das exportações) e o Uruguai (1%).
...

Como mudou o discurso... depois do Trump...

Mas ó, no setor do vinho e azeite para o Brasil terão concorrência acirrada com os argentinos e chilenos, seus produtos já estão consolidados por cá e, sinceramente, não há diferença de qualidade para o dia a dia.

Meus pais e avós só consumiam vinho e azeite 'da terrinha' (português ou italiano), da minha geração em diante pouco importa, a não ser em ocasiões de família, para agradar os velhos.

 ::)
 

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mayo

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Re: União Europeia
« Responder #333 em: Setembro 03, 2025, 11:59:40 pm »
É o fim da agricultura na UE !

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Duarte

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Re: União Europeia
« Responder #334 em: Setembro 04, 2025, 04:12:52 am »
Faltam agora acordos com o Canadá, México, Austrália, Japão, etc.
Os EUA que fiquem a falar sozinhos com as suas tarifas idiotas. Quando os MAGAtrasados ficarem desempregados hão de acordar. 
слава Україна!
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Re: União Europeia
« Responder #335 em: Setembro 04, 2025, 09:41:19 am »
Faltam agora acordos com o Canadá, México, Austrália, Japão, etc.
Os EUA que fiquem a falar sozinhos com as suas tarifas idiotas. Quando os MAGAtrasados ficarem desempregados hão de acordar.

Já existe acordo com o México e com o Japão. Falta com esses 2 e com outros parceiros!
 
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mayo

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Re: União Europeia
« Responder #336 em: Setembro 04, 2025, 10:35:26 am »
Faltam agora acordos com o Canadá, México, Austrália, Japão, etc.
Os EUA que fiquem a falar sozinhos com as suas tarifas idiotas. Quando os MAGAtrasados ficarem desempregados hão de acordar.

Os europeus é que vão ficar desempregados, quando chegarem produtos , mais baratos, sem normas sanitarias, sociais, ambientais , feitos com produtos proibidos na UE, vais ser um massacre ! :bang:
« Última modificação: Setembro 04, 2025, 02:01:04 pm por mayo »
 

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Cabeça de Martelo

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Re: União Europeia
« Responder #337 em: Setembro 04, 2025, 01:31:55 pm »
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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MMaria

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Re: União Europeia
« Responder #338 em: Setembro 04, 2025, 01:58:36 pm »
Acordo Mercosul-UE:

Uns 230 milhões de lusoparlantes, outros 120M de hispanos e o resto dividido entre as miríade de línguas que se falam em europa.

De se pensar.

 :arrow:
 

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Cabeça de Martelo

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Re: União Europeia
« Responder #339 em: Setembro 04, 2025, 02:17:47 pm »
Mercosul: Conheça os detalhes do acordo que vai ajudar a “fintar as tarifas de Trump”
Fátima Castro

Se o acordo for aprovado pelos Estados-membros dos dois blocos será consolidada a maior zona de comércio livre à escala global. As exportações europeias poderão crescer 39%.

O processo de adoção do acordo comercial da União Europeia com o Mercosul está acelerar. Bruxelas apresentou esta quarta-feira as propostas que irá enviar aos Estados-Membros para aprovação, de modo a tornar a União Europeia (UE) “mais forte” e ao mesmo tempo “fintar as tarifas de Trump”. O objetivo passa por aumentar em 39% as exportações anuais da UE para o bloco económico, significando mais 49 mil milhões de euros em bens vendidos. Fique a conhecer os principais detalhes deste acordo que ainda tem de ser aprovado pelo Parlamento Europeu.

O acordo que visa criar “a maior zona de comércio livre do mundo”, com um mercado de mais de 700 milhões de consumidores, quer reduzir as tarifas sobre matérias-primas essenciais e produtos derivados, bem como garantir que as empresas europeias poderão concorrer a contratos públicos em igualdade de condições com as empresas da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.

Um dos pontos essenciais passa por diminuir “os encargos aduaneiros muitas vezes proibitivos para as exportações da UE” para o Mercosul, incluindo os “produtos industriais essenciais, como automóveis (hoje com taxas de 35%), maquinaria (entre 14% e 20%) e indústria farmacêutica (até 14%)”.



De acordo com o executivo comunitário, o acordo de parceria defende os interesses dos agricultores e produtores de alimentos europeus, facilitando o aproveitamento das novas oportunidades no Mercosul. No entanto, Bruxelas garante que não altera os padrões de segurança e que “qualquer produto que entre no mercado da UE deve cumprir os rigorosos padrões de segurança alimentar da UE”.

A Comissão Europeia prometeu que vai proteger os agricultores de disrupções provocadas pelo acordo com o Mercosul, introduzindo assim “fortes salvaguardas”. “Nós ouvimo-los, este acordo é um novo acordo do Mercosul, ouvimos todas as pessoas que queriam este acordo, desde os nossos parceiros no Mercosul aos nossos Estados-membros, e representantes do setor agrícola, para ter a certeza de que o acordo é bom e justo”, disse o comissário europeu para o Comércio, Maroš Šefčovič, em conferência de imprensa, em Bruxelas.

As salvaguardas são precisamente um dos pontos mais importantes, uma vez que permitem proteger os produtores, em determinados mercados ou Estados-Membros, caso se verifique um crescimento prejudicial das importações a partir dos quatro países. Esta ferramenta permite a Bruxelas monitorizar a situação – durante um período de cerca de seis meses – e, caso se justifique, aplicar tarifas unilaterais para controlar eventuais disrupções do mercado.

Depois de 25 anos de negociações, a UE e os países Mercosul concluíram o acordo comercial em dezembro do ano passado, sendo o envio dos termos do acordo de parceria UE-Mercosul, com o qual Bruxelas espera também importações mais baratas dos quatro países sul-americanos, mais uma fase importante do processo.

É esperado que as exportações agroalimentares da UE para o Mercosul cresçam quase 50%, já que o acordo vai reduzir as altas tarifas sobre os principais produtos agroalimentares da UE, especificamente vinho e bebidas espirituosas (até 35%), chocolate (20%) e azeite (10%).

O acordo irá acabar com a “concorrência desleal” de produtos do Mercosul que imitam mercadorias originais europeias, protegendo 344 indicações geográficas da UE. “Este é o maior número de indicações geográficas protegidas num acordo da UE, tornando os procedimentos de segurança alimentar mais claros, previsíveis e menos complexos para os exportadores da UE”, explica a Comissão Europeia.

Além disso, com este acordo as empresas da UE poderão concorrer a contratos públicos em igualdade de condições com as empresas do Mercosul e ter acesso preferencial exclusivo a algumas matérias-primas e produtos essenciais. O acordo ajudará a combater a resistência antimicrobiana, promover padrões de bem-estar animal e reforçar o fluxo de informações para manter produtos perigosos fora do mercado.

Em linhas gerais, esta parceria UE-Mercosul aumentará a competitividade das empresas da UE, através da eliminação das tarifas sobre uma ampla gama de produtos, redução de barreiras não tarifárias e simplificação dos procedimentos alfandegários ao tornar mais fácil e barato para as empresas da UE exportarem para os países do Mercosul.

Para o executivo comunitário, isto permitirá que as empresas da UE concorram de forma mais eficaz com outros players mundiais, aumentem a sua participação de mercado nos países do Mercosul e beneficiem de novas oportunidades de negócios.

Bruxelas anunciou ainda a ampliação e atualização do acordo já existente com o México, que representa atualmente mais de 70 mil milhões de euros anuais em exportações europeias e cerca de 630 mil empregos. Segundo a informação disponibilizada pelo executivo comunitário, o “acordo modernizado” com o México, que existe desde 2000, vai “eliminar os encargos aduaneiros restritivos restante às exportações agroalimentares” para o país que é “um dos mais antigos parceiros e o segundo maior parceiro comercial na América Latina”.

Neste acordo estão incluídos o queijo, as carnes de frango e porco, massa, maçãs, geleias e também o chocolate e o vinho. O acordo visa ainda a “proteção de imitação de 568 produtos alimentares e bebidas europeias tradicionais e de alta qualidade”.

“Remover estas tarifas, que de momento são de até 100% em certas exportações da UE, vai fazer com que os produtos da União Europeia sejam bastante mais competitivos no México”, acrescentou a Comissão Europeia, revelando que também vai fazer com que seja “mais rápido e mais barato” para os exportadores agroalimentares do bloco político-económico europeu vender no México.

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, defendeu na quarta-feira que os acordos com o Mercosul e com México fazem com que a União Europeia (UE) seja “mais forte” e que há benefícios para os dois lados.

“Saúdo a apresentação pela Comissão Europeia dos textos do Acordo de Parceria entre a UE e o Mercosul e do Acordo Global atualizado com o México”, escreveu António Costa nas redes sociais, acrescentou que “cabe agora aos Estados-membros tomar decisões”.

Também a presidente da Comissão Europeia já expressou a sua satisfação com este acordo. “O acordo com o Mercosul e o México são marcos importantes para o futuro económico da UE. Continuamos a diversificar nosso comércio, a promover novas parcerias e a criar novas oportunidades de negócios”, disse Ursula von der Leyen, citada em comunicado.

“As empresas e o setor agroalimentar da UE vão colher imediatamente os benefícios de tarifas e custos mais baixos, contribuindo para o crescimento económico e a criação de empregos”, destaca a líder da Comissão Europeia.

O documento vai seguir agora para as capitais europeias para receber luz verde, sendo que Bruxelas espera concluir o processo até ao final do ano. Se aprovado pelos Estados-membros dos dois blocos será consolidada a maior zona de comércio livre à escala global, apesar de ter o chumbo certo de países com França, Irlanda e Polónia, o que por si não é impeditivo que entre em vigor. Para os franceses, o maior produtor de carne bovina da União Europeia, o acordo é “inaceitável”, de acordo com a Reuters.

No entanto, o acordo ganhou recentemente visibilidade e alguma urgência, numa altura em que já estão em vigor as tarifas de 15% dos Estados Unidos sobre a União Europeia. Em julho, as empresas portuguesas já pediam rapidez nas negociações do acordo com o Mercosul, para abrir novos mercados e explorar novas alternativas para mitigar o impacto das tarifas norte-americanas.

https://eco.sapo.pt/2025/09/04/mercosul-conheca-os-detalhes-do-acordo-que-vai-ajudar-a-fintar-as-tarifas-de-trump/
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Cabeça de Martelo

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Re: União Europeia
« Responder #340 em: Setembro 11, 2025, 06:31:26 pm »
Lagarde decreta que o “processo de desinflação acabou” na Zona Euro
Luís Leitão

Para a presidente do Banco Central Europeu, a desinflação terminou e os riscos de crescimento estão mais equilibrados, reforçando um cenário de maior confiança na economia da Zona Euro.

Christine Lagarde enviou um sinal claro aos mercados, ao anunciar que o processo de controlo de preços na área do euro terminou e os riscos para o crescimento económico estão agora mais equilibrados. “O processo de desinflação acabou”, declarou Christine Lagarde aos jornalistas, esta quinta-feira, numa das afirmações mais marcantes da conferência de imprensa a que se seguiu o anúncio de mais uma pausa no ciclo de cortes das taxas de juro.

A presidente do BCE sublinhou ainda que a Zona Euro continua “numa boa posição”, destacando que “a inflação está onde queremos que esteja”, refletindo a satisfação da instituição com o regresso da inflação ao objetivo de 2%.

E quando questionada sobre a crise política e orçamental que França vive atualmente, e o impacto que poderá ter na economia europeia, apesar de preferir não fazer qualquer comentário específico à situação, destacou estar “confiante de que os países, todos eles, vão querer respeitar as regras orçamentais”.

Citar
O Banco Central Europeu vê agora cenários positivos que podem impulsionar o crescimento, incluindo gastos mais elevados em defesa e infraestruturas e reformas que aumentem a produtividade.

Ainda no seguimento da análise à situação francesa, a presidente do BCE observou que “os mercados de obrigações soberanas da Zona Euro estão ordenados e funcionam com liquidez adequada”, sugerindo que a instituição não vê, por agora, sinais de stress nos mercados de dívida soberana apesar das preocupações políticas e apesar das yields das obrigações do Tesouro de França ter alcançados valores recorde nos últimos dias.

A mudança de tom da presidente do BCE face às anteriores conferências de imprensa surge num contexto em que a inflação da Zona Euro em agosto fixou-se nos 2,1%, mantendo-se praticamente alinhada com o objetivo do banco central. Além disso. Christine Lagarde destacou também que “os indicadores de inflação subjacente são consistentes com o nosso objetivo de 2%”, reforçando a confiança na estabilização dos preços.

A líder do banco central salientou também que “os riscos para o crescimento económico estão mais equilibrados”. Esta avaliação representa uma evolução face às preocupações anteriores sobre os impactos negativos das tensões comerciais e da instabilidade geopolítica.

Christine Lagarde explicou que “enquanto os acordos comerciais recentes reduziram a incerteza, uma renovada deterioração das relações comerciais poderia ainda amortecer as exportações e arrastar o investimento e o consumo para baixo”. Contudo, o banco central vê agora cenários positivos que podem impulsionar o crescimento, incluindo gastos mais elevados em defesa e infraestruturas e reformas que aumentem a produtividade.

Citar
Christine Lagarde revelou que “o crescimento moderado dos salários manterá controladas as pressões de preços domésticos”, destacando a importância desta variável para a sustentabilidade da estabilidade de preços na Zona Euro.

O crescimento económico da Zona Euro deverá atingir 1,2% em 2025, uma revisão em alta face aos 0,9% projetados em junho, embora as projeções para 2026 tenham sido ligeiramente reduzidas para 1,0%. Lagarde atribuiu esta resiliência à “força da procura interna”, destacando que “a economia cresceu devido à resistência da procura doméstica”.

A presidente do BCE analisou também em mais detalhe o mercado laboral da área do euro, destacando que o BCE continua a monitorizar de perto a evolução dos salários como indicador-chave das pressões inflacionárias domésticas, afirmando que “o crescimento moderado dos salários manterá controladas as pressões de preços domésticos”, destacando a importância desta variável para a sustentabilidade da estabilidade de preços.

“Os indicadores prospetivos sugerem que o crescimento dos salários moderará ainda mais”, acrescentou a presidente do banco central, sinalizando que o mercado de trabalho continua a funcionar de forma equilibrada sem gerar pressões excessivas sobre os custos das empresas.

A postura mais confiante do BCE reflete-se nas expectativas dos mercados, nos quais os traders de taxa de juro têm reduzido as suas apostas em novos cortes das taxas. Os contratos de swaps implicam agora apenas cerca de 14 pontos base de alívio até ao final do ano, sugerindo menos de 60% de probabilidade de um corte adicional.

Esta mudança de perspetiva contrasta com as expectativas de três cortes da Reserva Federal americana até ao final de 2025, que os traders mantêm totalmente descontadas nos mercados. A divergência entre as trajetórias das duas principais economias mundiais pode ter implicações significativas para os fluxos de capital e as taxas de câmbio.

O BCE demonstra assim que, apesar da maior confiança na trajetória atual da economia e da inflação, mantém toda a sua panóplia de instrumentos disponível para responder a eventuais choques externos ou alterações nas condições económicas. A mensagem é de que o BCE está numa “boa posição” mas permanece vigilante e preparado para agir, se necessário.

https://eco.sapo.pt/2025/09/11/lagarde-decreta-que-o-processo-de-desinflacao-acabou-na-zona-euro/
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-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Cabeça de Martelo

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Re: União Europeia
« Responder #342 em: Hoje às 11:22:09 am »
https://eco.sapo.pt/2025/09/17/partidos-preocupados-com-proposta-da-ue-que-e-ataque-inaceitavel-as-mensagens-privadas-dos-cidadaos/

Aí está o vosso desejado Big Brother do Bem

Só agora é que acordaste para isto? Já vou lendo sobre o assunto à meses. Ah e o Bloco da Direita (tens direitos de autor sobre esta designação?), tem vindo a dizer que é totalmente contra.
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Re: União Europeia
« Responder #343 em: Hoje às 12:59:18 pm »
https://eco.sapo.pt/2025/09/17/partidos-preocupados-com-proposta-da-ue-que-e-ataque-inaceitavel-as-mensagens-privadas-dos-cidadaos/

Aí está o vosso desejado Big Brother do Bem

Só agora é que acordaste para isto? Já vou lendo sobre o assunto à meses. Ah e o Bloco da Direita (tens direitos de autor sobre esta designação?), tem vindo a dizer que é totalmente contra.

Há anos que os federastas da UE sonham com uma censura a chinesa ! Mas eles podem, porque são o "campo do bem ".   :G-bigun:

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Cabeça de Martelo

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Re: União Europeia
« Responder #344 em: Hoje às 02:43:06 pm »
Se for uma censura à russa já é bom? Nas minhas bandas o pessoal não gosta é de censura.
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