Se te deres ao trabalho de ir ver o meu historial de posts sobre o ST, verás que eu nunca achei que fosse a situação ideal, mas que compreendo a escolha e acho que é uma boa solução que permite agregar várias funções, como treino e CAS, envolvendo ao mesmo tempo a indústria portuguesa. Ou seja, foi uma boa solução, embora não a ache ideal… aliás, tu nunca chegaste a dizer que outra plataforma poderia reunir esses três critérios e ser mais adequada que o ST, mas isso são outros quinhentos…
O teu historial diz que passas o tempo a criticar quem crítica a compra dos ST. Como se a Embraer ou o ST fossem teus familiares. Não venhas agora retrair-te das tuas posições acerca do tema.
Lá estás tu a ser desonesto. Os critérios da escolha do ST não foram esses. Os critérios foram a Embraer querer que nós os comprássemos, e por cá tentaram inventar desculpa esfarrapada para tentar justificar o investimento.
Se esses 3 critérios que tu cospes para aqui fossem verdadeiros, teriam sido realizados testes, e eventualmente um concurso, para perceber qual a melhor opção para a FAP.
Mas respondendo à tua pergunta hipotética. O TA-50 seria uma opção melhor.
-faz treino avançado, inclusive conversão operacional (ao contrário do ST);
-faz CAS em vários tipos de TOs (o ST apenas em baixa intensidade);
-teria forte possibilidade de envolver a indústria nacional, de forma bem mais relevante e com maior potencial de mercado.
Com o bónus de:
-ter capacidade de combate mais abrangente, incluindo BVR, oferecendo muito mais "bang for buck";
-permitir treino dissimilar para as esquadras de Monte Real.
Agora tu vais usar o argumento do preço, porque o país não é rico (excepto quando dizes que a FAP devia ter 15 KCs, aí já somos riquíssimos). Mas aí já estás a dizer que o custo desta frota é mais importante do que a sobrevivência dos pilotos (em CAS) ou do que a multitude de missões que uma alternativa mais cara pode oferecer, e que até tem mais potencial de exportação.
Mas se queres falar de preços, podemos falar.
Podemos falar numa solução que permitisse minimizar os custos com as frotas de treino, para dar primazia às frotas operacionais.
Neste caso, só tinhas que adquirir o PC-21, mais barato e com cadeia logística assente na Europa, enviar para o estrangeiro pilotos para fazer a conversão operacional, e não ter nesta frota critério CAS.
Este suposto critério CAS, seria cumprido pelos F-16, helicópteros que o Exército já vai adquirir, e eventualmente por uns tão necessários UCAVs, que apesar de mais caros que um LAA, não colocam pilotos em risco.
Quanto à questão das valências, estás mais uma vez a ser desonesto… então a valência a ser coberta pelos F-35 nunca existiu? Devias explicar isso aos pilotos da 201 e da 301, que andam enganados há este tempo todo… Pelo contrário, explica-me lá onde é que Portugal já alguma vez teve capacidade de reabastecimento aéreo e como é que as duas situações são equivalentes… em menos de 4000 caracteres, excluindo espaços, por favor.
Rapaz, a FAP nunca teve um caça furtivo. Seguindo o teu próprio argumento, qualquer pessoa pode vir aqui dizer que não precisamos de um agora, optando por um 4.5G, "porque até agora sobrevivemos sem um caça 5G".
O mesmo podiam argumentar para a necessidade de baterias AA de médio alcance ou BMD, e tantas outras coisas que hoje consideramos necessidades.
Mas se tu não compreendes a estupidez do teu argumento, epá, não há nada a fazer.
PS para quem se queixava que as pessoas usavam sempre o mesmo insulto, tu recorres sempre ao do "número de caracteres".

P.S.- Para ires buscar portugueses à Venezuela ou África, ou Timor, podes usar MRTT do consórcio, como parte das tuas horas. É k tipo de missão estratégica que assenta que nem uma luva ao avião. Não precisas de ter MRTT só teus…
Eu não disse que precisávamos de MRTT só nossos.
Eu disse que para nós, qualquer solução AAR, tem que estar disponível o ano todo, para, em caso de necessidade, cumprir missões no meio do Atlântico com F-16 de MR (QRA e não só).
A solução MMF, só funcionaria para nós, com a presença de aeronaves em Portugal/Ocidente de Espanha. Caso contrário, não vale a pena investir tanto dinheiro no MMF, devendo-se procurar outras soluções.
Uma possível solução, é argumentar com os holandeses o facto deles terem territórios ultramarinos na América Central, e portanto 2 ou 3 MRTT do MMF nos Açores fazerem sentido.
Entre elas:
-QRA nos Açores e/ou Madeira (sob risco do pessoal das esquadras querer sair), e entramos no MMF com uma participação reduzid;
-deixamos tudo como está, e nem o nosso triângulo estratégico defendemos;
-negoceia-se com os americanos uma parceria para podermos usar as suas aeronaves AAR nos Açores, para defesa do Atlântico e até para permitir missões em África (seguindo os interesses do AFRICOM);
-negoceia-se com os britânicos ou com os franceses o destacamento dos seus MRTT nos Açores, com o argumento dos seus territórios ultramarinos;
-cria-se um consórcio novo com França, RU e Holanda/MMF nos Açores, jogando com os territórios ultramarinos de todos eles.
-caso tudo acima falhe, tens que comprar aeronaves dedicadas.
E se é para comprar aeronaves de transporte maior, entre comprar A-400 e entrar no MMF, ou comprar MRTT e entrar no SAC, prefiro este último.
Não disse que as missões em causa seriam de repatriamento. Disse que as missões não se resumem ao nosso triângulo estratégico.
Eu não quero CAS para nada… acho que não é necessário, mas isso sou eu… aparentemente a FA quer, e os “bichos” estão quase a chegar, é uma facto consumado. A minha questão, no outro tópico, era qual outra plataforma pode fazer as duas coisas e incorporar a indústria nacional, melhor que o ST. Tenho todo o prazer em saber qual a tua opinião, no tópico do ST, não aqui… este é para o MRTT… e quando responderes, por favor não evites responder dizendo pela 3492a vez aqui no fórum que erro foi a aquisição e como estão todos de compadrio com a Embraer… estou genuinamente interessado em saber que outra plataforma faria CAS e treino simultaneamente, ao mesmo tempo que incorpora tecnologia e a indústria nacionais. Nem mais, nem menos…
Isso já foi respondido. Tu optares por ignorar ou descartar a resposta, é contigo.
O critério CAS não é a FAP que quer. O critério CAS normalmente são as forças terrestres que pedem (a FAP não tem um SOCOM, logo não existe esta necessidade dentro do ramo). Portanto ou os Fuzos, ou o EP. O EP quer helicópteros, e possivelmente UCAVs, os Fuzos/MGP deverão querer um meio embarcado. Isto deixa a FAP com o ST que ninguém pediu, e que o próprio ramo não precisa para essas funções. Estranho não?
Em 20 anos de luta contra o terrorismo, nunca surgiu esta necessidade. E de repente, quando o foco é alta intensidade, optamos por comprar isto? Não tem nexo.
Das duas uma:
-a FAP não queria LAA nenhum para CAS, e foi-lhe impingida esta opção;
-a FAP quis um LAA, e cagou por completo na sobrevivência dos pilotos, ao escolher uma aeronave tripulada ao invés de um UCAV, como vários países têm feito.
Ambos os casos são negativos.