A330 MRTT para a FAP ?

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Pneucareca

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Re: A330 MRTT para a FAP ?
« Responder #525 em: Julho 05, 2025, 11:05:24 pm »
Mas queres CAS para quê? E mesmo que sim resolvias isso com um meio mais barato.
 

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JohnM

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Re: A330 MRTT para a FAP ?
« Responder #526 em: Julho 05, 2025, 11:33:49 pm »
Mas queres CAS para quê? E mesmo que sim resolvias isso com um meio mais barato.
Eu não quero CAS para nada… acho que não é necessário, mas isso sou eu… aparentemente a FA quer, e os “bichos” estão quase a chegar, é uma facto consumado. A minha questão, no outro tópico, era qual outra plataforma pode fazer as duas coisas e incorporar a indústria nacional, melhor que o ST. Tenho todo o prazer em saber qual a tua opinião, no tópico do ST, não aqui… este é para o MRTT… e quando responderes, por favor não evites responder dizendo pela 3492a vez aqui no fórum que erro foi a aquisição e como estão todos de compadrio com a Embraer…  estou genuinamente interessado em saber que outra plataforma faria CAS e treino simultaneamente, ao mesmo tempo que incorpora tecnologia e a indústria nacionais. Nem mais, nem menos…
« Última modificação: Julho 05, 2025, 11:50:25 pm por JohnM »
 
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Re: A330 MRTT para a FAP ?
« Responder #527 em: Julho 07, 2025, 03:04:41 pm »
Se te deres ao trabalho de ir ver o meu historial de posts sobre o ST, verás que eu nunca achei que fosse a situação ideal, mas que compreendo  a escolha e acho que é uma boa solução que permite agregar várias funções, como treino e CAS, envolvendo ao mesmo tempo a indústria portuguesa. Ou seja, foi uma boa solução, embora não a ache ideal… aliás, tu nunca chegaste a dizer que outra plataforma poderia reunir esses três critérios e ser mais adequada que o ST, mas isso são outros quinhentos…

O teu historial diz que passas o tempo a criticar quem crítica a compra dos ST. Como se a Embraer ou o ST fossem teus familiares. Não venhas agora retrair-te das tuas posições acerca do tema.

Lá estás tu a ser desonesto. Os critérios da escolha do ST não foram esses. Os critérios foram a Embraer querer que nós os comprássemos, e por cá tentaram inventar desculpa esfarrapada para tentar justificar o investimento.

Se esses 3 critérios que tu cospes para aqui fossem verdadeiros, teriam sido realizados testes, e eventualmente um concurso, para perceber qual a melhor opção para a FAP.

Mas respondendo à tua pergunta hipotética. O TA-50 seria uma opção melhor.
-faz treino avançado, inclusive conversão operacional (ao contrário do ST);
-faz CAS em vários tipos de TOs (o ST apenas em baixa intensidade);
-teria forte possibilidade de envolver a indústria nacional, de forma bem mais relevante e com maior potencial de mercado.

Com o bónus de:
-ter capacidade de combate mais abrangente, incluindo BVR, oferecendo muito mais "bang for buck";
-permitir treino dissimilar para as esquadras de Monte Real.

Agora tu vais usar o argumento do preço, porque o país não é rico (excepto quando dizes que a FAP devia ter 15 KCs, aí já somos riquíssimos). Mas aí já estás a dizer que o custo desta frota é mais importante do que a sobrevivência dos pilotos (em CAS) ou do que a multitude de missões que uma alternativa mais cara pode oferecer, e que até tem mais potencial de exportação.

Mas se queres falar de preços, podemos falar.
Podemos falar numa solução que permitisse minimizar os custos com as frotas de treino, para dar primazia às frotas operacionais.
Neste caso, só tinhas que adquirir o PC-21, mais barato e com cadeia logística assente na Europa, enviar para o estrangeiro pilotos para fazer a conversão operacional, e não ter nesta frota critério CAS.

Este suposto critério CAS, seria cumprido pelos F-16, helicópteros que o Exército já vai adquirir, e eventualmente por uns tão necessários UCAVs, que apesar de mais caros que um LAA, não colocam pilotos em risco.

Citar
Quanto à questão das valências, estás mais uma vez a ser desonesto… então a valência a ser coberta pelos F-35 nunca existiu? Devias explicar isso aos pilotos da 201 e da 301, que andam enganados há este tempo todo… Pelo contrário, explica-me lá onde é que Portugal já alguma vez teve capacidade de reabastecimento aéreo e como é que as duas situações são equivalentes… em menos de 4000 caracteres, excluindo espaços, por favor.

Rapaz, a FAP nunca teve um caça furtivo. Seguindo o teu próprio argumento, qualquer pessoa pode vir aqui dizer que não precisamos de um agora, optando por um 4.5G, "porque até agora sobrevivemos sem um caça 5G".
O mesmo podiam argumentar para a necessidade de baterias AA de médio alcance ou BMD, e tantas outras coisas que hoje consideramos necessidades.

Mas se tu não compreendes a estupidez do teu argumento, epá, não há nada a fazer.

PS para quem se queixava que as pessoas usavam sempre o mesmo insulto, tu recorres sempre ao do "número de caracteres".  :mrgreen:

Citar
P.S.- Para ires buscar portugueses à Venezuela ou África, ou Timor, podes usar MRTT do consórcio, como parte das tuas horas. É k tipo de missão estratégica que assenta que nem uma luva ao avião. Não precisas de ter MRTT só teus…

Eu não disse que precisávamos de MRTT só nossos.

Eu disse que para nós, qualquer solução AAR, tem que estar disponível o ano todo, para, em caso de necessidade, cumprir missões no meio do Atlântico com F-16 de MR (QRA e não só).
A solução MMF, só funcionaria para nós, com a presença de aeronaves em Portugal/Ocidente de Espanha. Caso contrário, não vale a pena investir tanto dinheiro no MMF, devendo-se procurar outras soluções.

Uma possível solução, é argumentar com os holandeses o facto deles terem territórios ultramarinos na América Central, e portanto 2 ou 3 MRTT do MMF nos Açores fazerem sentido.

Entre elas:
-QRA nos Açores e/ou Madeira (sob risco do pessoal das esquadras querer sair), e entramos no MMF com uma participação reduzid;
-deixamos tudo como está, e nem o nosso triângulo estratégico defendemos;
-negoceia-se com os americanos uma parceria para podermos usar as suas aeronaves AAR nos Açores, para defesa do Atlântico e até para permitir missões em África (seguindo os interesses do AFRICOM);
-negoceia-se com os britânicos ou com os franceses o destacamento dos seus MRTT nos Açores, com o argumento dos seus territórios ultramarinos;
-cria-se um consórcio novo com França, RU e Holanda/MMF nos Açores, jogando com os territórios ultramarinos de todos eles.
-caso tudo acima falhe, tens que comprar aeronaves dedicadas.

E se é para comprar aeronaves de transporte maior, entre comprar A-400 e entrar no MMF, ou comprar MRTT e entrar no SAC, prefiro este último.

Não disse que as missões em causa seriam de repatriamento. Disse que as missões não se resumem ao nosso triângulo estratégico.

Eu não quero CAS para nada… acho que não é necessário, mas isso sou eu… aparentemente a FA quer, e os “bichos” estão quase a chegar, é uma facto consumado. A minha questão, no outro tópico, era qual outra plataforma pode fazer as duas coisas e incorporar a indústria nacional, melhor que o ST. Tenho todo o prazer em saber qual a tua opinião, no tópico do ST, não aqui… este é para o MRTT… e quando responderes, por favor não evites responder dizendo pela 3492a vez aqui no fórum que erro foi a aquisição e como estão todos de compadrio com a Embraer…  estou genuinamente interessado em saber que outra plataforma faria CAS e treino simultaneamente, ao mesmo tempo que incorpora tecnologia e a indústria nacionais. Nem mais, nem menos…

Isso já foi respondido. Tu optares por ignorar ou descartar a resposta, é contigo.

O critério CAS não é a FAP que quer. O critério CAS normalmente são as forças terrestres que pedem (a FAP não tem um SOCOM, logo não existe esta necessidade dentro do ramo). Portanto ou os Fuzos, ou o EP. O EP quer helicópteros, e possivelmente UCAVs, os Fuzos/MGP deverão querer um meio embarcado. Isto deixa a FAP com o ST que ninguém pediu, e que o próprio ramo não precisa para essas funções. Estranho não?

Em 20 anos de luta contra o terrorismo, nunca surgiu esta necessidade. E de repente, quando o foco é alta intensidade, optamos por comprar isto? Não tem nexo.

Das duas uma:
-a FAP não queria LAA nenhum para CAS, e foi-lhe impingida esta opção;
-a FAP quis um LAA, e cagou por completo na sobrevivência dos pilotos, ao escolher uma aeronave tripulada ao invés de um UCAV, como vários países têm feito.

Ambos os casos são negativos.
 

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JohnM

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Re: A330 MRTT para a FAP ?
« Responder #528 em: Julho 07, 2025, 03:33:47 pm »
@dc,
Respondendo sucintamente…

1. Acho interessante a discussão ST vs. TA-50. Não concordo, mas acho uma alternativa válida ao ponto de se poder discutir no tópico ST. Vamos lá…

2. Valências: não sejas desingénuo que te faz parecer burro, coisa que eu sei que não és… como é óbvio, a valência a que me estava a referir era a da existência de aviação de caça. O facto de ser furtivo ou não tem a ver com a operacionalizaçäo da valência. A FAP nunca teve a valência de reabastecimento em voo, ponto final. E até agora sobreviveu bem…

3. A questão dos 15 KC. Sim, se pudesses substituir vários modelos com apenas um, moderno, modular e com incorporação industrial nacional, porque não? Além de tudo, também te simplificava a cadeia logística. Nesta vamos ter que concordar em discordar…

4. Se não queres MRTT só nossos, então nada a apontar ao teu cenário..

5. A questão do CAS não era para ti, mas sim para outro membro e eu apenas o convidei a contribuir no tópico relevante. Tenho a certeza que ele não precisas que faças tuas as suas dores, é crescidinho e pode opinar por ele próprio. Mas, já agora, peço-te, por favor, que coloques aqui um link de fontes credíveis, um que seja, que suporte a tua tese de que ou a FAP foi obrigada a comprar o ST ou está de conluio com a Embraer. A partir do momento que o faças, prometo que deixo de chatear…
« Última modificação: Julho 07, 2025, 03:38:12 pm por JohnM »
 
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Re: A330 MRTT para a FAP ?
« Responder #529 em: Julho 07, 2025, 06:24:01 pm »
1. Discordas "porque sim". Porque concordar significava que tinhas que engolir o sapo e admitir o teu erro.

2. Errado. Tu argumentaste que Portugal nunca teve uma aeronave com as valências do MRTT, e que portanto sobrevivia sem isso. Eu dei um exemplo (dos muitos que podia ter dado), de como esse argumento pode ser usado contra qualquer sugestão/aquisição. E sim, a furtividade do F-35 é uma valência, ou se preferires, uma capacidade que lhe oferece novas valências.
O F-35 também tem radar AESA. Segundo a tua lógica, Portugal até agora sobreviveu sem este tipo de tecnologia.
Os Tridente têm a valência de lançar mísseis Harpoon, algo que os predecessores não tinham, logo Portugal sobreviveu sem essa valência, logo não precisava.
Aquando da compra das VdG, nunca tínhamos tido fragatas com mísseis, logo...
Quando resolvemos modernizar os F-16, nunca tínhamos tido capacidade BVR, portanto...

Posso continuar, ou podes simplesmente aceitar que o argumento que usaste foi mal escolhido. Simples.

E já agora, Portugal nunca teve uma aeronave AAR com Flying Boom, no entanto já teve 2 Boeing 707. Ter MRTT seria um retorno aos tempos do 707, excepto muito mais moderno e com a valência extra de AAR.

Entretanto Portugal nunca teve pods P&D, e isso não impediu que essa valência fosse obtida com os KCs.

3. Pois, nessa dos 15 KC (creio até que mencionaste uma vez o número 20), não concordamos mesmo.
-6 actuais (bastavam 5, mas paciência) chegam para transporte táctico;
-para substituir os 4 C-130, faz sentido investir numa aeronave com valências diferentes, seja A-400, seja MRTT, seja KC-390 com Boom. Se não tiver estas valências diferenciadoras, mais vale transitar a esquadra para Canadairs.
-versão ISR do KC, com módulos, devia dar uso às aeronaves existentes.

-versão MPA não existe, mas antes prefiro um MPA a sério, com mais alcance, payload (armamento) e melhores sensores possíveis. Se é para procurar uma solução mais barata, então o Swordfish serve perfeitamente, fazendo virtualmente o mesmo que o KC, mas sendo ainda mais barato (e a aeronave base podia ser a substituta dos Falcon).

-versão AEW também não existe, e em termos de aeronaves tripuladas, o GlobalEye fazia mais sentido. Mas eu até prefiro recorrer a UAVs. Sejam MQ-9 ou EuroDrone.

Portanto as necessidades de KC-390, nunca excederiam as 9/10 unidades.

4. Eu quero que haja a valência de ter F-16 e/ou F-35 a operar Atlântico, sem medo de ficar sem gasolina, e sem depender que estes tenham que fazer um desvio aos Açores ou Madeira para abastecer a meio da missão.

Também todos compreendemos que em missões de combate, abdicar da furtividade do F-35 com depósitos externos, é um desperdício.

5. Tu fizeste a questão do CAS para mim, e para ele. Ele dará a sua opinião, eu dei a minha.

Sim rapaz. Esse argumento deve ter sido usado N vezes pelos defensores do Sócrates há 20 anos atrás. "Se dizes que ele é corrupto, ou se desconfias que algo não bate certo, arranja lá provas disso de uma fonte credível". Do tipo que em actos de corrupção, ou em negócios obscuros, a malta vai andar a publicar tudo em fontes credíveis.  :mrgreen:

Mas as provas que precisas são fáceis de obter. Aquele estudo acerca da adequabilidade do ST, diz tudo. Essencialmente o ST já estava escolhido, o desafio era arranjar forma de o justificar na FAP.
O mesmo estudo não foi feito para mais aeronave nenhuma. Não se realizaram comparações nem testes a mais nada.
 

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Re: A330 MRTT para a FAP ?
« Responder #530 em: Julho 07, 2025, 06:46:24 pm »
1. Discordas "porque sim". Porque concordar significava que tinhas que engolir o sapo e admitir o teu erro.

2. Errado. Tu argumentaste que Portugal nunca teve uma aeronave com as valências do MRTT, e que portanto sobrevivia sem isso. Eu dei um exemplo (dos muitos que podia ter dado), de como esse argumento pode ser usado contra qualquer sugestão/aquisição. E sim, a furtividade do F-35 é uma valência, ou se preferires, uma capacidade que lhe oferece novas valências.
O F-35 também tem radar AESA. Segundo a tua lógica, Portugal até agora sobreviveu sem este tipo de tecnologia.
Os Tridente têm a valência de lançar mísseis Harpoon, algo que os predecessores não tinham, logo Portugal sobreviveu sem essa valência, logo não precisava.
Aquando da compra das VdG, nunca tínhamos tido fragatas com mísseis, logo...
Quando resolvemos modernizar os F-16, nunca tínhamos tido capacidade BVR, portanto...

Posso continuar, ou podes simplesmente aceitar que o argumento que usaste foi mal escolhido. Simples.

E já agora, Portugal nunca teve uma aeronave AAR com Flying Boom, no entanto já teve 2 Boeing 707. Ter MRTT seria um retorno aos tempos do 707, excepto muito mais moderno e com a valência extra de AAR.

Entretanto Portugal nunca teve pods P&D, e isso não impediu que essa valência fosse obtida com os KCs.

3. Pois, nessa dos 15 KC (creio até que mencionaste uma vez o número 20), não concordamos mesmo.
-6 actuais (bastavam 5, mas paciência) chegam para transporte táctico;
-para substituir os 4 C-130, faz sentido investir numa aeronave com valências diferentes, seja A-400, seja MRTT, seja KC-390 com Boom. Se não tiver estas valências diferenciadoras, mais vale transitar a esquadra para Canadairs.
-versão ISR do KC, com módulos, devia dar uso às aeronaves existentes.

-versão MPA não existe, mas antes prefiro um MPA a sério, com mais alcance, payload (armamento) e melhores sensores possíveis. Se é para procurar uma solução mais barata, então o Swordfish serve perfeitamente, fazendo virtualmente o mesmo que o KC, mas sendo ainda mais barato (e a aeronave base podia ser a substituta dos Falcon).

-versão AEW também não existe, e em termos de aeronaves tripuladas, o GlobalEye fazia mais sentido. Mas eu até prefiro recorrer a UAVs. Sejam MQ-9 ou EuroDrone.

Portanto as necessidades de KC-390, nunca excederiam as 9/10 unidades.

4. Eu quero que haja a valência de ter F-16 e/ou F-35 a operar Atlântico, sem medo de ficar sem gasolina, e sem depender que estes tenham que fazer um desvio aos Açores ou Madeira para abastecer a meio da missão.

Também todos compreendemos que em missões de combate, abdicar da furtividade do F-35 com depósitos externos, é um desperdício.

5. Tu fizeste a questão do CAS para mim, e para ele. Ele dará a sua opinião, eu dei a minha.

Sim rapaz. Esse argumento deve ter sido usado N vezes pelos defensores do Sócrates há 20 anos atrás. "Se dizes que ele é corrupto, ou se desconfias que algo não bate certo, arranja lá provas disso de uma fonte credível". Do tipo que em actos de corrupção, ou em negócios obscuros, a malta vai andar a publicar tudo em fontes credíveis.  :mrgreen:

Mas as provas que precisas são fáceis de obter. Aquele estudo acerca da adequabilidade do ST, diz tudo. Essencialmente o ST já estava escolhido, o desafio era arranjar forma de o justificar na FAP.
O mesmo estudo não foi feito para mais aeronave nenhuma. Não se realizaram comparações nem testes a mais nada.
1. Discordo porque: a) Só na tua cabeça é que é uma certeza que a KAI estaria disponível para nos deixar co-produzir o que quer que fosse. Até pode ser que deixasse, mas não há garantias, especialmente para uma encomenda relativamente pequena de no máximo 5-6 aeronaves; b) O TA-50 pode certamente fazer o treino avançado, incluindo LIFT, mas este último é aquele de que a FAP precisa menos, porque só forma 2-3 pilotos de caça por ano e é muito mais eficiente mandá-los para o estrangeiro. Pelo contrário, terias sempre que comprar uma aeronave para as fases iniciais de treino, talvez o PC-21, mas isso automaticamente adiciona um terceiro tipo de aeronave de treino, além do Cirrus e do hipotético TA-50, sem qualquer incorporação nacional garantida . Se a escolha é entre PC-21 mais um número pequeno de TA-50 por um lado, e ST (com incorporação nacional garantida à partida) mais escola no estrangeiro para LIFT, por outro, a minha opção vai para a segunda. A tua claramente vai para a primeira e tudo bem, discordar é natural.

2. Claramente tu e eu temos ideias diferentes do que é uma valência. Tudo bem… reduzindo o teu argumento ao absurdo, então ainda devíamos estar a utilizar biplanos e hidroaviões., porque tu consideras tecnologia uma valência…

3. É bater no molhado. Concordamos em discordar.

4. Concordamos no princípio… onde discordamos é que eu acho que não precisamos de capacidade soberana e que devíamos entrar num consórcio europeu ou sul europeu… e estou consciente que a minha opinião é minoritária aqui… também acho que, a termos capacidade soberana, ter kits com lança no KC chegaria e sobraria. Mais uma vez, discordas e por mim tudo bem.

5. O meu post foi uma resposta direta ao outro membro, tu é que tomaste as suas dores.

Quanto ao estudo, a que estudo te referes? Quando enviamos um piloto para o Brasil? Meu rapaz, continuas sem apresentar rigorosamente prova nenhuma (e não venhas comparar com o Sócrates, que só me fazes rir), a não ser o velho “tem que ser porque eu não gosto e eu tenho sempre razão”… apresenta uma prova… um documento, uma declaração pública de algum oficial no ativo ou na reserva (já que esses podem falar mais à vontade)… esse famoso estudo... No dia em que o fizeres, deixo-te em paz… meu rapaz…
« Última modificação: Julho 07, 2025, 09:31:34 pm por JohnM »
 

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Re: A330 MRTT para a FAP ?
« Responder #531 em: Hoje às 02:21:05 pm »
1. Eu não disse que a participação nacional no TA-50 era garantida. Disse que era igualmente plausível, e que portanto não podes vir com os teus argumentos a pedir que "digam um", ao insinuar que apenas o ST oferecia aqueles moldes de negócio. Nem sequer foi dada a oportunidade de receber mais propostas.
Os TA-50 nunca seriam apenas 5 ou 6. Mínimo 8, com números mais realistas entre as 10-12 unidades. Dizer que não compensa criar uma linha de montagem para o TA-50, e ao mesmo tempo achar que faz sentido a linha de montagem/conversão de STs, é de uma ignorância brutal.

Pelo menos a família T-50 tem mais potencial de mercado na Europa e em Marrocos. O ST depois dos 10/12 nacionais, provavelmente vai fechar a linha de produção por falta de clientes, ou a FAP vai ser obrigada a adquirir ainda mais para "manter os empregos".

Se tu defendes uma retórica mais poupadinha para as esquadras de treino, que também defendo se isso permitir canalizar o investimento para a componente operacional, então tudo bem.

Agora, porque carga de água é que esta solução "baratucha", tem que implicar enviar pilotos para missões de combate, numa aeronave com pouca capacidade de sobrevivência?
Porque carga de água é que uma esquadra que é suposto ser low-cost e devia ser apenas dedicada a treino, tem que ter reforço de pessoal (pilotos, mecânicos, manuseadores de armamento) devido à fantasia do CAS em África? Porquê isto, em vez de reforçar pessoal das esquadras principais, que têm falta dele?

E porque carga de água é que vamos ter envolvimento da indústria nacional num programa insignificante como o ST, com mercado limitado e uma encomenda pequena, mas depois programas relevantes não o fazemos?

Eu preferia que se cagasse no critério inventado do "envolvimento nacional" neste programa em específico, se comprasse uma aeronave a hélice como o PC-21 ou uma variante mais barata do ST, e que não houvesse sequer a fantasia de enviar pilotos para África em avionetas.

Para complementar os caças, preferia então ver UCAVs.

2. Uhhhhh..... o Flying Boom é uma tecnologia. Uma tecnologia que depois dá ao avião portador uma nova valência.
Já disse, podes simplesmente consentir e seguir com a vida, ou podes continuar movido pelo teu ego a tentar desesperadamente defender o argumento estúpido que usaste.

Para contextualizar quem não seguiu a discussão toda, o argumento foi "o país sobreviveu até agora sem a capacidade X, logo não precisa dela".

4. Acho que não é minoritária a opinião da entrada no MMF. O que certamente pouca gente apoia, é os moldes actuais, em que numa situação de emergência (QRA por exemplo), não nos adianta de nada estar no MMF se a aeronave para reabastecer os F-16 está estacionada a 3 ou 4 horas de distância.
Um MMF Sul, se estacional em Itália, teria exactamente o mesmo problema do MMF actual.

Daí ter apresentado alternativas, pegando nos territórios ultramarinos frances, holandes ou britânicos como argumento, ou pegando no argumento da defesa do Atlântico e missões do AFRICOM para o caso americano.

E ainda posso adicoonar mais uma opção. Pegando no tema dos "Battlegroups" regionais, um grupo com Portugal, Espanha e RU, podia partilhar uma frota MRTT.

5. O teu post direccionado a outro membro, incluía informações que propagas em várias mensagens, repetindo a mesma conversa. Eu tenho tanto direito a responder como qualquer outro. Era tramado as conversas aqui só fossem feitas entre pessoas que se citam directamente. Para isso, existem as mensagens privadas, meu rapaz.

Quanto ao estudo, o estudo feito explicitamente a "dar graxa" ao produto da Embraer, e que automaticamente descartou todas as outras opções, sem sequer serem testadas.

O que não falta é material que os militares portugueses já testaram em intercâmbios e missões no estrangeiro, e não é por isso que surgem estudos a tentar justificar a sua compra.
Que eu me lembre, o piloto foi enviado num intercâmbio. E sai de lá a fazer publicidade ao ST? Estranho.
Se o piloto tivesse sido enviado para testar o avião, também seria estranho tê-lo feito, e não enviar ninguém para testar outras opções.

Esta negociata deu-se com contornos estranhos e questionáveis, e isto é obvio para todos, excepto para ti. Que contornos foram esses, não se sabe ainda. Entre corrupção e chantagem, passando por mera incompetência, algo não bate certo.
No "melhor" dos casos, a compra foi estritamente política, ignorando requisitos e necessidades do país, e a FAP foi obrigada a engolir, o que abre um precedente igualmente perigoso.

Por falar em precedentes perigosos, qual seria a tua opinião se um dia a FAP enviar um piloto para o Brasil, e voltar de lá com um estudo a fazer publicidade ao Gripen? Também vais achar normal, ou aí já vais torcer o nariz?
 

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Re: A330 MRTT para a FAP ?
« Responder #532 em: Hoje às 03:02:07 pm »
1. Eu não disse que a participação nacional no TA-50 era garantida. Disse que era igualmente plausível, e que portanto não podes vir com os teus argumentos a pedir que "digam um", ao insinuar que apenas o ST oferecia aqueles moldes de negócio. Nem sequer foi dada a oportunidade de receber mais propostas.
Os TA-50 nunca seriam apenas 5 ou 6. Mínimo 8, com números mais realistas entre as 10-12 unidades. Dizer que não compensa criar uma linha de montagem para o TA-50, e ao mesmo tempo achar que faz sentido a linha de montagem/conversão de STs, é de uma ignorância brutal.

Pelo menos a família T-50 tem mais potencial de mercado na Europa e em Marrocos. O ST depois dos 10/12 nacionais, provavelmente vai fechar a linha de produção por falta de clientes, ou a FAP vai ser obrigada a adquirir ainda mais para "manter os empregos".

Se tu defendes uma retórica mais poupadinha para as esquadras de treino, que também defendo se isso permitir canalizar o investimento para a componente operacional, então tudo bem.

Agora, porque carga de água é que esta solução "baratucha", tem que implicar enviar pilotos para missões de combate, numa aeronave com pouca capacidade de sobrevivência?
Porque carga de água é que uma esquadra que é suposto ser low-cost e devia ser apenas dedicada a treino, tem que ter reforço de pessoal (pilotos, mecânicos, manuseadores de armamento) devido à fantasia do CAS em África? Porquê isto, em vez de reforçar pessoal das esquadras principais, que têm falta dele?

E porque carga de água é que vamos ter envolvimento da indústria nacional num programa insignificante como o ST, com mercado limitado e uma encomenda pequena, mas depois programas relevantes não o fazemos?

Eu preferia que se cagasse no critério inventado do "envolvimento nacional" neste programa em específico, se comprasse uma aeronave a hélice como o PC-21 ou uma variante mais barata do ST, e que não houvesse sequer a fantasia de enviar pilotos para África em avionetas.

Para complementar os caças, preferia então ver UCAVs.

2. Uhhhhh..... o Flying Boom é uma tecnologia. Uma tecnologia que depois dá ao avião portador uma nova valência.
Já disse, podes simplesmente consentir e seguir com a vida, ou podes continuar movido pelo teu ego a tentar desesperadamente defender o argumento estúpido que usaste.

Para contextualizar quem não seguiu a discussão toda, o argumento foi "o país sobreviveu até agora sem a capacidade X, logo não precisa dela".

4. Acho que não é minoritária a opinião da entrada no MMF. O que certamente pouca gente apoia, é os moldes actuais, em que numa situação de emergência (QRA por exemplo), não nos adianta de nada estar no MMF se a aeronave para reabastecer os F-16 está estacionada a 3 ou 4 horas de distância.
Um MMF Sul, se estacional em Itália, teria exactamente o mesmo problema do MMF actual.

Daí ter apresentado alternativas, pegando nos territórios ultramarinos frances, holandes ou britânicos como argumento, ou pegando no argumento da defesa do Atlântico e missões do AFRICOM para o caso americano.

E ainda posso adicoonar mais uma opção. Pegando no tema dos "Battlegroups" regionais, um grupo com Portugal, Espanha e RU, podia partilhar uma frota MRTT.

5. O teu post direccionado a outro membro, incluía informações que propagas em várias mensagens, repetindo a mesma conversa. Eu tenho tanto direito a responder como qualquer outro. Era tramado as conversas aqui só fossem feitas entre pessoas que se citam directamente. Para isso, existem as mensagens privadas, meu rapaz.

Quanto ao estudo, o estudo feito explicitamente a "dar graxa" ao produto da Embraer, e que automaticamente descartou todas as outras opções, sem sequer serem testadas.

O que não falta é material que os militares portugueses já testaram em intercâmbios e missões no estrangeiro, e não é por isso que surgem estudos a tentar justificar a sua compra.
Que eu me lembre, o piloto foi enviado num intercâmbio. E sai de lá a fazer publicidade ao ST? Estranho.
Se o piloto tivesse sido enviado para testar o avião, também seria estranho tê-lo feito, e não enviar ninguém para testar outras opções.

Esta negociata deu-se com contornos estranhos e questionáveis, e isto é obvio para todos, excepto para ti. Que contornos foram esses, não se sabe ainda. Entre corrupção e chantagem, passando por mera incompetência, algo não bate certo.
No "melhor" dos casos, a compra foi estritamente política, ignorando requisitos e necessidades do país, e a FAP foi obrigada a engolir, o que abre um precedente igualmente perigoso.

Por falar em precedentes perigosos, qual seria a tua opinião se um dia a FAP enviar um piloto para o Brasil, e voltar de lá com um estudo a fazer publicidade ao Gripen? Também vais achar normal, ou aí já vais torcer o nariz?
Queres 8-10 TA-50 para quê, quando só formas 2-3 pilotos de caça por ano?  Quanto à produção/incorporação na Europa, seria muito mais natural que essa linha de produção/montagem fosse para a Polónia, dados os números de aparelhos que eles compraram. Terei todo o prazer em continuar esta discussão no tópico do ST, aqui é claramente off-topic.

Quanto à questão das valências, no teu mundo não sei, mas no meu a valência é o reabastecimento em voo. Se é MRTT ou KC, se é lança rígida ou cesto flexível, isso não são valências, são implementações da valência base. Do mesmo modo a valência é ter aviação de caça; ser stealth, AESA, a hélice ou bilugar, são estratégias de implementação da valência base. Tudo bem, já percebi o que queres dizer, sem stress…

Quanto à questão do estudo, continuas a tirar conclusões que não estão lá… eu nem sequer digo que não houve corrupção, não sei se houve ou não. Também concordo que a compra provavelmente foi uma decisão eminentemente política (como, aliás, todas as decisões têm que ser, porque em democracia o poder militar é subordinado do político, e ainda bem). Agora, nunca vi em lado nenhum a FAP “estrebuchar” contra o ST, como a vejo agora a fazer contra a possibilidade de abandonar a compra do F-35. A minha pergunta mantém-se, alguma vez viste a FAP ou alguém ligado à FAP vir a terreiro protestar contra a compra? Eu não vi…

Já que estamos numa maré de dar opinião apenas porque sim, a minha opinião é que a FAP provavelmente queria algo mais na linha do que propões, mas o poder político achou que deveria ser o ST. A FAP fez estudos e chegou à conclusão que não sendo ideal para treino era suficiente, e que, ainda por acima, dava para fazer CAS, que é uma valência (lá está de novo a palavra) em que a NATO/UE é deficitária  e ajudava a vender a coisa ainda melhor. Não partilho da opinião que parece ser prevalente aqui de que o processo está inquinado por corrupção desde o início e que estão todos metidos nisto.


 
 

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LM

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Re: A330 MRTT para a FAP ? Novo
« Responder #533 em: Hoje às 03:44:14 pm »
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Quanto à questão das valências, no teu mundo não sei, mas no meu a valência é o reabastecimento em voo. Se é MRTT ou KC, se é lança rígida ou cesto flexível, isso não são valências, são implementações da valência base. Do mesmo modo a valência é ter aviação de caça; ser stealth, AESA, a hélice ou bilugar, são estratégias de implementação da valência base. Tudo bem, já percebi o que queres dizer, sem stress…

Quanto à questão do estudo, continuas a tirar conclusões que não estão lá… eu nem sequer digo que não houve corrupção, não sei se houve ou não. Também concordo que a compra provavelmente foi uma decisão eminentemente política (como, aliás, todas as decisões têm que ser, porque em democracia o poder militar é subordinado do político, e ainda bem). Agora, nunca vi em lado nenhum a FAP “estrebuchar” contra o ST, como a vejo agora a fazer contra a possibilidade de abandonar a compra do F-35. A minha pergunta mantém-se, alguma vez viste a FAP ou alguém ligado à FAP vir a terreiro protestar contra a compra? Eu não vi…

Já que estamos numa maré de dar opinião apenas porque sim, a minha opinião é que a FAP provavelmente queria algo mais na linha do que propões, mas o poder político achou que deveria ser o ST. A FAP fez estudos e chegou à conclusão que não sendo ideal para treino era suficiente, e que, ainda por acima, dava para fazer CAS, que é uma valência (lá está de novo a palavra) em que a NATO/UE é deficitária  e ajudava a vender a coisa ainda melhor. Não partilho da opinião que parece ser prevalente aqui de que o processo está inquinado por corrupção desde o início e que estão todos metidos nisto.

É isto; e até o Ministério Publico ou um oficial superior escrever as memórias com outra narrativa escusamos de estar sempre a argumentar "corrupção"; ou é surpresa que o poder político gosta de uma empresa sócia maioritária da empresa em que participa, com a importância da OGMA? Que permite projectos industriais como o KC390 (e, agora, espera-se... o ST) e está disponível para a "subsidiar"? E aprecia o facto de irmos poder dizer que temos - duvido que seja usada, no entanto - uma capacidade (CAS) em que a UE é deficitária, num cenário (África) em que queremos ter uma palavra a dizer? E resolve uma necessidade de treino. Os governos veem e consideram mais variáveis que apenas "PC21 + drones (ou TA-50) é mais barato e melhor".
« Última modificação: Hoje às 09:34:01 pm por LM »
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 
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JohnM

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Re: A330 MRTT para a FAP ?
« Responder #534 em: Hoje às 03:58:01 pm »
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Quanto à questão das valências, no teu mundo não sei, mas no meu a valência é o reabastecimento em voo. Se é MRTT ou KC, se é lança rígida ou cesto flexível, isso não são valências, são implementações da valência base. Do mesmo modo a valência é ter aviação de caça; ser stealth, AESA, a hélice ou bilugar, são estratégias de implementação da valência base. Tudo bem, já percebi o que queres dizer, sem stress…

Quanto à questão do estudo, continuas a tirar conclusões que não estão lá… eu nem sequer digo que não houve corrupção, não sei se houve ou não. Também concordo que a compra provavelmente foi uma decisão eminentemente política (como, aliás, todas as decisões têm que ser, porque em democracia o poder militar é subordinado do político, e ainda bem). Agora, nunca vi em lado nenhum a FAP “estrebuchar” contra o ST, como a vejo agora a fazer contra a possibilidade de abandonar a compra do F-35. A minha pergunta mantém-se, alguma vez viste a FAP ou alguém ligado à FAP vir a terreiro protestar contra a compra? Eu não vi…

Já que estamos numa maré de dar opinião apenas porque sim, a minha opinião é que a FAP provavelmente queria algo mais na linha do que propões, mas o poder político achou que deveria ser o ST. A FAP fez estudos e chegou à conclusão que não sendo ideal para treino era suficiente, e que, ainda por acima, dava para fazer CAS, que é uma valência (lá está de novo a palavra) em que a NATO/UE é deficitária  e ajudava a vender a coisa ainda melhor. Não partilho da opinião que parece ser prevalente aqui de que o processo está inquinado por corrupção desde o início e que estão todos metidos nisto.

É isto; e até o Ministério Publico ou um oficial superior escrever as memórias com outra narrativa escusamos de estar sempre a argumentar "corrupção"; ou é surpresa que o poder político gosta de uma empresa sócia maioritária da empresa em que participa, com a importância da OGMA? Que permite projectos industriais como o KC390 (e, agora, espera-se... o ST) e está disponível para "subsidiar"? E aprecia o facto de irmos poder dizer que temos - duvido que seja usada, no entanto - uma capacidade (CAS) em que a UE é deficitária, num cenário (África) em que queremos ter uma palavra a dizer? E resolve uma necessidade de treino. Os governos veem e consideram mais variáveis que apenas "PC21 + drones (ou TA-50) é mais barato e melhor".
Exatamente…