Sector Bancário

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Re: Sector Bancário
« Responder #15 em: Setembro 07, 2020, 03:31:40 pm »
Bankinter reduz spread de crédito à habitação para novo mínimo de mercado
https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/bankinter-reduz-spread-de-credito-a-habitacao-para-novo-minimo-de-mercado-633648

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O Bankinter reduziu o seu spread de crédito à habitação para um novo mínimo de mercado. A sucursal do banco espanhol com o objetivo de aumentar a sua quota de mercado, acaba de lançar uma nova campanha de Crédito Habitação, com um novo spread mínimo de 0,95%. Esta campanha inclui ainda o suporte de custos de transferência de Créditos Habitação para o Bankinter.

“O novo spread mínimo de 0,95% está disponível a partir de hoje, dia 7 de setembro (inclusive)”, diz o banco. O Diretor de Produtos, CRM e Marketing e membro da Comissão Executiva do Bankinter Portugal, Vítor Pereira, diz na nota, que “ao baixar o spread do Crédito Habitação para 0,95%, o valor mais competitivo do mercado, reafirmamos o nosso compromisso com os clientes em Portugal, que sabem que podem contar com o Bankinter para os apoiar na realização dos seus projetos neste momento tão importante. Esta é também uma mensagem de confiança na economia portuguesa”.

Está a fazer publicidade ao banco espanhol?  :mrgreen:
Olhe que o spread até pode ser o mais baixo, mas a mensalidade final está longe de ser a mais baixa!

Entre Janeiro e Março deste ano pesquisei o mercado para um crédito-habitação (construção). Repare bem, apesar de ser financeiro, demorei 3 meses a revolver o mercado e encontrar a melhor proposta, mesmo com a ajuda da comparajá. E posso dizer-lhe que a bankinter não aparece sequer nas 4 melhor propostas!!!!!!!
As melhores propostas que recebi foram do BPI e do BIC. E mesmo assim os seguros fiz à parte (o meu spread foi agravado em 0,1%), mas ganho 35 000€ só pelo facto de escolher seguros fora dos bancos e com mais coberturas!!!!!!  :mrgreen:

Eu também no início estava deslumbrado pelos números da Bankinter, mas depois vamos ver o fato à medida para o nosso caso e afinal não é lá grande proposta!!!!!!
 

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Re: Sector Bancário
« Responder #16 em: Setembro 09, 2020, 12:39:16 pm »
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Daniel

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Re: Sector Bancário
« Responder #17 em: Outubro 04, 2020, 09:02:08 pm »
Fusões são o futuro da banca
https://sol.sapo.pt/artigo/710711/fusoes-sao-o-futuro-da-banca
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Tendência não é nova, mas pode ganhar novo fôlego se operação entre BCP e Banco Montepio avançar. O próprio BCE estimula este tipo de negócios: bancos maiores e menos oferta.O sistema financeiro continua a caminhar a passos largos para movimentos de consolidação do setor. Ainda esta semana surgiu o rumor da fusão do BCP com o Banco Montepio, que entretanto foi afastada pelos responsáveis das duas instituições financeiras. Mas não totalmente.

Uma operação que, caso venha a acontecer, não surpreende os analistas contactados pelo SOL. «Já se fala desta fusão há algum tempo e o que se comenta é: ‘Pelo menos só estragam uma casa’. Estamos a falar de uma altura em que o sistema financeiro está a utilizar fusões e aquisições para aumentar as sinergias através da redução de custos, nomeadamente custos com pessoal», garante Pedro Amorim.


O analista da corretora Infinox chama, no entanto, a atenção para os riscos caso o negócio se concretize. «O sistema financeiro ficaria ainda mais unificado, mais monopolizado e sem bancos privados portugueses. Seria o fim da história financeira portuguesa. Iríamos ter uma valorização das ações do BCP a curto prazo, contudo, devido às circunstâncias atuais voltaríamos a falar de novos mínimos». E lembra que o próprio BCP já é uma fusão de vários bancos. «Provavelmente teremos a fusão de dois grandes bancos em Portugal nos próximos anos», vaticina.
 Também Henrique Tomé admite que o setor da banca acaba por ser sempre um dos mais prejudicados em climas de instabilidade e incerteza. No entanto, vê com melhores olhos a fusão entre as duas instituições por considerar que «irá reforçar a sua quota de mercado e poderá trazer vários benefícios num ponto de vista da gestão das operações», lembrando que «após o anúncio da fusão entre BCP e Montepio o mercado acionista, nomeadamente no lado das ações do BCP reagiram logo em alta na abertura da sessão e acabou por influenciar e impulsionar de forma positiva o PSI 20. Estes ganhos acabam por demonstrar um claro otimismo por parte dos investidores após a divulgação de uma possível fusão entre os dois», refere o analista da XTB.

Para já, Miguel Maya garantiu que o BCP não está a negociar uma fusão com o Montepio. Ainda assim admitiu que poderá vir a analisar a operação caso se justifique. «Estamos tranquilos com a nossa estratégia. Agora, se houver operações que justifiquem que o banco as analise com rigor, assim faremos. Não estabelecemos nenhuns contactos com o Ministério das Finanças sobre o tema do Montepio nem estamos a analisar nenhuma operação com o Montepio. Se vier a surgir, de certeza que vamos olhar», disse o CEO do banco.


Mais resistente a este cenário está a dona do Banco Montepio. De acordo com o presidente da Associação Mutualista, a instituição conta com soluções de capital «ajustadas às suas necessidades e encontrará o seu próprio caminho de estabilização. Pela matriz e pelos valores mutualistas que enquadram e suportam a atividade do Banco Montepio, uma fusão desta natureza corresponderia à sua descaracterização, algo que colide com os interesses da Associação Mutualista Montepio e dos seus associados», revelou a instituição liderada por Virgílio Lima.

Cortar custos é a palavra de ordem
 Cortar custos vai sem dúvida ao encontro das necessidades da instituição financeira liderada por Pedro Leitão. Ainda na semana passada, tanto o chairman como o CEO admitiram que «os tempos que vivemos são desafiantes e incertos» e confirmam a saída entre 600 e 900 trabalhadores.

Em causa, tal como o SOL tinha avançado no último sábado, está o programa de reestruturação do Banco Montepio, que já está nas mãos do Ministério do Trabalho e da Segurança Social. Esta é uma das condições exigidas para que a instituição financeira possa ter estatuto de empresa em reestruturação, o que permite a quem aceite a rescisão por mútuo acordo ter direito ao subsídio de desemprego. E com isso avançar com o seu plano de fecho de balcões e redução de número de trabalhadores.

Apesar de considerar que «esta fusão pode vir a dinamizar ainda mais o setor e a aumentar a competitividade do mesmo», Henrique Tomé lembra que a operação destas duas instituições financeiras «acaba por contribuir para haver ainda menos players no mercado, fazendo com que surja um oligopólio neste setor. Este tipo de estrutura do mercado acaba por ser prejudicial aos novos players que tentam afirmar-se neste setor e representa um grande entrave para os mesmos». Também do lado dos clientes, não existem vantagens. E o analista explica porquê: «Historicamente, sempre que assistimos a este tipo de fusões temos vindo a assistir a um aumento de custos para o consumidor».

Tendência não é nova
 O próprio Banco Central Europeu (BCE) tem vindo a apoiar esta tendência, já que sempre defendeu a ideia de que é necessário que o setor bancário diminua, através de operações de fusão e aquisição que acabam por criar mais benefícios para o sistema financeiro do que propriamente para o cliente.
 Esta redução de custos através de fusões de bancos foi visível noutras operações, como lembra ao SOL Pedro Amorim. «A aquisição do Santander ao Popular resultou na redução de pessoal na ordem dos 13% só em Portugal».
Outra curiosidade diz respeito ao facto dos bancos que operam no mercado nacional estarem, na sua maioria, detidos por mãos espanholas. Um cenário que tem ganho maior revelo com as recentes aquisições do Banif, do BPI e do Barclays, que pesam mais 40% do sistema financeiro. É o caso do Santander, com a fusão com o Popular, a concorrer à liderança de mercado com o BCP, que por sua vez se encontra em mãos chinesas. A aquisição do BPI por parte do La Caixa, o ex-BES para o Lone Star, a saída do Barclays para entrar o Bankinter e a saída do Deutsche Bank vieram reforçar a banca espanhola em Portugal.

E a predominância espanhola poderá não ficar por aqui, se o Novo Banco for parar a Espanha. Ao SOL, o economista Avelino de Jesus, autor de dois livros sobre a resolução do BES, já veio garantir que a instituição financeira no futuro irá sair da Lone Star para um banco espanhol, em que o Santander Totta é apontado como o candidato preferencial.
«Desde a queda ‘forçada’ do BES, tivemos um colapso no sistema financeiro nacional. Deve-se à fraca capacidade de agentes nacionais investirem em bancos, deixando para agentes mais ‘poderosos’ que só encontramos no estrangeiro», garante o analista da Infinox.

O que é certo é que Portugal acompanha a tendência que se vive na Europa. E o caso mais recente é vivido em Espanha com o anúncio de compra do Bankoa por parte do Abanca, consolidando assim a posição no país basco. Com esta operação, o banco galego vai aumentar o seu volume de negócios em 4.374 milhões de euros (1.788 milhões de euros em crédito a clientes, 1.575 milhões de euros em depósitos e 1.011 milhões de euros em fundos fora do balanço) para 93 mil milhões de euros. O Abanca vai consolidar, assim, a sua posição como a sexta entidade espanhola por ativos, com mais de 65 mil milhões de euros.

Esta é a quinta transação realizada pelo Abanca desde a sua criação em 2014. A primeira foi a integração do Banco Etcheverría nesse mesmo ano; em 2017, foi realizada a compra da Popular Servicios Financieros; em 2018, o Abanca adquiriu o Deutsche Bank PCB e, também em 2018, comprou à Caixa Geral de Depósitos o seu banco em Espanha, o Banco Caixa Geral.

Mas Pedro Amorim lembra que este cenário não se aplica apenas à vizinha Espanha. «Não é só em Espanha, temos por toda a Europa. É previsível, e o objetivo será reduzir pessoal, tornando sistemas únicos e aumento de sinergias com a partilha de ‘know-how’». E reconhece que estas operações surgem mais quando assistimos a dificuldades no setor, dando como exemplo o que se passou com a indústria farmacêutica há uns poucos anos. E de acordo com o responsável, «poderemos assistir a uma redução de 30% dos balcões e 30% do pessoal em 3-4 anos, e 50% nos próximos 10 anos, sem qualquer exagero. A lógica bancária de ter balcões começa a ter os dias contados, até porque devido ao contexto epidémico os bancos estão a reforçar os sistemas de apoio ao cliente à distância através de melhores aplicações, centros de contacto, entre outros».

Uma opinião partilhada por Henrique Tomé. «Os grandes grupos empresariais tendem a adquirir outras empresas para conseguirem uma maior quota de mercado e porque estas aquisições acabam por trazer vantagens económicas às empresas, uma vez que acabam por ter uma maior facilidade no acesso a crédito, nomeadamente financiamento junto aos bancos a juros perto de zero», refere ao SOL. A tendência já dura há alguns anos e observa-se em toda a Europa e também nos EUA.

O antigo dono disto tudo já foi, agora os novos donos disto tudo, sistema financeiro português, são os espanhóis put… que pariu
 

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tenente

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Re: Sector Bancário
« Responder #18 em: Outubro 29, 2020, 09:23:46 pm »
Mesmo com o Konaviruz em força o sector bancário continua na maior.

https://observador.pt/2020/10/29/millenniumbcp-com-lucros-de-1463-milhoes-nos-primeiros-nove-meses-do-ano/

Abraços
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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Re: Sector Bancário
« Responder #19 em: Dezembro 12, 2021, 04:08:02 pm »
João Rendeiro foi detido na África do Sul, perto de Durban, zona de surf. "Ficou surpreso. Não estava à espera"

Antigo banqueiro refugiava-se mais na zona financeira de Joanesburgo, em hotéis de luxo, mas foi preso perto de Durban. PJ defende que permaneça detido até à extradição, por "enorme risco de fuga".



João Rendeiro foi detido esta madrugada, por volta das 7h30, depois de estar em fuga desde setembro. Numa conferência de imprensa esta manhã, o diretor-nacional da Polícia Judiciária, Luís Neves, confirmou que o antigo banqueiro foi detido na África do Sul, onde entrou a 18 de setembro, depois de sair do Reino Unido a 14 de setembro. Rendeiro foi detido na localidade de Umhlanga, perto da cidade de Durban, na costa sul africana, conhecidas pelas suas estâncias balneares e por terem a preferência de surfistas.

Rendeiro reagiu com “surpresa” à detenção. “Não estava à espera”, descreveu Luís Neves, que adiantou que o detido “não usava disfarces, mas tinha muitos cuidados” e estava na posse de uma autorização de residência para aquela país emitida há um mês. O banqueiro estava hospedado num resort de luxo, nesta zona junto à praia, o Forest Manor.

São agora aguardadas as medidas de coação para João Rendeiro, com o diretor nacional da PJ a advertir que se trata de uma “pessoa com grande capacidade económica, o que lhe dá grande mobilidade”, apontando o “enorme perigo de fuga”. Luís Neves disse que a PJ “reforçará a necessidade de aplicação de medida detentiva”, tendo em conta a “personalidade” e o risco de fuga.
“Zona mais rica de Joanesburgo era refúgio habitual, em hotéis de cinco estrelas”, diz PJ

O diretor nacional da PJ não revelou na conferência de imprensa o local da detenção, dizendo apenas que Rendeiro estava detido “muito longe de Pretória e de Joanesburgo”, adiantando que o antigo banqueiro se movimentava antes pela “zona mais rica”, a zona financeira, de Joanesburgo. “Era o seu habitual local de refúgio, em hotéis de cinco estrelas”, detalhou, ao mesmo tempo que afirmou ser “patético” que Rendeiro diga que não estava fugido, já que “tinha muitos cuidados e não circulava livremente nesse país”.

O diretor nacional da PJ explicou, aliás, que a fuga de Rendeiro foi “preparada durante vários meses” e que “não só não houve nenhum deslize, como João Rendeiro usou todos os meios tecnologicamente mais avançados — e que custam uma exorbitância — para poder comunicar de forma não detectável”. Luís Neves adiantou mesmo que “a entrevista que deu à CNN aconteceu através de uma forma encriptada que não permitia que qualquer trabalho fosse feito para o localizar” e reforçou: “Tratam-se de tecnologias de meios que não estão ao dispor de forma fácil e são o grande sinal de que João Rendeiro jamais em tempo algum pretendia apresentar-se às autoridades”.
Autorização de residência na África do Sul tem um mês

A escolha de África do Sul por parte de Rendeiro terá tido em conta o “apoio pessoal” que teria no local. A PJ tem informação que o plano do ex-banqueiro seria “esconder-se ali nos primeiros tempos”, tendo em conta esse apoio e “está convencida que, através de algum investimento, [Rendeiro] podia pensar que tinha a possibilidade de não ser extraditado”.

Luís Neves revelou que tinha, entretanto, sido concedida uma autorização de residência a Rendeiro naquele país, cuja emissão data de 10 de novembro. E garantiu que quando a mulher, Maria de Jesus Rendeiro, disse que o marido estaria na África do Sul a PJ já tinha essa mesma informação. A mulher de João Rendeiro “não deu mais nenhum pormenor”, assegurou Luís Neves.

Extradição “é possível” e permitirá prisão efetiva imediata

A Justiça portuguesa já desencadeou os mecanismos de cooperação judiciária internacional para que os tribunais da África do Sul autorizem a extradição para Portugal de João Rendeiro, o que Luís Neves diz que pode acontecer já. “Há possibilidade de extraditar esta pessoa“, adiantou na conferência de imprensa, dizendo que “há mecanismos legais para o fazer” e ainda que “Rendeiro será apresentado às autoridades [judiciais] nas próximas 48 horas” — a CNN adiantou que isso acontecerá na segunda-feira.

Luís Neves afirmou ainda que a PJ está em condições de “ir buscar” João Rendeiro se o ex-banqueiro “for colocado à disposição das autoridade portugueses”, o que ainda não aconteceu. Rendeiro vai permanecer para já sob custódia das autoridades sul-africanas.

“Se e quando for extraditado será para cumprimento de pena porque há decisões que já transitaram em julgado e o condenam a prisão efetiva”, diz ainda Luís Neves. Recorde-se que Rendeiro estava em fuga desde o final de setembro, após ter sido notificado para estar presente no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa para ser ouvido no âmbito da alteração das medidas de coação.

Maria de Jesus Rendeiro afirmou durante o interrogatório como arguida no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa que o seu marido João Rendeiro estava precisamente no principal país da África Austral. Na altura o Ministério Público e a PJ desvalorizaram a informação dada pela mulher de Rendeiro.

João Rendeiro tem uma pena de prisão de cinco anos e oito meses transitada em julgado para cumprir no âmbito de um processo relacionado com a falsificação da contabilidade do BPP.
Luís Neves diz que “PJ não lava a cara a ninguém”

Durante a conferência de imprensa em que adiantou pormenores da detenção de João Rendeiro, o diretor nacional da PJ foi questionado sobre este desfecho contribui para sanar a má imagem da justiça portuguesa tendo em conta que foi permitido que o antigo banqueiro saísse do país e respondeu que “a PJ não lava a face a ninguém, fazemos parte da justiça”. Ainda assim, Neves admite que a fuga de Rendeiro tenha sido nociva para a imagem do sistema.

As suas palavras foram sobretudo para elogiar a ação da PJ, que classificou de “resiliente”, e da “equipa de trabalho em permanência”, constituída por elementos das unidades de Combate à Corrupção, de Informação Criminal e de Cooperação Internacional que “conseguiu encurtar o caminho para encontrar” Rendeiro.

Também detalhou que foi essencial para a detenção de Rendeiro o encontro que teve com o comissário-geral da polícia sul-africana, general Kehla Sithole, na Assembleia Geral da Interpol, no final de novembro em Istambul. Foi aí que foi facilitado o cumprimento do mandado de detenção internacional, segundo explicou o próprio diretor nacional da Polícia Judiciária.

https://observador.pt/2021/12/11/joao-rendeiro-foi-detido/

Como foi notícia desde ontem, apanharam um dos trafulhas que contribuiu para a derrocada da banca nacional, João Rendeiro.
Parabéns a quem conseguiu o feito e em especial à PJ e que este passe o resto dos seus dias entre a prisão e o tribunal a responder por todos os crimes. E não esquecer os bens e dinheiro que desviou, até ao último cêntimo.

Mas ainda há mais criminosos soltos. É importante que a justiça se faça contra eles todos sem excepção!
 
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HSMW

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Re: Sector Bancário
« Responder #20 em: Fevereiro 05, 2022, 06:33:24 pm »


Porque será...  ::)
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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tenente

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Re: Sector Bancário
« Responder #21 em: Maio 04, 2022, 07:45:35 am »
Sem comentários !!!!

O Novo Banco duplicou os lucros para 142,7 milhões de euros no primeiro trimestre, que comparam com os lucros de 70,7 milhões de euros do mesmo trimestre do ano passado, foi hoje anunciado.

Ainstituição considerou, na informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que o "desempenho da atividade está em linha com as expetativas, apresentando pelo quinto trimestre resultados positivos".

No primeiro trimestre deste ano, a margem financeira totalizou 133,5 milhões de euros (-8,4% vs primeiro trimestre de 2021), "refletindo a estabilidade nas linhas do negócio bancário (empresas e particulares), e o efeito das emissões de dívida sénior em 2021 e das taxas de juro negativas nas aplicações do mercado monetário".

As comissões de serviços a clientes subiram 9,6% para 68,8 milhões de euros.

Refletindo esta evolução, o produto bancário comercial caiu 3% neste período, totalizando 202,3 milhões de euros (-3% vs primeiro trimestre de 2021) e o produto bancário subiu 13,5%, ascendendo a 310,4 milhões de euros, com resultados de operações financeiras de 91,4 milhões de euros.

O resultado operacional core cifrou-se em 98,7 milhões de euros, menos sete milhões de euros, como "resultado da estabilização dos agregados de negócio e da manutenção dos custos operativos" e o Cost to Income situou-se em 51%, enquanto no período homólogo foi de 49%, justificando que beneficiou de custos operativos estáveis (103,6 milhões de euros), "com a implementação de medidas de eficiência e investimento contínuo no modelo de negócio".

O Novo Banco indica que no trimestre um resultado ajustado - antes de impostos - foi de 59,5 milhões de euros, equivalente a um RoTE1 anualizado (antes de impostos) de 10,2%.

O rácio de crédito malparado manteve-se em 5,7%, o mesmo registado em dezembro de 2021, mas abaixo dos 8,9% atingidos em dezembro de 2020. Já o rácio de cobertura situou-se em 70,8%.

Ainda nos primeiros três meses do ano, o banco constituiu 21,8 milhões de euros de imparidades, abaixo dos 61,8 milhões de euros constituídos no mesmo período de 2021.

Destas, 14,3 milhões de euros são para crédito, 11,1 milhões de euros para títulos e -3,6 milhões de euros para outros ativos e contingências.

Os custos operativos mantiveram-se estáveis face ao período homólogo em 103,6 milhões de euros, com um aumento dos gastos gerais de administrativos para 38,2 milhões de euros (face aos 35,9 milhões de euros em igual período de 2021) e uma subida ligeira das amortizações para 9,8 milhões de euros (que compara com os 8,1 milhões de euros).

Já os custos com pessoal totalizaram 55,7 milhões de euros (menos -5,7% face ao trimestre homólogo), com o Novo Banco a explicar que mantém "a tendência de redução que se tem verificado nos últimos anos em resultado das medidas de eficiência implementadas", detalhando que em 31 de março de 2022, o grupo tinha 4.182 colaboradores, menos 375 colaboradores do que em igual período, mas menos 11 do que em dezembro.

Em 31 de março de 2022, o número de balcões ascendia a 311, menos 46 do que nos primeiros três meses de 2021, mas mantiveram-se face a dezembro.

António Ramalho, presidente executivo da instituição, salientou, citado em comunicado, que "pelo quinto trimestre consecutivo o novo banco apresenta resultados positivos, criando valor para todos os seus acionistas, o que demonstra uma clara sustentabilidade da rentabilidade assente num robusto modelo de negócio, permitindo continuar a apoiar as famílias, as empresas e a economia nacional".

O rácio CET 1 atingiu 10,8% (vs 11,1% em 2021) e rácio de solvabilidade total foi de 12,9% (vs 13,1% em 2021), enquanto o rácio de liquidez (LCR) continuou a melhorar, situando-se nos 184% e o NSFR totalizou 115%.

O Novo Banco anunciou, em 09 de março, um pedido de uma injeção de capital de 209 milhões de euros ao Fundo de Resolução bancário relativa a 2021, ano em que o banco lucrou 184,5 milhões de euros.

A instituição financeira justifica hoje em que comunicado que este valor "teve em conta as perdas incorridas nos ativos cobertos pelo Mecanismo de Capitalização Contingente, bem como as condições mínimas de capital aplicáveis no final do mesmo ano ao abrigo do Mecanismo de Capitalização Contingente".

Assinala ainda que no que respeita ao valor solicitado ao Fundo de Resolução, relativo ao exercício de 2020 subsistem duas diferenças que resultam de divergências, entre o Novo Banco e o Fundo de Resolução, relativamente à provisão para operações descontinuadas em Espanha e à valorização de unidades de participação, que estão sujeitos a uma decisão arbitral.

"O novobanco considera estes valores (165MEuro) como devidos ao abrigo do Mecanismo de Capitalização Contingente, estando a despoletar os mecanismos legais e contratuais à sua disposição no sentido de assegurar o recebimento dos mesmos", indica, acrescentando que mantém ainda com o Fundo de Resolução em divergência sujeita a arbitragem a aplicação da opção dinâmica do regime transitório da IFRS.

https://www.noticiasaominuto.com/economia/1988191/novo-banco-duplica-lucros-para-142-7-milhoes-no-primeiro-trimestre

Abraços
« Última modificação: Maio 04, 2022, 07:49:34 am por tenente »
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Re: Sector Bancário
« Responder #22 em: Maio 04, 2022, 11:06:33 am »
Secalhar vou ser polémico, mas só posso ficar contente quando algum banco/empresa (Galp) tem lucros.

O problema do Novo Banco foi os anjinhos (ou secalhar nem são tão anjinhos) que permitiram no contrato de venda haver estas coisas.

Se voces tivessem uma empresa com um contrato destes não iam tentar sacar o máximo dinheiro possível?
 

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« Responder #23 em: Julho 15, 2022, 10:10:35 am »
Já devem ter ouvido o alvorinho que provocou uma auditoria do Tribunal de Contas que defende que não foram defendidos os interesses nacionais!!! A sério!?  ::)

Mas o regime escondeu mais um rombo de todos os portugueses!!!! Quando refiro o regime, refiro praticamente todos os partidos, porque se a PAF nacionalizou o BES e transformou em Novo Banco (das desgraças), foi a geringonça que vendeu o Novo Banco à Lone Star em 2017 (PS + BE + PCP)!

O que todos nós sabíamos é que o Banco foi "comprado" pela Lone Star em 2017, 75% por mil milhões............. mas o Fundo de Resolução dá uma garantia de 3,9 mil milhões para cobrir potenciais perdas (ou seja, pagamos para ficarem com o banco).

Mas a novidade é que afinal há umas letrinhas pequeninas no contrato de venda, que diz que para além dos 3,9 mil milhões (adiantados pelo Estado e a ser devolvido pelo Fundo de Resolução, ou seja, todos os bancos!!!!!), ainda podemos ter de pagar mais 1,6 mil milhões de euros!!!!!  :o

https://www.dinheirovivo.pt/economia/novo-banco-defende-que-nao-cabe-a-gestao-minimizar-chamadas-de-capital-15013828.html
 
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Re: Sector Bancário
« Responder #24 em: Fevereiro 01, 2023, 01:20:56 pm »
Bancos colocam entraves à renegociação de créditos


« Última modificação: Fevereiro 01, 2023, 01:21:10 pm por Lusitano89 »
 

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Re: Sector Bancário
« Responder #25 em: Fevereiro 01, 2023, 02:11:06 pm »
Bancos colocam entraves à renegociação de créditos



O problema aqui nem é tanto dos Bancos em si, mas dos Bancos Centrais!
O problema dos Bancos com clientes a renegociar créditos são as consequências para os bancos, que são negativas:

Novo regulamento para o sector bancário imposto pela UE a todos os bancos: https://www.sgeconomia.gov.pt/noticias/parlamento-europeu-aprova-regras-para-reduzir-credito-malparado-dos-bancos.aspx

O próprio Centeno já confirmou que todos os clientes podem renegociar os seus créditos com os bancos, mas (e eu deixo um ENORME MAS!!!!!), ficam na lista negra da concessão de crédito e podem entrar também na Central de Responsabilidades do Banco de Portugal (se tiverem prestações em atraso).

E quando qualquer uma das situações ocorre, por exemplo a renegociação de crédito, o Banco que aceita renegociar, tem de aumentar as provisões e baixar a notação de crédito desse cliente, o que na prática significa um aumento de provisões obrigatórias.
Dou um exemplo, o Manuel faz um empréstimo de 100 000€ para comprar um apartamento e aplica a fórmula de calculo de risco do cliente e tem de colocar uma percentagem de lado para utilizar se o cliente não pagar (vamos imaginar 5% ou 5 000€).
Se o Manuel renegociar o crédito e o banco aceitar, o banco vai ter de colocar de lado mais dinheiro para cobrir o prejuízo (vamos supor 10 ou 15%, são 10 a 15 000€ o que leva a que só nesse ano, o lucro do banco vá ser afectado em 5 ou 10 000€ só por causa desse cliente).

Agora imaginemos milhares de clientes a fazerem isto!!!!!!

E vamos tornar as coisas mais negras, se os clientes deixam de pagar! Então as provisão em percentagem disparam e os resultados do banco podem mergulhar no vermelho rapidamente!!!!!

Os bancos como são muito alavancados (pouco capital próprio para tantos activos), apesar de que agora estão muito mais capitalizados do que à 10 ou 15 anos atrás, se houver uma grave crise na economia (clientes), são rapidamente afectados!!!!
 

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Lusitano89

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Re: Sector Bancário
« Responder #26 em: Março 07, 2023, 05:57:27 pm »
Lucro da CGD subiu 45% para 843 ME em 2022


 

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Re: Sector Bancário
« Responder #27 em: Abril 27, 2023, 09:52:56 am »
Ricardo Salgado deve 30 mil euros ao Tribunal Constitucional, mas diz que não tem como pagar

Em causa estão as dezenas de recursos e reclamações que perdeu em tribunal, o que significa que lhe têm sido exigidas sucessivas taxas de justiça. No entanto, o ex-banqueiro diz não ter como pagar.

Ricardo Salgado deve mais de 30 mil euros ao Tribunal Constitucional. Nos últimos três anos, o antigo banqueiro perdeu mais de uma dezena de recursos e reclamações, mas apenas num dos casos pagou a taxa de justiça. O ex-presidente do Grupo Espírito Santo alega que não tem dinheiro.

Ricardo Salgado garante que está de mãos atadas, sem acesso a qualquer património, para poder pagar a dívida que se acumula há três anos no Tribunal Constitucional.

Desde 2020, o Tribunal Constitucional exigiu ao antigo presidente do Grupo Espírito Santo 31.416 euros, mas, até agora, foram pagos apenas 714 euros. Isto significa que salgado deve ao Constitucional mais de 30.700 euros.

Um valor que garante estar impedido de pagar por ter todo o património arrestado à ordem do processo Universo Espírito Santo.

Numa exposição a que a SIC teve acesso, Ricardo Salgado lembra que prestou cauções de três milhões de euros em dois processos, que viu serem arrestadas as contas bancárias na Suíça - onde tinha mais de 8,5 milhões de euros - e que a reforma de 51.862 euros que recebia em 2015 foi penhorada e está agora reduzida a 1.900 euros líquidos.

Tem o usufruto de uma casa em Cascais, mas não tem imóveis, automóveis nem outros bens que possam servir para liquidar as dívidas, alega. Até porque tem de suportar os custos de defesa em todos os processos em que é arguido.

Já Amílcar Morais Pires, ex-braço-direito de Salgado e antigo administrador financeiro do BES, tem estado a pagar as dívidas. Pediu apenas ao Constitucional para as saldar em prestações, como tem vindo a fazer noutros processos. Argumenta que está desempregado desde 2014 e que vive de poupanças e do apoio de familiares.

https://sicnoticias.pt/pais/2023-04-26-Ricardo-Salgado-deve-30-mil-euros-ao-Tribunal-Constitucional-mas-diz-que-nao-tem-como-pagar-d17bc823

Coitado! Vamos lá fazer um peditório para darmos ao DDT  :mrgreen:
 

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Re: Sector Bancário
« Responder #28 em: Maio 16, 2023, 12:28:23 pm »
Famílias já podem pedir aos bancos bonificação dos juros no crédito à habitação

Apoio começa esta terça-feira, dia 16 de maio, a poder ser solicitado pelas famílias elegíveis e tem efeitos retroativos a 1 de janeiro deste ano. Famílias devem apresentar pedido junto dos bancos e outras entidades credoras. Maioria dos bancos já aderiu ao protocolo de operacionalização da medida.



As famílias portuguesas com dificuldades em pagar as prestações da casa, devido à subida da Euribor, já podem pedir acesso à bonificação de juros no crédito à habitação. Os pedidos podem ser submetidos junto dos bancos e outras entidades credoras a partir desta terça-feira, dia 16 de maio, e o apoio terá efeitos retroativos a 1 de janeiro deste ano.

Para aceder a esta bonificação no crédito à habitação de taxa variável, as famílias devem apresentar o seu pedido de adesão "junto das instituições, utilizando para isso os canais que estas disponibilizem para esse efeito", informa o Ministério das Finanças, em comunicado. Após a receção do pedido completo, as instituições têm 10 dias úteis para comunicar aos requerentes se preenchem as condições de acesso a este apoio.

São abrangidos os contratos com crédito até 250 mil euros, celebrados até 15 de março de 2023 e que apresentem uma taxa de esforço igual ou superior a 35% do seu rendimento anual com o valor das prestações anuais do crédito. A bonificação pode ir até aos 75% do valor da prestação da casa, mas está dependente do rendimento anual das famílias.

A bonificação destina-se a apoiar as famílias até ao limite máximo do sexto escalão de rendimentos de IRS (até 38.632 euros). Para as famílias cujo rendimento não supere o quarto escalão de IRS (20.700 euros), a percentagem de bonificação é de 75%. Já as famílias com rendimentos correspondentes ao quinto e sexto escalões de rendimentos (entre 20.700 e 38.632 euros), terão uma bonificação de 50%.

A medida aplica-se a contratos de crédito para "aquisição, construção ou obras em habitação própria e permanente que tenham sido contratados a taxa variável ou que, tendo sido contratos com taxa mista, estejam no período da taxa variável". O apoio anual máximo pode chegar aos 720,65 euros.

O Ministério das Finanças diz que, "não obstante a data do pedido, o primeiro pagamento da bonificação será retroativo aos meses de 2023 em que estejam preenchidos os requisitos de elegibilidade". Caso os bancos determinem que os candidatos não preencham, "devem indicar expressamente os motivos da não elegibilidade".

Até agora, "a generalidade dos bancos a operar em Portugal já aderiu ao protocolo que operacionaliza a medida", dá conta o gabinete de Fernando Medina. As instituições financeiras que ainda não o aderiram, podem ainda fazê-lo, indica.

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/familias-ja-podem-pedir-para-aderir-a-bonificacao-dos-juros-no-credito-a-habitacao

Mesmo que haja quem não seja elegível para esta medida, podem sempre tentar encontrar soluções junto do vosso banco. É sempre preferível dizer ao banco que está em dificuldades e precisa que o banco ajude, do que entrar em incumprimento! Um incumprimento fica logo registado no Banco de Portugal e é um cartão vermelho para futuros empréstimos!

Apesar dos bancos não informarem (porque não lhes interessa muito), os bancos podem dar um período de carência de alguns meses, para que se evite o incumprimento. Este período de carência até coincide com a alta das taxas de juro.

Atenção que as taxas de juro só começam a baixar em 2024 e só se a inflação estiver controlada (obviamente que refiro-me à taxa de juro decretada pelo BCE).
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: CruzSilva

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Re: Sector Bancário
« Responder #29 em: Maio 29, 2023, 10:21:51 am »
Caixa reembolsa toda a dívida a privados pela recapitalização

O banco estatal emitiu mil milhões de euros em junho de 2018 oferecendo uma taxa de juro anual de 5,75%. A emissão complementou as ajudas estatais de 2.500 milhões de euros para a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos.



A Caixa Geral de Depósitos (CGD) reembolsa esta segunda-feira, de forma antecipada, 500 milhões de euros da emissão de fundos próprios de nível 2 (Tier 2), anunciou o banco estatal em comunicado enviado à CMVM.

Desta forma, a CGD paga a totalidade dos mil milhões de euros emitidos em junho de 2018, com uma taxa de juro anual de 5,75%, que haviam sido colocados junto de investidores privados no âmbito do plano de recapitalização.

Em março do ano passado, o banco estatal já tinha reembolsado antecipadamente outros 500 milhões de euros da emissão AT1.

No comunicado, a Caixa indica que recebeu a necessária autorização prévia do Banco Central Europeu (BCE) para o reembolso hoje realizado, sublinhando que "a autorização para o reembolso antecipado evidencia a robusta solvência da CGD que, em março de 2023, apresentava rácios de CET 1 de 19,5% e de capital total de 20,9%".

"Sem consideração da emissão Tier 2, o rácio de CET 1 permanece inalterado em 19,5% e o rácio de capital total fixa-se em 19,8%", conclui.

O plano de recapitalização da Caixa contou com ajudas públicas no montante de 2.500 milhões de euros e com financiamento privado por via destas emissões no valor de mil milhões, para um total de 3.500 milhões de euros.

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca---financas/detalhe/caixa-reembolsa-toda-a-divida-a-privados-pela-recapitalizacao#loadComments

A diferença! Na altura da crise bancária de à 15 anos atrás, os bancos portugueses apresentavam rácios Tier 1 entre 5 e 8%. 15 anos depois passamos do 8 para o oitenta, os bancos apresentam rácios pornográficos a rondar os 20%!!!!!

Está explicado, para quem ainda não tinha percebido, porque é que os bancos não sobem os juros aos depositantes e permanecem em 0% ou quase...... a razão é muito simples, os bancos nacionais não precisam de dinheiro e por esse motivo podem dar-se "ao luxo" de não retribuírem os depósitos a prazo e há outro pormenor que contribui para esta folga, os bancos não precisam de dinheiro fresco..... porque também têem receio do inevitável aumento do crédito incobrável à medida que os juros continuam a subir!