Para acabar com a expeculção aqui está uma fonte oficial:
https://www.emfa.pt/noticia-5166-Frota%20de%20KC-390%20aumenta%20para%20seis%20avioes
E no comunicado da Força Aerea diz especificamente que o contrato assinado inclui 10 opções de compra adicionais. Não uma opção de 10 aviões mas sim 10 opções adicionais ou seja cada opção representa um avião. Concluindo Portugal não têm de pagar nada á “cabeça”.
Citação do comunicado:
“Além da aquisição da sexta aeronave, o contrato de intenções assinado pelo governo português prevê também a inclusão de dez opções de compra adicionais, destinadas a facilitar futuras aquisições por outras nações europeias e da NATO, através de Portugal, reforçando a interoperabilidade entre aliados e promovendo o desenvolvimento da Base Tecnológica e Industrial de Defesa nacional”
Menos mal que não vão comprar 10 KCs às cegas, guiados por "hopes and dreams" de os revender.
No entanto os riscos mantêm-se, deste negócio servir de pretexto para se fingir que se investe na Defesa. Também há o risco destas opções de compra serem activadas para adquirir mais aviões destes para a FAP, ao invés de se investir nas prioridades.
Agora a questão: se isto é possível de fazer, e qualquer país que compre estes aviões tem financiamento UE e/ou fica isento de contar para a dívida, o que é que impede a Itália de comprar F-35A, e depois revender a Portugal, com os italianos a aumentar ligeiramente o preço para obter lucro, e Portugal pagar apenas 60/70%, com a UE a financiar o resto?

Quantos casos destes de negócios encapotados teriam que decorrer, até alguém na UE dizer "alto lá, estamos a financiar programas maioritariamente externos à UE?", e colocar o travão nisto?
Concordo que existe o risco de contabilizarem a compra como investimento em Defesa, mas depois k dinheiro da venda não ser reinvestido na dita… mas se alguém está a pensar que vamos efetivamente, começar a gastar 3.5% em Defesa em termos reais, podem tirar o cavalinho da chuva, porque é de Portugal que estamos a falar. Do meu ponto de vista, mesmo que recordam a esse “truque”, gosto do negócio o, porque aumenta o número de utilizadores, reduzindo assim custos de manutenção e sempre existe algum retorno para a indústria nacional... quanto ao VSHIRAD e outros, estamos todos de acordo…
3.5%? Já estão a tentar fazer invenções contabilísticas para os 2%! Quem acha que este negócio de "intermediário" não vai ser contabilizado, está demasiado optimista para o país em questão. Dou 90% de chance para ser contabilizado.
Estamos a falar de uma verba bastante relevante, que ao ser investida na Defesa apenas de forma fictícia, vai penalizar a verba disponível para outros programas.
Eu não gosto do negócio, porque a função principal das FA é defender o país, não servir de intermediário, para obter retorno financeiro quase irrelevante, ao mesmo tempo que este negócio bloqueia investimentos necessários.
Se não contasse para os 2% do PIB em Defesa, tudo bem, a partir do momento em que seja contabilizado, é péssimo.
Isto vai afectar a Defesa do país. País este que não aguenta sequer 1 semana de conflito.
Imaginem isto acontecer na Saúde. Inflacionar o orçamento com "negócios de intermediário", em vez de realmente gastar onde fazia falta. Era um escândalo.