O Eurodrone já tem versões AEW e MPA planeadas
Faz todo o sentido. A questão é que estando o primeiro vôo da versão base apenas planeado para 2027, quando vão estar disponíveis essas versões? Sendo maior que o MQ-9B (portanto, em principio, passível de levar cargas maiores e com maior autonomia) e europeu faria todo o sentido adquirir este, se as várias versões estiverem prontas em tempo útil e não apenas em 2040…
Antes de mais, tenho sérias dúvidas que se vá realizar tamanho investimento em UAVs/UCAVs MALE em Portugal, tendo em consideração as notícias recentes de "arranjar formas diferentes de contabilizar os gastos com a Defesa" e os investimentos que têm sido considerados prioritários em Portugal até agora (nem o MQ-9 nem o EuroDrone são da Embraer, não esquecer).
Agora, navegando na maionese.
Primeiro que tudo, além de versões AEW, ASW e MPA, teríamos que incluir variante "ar-solo", ou assegurar que as variantes MPA e ASW podem ser facilmente configuradas para esse fim.
Segundo, temos que perceber qual é o nível de ambição da MGP no que diz respeito ao NAVPOL (se avança ou não, e que tipo de navio). Se a ideia é avançar com um grande navio anfíbio, então temos de olhar seriamente para um LHD, tipo Dokdo ou Juan Carlos.
Se optarmos por um LHD (que obviamente exigiria escoltas à altura), temos que considerar um UAV que seja embarcado, e porque questões logísticas, faria sentido optarmos por MQ-9B e MQ-9B STOL para a FAP e MGP respectivamente.
Com estes 2 pontos em mente, definiam-se as quantidades.
Tendo em conta que o número poderá ultrapassar facilmente as 15 unidades, e havendo um grande mercado para este tipo de meio, a escolha teria que envolver a indústria nacional com uma linha de montagem/produção de componentes.
Tirando naquele caso específico em que a MGP tem um LHD, em que neste caso só o MQ-9 STOL faria sentido, temos 2 hipóteses:
-comprar MQ-9B, nas versões apontadas, criando-se uma unidade de produção do dito;
-entrar no programa EuroDrone, participando directamente no desenvolvimento da aeronave, como na produção, e com a vantagem de ser europeu.
Caso fosse escolhido o EuroDrone, este demoraria bastantes anos até ser entregue. Para mitigar esta limitação, propunha uma solução stop-gap, com a compra de 6-8 MQ-1C Gray Eagle modernizados em segunda-mão.
Estes permitiam à FAP criar uma doutrina em torno de UCAVs, e cumprir parte das missões que se pretende desempenhar com os EuroDrone, até à sua chegada.