Um dos, senão mesmo o principal factor, é o custo da mão de obra, que vai afectar os preços de literalmente tudo. Não é só da mão de obra que produz o armamento em si, mas também a mão de obra da exploração e extracção das matérias primas usadas, a mão de obra do transporte da matéria-prima, eventualmente o refinamento dessa mesma matéria prima, mão de obra para fabricar os componentes (por exemplo chips), o custo da energia usada, seja para o processo de extracção, transporte e fabrico também é mais alto. Depois o custo de desenvolvimento, que é muito mais elevado do que antes. Depois, como foi dito, as quantidades fabricadas também são muito reduzidas, se antes se calhar se fabricavam 100 mil peças de artilharia de um determinado modelo, hoje 10 mil já é uma sorte, sendo que normalmente nem aos 4 dígitos chegam. Tudo isto reflecte-se no preço final.
Depois claro, a inflação tem um peso enorme.
Só para termo de comparação, há 50/60 anos atrás, comprava-se um Ferrari novo, pelo preço de um Clio em segunda-mão nos dias que correm.
Não é impossível (até é bem fácil, quando há vontade para isso) Portugal estar a par dos aliados. O que nós não teremos, é capacidade de comprar na mesma quantidade que outros países. Depois não temos de copiar na íntegra o que os outros compram. Existem meios que se justificam mais que outros, não fossemos nós um país predominantemente (em área) marítimo.