Uma pessoa tenta ter uma conversa de boa fé mas é difícil. Só estava a expor o máximo de sítios que eram facilmente identificados como podendo levar armamento. Não que estes seriam lá montados sem alterações. Mas pronto. Vou facilitar. Do MPSS 7000 para o 9000 são acrescentados 20 metros. Não se aumenta a ilha e temos mais 20mx9m (fora o espaço em frente da ilha na proa) de espaço livre no deck. Espaço por baixo do deck tem de sobra como vimos (2600m2 basicamente livres). Um VLS precisa de 3,5mX2,5m no deck para 8 células. Nesse espaço (9m) cabem 3 filas (24 VLS) e em comprimento cabem 5 dessas filas o que dá um grande total de 120 cannisters ou 480 ESSM. Espero que chegue. Agora ponham lá isso num NPO.
Um conselho para o dc. A discussão num fórum serve para melhorar as opiniões dos envolvidos e debater assuntos do interesse geral e não deve ser um exercício de ganhar discussões só por ganhar.
Se quisesse "ganhar o argumento", bastava relembrar que dizias que no futuro fragatas serão obsoletas, porque tornava-se fácil para o adversário destruir um navio com tanto armamento, sendo preferível uma distribuição do poder de combate por navios mais pequenos... Agora defendes navios maiores que fragatas para as substituir, que é suposto terem todas as capacidades logísticas, de drones e de combate concentradas neles. Em que é que ficamos? O interesse de melhorar opiniões ou aprender alguma coisa ou assimilar variáveis não existe da vossa parte (à semelhança do que acontece com o CEMA).
Eu sei perfeitamente que o navio tem algum espaço para armamento, mas esse espaço não dá para tudo, sem se começar a "cortar" no convés de voo corrido. Não vejo nenhum país a esburacar o convés de voo em navios modernos para lá meter uns VLS. Não é falta de espaço, é certamente uma questão de custos, de se complicar um conceito simples e de segurança. Não deve "saudável" ter drones e pessoal a passar por cima das portas dos VLS.
O projecto base também poderá ser expandido e alterado para acomodar esta ou aquela capacidade, mas entre modificar para acomodar mais armamento com o pretexto de poder substituir fragatas, ou modificar de forma a poder operar mais e maiores drones ou até helicópteros, prefiro a segunda opção. No fim, a ideia é ser um porta-drones, um multiplicador de força, e o trabalho de escolta ficar para as escoltas. Eu antes preferia que houvesse capacidade de operar a versão de produção do XQ-58 e/ou outro UCAV como deve ser.
Até o Rotterdam podia receber contentores suficientes com armamento equivalente ao de qualquer fragata actual. Não deixa de ser um navio cheio de limitações, e em que, para se ter esta capacidade de combate, terias de abdicar daquilo que o convés de voo proporciona. Com uma fragata não tens que abdicar de nada, que já vem pensada para combate.
E repara:

Com 32 VLS e 2 canhões de 76mm (até podiam trocar 1 pelo RAM), mesmo assim não substitui fragatas. E o Cavour tem convés de voo para transportar uma carrada de contentores. Nenhum país anda a pegar nos seus "flagships" para substituir fragatas. Os porta-drones, sejam eles MPSS9000, ou Anadolu, ou o que seja, numa configuração "mini-LHD", nunca substituirão fragatas.
Os porta-drones em questão, nada têm a ver com navios tipo Absalon, Crossover 139CF ou MRCV, havendo uma grande diferença entre fragatas multifunção (incluindo capacidade para drones), e navios logísticos/anfíbios/porta-drones com espaço para contentores de missão.
Outra coisa que não percebem por aqui, é que a ideia de ter armamento em sistemas contentorizados, tem como objectivo
expandir capacidades, não substituir combatentes de superfície clássicos. Na Holanda, casa da Damen que criou o MPSS, além das ASWF, vão avançar com fragatas para substituir as DZP. Eles que têm capacidade de desenvolver porta-drones e Crossovers (e têm inclusive intenção de substituir os LPDs e os OPVs por algo assim), e que estão a desenvolver as TRIFIC, insistem em ter fragatas.
Em tempos, foi-nos proposto isto, para o programa NAVPOL:


Olhemos para o seu armamento, e para o espaço disponível. Depressa concluímos que este navio, seria tudo o que o MPSS sonharia ser, conseguindo uma capacidade de drones e helicópteros muito superior, e ainda tinha o convés de voo inferior (na traseira do navio) para, por exemplo, uma catrefada de contentores. Mesmo com isto tudo, este navio não substituiria uma fragata.
EPA, isto quando o pessoal lhe dá para embirrar com uma coisa, é lixado… arranjam os argumentos mais excêntricos para evitar reconhecer que não têm razão… então agora querem ver que num navio de 130 m e 9000 tons não arranjam lugar para meter 8 SSM e 16 ou 32 VLS? Mas isto anda tudo a brincar, ou quê? Basta olhar para o desenho e dá para identificar imediatamente lugar para os ditos cujos, nem que seja nivelados com o convés… e é claro que pode levar radares AESA e todo o tipo de contramedidas, bem como CIWS… pode reduzir um pouco à área utilizável do convés e necessitar de reforço na ilha, mas é claro que dá para pôr. O grande problema é que quando tudo isso tiver sido incluído e o desenho adaptado para controlo de danos de especificações militares, bem como a motorização e o desenho abaixo da linha de água modificados para permitirem velocidades de 25-28 nós, o bicho vai custar os mesmos 1000 milhões de uma fragata moderna ou, provavelmente, ainda mais, além de que depois vai ser preciso encher aquilo de drones e drones ASW avançados não são assim tão baratos…
Portanto Bimbys militarizadas podem substituir as fragata as prazo? Podem… basta que se esteja disponível para entrar com o carcanhol, porque cada uma vai custar os olhos da cara…
Por vezes ler uma segunda vez ajuda.
A questão não é "se 130 metros chegam para", é
num porta-drones, onde é que consegues arranjar espaço para colocar todo o armamento típico de uma fragata (ao ponto em que estas seriam substituídas por inteiro pelo dito porta-drones),
sem abdicar das capacidade de drones aéreos. Por essa lógica, um NPO abdicando da vertente de patrulha, tem espaço para 64 VLS, e nunca mais saímos daqui.
Então e se, para tornar as coisas justas, futuras fragatas também puderem ter reforço do armamento com contentores? Ou seja, uma fragata com 130-140 metros, altamente automatizada (guarnição mais reduzida, logo menos espaço necessário para acomodações), possuir, além do armamento base, espaço "vazio" entre a superestrutura principal e o hangar? Da mesma forma que vemos fragatas actuais com baías multimissão (tipicamente no interior da superestrutura), mas desta feita este espaço a "céu aberto". Se calhar estas fragatas conseguem ser mais baratas que o porta-drones substituto de fragatas, e ainda assim ter mais capacidade de combate...
E se pelo preço de um PD de combate, der para comprar 2 corvetas/fragatas leves, decentemente equipadas? É que a malta esquece-se que, quando falam em "porta-drones que podem substituir fragatas", estes terão que competir com vários tipos de fragatas, para vários tipos de carteiras, com mais ou menos armamento. Se o porta-drones armado tiver um custo médio equivalente a uma Meko A300 ou Type 26, será que são dignos substitutos?
O próprio CEMA disse que estes porta-drones seriam capazes de substituir fragatas, e seriam mais baratos que estas.
Se calhar em vez de se estar a debater se dá para substituir fragatas com porta-drones, devia-se debater que tipo de combatentes de superfície devíamos ter. Só se tem debatido os conceitos, mas não se toca nos possíveis custos. Se não olharmos a dinheiro, existem N formas de substituir uma fragata. Quando o dinheiro passa a ser o factor, o cenário muda.