Uma coisa é ter os meios e utilizar os mesmos em cenários de treino - outra bem diferente é estar no calor do combate. E é aí que se testam de verdade os sistemas de armas.
É que em muitos casos, nem em cenários de treino são usados (o lançamento real de mísseis), sendo que a maioria provavelmente compra um stock X de mísseis, e passado 20 anos o stock mantém-se intacto, até passar a validade.
É preciso muita falta de imaginação para dizer isto.
Então explica lá, oh sabichão dos Harpoon nos Super Tucano?

Já agora gostava de saber, onde é que num navio com comprimento máximo de 130 metros, consegues espetar meios de autodefesa e meios ofensivos credíveis, sem abdicar do convés de voo corrido.
Deixa-me adivinhar, embarcações não tripuladas transportadas pelo porta-drones? Pois, realmente barquitos de 15-20 metros vão fazer milagres de transportar mísseis anti-navio, anti-aéreos, torpedos e toda a tralha que uma fragata teria.
Ou será com UCAVs, que terão que ser forçosamente pequenos e bastante limitados, porque o PNM/MPSS/qualquer porta-drones de dimensão reduzida nunca terá capacidade para drones mais poderosos?
Ou serão drones kamikaze, dos voadores que demoram 5 vezes mais tempo a percorrer a mesma distância que um míssil subsónico, e que precisam de ser lançados num enorme enxame (com os seus contentores a ocupar um espaço enorme no navio) na esperança de ter algum sucesso, ou de superfície, que num confronto naval, demoram tanto tempo a atingir os seus alvos, que os navios opositores têm tempo de disparar uma salva de mísseis, afundar o nosso porta-drones, e voltar para casa, antes dos nossos drones percorrerem metade do caminho?
Falam de falta de imaginação, mas não são capazes de imaginar a quantidade de ameaças com que um porta-drones sem escoltas teria que lidar.
Mas também, vou-me alongar para quê? A USN tem aquelas coisas chamadas Nimitz, que carregam quase 100 aeronaves, entre elas aproximadamente o dobro dos caças que temos na FAP, o dobro dos helicópteros ASW que temos na Marinha + 8 helicópteros generalistas, mais um par de aeronaves de transporte (C-2/CMV-22) e 4/5 aeronaves AEW E-2 Hawkeye, capacidade inexistente em Portugal. A isto soma-se uma capacidade de autodefesa que será sempre superior aos nossos porta-drones.
Apesar disto, apesar de um único navio destes ter toda esta capacidade de combate, muito superior ao que temos na FAP e MGP somadas e infinitamente superior aos nossos sonhados porta-drones, a USN, que não percebe nada disto claro, acha por bem que este tenha escoltas.
Mas aqui no tugal, acha-se que um navio inferior em tudo a um Nimitz, é que não precisa de escolta, porque tem drones.
