O Reapetrechamento da Marinha

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LM

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2355 em: Abril 17, 2025, 11:25:56 am »
Por partes, como diz o Jack  c56x1
 
Podes ter corvetas, preparadas para levar (mas não instalados) sistemas de armamento e/ou sensores... e chamares de OPV; ou ter OPV, sem sensores / armamento - e sem "os detalhes" de construção - para ser um navio de combate, e dizermos que têm a "complexidade de fragatas"  ;)

E podes substituir corvetas por OPV, que no fundo são corvetas (e apenas são chamados de OPV) - há de tudo. Os italianos têm uma imaginação especial para classificar os navios... nós, no inicio do século XX, também tínhamos.

O importante é que um navio de combate deve ser uma corveta (mesmo que tenha outro nome e esteja preparado para levar outro equipamento) e isso custa dinheiro... um OPV não é um navio de combate e tem uma construção mais barata.

As "fronteiras" que separam as classes não são fáceis de estabelecer e os nossos futuros NPO S3 vão, inegavelmente, ter muito mais capacidades e possibilidade de cumprir um maior numero de missões - talvez como os britânicos fizeram com a evolução da classe River II ao "Upgrades to survivability include fire safety and fire-fighting enhancements, watertight integrity improvements, better emergency lighting and full ballistic protection of the magazine. These apparently mundane features are difficult to add to a vessel after construction and have resulted in a more combat-survivable platform than the average OPV."?

Se é para ter verdadeiras corvetas mais vale (a nível de dimensões) considerar fragatas ligeiras ("Steel is cheap, air is free") quando se tem o Atlântico Norte como cenário; e podemos chamar corvetas, OPVs, etc - aliás as nossas fragatas actuais passam bem por fragatas ligeiras (e "vintage").
« Última modificação: Abril 17, 2025, 11:44:29 am por LM »
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 

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mafets

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2356 em: Abril 17, 2025, 01:13:33 pm »
Por partes, como diz o Jack  c56x1
 
Podes ter corvetas, preparadas para levar (mas não instalados) sistemas de armamento e/ou sensores... e chamares de OPV; ou ter OPV, sem sensores / armamento - e sem "os detalhes" de construção - para ser um navio de combate, e dizermos que têm a "complexidade de fragatas"  ;)

E podes substituir corvetas por OPV, que no fundo são corvetas (e apenas são chamados de OPV) - há de tudo. Os italianos têm uma imaginação especial para classificar os navios... nós, no inicio do século XX, também tínhamos.

O importante é que um navio de combate deve ser uma corveta (mesmo que tenha outro nome e esteja preparado para levar outro equipamento) e isso custa dinheiro... um OPV não é um navio de combate e tem uma construção mais barata.

As "fronteiras" que separam as classes não são fáceis de estabelecer e os nossos futuros NPO S3 vão, inegavelmente, ter muito mais capacidades e possibilidade de cumprir um maior numero de missões - talvez como os britânicos fizeram com a evolução da classe River II ao "Upgrades to survivability include fire safety and fire-fighting enhancements, watertight integrity improvements, better emergency lighting and full ballistic protection of the magazine. These apparently mundane features are difficult to add to a vessel after construction and have resulted in a more combat-survivable platform than the average OPV."?

Se é para ter verdadeiras corvetas mais vale (a nível de dimensões) considerar fragatas ligeiras ("Steel is cheap, air is free") quando se tem o Atlântico Norte como cenário; e podemos chamar corvetas, OPVs, etc - aliás as nossas fragatas actuais passam bem por fragatas ligeiras (e "vintage").

Certo. Mas a questão é adaptar à realidade da marinha portuguesa, daí ter dado o exemplo da dinamarquesa com os OPV. A Dinamarca como tem uma marinha em que teve de fazer opções, cortou as corvetas e substitui-o por OPV. Embora em algumas publicações os SF300 fossem classificadas de corvetas ligeiras, na realidade são mais lanchas ou patrulhas rápidas que outra coisa qualquer. Sendo em fibra de vidro, obviamente que não tem a resistência de uma corveta, mas são rápidas devido às turbinas, o que para os padrões dinamarqueses, chegava sobretudo para o báltico, já que quando foi necessário uma maior presença na Gronelândia, daí os Rasmussen (que sendo OPV para o ártico, certamente terão  a estrutura bem reforçada). Agora, a questão é que uma  lancha com módulos de missão ou um OPV fazem 8 missões no mínimo, em vez de duas ou 3. Que isto tem o outro lado da medalha. Claro, mas não se pode ter tudo.



Saudações

P.S.  Corvetas como as Saar de Israel  são unidades de excelência e que já provaram a sua resistência em combate (as novas até se chamam corvetas de patrulha e são bastante polivalentes). A questão é Portugal ter dinheiro para 3 a 4 unidades destas. E provavelmente o valor de corvetas deste tipo pagavam uma frota toda de OPV com módulos de missão, que iam desde o combate à desminagem, passando pela hidrografia e balizagem. Perde-se resistência e especificidade, ganha-se em polivalência.  ;)



 


 
« Última modificação: Abril 17, 2025, 01:15:02 pm por mafets »
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saabGripen

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2357 em: Abril 17, 2025, 03:58:41 pm »



FOI LANÇADO O CONCURSO PARA RWS


É TIPO CORTAR AÇO, MAS EM PAPEL.

                                ;D

 
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dc

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2358 em: Abril 17, 2025, 03:59:49 pm »
Era tipo a corveta SAAR S-80
guarnição  53  pouco mais que os nossos npos e é muito acessivel

Bom deck para drones
Só desloca 1000t secalhar é curto para o oceano mas era algo assim maior devia substituir os velhos npos...

Sim, são pequenas para a nossa realidade oceânica. No máximo seriam missile boats para Defesa da Madeira e do continente.

Teria que ser algo na classe de 90-100m de comprimento, com convés de voo e possivelmente hangar.

100% de acordo com as compras em grupo. já o defendo à algum tempo.
quanto ao plano, acredito que esteja a criar um para apresentar em Agosto na EU. Espero mesmo que tenham em conta esta linha de pensamento que acredito ser vantajosa. No entanto têm mais informação que o comum dos mortais e isso tb é relevante, já para não falar na política entre estados. Quanto ao maior custo com a produção em casa, verdade, mas seria mais uma das vantagens de ter uma grande encomenda a um só estaleiro. O investimento na construção ou renovação de um estaleiro em Portugal seria diluída por toda a encomenda...

Boa tarde

A mim custa falar de compra x compra y, sem um plano real para toda a marinha e com objetivos claros.

Compras isoladas, de uma determinada classe, dão sempre menos desconto, que uma compra de 10 a 15 navios de diferentes classes.

isto de uma compra aqui de um npo, talvez umas lfc,,, etc... parece um completo desnorte, como podemos fazer uma defesa do nosso mar, com a recuperação de 3 fragatas tipo vdg?

Acho que a nossa marinha neste momento só quer manter cascos a flutuar e depois logo se vê. não existe qualquer tipo planeamento a longo prazo, ou nas reais necessidades defesa do nosso território e mar.

Um exemplo o plano apresentado pelos GREGOS a longo prazo para a sua defesa.

Se calhar até existe um planeamento, eu por falta de conhecimento ou  pelas opções tomadas ( por eles), não vejo um fio condutor, nem um real objectivo.

Os estaleiros em Portugal não teriam capacidade de construir tantos navios em 12 anos. No máximo, contratam a construção das hipotéticas corvetas (4-6) em Viana, e das hipotéticas fragatas (4-6) no Alfeite (mediante investimento neste estaleiro).

Nunca seria tudo fabricado no mesmo estaleiro.

Depois, ninguém está a imaginar Portugal dar a um só concorrente, um contrato para vários navios no valor de 7000-9000M de euros. Nem é garantido que a melhor opção custo-custo-benefício para cada tipo de navio pretendido, vem da mesma empresa.

Agora, planos a médio/longo prazo fazem sentido, mas não assentam em Grupos. Temos também que separar a parte de patrulha/fiscalização/SAR (onde a criação de grupos regionais faz sentido, para se ter uma ideia de quantos navios são precisos), da parte militar.

Não podemos definir o número de fragatas com base em distribuição territorial, sob o risco do "número" se tornar o único critério, e não as capacidades dos navio.

1- Uma ideia com 4/5 submarinos, 10/12 escoltas de superfície e 1 LHD + 2 AOR, indica uma ambição de projecção de força. Esta ambição obriga a que pelo menos 2 ou 3 fragatas sejam de defesa aérea, e que os submarinos adicionais sejam realmente oceânicos.

2- Se não temos essa ambição, podemos eliminar de vez o LHD ou LPD da equação, e procurar outras formas de ter capacidade anfíbia e de resposta a catástrofes. E neste caso, as corvetas seriam primariamente ASW e as fragatas GP.

3- Se temos uma ambição de equilíbrio entre projecção de força e defesa territorial, então temos que procurar navios anfíbios que façam sentido para a nossa dimensão e necessidades (um MPSS9000 por exemplo), as corvetas passariam a ser mais GP, e as fragatas voltavam a ganhar reforço AAW.

4- Se a nossa ambição passar por ter capacidade de dissuasão e retaliação e A2AD, então os submarinos teriam que ter mísseis de cruzeiro, tal como as fragatas, as fragatas teriam capacidade AA de longo alcance, as corvetas teriam forçosamente mísseis anti-navio e VLS.

Vamos dizer que o objecto é 4 submarinos e 10 combatentes de superfície (número este que só seria atingido com a substituição dos 4 NPO originais).

1- Esta opção teria 4 SSK como os nossos actuais, 6 fragatas "completas" ou 3 AAW e 3 ASW e 4 corvetas bem armadas para ASW, e com boa capacidade de autodefesa e C-UAS. A capacidade land-attack estaria assente nos mísseis anti-navio dos submarinos e fragatas, eventualmente alguns mísseis de cruzeiro das fragatas, loitering munitions nas corvetas e meios aéreos embarcados no LHD.

2- Esta teria 2 Tridente, 2 subs mais pequenos, 4 fragatas GP (talvez com algumas valências BMD) e 6 Crossover 115S, com capacidade ASW, de autodefesa e alguma capacidade anfíbia/ajuda humanitária (optar por construção militar e não comercial). Mísseis anti-navio FFBNW nos Crossover.

3- Esta teria 4 submarinos como os nossos, 5 fragatas GP bem equipadas e 5 corvetas ASW com alguma capacidade AA e anti-navio, navio anfibio tipo MPSS9000 ou 1 ou 2 Crossover na versão anfíbia.

4- Com 2 Tridente, 2 KSS-III (mísseis de cruzeiro e quiçá balísticos), 6 fragatas com maior número de VLS possível para mísseis de cruzeiro e capacidade AA de longo alcance e 4 corvetas ASW com SSM e VLS com mísseis de médio alcance. Alternativa às corvetas, Crossover 131C, conseguindo ainda alguma capacidade anfíbia.

No caso de não estar prevista a substituição dos 4 NPO originais, é reduzir o número de combatentes de superfície para 5-7, podendo em alguns casos anular por complero a opção por corvetas, sendo preferível ter só fragatas de 1 ou 2 tipos.
 

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saabGripen

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2359 em: Abril 17, 2025, 04:01:49 pm »
RWS

Na minha opinião, significa que está escolhido o vencedor do SEWACO, embora ainda não tenha sido divulgado.
 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2360 em: Abril 17, 2025, 04:02:50 pm »



FOI LANÇADO O CONCURSO PARA RWS


É TIPO CORTAR AÇO, MAS EM PAPEL.

                                ;D


Isto é mais importante.
 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2361 em: Abril 17, 2025, 04:09:45 pm »

O concurso permite 40mm para NPO.
 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2362 em: Abril 17, 2025, 04:20:59 pm »
Estou de férias e não tenho acompanhado o debate. Afinal o programa dos RWS já tem vencedor ou foi feito outro?
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2363 em: Abril 17, 2025, 04:27:33 pm »
Estou de férias e não tenho acompanhado o debate. Afinal o programa dos RWS já tem vencedor ou foi feito outro?

Foi lançado hoje pela primeira vez.
 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2364 em: Abril 17, 2025, 04:38:06 pm »
Como assim? Não havia um concurso na NSPA para RWS 12,7mm e 30mm?!
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2365 em: Abril 17, 2025, 04:49:37 pm »
Como assim? Não havia um concurso na NSPA para RWS 12,7mm e 30mm?!


Se tu estás confuso, como estarão o dc e o CharlieJaguar.

Isto acontece a quem "não acredita em concursos".
E falta o P44 vir dizer que é tudo mentira.

Eu vou comentar este assunto mais quando me apetecer.

 

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« Última modificação: Abril 17, 2025, 05:04:42 pm por Cabeça de Martelo »
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2367 em: Abril 17, 2025, 05:59:36 pm »
Ou seja, a Marinha (através a NSPA) lançou em 14/08/2024 um " Future Business Opportunity Details" e, no seguimento deste, lançou agora um "Request For Proposal Details"... termina a 16/06/2025.
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2368 em: Abril 17, 2025, 07:02:56 pm »
Como assim? Não havia um concurso na NSPA para RWS 12,7mm e 30mm?!


Se tu estás confuso, como estarão o dc e o CharlieJaguar.

Isto acontece a quem "não acredita em concursos".
E falta o P44 vir dizer que é tudo mentira.

Eu vou comentar este assunto mais quando me apetecer.

Vindo de um mentiroso nada admira
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2369 em: Abril 17, 2025, 07:03:40 pm »
Ou seja, a Marinha (através a NSPA) lançou em 14/08/2024 um " Future Business Opportunity Details" e, no seguimento deste, lançou agora um "Request For Proposal Details"... termina a 16/06/2025.

+ Adiamentos  :mrgreen:
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