O Reapetrechamento da Marinha

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1830 em: Outubro 21, 2024, 01:46:17 pm »
Curiosamente o fact checking só apareceu quando as verdades inconvenientes começaram a sair cá para fora

E já agora quem faz o checking aos fact checkers??? ::)

Quanto aos merdia mais que comprados . Não percam tempo a comer palha para burros...
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1831 em: Outubro 21, 2024, 01:47:09 pm »
Citação de: Lampuka
Parto então do princípio que serão mentiras aquilo que vemos todos os dias na televisão reportando às ditas faltas que mencionei.
Serão encenações de doentes a morrer à porta dos hospitais,  de urgências e maternidades fechadas,  de alunos mentirosos a dizer que não têm aulas,

Cada um acredita nas notícias que quer, mas os jornalistas não querem saber da verdade, querem saber de títulos chamativos.

Ainda há menos de uma semana, a SIC afirmava em grandes parangonas que a pobreza continua a aumentar.
Eu pergunto-me, afinal quando é que a pobreza não existiu.
E pergunto, porque desde que me lembro, que ouço sempre, sempre, sempre, dizer que há mais pobres e que os pobres estão cada vez mais pobres.

Neste país, no tempo da ditadura deviamos ser uma super-potência riquissima, e os portugueses imigravam para a França, porque estavam fartos de ser ricos e queriam ver como era ser pobre.
É absurdo, mas é a conclusão a que uma pessoa poderia chegar, se não estivesse neste país há uns aninhos.

As grávidas nos hospitais são um problema, mas talvez me queira explicar como é que em 1960, a taxa de mortalidade infantil estava em quase 100 por mil. Ou seja: Em cada mil crianças nascidas em Portugal, quase cem delas morriam antes de completar um ano de idade.
Em meados dessa década o valor tinha baixado para sessenta.

Hoje esse valor está em 3.3 por mil. Passou de 90 noventa para três virgula três.

Das duas uma: Ou os jornalistas estão a mentir, ou os meus pais e avos, mentiram quando disseram que vários dos meus tios e tias, morreram antes de completar um ano.

E para completar, estamos tão mal, que hoje apercebemo-nos de um fenomeno que é o turismo de saúde. Pessoas que vêm para Portugal para beneficiar do sistema de saúde.

Quando se quer falar mal, fala-se e pronto.
O problema, é quando fazemos aquilo de que o Trump não gosta... "Fact checking"

Para quem vive de mentiras, a verdade, é uma vaca que não perdoa.
Em 1970 é que estávamos bem… 🙄

https://www.poch.portugal2020.pt/pt-pt/noticias/Paginas/noticia.aspx?nid=987

https://blogue.rbe.mec.pt/a-evolucao-da-escolaridade-dos-1614083?mode=amp
 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1832 em: Outubro 21, 2024, 01:47:50 pm »
Não era o Trump que apresentava números financeiros para cá e para lá, e afinal os mesmos não se reflectiam na população americana?

Saudações

P.S. Voltamos à Marinha e à situação dos Lynx: Chegamos a ter 5 com alguma modernidade. Agora temos 4, não se sabe a situação dos sonares, mas têm guinchos e cockpit novo. Mas estamos iguais... ::)

De facto.

Na década de 90 tinhamos 3 fragatas ao nivel do resto dos aliados.
Agora temos 0

Nada mudou.
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1833 em: Outubro 21, 2024, 01:49:11 pm »
Curiosamente o fact checking só apareceu quando as verdades inconvenientes começaram a sair cá para fora

E já agora quem faz o checking aos fact checkers??? ::)

Quanto aos merdia mais que comprados . Não percam tempo a comer palha para burros...
Este comentário é tão energúmeno que não sei se deva reagir ou não… acho que não…
 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1834 em: Outubro 21, 2024, 01:54:14 pm »
Curiosamente o fact checking só apareceu quando as verdades inconvenientes começaram a sair cá para fora

E já agora quem faz o checking aos fact checkers??? ::)

Quanto aos merdia mais que comprados . Não percam tempo a comer palha para burros...

Mesmo comprados, não mentem quando ao valor das rendas e à quantidade de urgências fechadas que nunca foram tão altas. Mas as "elites" da leitura e escrita, têm dificuldade com a realidade dos 58% da população média baixa e pobre... ::)

https://www.publico.pt/2024/09/01/sociedade/noticia/servico-nacional-saude-hoje-17-urgencias-fechadas-2102548

https://expresso.pt/economia/economia_imobiliario/2024-09-26-precos-das-casas-nunca-subiram-tanto-como-no-2-trimestre-82a45a16

Saudações

P.S. Na Marinha de Guerra, uma fragata e um submarino operacionais? Já estivemos assim ou é a primeira vez?

P.S. 2- Faz quanto tempo que este desgraçado anda sem a arma principal? No passado, situações destas?

« Última modificação: Outubro 21, 2024, 01:57:59 pm por mafets »
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1835 em: Outubro 21, 2024, 02:12:02 pm »

Citação de: mafets
Existe muito boa gente a precisar de se levantar às tantas da manha para ir para o Centro de Saúde a ver se consegue uma consulta. Ou a mamar 12 horas numa sala de espera de um hospital público, ou 4 num privado (e ver o que está fechado ou aberto). Ou tentar comprar e alugar casa.
Na década de 1960 e 1970 nem sequer havia filas no centro de saúde, porque pura e simplesmente não havia centro de saúde.
E você não se lembra, mas eu lembro-me já depois do 25 de Abril, ser preciso ir às cinco da manhã para tentar arranjar uma "desistência".
As esperas nos hospitais nem se fala, porque eram uma fração dos que existem hoje...

E realmente, não havia problema com a habitação como há hoje, porque no Portugal rico do antigamente, as pessoas viviam em bairros da lata à volta das principais cidades portuguesas.
Em Setubal, utilizava-se as grelhas de cozer peixe das fábricas, para reforçar as paredes das barracas.

Realmente essas pessoas eram felizes e nem sabem como eram felizes por morarem numa barraca e não terem que se preocupar com o crédito à habitação e com o aumento das taxas de juro...    ::) ::) ::)   ::) ::) ::)   ::) ::) ::)


Isto é ridiculo...

Quando alguém se lembra de olhar uns anitos para trás e descobrir as carecas que os mentirosos andam a tapar, fica realmente tudo muito estranho.


Os factos:
Portugal comprou aos franceses quatro submarinos, tendo vendido logo um deles ao Paquistão. Eram navios relativamente pequenos e com tecnologa pós segunda guerra mundial.
As fragatas da classe João Belo, compradas aos franceses para conseguir o apoio deles na guerra em África, mais do mesmo. Navios antiquados que não tinham função adequada na NATO.
As primeiras seis corvetas eram basicamente canhoneiras coloniais e as quatro seguintes, é que tinham alguma (pouca) capacidade adicional.

As Vasco da Gama foram compradas com o apoio da NATO, que pagou 40% do valor dos três navios e nunca foram navios de topo.
Na altura já havia navios dedicados a luta antisubmarina e navios mais adequados a luta ASW. As Meko-200 era multiproposito, não eram boas em nada mas faziam alguma coisa.
Os Fiat G-91 eram basicamente tentativas para construir na Europa um F-86. Em África utilizamos os mais antigos e só depois do 25 de Abril é que tivemos alguns dos mais modernos. Os primeiros F-16 (que vieram, depois dos A7 Corsair que só serviam para ter acidentes) eram versões básicas, muito atrás do que quer que já existia na Europa. A Espanha tinha já o F-18.

Os únicos carros de combate modernos que alguma vez o exército teve - e comprou - foram os atuais Leopard. Os únicos submarinos realmente modernos foram os atuais U214.
A Força Aérea, mesmo com um numero reduzidissimo de F-16AM nunca teve aeronaves tão proximas do que os outros países europeus possuem.

Esta é a realidade.
O passado não foi bom, e ter o passado como referência não é correto.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
Contra a Estupidez, não temos defesa
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1836 em: Outubro 21, 2024, 02:20:55 pm »

Citação de: mafets
Existe muito boa gente a precisar de se levantar às tantas da manha para ir para o Centro de Saúde a ver se consegue uma consulta. Ou a mamar 12 horas numa sala de espera de um hospital público, ou 4 num privado (e ver o que está fechado ou aberto). Ou tentar comprar e alugar casa.
Na década de 1960 e 1970 nem sequer havia filas no centro de saúde, porque pura e simplesmente não havia centro de saúde.
E você não se lembra, mas eu lembro-me já depois do 25 de Abril, ser preciso ir às cinco da manhã para tentar arranjar uma "desistência".
As esperas nos hospitais nem se fala, porque eram uma fração dos que existem hoje...

E realmente, não havia problema com a habitação como há hoje, porque no Portugal rico do antigamente, as pessoas viviam em bairros da lata à volta das principais cidades portuguesas.
Em Setubal, utilizava-se as grelhas de cozer peixe das fábricas, para reforçar as paredes das barracas.

Realmente essas pessoas eram felizes e nem sabem como eram felizes por morarem numa barraca e não terem que se preocupar com o crédito à habitação e com o aumento das taxas de juro...    ::) ::) ::)   ::) ::) ::)   ::) ::) ::)


Isto é ridiculo...

Quando alguém se lembra de olhar uns anitos para trás e descobrir as carecas que os mentirosos andam a tapar, fica realmente tudo muito estranho.


Os factos:
Portugal comprou aos franceses quatro submarinos, tendo vendido logo um deles ao Paquistão. Eram navios relativamente pequenos e com tecnologa pós segunda guerra mundial.
As fragatas da classe João Belo, compradas aos franceses para conseguir o apoio deles na guerra em África, mais do mesmo. Navios antiquados que não tinham função adequada na NATO.
As primeiras seis corvetas eram basicamente canhoneiras coloniais e as quatro seguintes, é que tinham alguma (pouca) capacidade adicional.

As Vasco da Gama foram compradas com o apoio da NATO, que pagou 40% do valor dos três navios e nunca foram navios de topo.
Na altura já havia navios dedicados a luta antisubmarina e navios mais adequados a luta ASW. As Meko-200 era multiproposito, não eram boas em nada mas faziam alguma coisa.
Os Fiat G-91 eram basicamente tentativas para construir na Europa um F-86. Em África utilizamos os mais antigos e só depois do 25 de Abril é que tivemos alguns dos mais modernos. Os primeiros F-16 (que vieram, depois dos A7 Corsair que só serviam para ter acidentes) eram versões básicas, muito atrás do que quer que já existia na Europa. A Espanha tinha já o F-18.

Os únicos carros de combate modernos que alguma vez o exército teve - e comprou - foram os atuais Leopard. Os únicos submarinos realmente modernos foram os atuais U214.
A Força Aérea, mesmo com um numero reduzidissimo de F-16AM nunca teve aeronaves tão proximas do que os outros países europeus possuem.

Esta é a realidade.
O passado não foi bom, e ter o passado como referência não é correto.
O meu ex-sogro que teve o primeiro par de sapatos aos 12 anos, a minha mãe quer foi obrigada a deixar de estudar depois da quarta classe ia para a porta da escola chorar para a deixarem voltar, ou o  meu pai, que trabalhava no campo aos 12 anos e aos 14 se fartou e foi pra Lisboa ser boletineiro e estudar a noite, e tirou o resto da família da miséria,  também concordam que dantes é que se estava bem
 
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1837 em: Outubro 21, 2024, 02:29:54 pm »
O meu ex-sogro que teve o primeiro par de sapatos aos 12 anos, a minha mãe quer foi obrigada a deixar de estudar depois da quarta classe ia para a porta da escola chorar para a deixarem voltar, ou o  meu pai, que trabalhava no campo aos 12 anos e aos 14 se fartou e foi pra Lisboa ser boletineiro e estudar a noite, e tirou o resto da família da miséria,  também concordam que dantes é que se estava bem

Poderoso.  Triste... mas poderoso.

Curioso como muitos dos "queixinhas" da extrema-direita são exactamente iguais aos "queixinhas" woke.

Os woke também se queixam de que a sociedade actual nunca esteve tão mal nem tão despojada de direitos e benefícios - e tudo culpa do "patriarcado branco".

Parecem que se esquecem dos tempos "antigos" da segregação, escravatura iu ausência total de direitos para as mulheres - por exemplo.

Malta ignorante e sem noção.
 
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1838 em: Outubro 21, 2024, 02:33:08 pm »
O meu ex-sogro que teve o primeiro par de sapatos aos 12 anos, a minha mãe quer foi obrigada a deixar de estudar depois da quarta classe ia para a porta da escola chorar para a deixarem voltar, ou o  meu pai, que trabalhava no campo aos 12 anos e aos 14 se fartou e foi pra Lisboa ser boletineiro e estudar a noite, e tirou o resto da família da miséria,  também concordam que dantes é que se estava bem

Poderoso.  Triste... mas poderoso.

Curioso como muitos dos "queixinhas" da extrema-direita são exactamente iguais aos "queixinhas" woke.

Os woke também se queixam de que a sociedade actual nunca esteve tão mal nem tão despojada de direitos e benefícios - e tudo culpa do "patriarcado branco".

Parecem que se esquecem dos tempos "antigos" da segregação, escravatura iu ausência total de direitos para as mulheres - por exemplo.

Malta ignorante e sem noção.
Exatamente… sem tirar nem pôr… extremismo é extremismo, seja de esquerda ou de direita.
 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1839 em: Outubro 21, 2024, 02:38:21 pm »
a minha mãe quer foi obrigada a deixar de estudar depois da quarta classe ia para a porta da escola chorar para a deixarem voltar

Conheci casos assim, de crianças que gostavam muito da escola mas não puderam continuar por dificuldades familiares - geralmente financeiras.

Não sabemos a sorte que temos.
 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1840 em: Outubro 21, 2024, 02:44:45 pm »

Citação de: mafets
Existe muito boa gente a precisar de se levantar às tantas da manha para ir para o Centro de Saúde a ver se consegue uma consulta. Ou a mamar 12 horas numa sala de espera de um hospital público, ou 4 num privado (e ver o que está fechado ou aberto). Ou tentar comprar e alugar casa.
Na década de 1960 e 1970 nem sequer havia filas no centro de saúde, porque pura e simplesmente não havia centro de saúde.
E você não se lembra, mas eu lembro-me já depois do 25 de Abril, ser preciso ir às cinco da manhã para tentar arranjar uma "desistência".
As esperas nos hospitais nem se fala, porque eram uma fração dos que existem hoje...

E realmente, não havia problema com a habitação como há hoje, porque no Portugal rico do antigamente, as pessoas viviam em bairros da lata à volta das principais cidades portuguesas.
Em Setubal, utilizava-se as grelhas de cozer peixe das fábricas, para reforçar as paredes das barracas.

Realmente essas pessoas eram felizes e nem sabem como eram felizes por morarem numa barraca e não terem que se preocupar com o crédito à habitação e com o aumento das taxas de juro...    ::) ::) ::)   ::) ::) ::)   ::) ::) ::)


Isto é ridiculo...

Quando alguém se lembra de olhar uns anitos para trás e descobrir as carecas que os mentirosos andam a tapar, fica realmente tudo muito estranho.


Os factos:
Portugal comprou aos franceses quatro submarinos, tendo vendido logo um deles ao Paquistão. Eram navios relativamente pequenos e com tecnologa pós segunda guerra mundial.
As fragatas da classe João Belo, compradas aos franceses para conseguir o apoio deles na guerra em África, mais do mesmo. Navios antiquados que não tinham função adequada na NATO.
As primeiras seis corvetas eram basicamente canhoneiras coloniais e as quatro seguintes, é que tinham alguma (pouca) capacidade adicional.

As Vasco da Gama foram compradas com o apoio da NATO, que pagou 40% do valor dos três navios e nunca foram navios de topo.
Na altura já havia navios dedicados a luta antisubmarina e navios mais adequados a luta ASW. As Meko-200 era multiproposito, não eram boas em nada mas faziam alguma coisa.
Os Fiat G-91 eram basicamente tentativas para construir na Europa um F-86. Em África utilizamos os mais antigos e só depois do 25 de Abril é que tivemos alguns dos mais modernos. Os primeiros F-16 (que vieram, depois dos A7 Corsair que só serviam para ter acidentes) eram versões básicas, muito atrás do que quer que já existia na Europa. A Espanha tinha já o F-18.

Os únicos carros de combate modernos que alguma vez o exército teve - e comprou - foram os atuais Leopard. Os únicos submarinos realmente modernos foram os atuais U214.
A Força Aérea, mesmo com um numero reduzidissimo de F-16AM nunca teve aeronaves tão proximas do que os outros países europeus possuem.

Esta é a realidade.
O passado não foi bom, e ter o passado como referência não é correto.

Imagino que os Lusitanos no tempo dos romanos, por essa logica de ideias, se voltassem à vida e olhassem para a década de 60 e 70, vissem essa malta felizarda, com poucos hospitais e sem casas decentes, quando eles não tinham nenhuns hospitais, era o curandeiro e viviam em casebres de madeira, devem ter sentido uma inveja terrível. E se então os pré-históricos da península ibérica olhassem para os lusitanos, a inveja que teriam de viverem ainda em grutas e sem o tal curandeiro, imagino que devia ser imensa. Mas não tinham que lidar com o crédito porque viviam à borla, os felizardos.

Enfim, ridículo, sobretudo quando andamos a apresentar factos históricos desde a calendas de cristo  para explicar a ascensão do império Russo, Chinês e por aí fora, mas depois já não serve. Mais ridículo, quando se acena com a modernidade, para explicar a barbárie russa na Ucrânia e a necessidade de F35 tecnologicamente avançados, quando o pais é um felizardo por estar  como está e não deve ascender estar melhor.  Porque eu pude estudar e a minha querida avó não. Sou um felizardo, não me devo queixar de estar de madrugada no centro de saúde, porque no tempo da minha avó não havia.  Mas já se está habituado a esta verdade alternativa, porque os uns é que são mentirosos e outros falam as "verdades convenientes"...  ::) ::) ::) ::) ::)

Aliás, devíamos apagar o passado. A ditadura, colonialismo, a escravatura. Que se lixem 800 anos de historia, os descobrimentos e aquele zarolho do camões, que ainda por cima andava à guerra lá nas indias... ::) ::) ::) ::)

Mas vamos aos tais factos:

Os Daphné, curiosamente, iguais aos do Paquistão, com os quais o pais  afundou uma unidade naval indiana. A única por uma unidade convencional no pós guerra. Devia ser antiga...

Curioso a modernização das "João Belo" Francesas, esquecida claro. E que tal as "Magalhães Correia" aka Oslo da Noruega? Até que ano operaram?



https://www.seaforces.org/marint/Norwegian-Navy/Frigate/Oslo-class.htm 

As "Coutinho modernizadas" só deram as Descubierta. As Baptista de Andrade era só colocar armamento e sensores...

https://www.seaforces.org/marint/Egyptian-Navy/FRIGATE/El-Suez-class-Corvette.htm 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Classe_Descubierta

As VdG foram bem modernizadas por exemplo na Grécia.  E vão ser outra vez. É porque não prestam e os gregos são burros...

https://en.wikipedia.org/wiki/Hydra-class_frigate

https://www.navalnews.com/naval-news/2024/01/hydra-class-upgrade-program-a-never-ending-story/

Faltam por exemplo os draga minas e o balizador que a "Marinha Antiga" tinha...

O FIAT G91 R3 e R4 existiu quando por exemplo a Itália ainda tinha o Y. Já agora quantos era e qual a taxa de disponibilidade dos mesmos Fiat e A7 em Portugal? Já agora também, os A7A e B que vieram tinham os aviónicos ao nível de qual versão americana? Faltou a leitura, ou verdade intelectual (tudo mais do mesmo)...  ::) ::)

O M60 ainda não é usado? Mesmo como blindado de segunda linha? Cá, temos quantos, modernizados?

https://en.defence-ua.com/weapon_and_tech/turkish_mzk_modular_turret_enhancing_the_m60a3_tanks_combat_capabilities-7031.html

https://en.defence-ua.com/media/illustration/articles/841648c98c94b63c.jpg

https://velhogeneral.com.br/2019/07/20/o-a-7p-corsair-ii-na-forca-aerea-portuguesa/

Citar
Mediante estas premissas, foram sugeridos a Portugal o A-4 ou o A-7, aviões de ataque operados pela marinha americana. Dentro das já referidas limitações orçamentárias, finalmente seria escolhido o A-7, numa responsabilidade que se pode afirmar pessoal do então Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, Gen. Lemos Ferreira. Em relação à versão A, inicialmente proposta pelos americanos, o caça escolhido teria sensíveis melhorias no motor e potência disponível, nos sensores e equipamento eletrônico, armamento, sistemas de autoproteção e especial relevância nos sistemas de navegação e tiro computadorizado. Receberia a designação P, que algumas fontes relacionam com “Portugal” e outras com “Plus”.

Saudações

P.S. O que vale é que actualmente todos podem estudar e não existe abandono escolar. Deviam era trabalhar em determinados bairros e verem os putos com fome e a taxa de sucesso escolar. Temos de colocar lá uns quantos foristas a dizer-lhes a sorte que têm. Já agora, actualmente qual é o valor médio que as famílias gastam e material escolar?

https://sicnoticias.pt/pais/2024-09-07-video-familias-contam-gastar-cerca-de-150-euros-em-material-escolar-d9e916bb

P.S. Então  este é tópico da Marinha: Quantos Patrulhas temos em comparação com os anos 80?

P.S. 2 - Uma das coisas boas da democracia é poder cada um ter a sua opinião. E eu ter a minha. Ponto final paragrafo.
« Última modificação: Outubro 21, 2024, 04:37:34 pm por mafets »
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1841 em: Outubro 21, 2024, 05:56:58 pm »


Ó mafets, desculpe lá, mas exactamente o que é que você quer dizer com um discurso em que mistura os russos e os chineses das calendas gregas com as corvetas espanholas ... (  ?  )

O que é que quer dizer exactamente ?
Porque fico com a impressão de que também se está a queixar do antigamente, porque até as João Belo poderiam ser mais modernas e as fragatas Magalhães Correia que só deram problemas, poderiam ter tido melhor fim ...

O que você está a dizer é que se a senhora minha avó não tivesse morrido, então ainda era viva...


O que eu estou a afirmar, é apenas e só isto:

Criticar a atual situação, acusando os atuais de serem muito piores que os anteriores, porque antes de estar como está, a marinha estava melhor, não faz sentido e é uma falsidade.

Até as fragatas da classe Vasco da Gama tiveram que ser compradas a meias com a NATO, porque NÃO TINHAMOS DINHEIRO sequer para comprar duas.

Portugal só comprou UMA VASCO DA GAMA e comprou 80% do segundo navio da classe, e o terceiro foi dado pela NATO.
Alguns anos depois de ter entrado na CEE, Portugal deixou (a meio do governo do Cavaco) de ser considerado um país menos previligiado e isto implicou que deixou de haver borlas.

Dizer estas coisas, não quer dizer que as pessoas achem que está tudo bem.
Quer apenas dizer que temos que olhar para as coisas no seu contexto histórico, se queremos vir para aqui dizer que isto agora está uma desgraça e que antigamente, quando tinhamos fragatas oferecidas, aviões em terceira mão e fragatas tecnologicamente atrasadas trinta anos é que era tudo muito bom...

 E isto para não falar das criticas por causa da dificuldade em comprar casa, quando há pessoas aqui que de certeza se lembram dos bairros da lata ...

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1842 em: Outubro 21, 2024, 08:12:07 pm »
Boa tarde, sou novo aqui registado mas leitor já com longo tempo aqui. Sobre a saude em Portugal parece aqui muita gente tem a cabeça na areia, detras da crise da saude nalgumas areas está simples facto cada vez vamos usar mais os hospitais pk estamos mais velhos. Portugal penso que é infelizmente o segundo pais mais envelhecido da europa e top no mundo... A média de idade dos portugueses actual é 47 anos por isso só vai piorar
 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1843 em: Outubro 21, 2024, 09:26:55 pm »
Boa tarde, sou novo aqui registado mas leitor já com longo tempo aqui. Sobre a saude em Portugal parece aqui muita gente tem a cabeça na areia, detras da crise da saude nalgumas areas está simples facto cada vez vamos usar mais os hospitais pk estamos mais velhos. Portugal penso que é infelizmente o segundo pais mais envelhecido da europa e top no mundo... A média de idade dos portugueses actual é 47 anos por isso só vai piorar
Meu caro, antes de mais bem vindo.

Sobre a temática saúde, se tem dados força. Deixo aqui alguns:


https://pns.dgs.pt/files/2023/02/PNS2021-2030_Saude-da-Populacao-em-Portugal.pdf

https://expresso.pt/newsletters/expressodiario/2019-11-07-Os-23-indicadores-de-saude-onde-Portugal-esta-pior-do-que-a-media

https://ordemdosmedicos.pt/noticias-ao-minuto-sns-nao-esta-preparado-para-dar-resposta-a-10-milhoes-de-portugueses/

https://www.publico.pt/2024/05/06/sociedade/noticia/portugal-terceiro-pais-ue-maior-prevalencia-infeccoes-hospitalares-2089469

https://www.jornaldenegocios.pt/negocios-iniciativas/portugal-health-summit/detalhe/sns-esta-cada-vez-menos-acessivel-e-universal

https://www.dn.pt/2139759289/ao-fim-de-uma-decada-risco-de-pobreza-sobe-e-pobres-estao-pior/


Já agora e por falar em areia, algum comentário sobre o Estado da Marinha Portuguesa?

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Papatango

O que é que quer dizer exactamente ?
Porque fico com a impressão de que também se está a queixar do antigamente, porque até as João Belo poderiam ser mais modernas e as fragatas Magalhães Correia que só deram problemas, poderiam ter tido melhor fim ...

Meu caro, eu penso que ambos não estamos a perceber o discurso um do outro. Talvez seja uma questão de interpretação, mas fico com a ideia que v.exma defende que quem se lembra dos bairros de lata , como eu, pois eram tantos aqui na cidade (ainda foram dois demolidos em 2020 e 2022), não tem o direito de se queixar do preço actual das casas ou do arrendamento, é isso? Mas o podermos dizer o que nos vai na alma, não foi uma conquista de Abril de 1974?

Presumo que não quer dizer isso, da mesma forma que "o dantes é que era bom" e "nos tempos antigos é que era", também não encontra em nenhum dos meus post's.

Mas vamos à Marinha (porque fico com a ideia, que dantes para si era muito mau, e agora também é mau) :

V.exma fala da necessidade de mais unidades ASW. Dantes, desde as MC, passando pelas BA e acabando nas João Belo, tudo tinha armas ASW. Tínhamos 3 submarinos (inicialmente 4), que eram, segundo v.exma antigos. Mas agora temos os Tridente, modernos, mas que não servem, assim como se viessem mais, pois não tem armas ofensivas tipo misseis de cruzeiro. É isso? Ora, antigamente, tínhamos inclusive as velhas JC com armas ASW. Claro, que tirando as BA feitas na década de 70 era tudo antigo . Também a guerra colonial  não deixava mais e dava preferência às fragatas e corvetas feitas em França e Espanha. Mas tínhamos a capacidade de ter unidades em exercícios NATO e por cá. Agora com mesmo duas Fragatas e um Sub, se mandamos os 3 meios "modernos" ficamos sem nada por cá ao nível de guerra. Parece-me simples de perceber e sem quaisquer falsidades.

Os Fiat não eram os Y, mas os A7P estavam ao nível dos D/E americanos. Tinham células já com uns bons anos, mas se leu o link antes postado, muitos dos acidentes não tiveram e a ver com a idade dos aparelhos. Da mesma forma que ainda temos F16 do PA II, que não vieram novos, mas estão em condições. Tanto mais que os estamos a colocar ao nível do MLU dos do PA I.

Mas relativamente às VdG que só agora se fala em MLU, será que com 80% do valor do navio não se tinha modernizado por exemplo as BA tipo Descubierta ou comprado outra coisa? No inicio dos anos 80, o GT tinha seleccionado as Amazon. As que "meteram água" foram as construídas pelos bifes. Os Brasileiros, com um projecto diferente da Vosper, ainda têm as Niteroi em serviço (encostaram uma, salvo erro, mas têm mais 10 anos que as Vdg no mínimo).

Voltando à FAP: Vejamos que de 50 unidades A7, vamos em 28 F16 AM e pensamos em comprar 12 a 14 F35. Com uma disponibilidade FAP de 55%, ficamos com cerca de 7 F35. Novamente parece me claro:  Não se quer peças de museu como o A7, mas convêm se se adquirir o F35 neste número, ficar com pelo menos uma esquadra de F16. O que face ao problema de mesmo o F16 ter o MLU feito às prestações e limitado, não agoira nada de bom. E mesmo no tempo dos velhotes Fiat, F86 e A7, que tínhamos resmas de pessoal dos F16, F18, Phantom, etc a perguntar como "conseguíamos manter aquilo a voar", muitos com sarcasmo à mistura, claro, hoje corremos o risco de irmos a um ou 2 exercícios e nicles (se tivermos, pois a marinha muitas vezes vai à boleia).  Quanto muito ficamos com uma ou duas parelha disponível aqui na nação. Novamente parece-me ser claro a preocupação.

Por ultimo, defendo tanto uma FAP, Exercito e Marinha com tudo do melhor, como  defendo melhores condições de vida para os portugueses em tudo. Aliás, para mim não faz sentido defender por exemplo o F35 (desde que exista dinheiro, manutenção e militares suficientes para o operarem, o que por cá pode ser um problema ainda maior do que já é), e depois dizer quando se defende melhores condições de vida, inclusive dos militares (que têm exactamente o mesmo problema da maior parte dos restantes profissionais portugueses e sinta na pele parte dos mesmos problemas de saúde), tenha link's  e comentários de outros foristas sobre as más condições de vida dos anos 60 e 70. É o mesmo que dizermos "com os F16AM nunca estivemos tão perto das Forças Aéreas dos outros países NATO", vamos ficar com eles (modernizados, claro), pois chegam e sobram (porque dantes até andávamos de F84 e F86).

Espero ter sido claro agora (ou não, depende da interpretação).

Saudações
« Última modificação: Outubro 21, 2024, 10:19:35 pm por mafets »
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1844 em: Outubro 22, 2024, 12:08:31 am »
Boa tarde, sou novo aqui registado mas leitor já com longo tempo aqui. Sobre a saude em Portugal parece aqui muita gente tem a cabeça na areia, detras da crise da saude nalgumas areas está simples facto cada vez vamos usar mais os hospitais pk estamos mais velhos. Portugal penso que é infelizmente o segundo pais mais envelhecido da europa e top no mundo... A média de idade dos portugueses actual é 47 anos por isso só vai piorar
Meu caro, antes de mais bem vindo.

Sobre a temática saúde, se tem dados força. Deixo aqui alguns:


https://pns.dgs.pt/files/2023/02/PNS2021-2030_Saude-da-Populacao-em-Portugal.pdf

https://expresso.pt/newsletters/expressodiario/2019-11-07-Os-23-indicadores-de-saude-onde-Portugal-esta-pior-do-que-a-media

https://ordemdosmedicos.pt/noticias-ao-minuto-sns-nao-esta-preparado-para-dar-resposta-a-10-milhoes-de-portugueses/

https://www.publico.pt/2024/05/06/sociedade/noticia/portugal-terceiro-pais-ue-maior-prevalencia-infeccoes-hospitalares-2089469

https://www.jornaldenegocios.pt/negocios-iniciativas/portugal-health-summit/detalhe/sns-esta-cada-vez-menos-acessivel-e-universal

https://www.dn.pt/2139759289/ao-fim-de-uma-decada-risco-de-pobreza-sobe-e-pobres-estao-pior/


Já agora e por falar em areia, algum comentário sobre o Estado da Marinha Portuguesa?

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Papatango

O que é que quer dizer exactamente ?
Porque fico com a impressão de que também se está a queixar do antigamente, porque até as João Belo poderiam ser mais modernas e as fragatas Magalhães Correia que só deram problemas, poderiam ter tido melhor fim ...

Meu caro, eu penso que ambos não estamos a perceber o discurso um do outro. Talvez seja uma questão de interpretação, mas fico com a ideia que v.exma defende que quem se lembra dos bairros de lata , como eu, pois eram tantos aqui na cidade (ainda foram dois demolidos em 2020 e 2022), não tem o direito de se queixar do preço actual das casas ou do arrendamento, é isso? Mas o podermos dizer o que nos vai na alma, não foi uma conquista de Abril de 1974?

Presumo que não quer dizer isso, da mesma forma que "o dantes é que era bom" e "nos tempos antigos é que era", também não encontra em nenhum dos meus post's.

Mas vamos à Marinha (porque fico com a ideia, que dantes para si era muito mau, e agora também é mau) :

V.exma fala da necessidade de mais unidades ASW. Dantes, desde as MC, passando pelas BA e acabando nas João Belo, tudo tinha armas ASW. Tínhamos 3 submarinos (inicialmente 4), que eram, segundo v.exma antigos. Mas agora temos os Tridente, modernos, mas que não servem, assim como se viessem mais, pois não tem armas ofensivas tipo misseis de cruzeiro. É isso? Ora, antigamente, tínhamos inclusive as velhas JC com armas ASW. Claro, que tirando as BA feitas na década de 70 era tudo antigo . Também a guerra colonial  não deixava mais e dava preferência às fragatas e corvetas feitas em França e Espanha. Mas tínhamos a capacidade de ter unidades em exercícios NATO e por cá. Agora com mesmo duas Fragatas e um Sub, se mandamos os 3 meios "modernos" ficamos sem nada por cá ao nível de guerra. Parece-me simples de perceber e sem quaisquer falsidades.

Os Fiat não eram os Y, mas os A7P estavam ao nível dos D/E americanos. Tinham células já com uns bons anos, mas se leu o link antes postado, muitos dos acidentes não tiveram e a ver com a idade dos aparelhos. Da mesma forma que ainda temos F16 do PA II, que não vieram novos, mas estão em condições. Tanto mais que os estamos a colocar ao nível do MLU dos do PA I.

Mas relativamente às VdG que só agora se fala em MLU, será que com 80% do valor do navio não se tinha modernizado por exemplo as BA tipo Descubierta ou comprado outra coisa? No inicio dos anos 80, o GT tinha seleccionado as Amazon. As que "meteram água" foram as construídas pelos bifes. Os Brasileiros, com um projecto diferente da Vosper, ainda têm as Niteroi em serviço (encostaram uma, salvo erro, mas têm mais 10 anos que as Vdg no mínimo).

Voltando à FAP: Vejamos que de 50 unidades A7, vamos em 28 F16 AM e pensamos em comprar 12 a 14 F35. Com uma disponibilidade FAP de 55%, ficamos com cerca de 7 F35. Novamente parece me claro:  Não se quer peças de museu como o A7, mas convêm se se adquirir o F35 neste número, ficar com pelo menos uma esquadra de F16. O que face ao problema de mesmo o F16 ter o MLU feito às prestações e limitado, não agoira nada de bom. E mesmo no tempo dos velhotes Fiat, F86 e A7, que tínhamos resmas de pessoal dos F16, F18, Phantom, etc a perguntar como "conseguíamos manter aquilo a voar", muitos com sarcasmo à mistura, claro, hoje corremos o risco de irmos a um ou 2 exercícios e nicles (se tivermos, pois a marinha muitas vezes vai à boleia).  Quanto muito ficamos com uma ou duas parelha disponível aqui na nação. Novamente parece-me ser claro a preocupação.

Por ultimo, defendo tanto uma FAP, Exercito e Marinha com tudo do melhor, como  defendo melhores condições de vida para os portugueses em tudo. Aliás, para mim não faz sentido defender por exemplo o F35 (desde que exista dinheiro, manutenção e militares suficientes para o operarem, o que por cá pode ser um problema ainda maior do que já é), e depois dizer quando se defende melhores condições de vida, inclusive dos militares (que têm exactamente o mesmo problema da maior parte dos restantes profissionais portugueses e sinta na pele parte dos mesmos problemas de saúde), tenha link's  e comentários de outros foristas sobre as más condições de vida dos anos 60 e 70. É o mesmo que dizermos "com os F16AM nunca estivemos tão perto das Forças Aéreas dos outros países NATO", vamos ficar com eles (modernizados, claro), pois chegam e sobram (porque dantes até andávamos de F84 e F86).

Espero ter sido claro agora (ou não, depende da interpretação).

Saudações

Os dados que tenho estão ao alcance de qualquer um basta uma ou duas interações no motor buscar da sua preferência ao procurar por pirâmide etária portuguesa, ou idade média dos portugueses. O estado da marinha é o estado normal de uma marinha que esteve 15 anos sem investimento. Agora o que marinha precisa ao contrário muito que aqui se fala é garantir primeiro o mínimo e depois ir a mais e não o contrário... Ridiculariza se aqui os novos barcos de patrulha, mas a marinha no atual estado das coisas nem guarda costeira é. As suas Lanchas da classe Argos só servem de verão qualquer estado do mar mais ondulado já ficam por terra, a classe Tejo é um dos maus exemplos de investimento não só porque tem muitas avarias como possuem uma guarnição excessiva para ao que entregam, as velhas corvetas e Zaire é melhor nem falar não só pela sua obsolescência como pelas suas guarnições juntamente aos Tejos servem para todos patrulhas vão ser construidos e ainda devem sobrar... A marinha têm de estar preparada para ocupar o mar porque a seguir ao fim da guerra da Ucrânia não vai começar um conflito convencional, mas sim uma guerra hibrida/assimétrica em que um dos eixos pode passar pelo norte de África e como tal afetar o nosso mar e, ao mesmo tempo, pode afetar interesses do estado e de empresas portuguesas no exterior nomeadamente em África. O problema que vejo no futuro é que a marinha continua a gostar mostrar brinquedos novos do que comparar o indispensável estou falar dos dois submarinos. Acho um erro, não sou contra, mas primeiro precisamos de fragatas asw de 1 primeira linha porque é a nossa principal ameaça em paralelo com a guerra hibrida/assimétrica, e não um eventual ataque de navios de superfície. Claro temos de apoiar os nossos aliados, mas tempos construir uma defesa credível no nosso espaço de influência.
« Última modificação: Outubro 22, 2024, 12:21:15 am por Ghidra »
 
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