O Reapetrechamento da Marinha

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Bubas

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1305 em: Maio 22, 2024, 12:59:19 am »
Mas onde raio o homem fala em ter uma guarda costeira e transporte e não uma marinha de guerra em condições?

Ainda este fim de semana no seu discurso falir de ambas as vertentes. E mais uma vez falou na necessidade de atualizar o equipamento ao risco.

Se tem fobia a fragatas então uns crossovers

Agora uma mera guarda costeira + serviço de transportes não é uma marinha de GUERRA de certeza!

Além de que seria mais facil vender os crossovers à opinião pública e o homem tem lábia para isso
 

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Bubas

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1306 em: Maio 22, 2024, 01:12:45 am »
na AEDDay

"the traditional frigates as we know it is being reimagined, the sucessor of these will be hybrid ships, boosting (?), amphibious capabilities, close defense systems, portfolio of assets that include weapons and a diverse of arroy of unmanned vehicles while mantaining helos for transport and heavy armemant missions"

transcrição o mais literal possível

Será "boasting" (ostentando)?

De resto, é o que já se ouviu antes, os navios terão "coisas".
Porque é que um navio de escolta precisa de ter capacidade anfíbia, ainda para mais numa Marinha que quer LPDs, PNMs e AORs com capacidade Ro-Ro? Não se sabe.
Que armas ele considera? Não se sabe.
Como é que ele pensa que vai pegar no conceito de uma fragata, expandi-lo e adicionar capacidades extra, e que o custo de cada navio desses vai ser mais baixo que o de uma fragata? Não sei.

Se calhar é essa a questão, eu não sei porque sou leigo. Mas alguém deve saber, e teria lógica que ele e outros dentro da marinha tenham uma ideia melhor do que a minha. A defesa está a mudar muito e o que não falta são a necessidade de novas soluções. Basta ver o destino da toda poderosa marinha russa...
 

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Bubas

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1307 em: Maio 22, 2024, 01:16:44 am »
Mais uma prova de que o mundo da defesa naval está a mudar e muito.


na AEDDay

"the traditional frigates as we know it is being reimagined, the sucessor of these will be hybrid ships, boosting (?), amphibious capabilities, close defense systems, portfolio of assets that include weapons and a diverse of arroy of unmanned vehicles while mantaining helos for transport and heavy armemant missions"

transcrição o mais literal possível

Ou seja, Fragatas da Classe Fearless. :mrgreen:



 :arrow: https://www.navalnews.com/event-news/cne-2024/2024/05/fearless-mrss-enabling-littoral-a2ad-pushback-raiding-and-landing-operations/
 

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dc

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1308 em: Maio 22, 2024, 03:17:59 am »
Mais uma prova de que o mundo da defesa naval está a mudar e muito.

É é mais uma prova de que cada vez menos os navios logísticos podem estar desarmados, e que a futuro das Marinhas, além dos navios combatentes convencionais e além de USVs armados, passa por ter navios logísticos e anfíbios, que outrora andavam praticamente desarmados, com um determinado grau de armamento.

De notar que este navio é um dos candidatos para o programa MRSS, não tendo sido ainda escolhido, podendo a RN preferir navios mais "convencionais" e baratos, e que é um programa que visa substituir LPDs e não fragatas.

Se calhar é essa a questão, eu não sei porque sou leigo. Mas alguém deve saber, e teria lógica que ele e outros dentro da marinha tenham uma ideia melhor do que a minha. A defesa está a mudar muito e o que não falta são a necessidade de novas soluções. Basta ver o destino da toda poderosa marinha russa...

E quem é que há-de saber? A Marinha que diz que as fragatas que possui são tecnologicamente avançadas, quando nem sequer para os padrões do início dos anos 2000 o seriam?

Será que sabem, quando insinuam que os futuros navios para substituir as fragatas, terão capacidades de fragata + drones + anfíbia + mais não sei o quê, e milagrosamente acreditam que um navio assim fica mais barato que uma fragata "normal"?

Só para colocar em perspectiva, a Defesa está a mudar, a tecnologia a evoluir, e quase todas as marinhas do mundo estão a fazer adaptações. E de uma forma generalizada, a tendência passa por expandir capacidades e aumentar o número de meios combatentes.
Adivinha em que Marinha está a ser feito o oposto? A nossa! Quando temos oficialmente 5 fragatas, que após todas as modernizações, 4 permanecerão como fragatas (reles) e 1 passará a ser um OPV musculado.

Ou seja, os outros constroem mais navios de combate convencionais (e cada vez mais armados), procuram desenvolver USVs armados, e procuram armar navios que outrora teriam armamento limitado. Em Portugal vai-se construir uma catrefada de navios desarmados, não se vai aumentar capacidade de combate a mais nada, e ainda se vai reduzir formalmente o número de navios de combate com o "desupgrade" da VdG para OPV.

Repito, os outros estão a aumentar a capacidade de combate, nós a diminuir.

Quando isto acontece, acreditas mesmo que a Marinha está a evoluir na mesma medida que os outros para enfrentar novas ameaças?
 
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1309 em: Maio 22, 2024, 03:43:54 am »
Acredito que a culpa é mais dos políticos e eleitores do que dos Marinheiros.
Espero que as suas atitudes mudem.

Mais uma prova de que o mundo da defesa naval está a mudar e muito.

É é mais uma prova de que cada vez menos os navios logísticos podem estar desarmados, e que a futuro das Marinhas, além dos navios combatentes convencionais e além de USVs armados, passa por ter navios logísticos e anfíbios, que outrora andavam praticamente desarmados, com um determinado grau de armamento.

De notar que este navio é um dos candidatos para o programa MRSS, não tendo sido ainda escolhido, podendo a RN preferir navios mais "convencionais" e baratos, e que é um programa que visa substituir LPDs e não fragatas.

Se calhar é essa a questão, eu não sei porque sou leigo. Mas alguém deve saber, e teria lógica que ele e outros dentro da marinha tenham uma ideia melhor do que a minha. A defesa está a mudar muito e o que não falta são a necessidade de novas soluções. Basta ver o destino da toda poderosa marinha russa...

E quem é que há-de saber? A Marinha que diz que as fragatas que possui são tecnologicamente avançadas, quando nem sequer para os padrões do início dos anos 2000 o seriam?

Será que sabem, quando insinuam que os futuros navios para substituir as fragatas, terão capacidades de fragata + drones + anfíbia + mais não sei o quê, e milagrosamente acreditam que um navio assim fica mais barato que uma fragata "normal"?

Só para colocar em perspectiva, a Defesa está a mudar, a tecnologia a evoluir, e quase todas as marinhas do mundo estão a fazer adaptações. E de uma forma generalizada, a tendência passa por expandir capacidades e aumentar o número de meios combatentes.
Adivinha em que Marinha está a ser feito o oposto? A nossa! Quando temos oficialmente 5 fragatas, que após todas as modernizações, 4 permanecerão como fragatas (reles) e 1 passará a ser um OPV musculado.

Ou seja, os outros constroem mais navios de combate convencionais (e cada vez mais armados), procuram desenvolver USVs armados, e procuram armar navios que outrora teriam armamento limitado. Em Portugal vai-se construir uma catrefada de navios desarmados, não se vai aumentar capacidade de combate a mais nada, e ainda se vai reduzir formalmente o número de navios de combate com o "desupgrade" da VdG para OPV.

Repito, os outros estão a aumentar a capacidade de combate, nós a diminuir.

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1310 em: Maio 22, 2024, 06:38:40 am »
170 metros.  :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

Não passam no Alfeite. Não servem.
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1311 em: Maio 22, 2024, 09:32:06 am »
170 metros.  :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

Nós já tivemos alguns dos maiores navios de guerra no mundo... :-[

Em relação ao dito projecto, não sei quanto é que custaria, mas tem tudo o que a Marinha diz querer. Propulsão elétrica, a possibilidade de transportar e desembarcar toda uma Força de Fuzileiros, a possibilidade de transportar muitos drones e de todos os tipos, equipamentos são o básico hoje em dia, ao nível das fragatas da Classe Type 31.
« Última modificação: Maio 22, 2024, 09:35:33 am por Cabeça de Martelo »
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1312 em: Maio 22, 2024, 09:33:34 am »
170 metros.  :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

Nós já tivemos alguns dos maiores navios de guerra no mundo... :-[

Deixa: agora temos alguns dos maiores coneiros do mundo.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 
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mafets

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1313 em: Maio 22, 2024, 10:20:43 am »


A CNN agora é o site oficial da Marinha ou do Governo Português?  ::)

Saudações

P.S. Volto a repetir: No Site oficial da Marinha está assim (é só clicar e ver):

https://www.marinha.pt/pt/informacao-instituicional/Projetos-co-financiados/PRR/Paginas/PilarI.aspx

Citar
Custo total elegível: 94.500.000,00€​

Apoio financeiro público nacional/regional: NÃO APLICÁVEL


 

As minhas desculpas, tem toda a razão, a CNN não é certamente um orgão oficial do estado. No entanto estranho que não conheça os eventos que lá se referem.

Já quanto ao que está escrito no site da Marinha, bem isso é efetivamente um erro e deveria ser corrigido rapidamente.

Deixo-lhe aqui a publicação do diário da república, que efetivamente obriga o estado português.

https://files.dre.pt/1s/2023/04/08000/0012000121.pdf

Muito obrigado. De qualquer forma é como diz e bem: O site da Marinha devia ser corrigido e ainda não está. Quanto à CNN, diz muita coisa e nem sempre a verdade. Por ultimo, o facto de estar publicado não quer dizer que aconteça, basta ver os 6 milhões por navio dos Tejo.  ;)

Saudações


P.S.
Acredito que a culpa é mais dos políticos e eleitores do que dos Marinheiros.
Espero que as suas atitudes mudem.

Meu caro é valido, mas discordo. Muito eleitores desde trabalhos académicos a conhecimentos assentes em factos científicos e comprovados, um pouco por todo o lado, partilham com os militares e políticos, sendo que por norma a primeira resistência vem sempre dos militares, . Recordo um amigo da Marinha que ficou muito surpreso quando lhe disse que os lançadores Mk 13 lançam misseis Harpoon: A resposta: "Duvido. São misseis muito diferentes". E é da área da armamento.    ;)


Citar
A Harpoon Missile on the rail of a Mark 13 aboard USS Goldsborough

P.S. 2- Meu caro, a Marinha Soviética e Russa foi vendida como poderosa no papel, pelos Rogeiros de Serviço e pelos Políticos militarizados da Nato para justificar gastos militares, em tretas como os Lcs e os Sp70 que depois de milhões só deu buraco. Na verdade sempre foi uma marinha costeira que só nos anos 70 se começou a expandir-se para o oceano, exeptuando os submarinos. Agora, desde cedo que os problemas desde a logística aos acidentes nos reactores nucleares era uma prática comum.  A próprias unidades mais pesadas tinham desde cedo a tendência de ir pelo ares sozinhos.  ;)



https://en.wikipedia.org/wiki/Soviet_destroyer_Otvazhny_(1964)

P.S. 3 -
Mas onde raio o homem fala em ter uma guarda costeira e transporte e não uma marinha de guerra em condições?

Ainda este fim de semana no seu discurso falir de ambas as vertentes. E mais uma vez falou na necessidade de atualizar o equipamento ao risco.

Caríssimo, eu não percebo do que o homem fala. Como eu, muita gente também não percebe. Depois com meias palavras, vêm as interpretações, sejam boas ou más, mas que têm origem na incapacidade do Cema dar uma visão clara da marinha e do que pretende para a marinha (acho que nem ele sabe). Visão clara independente das discordâncias, tem o CEMFA. Agora o Sr. Almirante Gouveia e Melo, se tem ainda não percebi qual é, e não sou o único. Só para dar um exemplo: Mas o que é equipamento de risco? O Zaire com 50 anos ou as VDG. Ambos, obsoletos. Depois, navios de guerra: Dos 17 quais são os navios de guerra? Quanto muito os 6 próximos NPO, mas somente ASW e pelos vistos sem torpedos, ou seja, destes 17 navios, quais são de uma marinha e de uma guarda costeira? Temos que começar pelo básico, e este básico seria o D. João II (é valido mas não é o canivete suíço que o senhor CEMA quer fazer passar), os NPO (até podiam ser modulares como os SF300, embora estes nunca tenham tido os módulos de missão) e as LFC (o mais convencional possível porque precisamos de cascos), mais 2 ou 3 helis.  E substituir as fragatas. O resto, depois de ordem na casa e guarnições suficientes, logo se via. Agora começar a construir uma casa pelo telhado e com ideias de megalomania, nunca deu nem dá bom resultado, principalmente porque a ideia deste 17 navios é que a montanha pariu um rato (servem patrulhar a Zee e pouco mais. Mas nós somos da Nato, certo.).  ;)



O que aconteceu quando o anterior pediu ao governo fragatas?

No meu entender a principal razão do atual estado de coisas é governamental.

O CEMA está numa posição difícil, de não poder dizer o que quer, deve haver uma razão para só se ouvirem opiniões de altos cargos na reforma…
Por outro lado conseguiu algum potencial público que lhe permitiu aproveitar o PRR e necessidades já identificadas e mais em conta.

Como tudo o que é estatal não está livre de críticas, mas a maioria do que aqui vejo (não tudo) estão direcionadas ao alvo errado.

Infelizmente o re-equipamento das forças armadas não tem dado votos.

P.S. 4 - Meu  caro, quando no inicio dos anos 80 a Marinha apresentou na sua revista a conclusão para o GT das fragatas, concluiu que eram as Type 21. Quando estas afundaram aos molhos nas Falklands/Malvinas, nunca mais se ouviu falar no estudo. Não me venha dizer que a  culpa foi dos governantes e políticos, por naquele GT ninguém se ter lembrado das Type 21 modificadas aka Brasil que ainda estão em serviço. Não apenas não se lembraram como ninguém explicou ao povo, porque o que era bom deixou de o ser, provavelmente para não fazerem os políticos perderem votos. (Já agora, os CEMA, quando vêm que não podem chegar a CEMGFA, por norma são como os papagaios. falam que se fartam. Curiosidades...).   :snip:

https://en.wikipedia.org/wiki/Niter%C3%B3i-class_frigate

« Última modificação: Maio 22, 2024, 11:13:49 am por mafets »
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1314 em: Maio 22, 2024, 11:24:53 am »
Se calhar é por isso que o CEMA no discurso falou na nova base naval e nas bases de apoio… olha.

170 metros.  :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1315 em: Maio 22, 2024, 11:52:30 am »


A CNN agora é o site oficial da Marinha ou do Governo Português?  ::)

Saudações

P.S. Volto a repetir: No Site oficial da Marinha está assim (é só clicar e ver):

https://www.marinha.pt/pt/informacao-instituicional/Projetos-co-financiados/PRR/Paginas/PilarI.aspx

Citar
Custo total elegível: 94.500.000,00€​

Apoio financeiro público nacional/regional: NÃO APLICÁVEL


 

As minhas desculpas, tem toda a razão, a CNN não é certamente um orgão oficial do estado. No entanto estranho que não conheça os eventos que lá se referem.

Já quanto ao que está escrito no site da Marinha, bem isso é efetivamente um erro e deveria ser corrigido rapidamente.

Deixo-lhe aqui a publicação do diário da república, que efetivamente obriga o estado português.

https://files.dre.pt/1s/2023/04/08000/0012000121.pdf

Muito obrigado. De qualquer forma é como diz e bem: O site da Marinha devia ser corrigido e ainda não está. Quanto à CNN, diz muita coisa e nem sempre a verdade. Por ultimo, o facto de estar publicado não quer dizer que aconteça, basta ver os 6 milhões por navio dos Tejo.  ;)

Saudações

Se não acontecer, e visto ter um financiamento tão elevado do PRR que se esgota em 2026, se não estiver pronto não pagam, seria um gigantesco problema estatal n~ºao do CEMA.
Pode discutir o que quiser, colocar os defeitos que achar por bem, mas pelo menos atribua-os ao culpado certo.


P.S.
Acredito que a culpa é mais dos políticos e eleitores do que dos Marinheiros.
Espero que as suas atitudes mudem.

Meu caro é valido, mas discordo. Muito eleitores desde trabalhos académicos a conhecimentos assentes em factos científicos e comprovados, um pouco por todo o lado, partilham com os militares e políticos, sendo que por norma a primeira resistência vem sempre dos militares, . Recordo um amigo da Marinha que ficou muito surpreso quando lhe disse que os lançadores Mk 13 lançam misseis Harpoon: A resposta: "Duvido. São misseis muito diferentes". E é da área da armamento.    ;)


Quando falo em eleitores, falo do seu voto. Veja o que acontece com Nuno Melo para MD, imediatamente saltam os "submarinos"... Não temos uma cultura de defesa, é algo que devia ser trabalhado.
Quanto a incompetência, existe em todo o lado e as FA não são certamente alérgicas a ela. Mais uma vez, os militares tb vêm do povo...



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A Harpoon Missile on the rail of a Mark 13 aboard USS Goldsborough

P.S. 2- Meu caro, a Marinha Soviética e Russa foi vendida como poderosa no papel, pelos Rogeiros de Serviço e pelos Políticos militarizados da Nato para justificar gastos militares, em tretas como os Lcs e os Sp70 que depois de milhões só deu buraco. Na verdade sempre foi uma marinha costeira que só nos anos 70 se começou a expandir-se para o oceano, exeptuando os submarinos. Agora, desde cedo que os problemas desde a logística aos acidentes nos reactores nucleares era uma prática comum.  A próprias unidades mais pesadas tinham desde cedo a tendência de ir pelo ares sozinhos.  ;)


Concordo, apenas referi o que foi por muito tempo, e não só por Nunos Rogeiros, vendido como uma marinha de excelência...



https://en.wikipedia.org/wiki/Soviet_destroyer_Otvazhny_(1964)

P.S. 3 -
Mas onde raio o homem fala em ter uma guarda costeira e transporte e não uma marinha de guerra em condições?

Ainda este fim de semana no seu discurso falir de ambas as vertentes. E mais uma vez falou na necessidade de atualizar o equipamento ao risco.

Caríssimo, eu não percebo do que o homem fala. Como eu, muita gente também não percebe. Depois com meias palavras, vêm as interpretações, sejam boas ou más, mas que têm origem na incapacidade do Cema dar uma visão clara da marinha e do que pretende para a marinha (acho que nem ele sabe). Visão clara independente das discordâncias, tem o CEMFA. Agora o Sr. Almirante Gouveia e Melo, se tem ainda não percebi qual é, e não sou o único. Só para dar um exemplo: Mas o que é equipamento de risco?


Aqui, permita-me alguma  :bang: ... Em lado nenhum se fala em equipamento de risco. O CEMA depois do seu discurso e no final da ultima entrevista que deu, depois de referir que a atualização da marinha seguia no que estava programado com os 17 navios... afirma que esse programa foi desenhado em tempo de paz. No atual contexto deviam ser ajustados os meios ao atual risco... No meu entender ele está a falar numa nova atualização, desta vez, de navios de combate que possam fazer face ao elevado risco.   

Acredito que seja o que "pode" dizer na sua posição.
Seria interessante que quem comenta, nomeadamente os anteriores graduados, já fora do ativo, pudessem pegar nestas palavras e começassem a discutir no espaço publico o que poderíamos fazer e quais as necessidades que temos para colmatar esses riscos atuais.


O Zaire com 50 anos ou as VDG. Ambos, obsoletos. Depois, navios de guerra: Dos 17 quais são os navios de guerra? Quanto muito os 6 próximos NPO, mas somente ASW e pelos vistos sem torpedos, ou seja, destes 17 navios, quais são de uma marinha e de uma guarda costeira? Temos que começar pelo básico, e este básico seria o D. João II (é valido mas não é o canivete suíço que o senhor CEMA quer fazer passar), os NPO (até podiam ser modulares como os SF300, embora estes nunca tenham tido os módulos de missão) e as LFC (o mais convencional possível porque precisamos de cascos), mais 2 ou 3 helis.  E substituir as fragatas. O resto, depois de ordem na casa e guarnições suficientes, logo se via. Agora começar a construir uma casa pelo telhado e com ideias de megalomania, nunca deu nem dá bom resultado, principalmente porque a ideia deste 17 navios é que a montanha pariu um rato (servem patrulhar a Zee e pouco mais. Mas nós somos da Nato, certo.).  ;)


Quanto a esta parte, tudo certo, é minha opinião que na ultima entrevista o CEMA deixou no ar a ideia de nos equiparmos com novos navios combatentes.




O que aconteceu quando o anterior pediu ao governo fragatas?

No meu entender a principal razão do atual estado de coisas é governamental.

O CEMA está numa posição difícil, de não poder dizer o que quer, deve haver uma razão para só se ouvirem opiniões de altos cargos na reforma…
Por outro lado conseguiu algum potencial público que lhe permitiu aproveitar o PRR e necessidades já identificadas e mais em conta.

Como tudo o que é estatal não está livre de críticas, mas a maioria do que aqui vejo (não tudo) estão direcionadas ao alvo errado.

Infelizmente o re-equipamento das forças armadas não tem dado votos.

P.S. 4 - Meu  caro, quando no inicio dos anos 80 a Marinha apresentou na sua revista a conclusão para o GT das fragatas, concluiu que eram as Type 21. Quando estas afundaram aos molhos nas Falklands/Malvinas, nunca mais se ouviu falar no estudo. Não me venha dizer que a  culpa foi dos governantes e políticos, por naquele GT ninguém se ter lembrado das Type 21 modificadas aka Brasil que ainda estão em serviço. Não apenas não se lembraram como ninguém explicou ao povo, porque o que era bom deixou de o ser, provavelmente para não fazerem os políticos perderem votos. (Já agora, os CEMA, quando vêm que não podem chegar a CEMGFA, por norma são como os papagaios. falam que se fartam. Curiosidades...).   :snip:

https://en.wikipedia.org/wiki/Niter%C3%B3i-class_frigate


« Última modificação: Maio 22, 2024, 12:54:46 pm por Bubas »
 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1316 em: Maio 22, 2024, 12:04:36 pm »
Se calhar é por isso que o CEMA no discurso falou na nova base naval e nas bases de apoio… olha.

170 metros.  :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

Não passam no Alfeite. Não servem.

Nova base naval para quê? Meia dúzia de chassos? Os zebros dos fuzileiros? As corvetas semi-afundadas que estão na lisnave?

Lá está, voltamos sempre ao mesmo.  O homem  é um megalómano que quer construir a casa pelo telhado. Até podia querer meia dúzia de bases navais. Convinha era ter algo para lá pôr.

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1317 em: Maio 22, 2024, 12:06:41 pm »
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Quanto a esta parte, tudo certo, é minha opinião que na ultima entrevista o CEMA deixou no ar a ideia de nos equiparmos com navios combatentes.

Navios combatentes? Numa suposta marinha de GUERRA?
Nunca tal se tinha visto!!!

"Mandou para o ar"...sem comentários.
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1318 em: Maio 22, 2024, 03:33:44 pm »
Meu caro Bubas não é a primeira vez que um programa não se realiza e temos de voltar a recambiar o dinheiro para Bruxelas. Daí o esperar para ver em fez de me fiar em contratos assinados, muitos dos quais não cumpridos, caso dos Vigilante II.  ;)

https://www.amn.pt/Media/Paginas/DetalheNoticia.aspx?nid=1461



A cultura de defesa não é trabalhada com "mar chão", discursos de lambe botice, resmas de geopolítica e geoestratégia do instituto de defesa nacional e com discursos alarmistas como o do CEMFA a propósito do F35  ( https://executivedigest.sapo.pt/noticias/invisibilidade-letalidade-e-ia-o-que-distingue-os-avioes-de-combate-mais-caros-do-mundo-que-portugal-pretende-comprar/). A própria biblioteca do IDN tem muitos trabalhos académicos do duplo uso (e não só) sobre as Forças Armadas. Publiquem-nos em vez de dar primazia ao "está tudo bem"  e apagarem comentários que não gostam das páginas oficiais dos ramos das F.A. Aqui se vê, que nem todos os militares vêm do povo nem servem o povo. ;)

https://www.academia.edu/34570990/Miss%C3%B5es_militares_t%C3%A9cnica_e_pol%C3%ADtica_o_emprego_das_For%C3%A7as_Armadas_em_seguran%C3%A7a_p%C3%BAblica

O que foi e é vendido pelos "Rogeiros" de serviço, só o foi porque interessa a muita gente. Já para não falar os que acham que o homem percebe muito de meios militares e o vêm como supra sumo da bugalheira. Deus, está no céu...  ;)



Desculpe, mas se uma Marinha não tem guarnições para os seus navios em tempo de paz, vai assinar contratos para 17 navios  basicamente não combatentes? Que planificação é esta? E os de combate, andam com robôs? E isto tem o quê a ver com estarmos em guerra ou paz? Se estivéssemos em guerra já existiam efectivos à patada? 2 AOR? Toda a vida tivemos um e com muito mais navios. O risco maior? São os 17 navios não saírem do lugar por falta de guarnições (isto se todos forem construídos) ... :bang:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_navios_da_Marinha_Portuguesa_por_n%C3%BAmero_de_amura

Muitos antigos graduados têm colocado no espaço público o que se passa na marinha e não só. Começa por antigos cema e vai por aí fora. No que diz respeito a debates  se as pessoas militares vêm para a praça publica dizer que "está tudo bem" debate se o que? Se apagam os comentários que violam o principio de "boa missão" das páginas oficiais, ou não sabe que é assim? E aqui quem anda no mundo da Lua?  ;)

https://www.noticiasaominuto.com/pais/2562308/sargentos-e-pracas-acusam-chefia-da-marinha-de-exercicio-abusivo-de-poder

https://www.jn.pt/politica/antigo-chefe-da-armada-diz-que-somos-quase-um-protetorado-3221571.html/

https://www.rtp.pt/noticias/politica/ar-debate-reforma-nas-forcas-armadas-sob-criticas-de-ex-presidentes-e-chefes-militares_n1320607

Caríssimo. Estamos no Século XXI. Basta ver na Dinamarca como navios num ápice passam de não combatentes a combatentes. Face à falta de guarnições e dinheiro, este deveria ser o caminho. Não 2 AOR, o D.João II mais um LPD, LFC's porta drones e afins. Vale os submarinos, que aliás é o grande arrependimento dos Dinamarqueses (que sabem disso e não têm problemas nenhuns em admitir o erro. Veja se é igual em Portugal. ;)

https://breakingdefense.com/2023/06/denmark-considering-military-submarines-after-almost-20-year-gap-danish-lawmaker/

Saudações
« Última modificação: Maio 22, 2024, 03:41:41 pm por mafets »
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dc

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1319 em: Maio 22, 2024, 04:46:00 pm »
170 metros.  :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

Nós já tivemos alguns dos maiores navios de guerra no mundo... :-[

Em relação ao dito projecto, não sei quanto é que custaria, mas tem tudo o que a Marinha diz querer. Propulsão elétrica, a possibilidade de transportar e desembarcar toda uma Força de Fuzileiros, a possibilidade de transportar muitos drones e de todos os tipos, equipamentos são o básico hoje em dia, ao nível das fragatas da Classe Type 31.

Utilizando olhómetro, já sabemos que será um navio caríssimo. Na configuração apresentada, facilmente atinge os 1000 milhões, provavelmente bem mais que isso. Na MGP fazia sentido como alternativa ao LPD clássico, e continuaria a precisar de escolta de pelo menos 4 fragatas.

No entanto, de frisar que o custo de 2 navios desses, provavelmente pagavam cerca de 3 Dokdos sul-coreanos (LHD de 200m).

Ora, se é para falar em flagships de grandes dimensões, então tem que se considerar seriamente a opção de, em vez de 2 Fearless, optar por 2 Dokdo adaptados para a utilização de UCAVs como o MQ-9B STOL. Têm menos capacidade de combate teórica que os Fearless, mas têm verdadeira capacidade para meios aéreos. Em ambos os casos, era sempre necessário ter fragatas para os escoltar.

Se é para continuar a inventar, e ignorar que muitos dos exemplos apresentados, terão custos iguais ou superiores a 1000 milhões/unidade, então apresento-vos:
https://www.asianmilitaryreview.com/2022/08/hyundai-heavy-industries-launches-first-kdx-iii-batch-2-destroyer/

Para uma classe de 3 navios:
Citar
HHI was awarded a US$565 million contract by DAPA in October 2019 to build Jeongjo Daewang, with delivery to the RoKN expected by November 2024. The KDX-III Batch II programme is expected to cost South Korea around US$3.3 billion.

E isto é para contratorpedeiros de 170 metros. Uma versão PT podia ser reduzida para os 155 metros como os Burkes originais, e ter ligeiramente menos VLS, e ficava ainda mais barato.

Isto coloca em perspectiva o que é que um orçamento de 5000 milhões para fragatas, realmente compra. Quando 5000 milhões conseguem comprar 2 KDX-III + 3 fragatas ASW sul-coreanas, torna-se patético considerar sequer viável gastar o mesmo dinheiro em 4 ou 5 fragatas ASW feitas na Europa.

Se querem que compremos material da UE, porreiro, que façam uma contraproposta competitiva.

Quanto a esta parte, tudo certo, é minha opinião que na ultima entrevista o CEMA deixou no ar a ideia de nos equiparmos com novos navios combatentes.

E no entanto, ele aceita um MLU a 2 VdG que não contempla armamento novo, e apenas um upgrade em sensores, que, sem armamento novo, são bastante subaproveitados, e a conversão da 3ª em OPV gigante. A isto acresce o facto de que ele por várias vezes mencionou que o investimento na Marinha responde às necessidades, e que as fragatas são tecnologicamente avançadas.

Se ele considera que há debilidades a nível da capacidade de combate, e que o investimento é insuficiente, é uma contradição absoluta dizer que a Marinha tem capacidade para enfrentar as ameaças modernas e o investimento é o adequado.
 
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