Esta discussão went to a whole new level nos últimos dias

aqui vão os meus two cents...
Warning: long rant ahead!
No que diz respeito à discussão sobre as missões e equipamento, num vácuo o FCosta tem razão... para andar a ver o tamanho de malhas de redes de pesca, o que há serve. O problema com esse raciocino é que tem muito pouco a ver com a realidade de emprego dos NPO e das fragatas. Enquanto estas se ocupam (ou deviam ocupar...) de missões mais high-end e os NPO das missões de policiamento marítimo, na realidade existe todo um espectro de missões entre os dois que leva a que quer um quer outro tipo de navio possam ser utilizados, p.ex. missões anti-pirataria na costa ocidental de África ou as várias missões desempenhadas no Mediterrâneo, mais concretamente ao largo da Líbia. Além disso, e como se sabe, infelizmente o inimigo também vota, seja ele a China no Mar do Sul da China, seja ele um traficante de pessoas no Mediterrâneo. Num mundo ideal, teríamos fragatas e NPO em número suficiente para, de facto, enviarmos os meios mais adequados para casa missão, como diz o FCosta. Infelizmente, isto é Portugal e não preciso dizer mais nada, onde se mandam NPOs para o Mediterrâneo e NPOs desarmados para a Guiné. O argumento de que um navio pintado de cinzento é um dissuasor por si só é falacioso, porque basta um terrorista ou traficante ter acesso à internet para saber o armamento dos navios que estão naquela área... daí que se eu for um traficante sul americano a levar um carregamento de cocaína para a Guiné e souber que o único navio militar na área é um NPO desarmado, posso perfeitamente fazer uma análise de risco e atacar esse navio se for interceptado, ao invés de perder $10 milhões em droga, para mais quando sei que o governo local é conivente... este simples exemplo, mostra o ridículo que é enviar um NPO desarmado para África, apesar de a missão ser, à partida, de baixo risco... já se o dito cujo tiver a peça de 30mm (concordo que não é preciso mais), um módulo SPIMM com mísseis Mistral e um IR e um sensor EO no mastro, a conversa é outra. O efeito dissuasor só é válido quando a ameaça de destruição por contra-ataque é válida... Neste momento e na situação atual, como poderia responder o NPO? Não pode, portanto não é um dissuasor... simples... andamos a brincar com o fogo ao fazê-lo...
Quando a meios aéreos embarcados, esqueçam helicópteros, mesmo com manga telescópica... não é só o helicóptero e o consequente custo, é também o ter que acomodar toda a logística técnica e humana, além do pequeno facto de que não temos aparelhos suficientes. Prefiro um done com autonomia mais elevada que um brinquedo que posso comprar no Toys’R Us e com capacidade de ataque, como um Schiebel S-100 equipado com 2 LMM. Isso, sim, além de aumentar muito a área possível de vigiar, é um grande dissuasor quando for necessário abordar alguém... ver o zebro a aproximar com cobertura de um drone armado, já mete o pessoal na linha...
Muito sinceramente, não sei quanto custaria colocar um sensor EO Ou FLIR nos navios (já nem peço radar militar) e comprar 2 módulos SPIMM (essencialmente contentores, que se embarcam se a missão assim o exigir) e 4 ou 5 S-100 com LMM, mas não deve ser mais que o custo de 1 NPO, e provavelmente será menos... se alguém souber preços, por favor diga...
End of rant
Cumprimentos
João