Substituição dos M113

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Bubas

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Re: Substituição dos M113
« Responder #570 em: Junho 19, 2025, 08:43:23 pm »
Sim, os M-113 já devia ter sido encostados. Mas para isso, convinha terem substituto. Enquanto não houver, as variantes de apoiam terão que se manter em serviço, sendo prioritário acima de tudo adquirir os IFV e VSHORAD, seguidos dos PM.

O debate entre aumentar o número de CCs vs número de APC/IFVs (num contexto em que só se possa escolher uma opção por questões financeiras), tem que ter em conta a questão do pessoal.

Numa brigada com falta de pessoal, é mais fácil arranjar 80 militares para guarnecer 20 CCs adicionais, do que guarnecer 20 IFVs adicionais que vão exigir em média 160 militares (tripulação + infantaria). Se o pessoal não fosse problema, aí a conversa é outra.

O ideal provavelmente seria um meio termo, em que em vez de se aumentar apenas o número de CCs ou o número de IFVs, aumentava-se ambos.

Se eventualmente entrarmos numa guerra o pessoal não é problema... Se tivermos IFV, sempre será uma força mais poderosa o que nos permite mostrar mais força e num exercito aliado tentar com essa força, NÃO entrar em guerra.
 

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dc

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Re: Substituição dos M113
« Responder #571 em: Junho 22, 2025, 05:35:14 pm »
Lá ao lado o nosso Pandur com a torre proposta e rede anti-drone

Se equiparem essa torre nos Pandur e substituto do M-113, só pedia que incluíssem os ATGM.

Se eventualmente entrarmos numa guerra o pessoal não é problema... Se tivermos IFV, sempre será uma força mais poderosa o que nos permite mostrar mais força e num exercito aliado tentar com essa força, NÃO entrar em guerra.

O pessoal é definitivamente problema.

Se apanhares com uma guerra, não queres que o teu plano A seja mobilização, para tentar atingir números mínimos que o EP deveria ter como forças profissionais.

A mobilização é o plano B, caso o conflito dure demasiado tempo, ou a integridade do território nacional esteja em causa.

Aquilo que citas, tem o seu contexto, em que eu não estava a dizer que não devíamos adquirir IFVs.

Era num debate entre ter mais Leopard (além dos 34 actuais) ou mais IFVs (além de uns hipotéticos 40-60 que viéssemos a adquirir).

Nesta comparação, mencionei que 20 Leopards adicionais requerem 80 militares, enquanto 20 IFVs requerem 160 ou mais. Se a Brigada tem falta de pessoal, neste caso específico fazia mais sentido adquirir o veículo que opera com menos pessoal, se só pudesse aumentar o número de veículos de um destes tipos.
 
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Mentat

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Re: Substituição dos M113
« Responder #572 em: Junho 22, 2025, 07:13:31 pm »
Era num debate entre ter mais Leopard (além dos 34 actuais) ou mais IFVs (além de uns hipotéticos 40-60 que viéssemos a adquirir).

Nesta comparação, mencionei que 20 Leopards adicionais requerem 80 militares, enquanto 20 IFVs requerem 160 ou mais. Se a Brigada tem falta de pessoal, neste caso específico fazia mais sentido adquirir o veículo que opera com menos pessoal, se só pudesse aumentar o número de veículos de um destes tipos.

A questão da falta de pessoal e muito pertinente e afeta os 3 ramos das FA. Como é por demais sabido.
Neste caso, acho que estás a colocar no mesmo saco coisas que ao mesmo saco não pertencem. A função de um CC e de um IFV em TO é diferente, embora partilhe alguns pontos de contacto e complementariedade.  Mas não é similar ao ponto de ser comparação direta.
A título pessoal, prefiro adquirir IFV modernos e capazmente equipados nas suas diversas variantes do que comprar mais CC. Os IFC oferecem muito mais flexibilidade operacional que CC´.
« Última modificação: Junho 22, 2025, 07:19:14 pm por Mentat »
 

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dc

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Re: Substituição dos M113
« Responder #573 em: Junho 23, 2025, 02:20:56 pm »
Atenção que a comparação foi feita com base num cenário em que tens 34 Leopard e já compraste 40-60 IFVs novos e respectivas variantes de apoio.

Neste cenário, entre a opção de 20 Leopard adicionais ou 20 IFV adicionais, se não tiveres pessoal para "encher" esses IFVs com infantaria, então o IFV não tem tanto valor (em função do poder de fogo e protecção) quanto o Leopard.

O cenário mais provável, se calhar era um meio termo, em que compravas 10 de cada.

Isto é apenas para alertar que, dada a falta de pessoal da Brigada, não faz sentido adquirir quantidades "excessivas" de IFVs, sem ter pessoal suficiente (sobretudo infantaria) para extrair o potencial deste veículo.
Nem faz sentido gastar tanto dinheiro nesta brigada (em detrimento de outras unidades e ramos) com base na premissa de um SMO/mobilização, em que dizem "depois arranja-se pessoal".
 

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goldfinger

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Re: Substituição dos M113
« Responder #574 em: Junho 25, 2025, 06:19:01 am »
El Ejército portugués pone a prueba el vehículo blindado Ascod de GDELS-Santa Bárbara Sistemas



Citar
El Ejército de Tierra portugués ha evaluado el vehículo blindado Ascod, desarrollado por General Dynamics European Land Systems (GDELS)-Santa Bárbara Sistemas, en el ejercicio multinacional Artex 25 en el campo de maniobras de Santa Margarida.
Desde la compañía explican que el Ascod demostró "su potencial como reemplazo moderno del veterano M113, aún en servicio en varios ejércitos europeos".
Portugal es uno de los países europeos que prepara la renovación de su flota de vehículos blindados en un panorama geopolítico en el que la guerra en Ucrania ha acelerado los planes de modernización y los socios de la OTAN apuestan por aumentar sus presupuestos de defensa para alcanzar los nuevos compromisos de la Alianza.
Una de las opciones que está considerando el Ejército luso es el Ascod, como adelantó Infodefensa.com. La participación del vehículo en el ejercicio multinacional permitió, según explica GDELS, evaluar sus capacidades técnicas y también fomentar la cooperación industrial entre empresas ibéricas y el ecosistema de defensa europeo.
"El Ascod se posiciona como una solución modular, interoperable y tecnológicamente avanzada, ideal para integrarse en las nuevas doctrinas de combate", destaca el fabricante.
Seis usuarios
Los ingenieros españoles de GDELS-Santa Bárbara Sistemas han evolucionado en los últimos años la familia Ascod, un vehículo con seis clientes, tras la reciente compra por parte de Letonia, que además acaba de anunciar que ampliará el pedido inicial. Con un peso de alrededor de 40 toneladas, la plataforma, compuesta por el chasis y otros elementos como el tren de rodadura y sistemas auxiliares, incorporará las últimas tecnologías introducidas por la compañía en el Ascod.
El fabricante ha dotado al blindado de una arquitectura electrónica abierta según los estándares OTAN que permite integrar equipos y sistemas del catálogo de la Alianza y facilita los trabajos de mantenimiento, así como las actualizaciones futuras.   
La nueva generación de Ascod cuenta con alto nivel de blindaje y puede incorporar diferente armamento; desde estaciones de armas remotas hasta un cañón de 105 mm -el caso de Filipinas-, pasando por sistemas antitanque. La tripulación, en la versión letona, está formada por tres soldados y será capaz de transportar y desplegar a seis militares con el equipo de combate completo. 
Portugal apuesta por adquirir con este nuevo programa una vehículo de cadenas con movilidad y configurable para llevar a cabo diferentes misiones. La flota de carros de combate Leopard 2A4 es la columna vertebral de los medios acorazados sobre cadenas del Ejército de Tierra portugués, que también cuenta con una anticuada flota de TOA estadounidenses en distintas versiones.

https://www.infodefensa.com/texto-diario/mostrar/5342207/ejercito-portugues-pone-prueba-vehiculo-blindado-ascod-gdels
A España servir hasta morir
 
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Re: Substituição dos M113
« Responder #575 em: Junho 25, 2025, 11:16:24 am »

Isto é apenas para alertar que, dada a falta de pessoal da Brigada, não faz sentido adquirir quantidades "excessivas" de IFVs, sem ter pessoal suficiente (sobretudo infantaria) para extrair o potencial deste veículo.
Nem faz sentido gastar tanto dinheiro nesta brigada (em detrimento de outras unidades e ramos) com base na premissa de um SMO/mobilização, em que dizem "depois arranja-se pessoal".

Eu compreendo que a mobilização seja o plano B. Mas sem equipamento o plano B não existe e ficaríamos apenas com o plano A. Não é comum existir mais material do que o pessoal regular? Em caso de guerra o plano é conseguir ganhar com o pessoal profissional, mas se tivermos de usar o plano B o material não aparece por magia. Ou estou errado?

 

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Re: Substituição dos M113
« Responder #576 em: Junho 25, 2025, 11:30:46 am »
O Exército já foi passado para trás pelo Paulinho das feiras, quando ele decidiu adquirir os Pandur. Espero que agora não aconteça o mesmo e o escolhido seja o Patria Famous! c56x1 :mrgreen:


Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 
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Re: Substituição dos M113
« Responder #577 em: Junho 25, 2025, 02:40:24 pm »
Eu compreendo que a mobilização seja o plano B. Mas sem equipamento o plano B não existe e ficaríamos apenas com o plano A. Não é comum existir mais material do que o pessoal regular? Em caso de guerra o plano é conseguir ganhar com o pessoal profissional, mas se tivermos de usar o plano B o material não aparece por magia. Ou estou errado?

Hoje em dia nenhum país possui equipamento de topo à espera de uma mobilização. O custo dos equipamentos militares torna isso proibitivo.

O que normalmente acontece, é adquirires quantidades suficientes de material para as unidades operacionais*, e manteres meios mais antigos na reserva (Espanha com Leopard 2A4, por exemplo), para que em caso de mobilização, seja possível colocar operacional um número relevante de meios e "dar uso" ao pessoal mobilizado.

*em alguns casos podem adquirir uma quantidade ligeiramente maior para reserva, mas é numa óptica de substituição de meios danificados/destruídos, nunca o suficiente para mobilização.

Em Portugal, não se compram quantidades suficientes para a componente operacional na maioria dos casos (logo, nunca vai dar para adquirir para reserva a contar com uma mobilização).
Também não temos equipamento relevante em reserva. Ou seja, além dos 34 Leopard, uma mobilização obrigava à compra de mais CCs (durante um conflito), porque não temos nada na reserva.

Os países que não têm reservas, tendem a dar prioridade ao plano A, reforçando a componente operacional. A Holanda é exemplo disso.

No caso português, a prioridade devia ser igual.
 
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Re: Substituição dos M113
« Responder #578 em: Julho 02, 2025, 01:41:40 pm »
Entretanto na Letónia, esse colosso de exército europeu.... (comparado connosco, claro está!)

https://www.defensa.com/otan-y-europa/letonia-formaliza-segundo-pedido-42-blindados-ascod-bautizados
Cumprimentos,
 

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Re: Substituição dos M113
« Responder #579 em: Julho 02, 2025, 02:02:45 pm »
É uma pena terem ido para o ASCOD
 

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Duarte

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Re: Substituição dos M113
« Responder #580 em: Julho 02, 2025, 04:40:18 pm »
Entretanto na Letónia, esse colosso de exército europeu.... (comparado connosco, claro está!)

https://www.defensa.com/otan-y-europa/letonia-formaliza-segundo-pedido-42-blindados-ascod-bautizados

A Letónia tem os orcos `a porta. Meanwhile, aqui na terra dos Hobbits é só cerveja, vinho e ervas para o cachimbo.  :mrgreen:
« Última modificação: Julho 02, 2025, 05:50:15 pm por Duarte »
слава Україна!
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A incompetência russa no campo de batalha é vergonhosa
 

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Re: Substituição dos M113
« Responder #581 em: Julho 02, 2025, 04:51:04 pm »
É uma pena terem ido para o ASCOD

É dos poucas coisas que eu considero poder haver um esforço para ter compatível com os "nuestros hermanos"... até a quantidade - para manter apenas a capacidade / escola de uma unidade "lagartas", na GU "secundária" - ficava bem. 
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 

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dc

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Re: Substituição dos M113
« Responder #582 em: Julho 03, 2025, 03:36:23 pm »
Para manter apenas escola, não precisas de ir comprar um IFV novinho em folha, basta uns quantos em segunda-mão. Em veículos novos, podemos estar a falar de um investimento entre os 500 e os 1500M, dependendo de quantidades e variantes. Não é manter escola.

Só para se ter noção, nós comprámos 37 Leopard por 71M, para manter escola.

Dar prioridade a um novo IFV, implica um crescimento da importância da BrigMec a nível operacional.

Se, por alguma razão estúpida, só se comprarem 30-50 IFVs novos (perto de 500M), e não se fizer mais nada na BrigMec, é apenas um desperdício de dinheiro.
 

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LM

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Re: Substituição dos M113
« Responder #583 em: Julho 03, 2025, 03:52:48 pm »
Sim, não, talvez...  :mrgreen:

400 milhões por 42 unidades novas, compatíveis com as unidades IFV dos vizinhos - é mais que "escola", permite termos uma unidade escalão batalhão? Com os Leo2A6 ainda mais? Permite irmos em missões, com unidade escalão companhia, com os vizinhos? É mais que escola, menos que o necessário para uma Grande Unidade (lagartas)... que é a 3ª das prioridades das GU.

Apesar de ter sempre defendido um IFV usado, mas não estou a ver nada salvo os Bradley? Mais um pouco e consigo "compatibilidade" com as unidades vizinhas - uns compram Super Tucanos em nome das relações diplomáticas (e como ajuda à industria caseira, eu sei), eu compro ASCOD.  ;)
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Substituição dos M113
« Responder #584 em: Julho 03, 2025, 04:28:07 pm »
42 VCI a lagartas? Só? Presumo que fossem um pouco mais do que isso, tudo depende do tamanho real dos Pelotões, Companhias e Batalhões.
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...