Não entendo a aversão do FCosta ao Avenger, mas depois preferir o IRIS-T SL, que vai dar quase ao mesmo, excepto ser um sistema muito menos móvel.
Mas mesmo ignorando isso, nenhum dos sistema, comprados novos, cabe no orçamento infelizmente.
Depois de ver o massacre que os UCAV turcos e israelitas fizeram com as defesas antiaéreas arménias fico na dúvida se este tipo de defesa ainda são relevantes. A quantidade de Osa e Strela que foram obliterados nos primeiros dias da guerra mostra que VSHORAD ou SHORAD são extremamente vulneráveis. Muitos foram destruídos sem sequer disparar porque os UCAV estavam a distâncias relativamente seguras. A maioria dos UAV destruídos pelos arménios usaram sistemas de defesa aérea com maior alcance ou manpads.
Será que faz sentido gastarmos dinheiro em sistemas destes?
Supostamente até baterias S300 foram destruídas, portanto o problema não é o médio/longo alcance, mas sim a incapacidade C-RAM/counter UAV para proteger os sistemas mais complexos. Não é só o uso de UCAVs fora do alcance de sistemas AA que é o problema (apesar de ser um deles), é também o uso de "drones suicidas", e para estes o uso de canhões automatizados é o mais adequado, tendo também utilidade contra mísseis.
Lá está, mais uma vez se reforça a necessidade de várias camadas AA. Também é necessário reforçar a capacidade de detecção com mais radares em terra, no mar e no ar. Aeronaves AEW ajudam na detecção antecipada das ameaças, incluindo também mísseis de cruzeiro. Também é preciso capacidade "stand-off" nas aeronaves de combate, algo que leva o "inimigo" a pensar duas vezes antes de lançar drones ou o que seja, sabendo que as suas bases podem ser alvo de retaliação com mísseis de cruzeiro. É preciso também reforçar a capacidade ASuW, pois além dos mísseis de cruzeiro, estes drones suicidas que sejam lançados por catapulta, podem sê-lo de um navio (e nem precisa de ser um navio de guerra). As ameaças multiplicam-se, e a nossa capacidade de resposta vai em sentido contrário.