Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama

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EdWeise

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #7110 em: Hoje às 12:53:56 pm »
Vou insistir que não considero descabida a ideia de 2 EVO's + 2 FDI's imediatamente, através do SAFE (4 B€). Com mais 1 de cada opcionais através da LMP.

Ficaríamos com dois meios modernos e diferentes.

A tal situação do Hi/Low que vocês falam, em que o Low seria a FDI, mais focada na AAW através de 32VLS e o seu radar superior nessa vertente.

As EVO's seriam os ASW e ASuW, puro e duro, e caso permitissem a integração do SCALP...

Os franceses vêm na FDI um modelo mais compacto para complementar outras unidades maiores.
Faríamos igual, nesse caso complementando as EVO.

Se é para ter marinha de guerra, não há que adiar.

Para a LPM já só se tinham de preocupar com as duas unidades extra, os submarinos e helicópteros para equipar as fragatas.

Eu não acho que seja uma questão de querer ou não querer ter uma marinha de guerra capaz, mas sim de dinheiro disponível para aquisição de mais fragatas deste genero. Não me parece, de todo, que se possa considerar uma FDI como "low"...
Na minha modesta opinião, se vierem as EVO, essas serão as High e depois teremos que esperar alguns anos até decidirem a substituição das BD por uma versão Low, talvez as tais FREMM antigas ou outras semelhantes, significativamente mais baratas.
Não acho que Portugal tenha capacidade para ter 6 fragatas consideradas "high" e ao mesmo tempo comprar 6 KC-390, 6 NPOs, talvez 3 submarinos, investir mais de 1000 milhões no Exercito e eventualmente os F35 ou Eurofighter, tudo numa década. Parece-me demasiado mas posso estar enganado.
 

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EdWeise

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #7111 em: Hoje às 12:55:15 pm »
Vou insistir que não considero descabida a ideia de 2 EVO's + 2 FDI's imediatamente, através do SAFE (4 B€). Com mais 1 de cada opcionais através da LMP.

Ficaríamos com dois meios modernos e diferentes.

A tal situação do Hi/Low que vocês falam, em que o Low seria a FDI, mais focada na AAW através de 32VLS e o seu radar superior nessa vertente.

As EVO's seriam os ASW e ASuW, puro e duro, e caso permitissem a integração do SCALP...

Os franceses vêm na FDI um modelo mais compacto para complementar outras unidades maiores.
Faríamos igual, nesse caso complementando as EVO.

Se é para ter marinha de guerra, não há que adiar.

Para a LPM já só se tinham de preocupar com as duas unidades extra, os submarinos e helicópteros para equipar as fragatas.

Preços, quantidades, data de entrega:

Serão 2 fragatas, a serem entregues ate 2030, italianas, 3 mil milhoes por duas. E pago com o apoio do SAFE.

Caso nao entreguem as fragatas até essa data, o estado tem.que devolver dinheiro.

Como assim duas por 3000 milhões?
 

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #7112 em: Hoje às 12:58:13 pm »
Vou insistir que não considero descabida a ideia de 2 EVO's + 2 FDI's imediatamente, através do SAFE (4 B€). Com mais 1 de cada opcionais através da LMP.

Ficaríamos com dois meios modernos e diferentes.

A tal situação do Hi/Low que vocês falam, em que o Low seria a FDI, mais focada na AAW através de 32VLS e o seu radar superior nessa vertente.

As EVO's seriam os ASW e ASuW, puro e duro, e caso permitissem a integração do SCALP...

Os franceses vêm na FDI um modelo mais compacto para complementar outras unidades maiores.
Faríamos igual, nesse caso complementando as EVO.

Se é para ter marinha de guerra, não há que adiar.

Para a LPM já só se tinham de preocupar com as duas unidades extra, os submarinos e helicópteros para equipar as fragatas.

Preços, quantidades, data de entrega:

Serão 2 fragatas, a serem entregues ate 2030, italianas, 3 mil milhoes por duas. E pago com o apoio do SAFE.

Caso nao entreguem as fragatas até essa data, o estado tem.que devolver dinheiro.

E quando será oficial essa decisão?
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #7113 em: Hoje às 01:00:35 pm »
Vou insistir que não considero descabida a ideia de 2 EVO's + 2 FDI's imediatamente, através do SAFE (4 B€). Com mais 1 de cada opcionais através da LMP.

Ficaríamos com dois meios modernos e diferentes.

A tal situação do Hi/Low que vocês falam, em que o Low seria a FDI, mais focada na AAW através de 32VLS e o seu radar superior nessa vertente.

As EVO's seriam os ASW e ASuW, puro e duro, e caso permitissem a integração do SCALP...

Os franceses vêm na FDI um modelo mais compacto para complementar outras unidades maiores.
Faríamos igual, nesse caso complementando as EVO.

Se é para ter marinha de guerra, não há que adiar.

Para a LPM já só se tinham de preocupar com as duas unidades extra, os submarinos e helicópteros para equipar as fragatas.

Preços, quantidades, data de entrega:

Serão 2 fragatas, a serem entregues ate 2030, italianas, 3 mil milhoes por duas. E pago com o apoio do SAFE.

Caso nao entreguem as fragatas até essa data, o estado tem.que devolver dinheiro.

Como assim duas por 3000 milhões?

Também gostava de saber...

Citar

O contrato assinado em julho de 2024 pela Orizzonte Sistemi Navali (OSN) para construir duas fragatas FREMM EVO tem o valor total de cerca de € 1,5 mil milhões.
fincantieri.com
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Naval News
+2

Com isso, o custo médio por unidade é aproximadamente € 750 milhões.


Ou esse custo inclui a renovação do AA?
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Bubas

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #7114 em: Hoje às 01:18:28 pm »
Isso é opinião ou certeza. É que as FREMM não são mais caras dos que as FDI. Pelo menos até alguém me explicar porque italianos e franceses fazem contratos de forma diferente.

Vou insistir que não considero descabida a ideia de 2 EVO's + 2 FDI's imediatamente, através do SAFE (4 B€). Com mais 1 de cada opcionais através da LMP.

Ficaríamos com dois meios modernos e diferentes.

A tal situação do Hi/Low que vocês falam, em que o Low seria a FDI, mais focada na AAW através de 32VLS e o seu radar superior nessa vertente.

As EVO's seriam os ASW e ASuW, puro e duro, e caso permitissem a integração do SCALP...

Os franceses vêm na FDI um modelo mais compacto para complementar outras unidades maiores.
Faríamos igual, nesse caso complementando as EVO.

Se é para ter marinha de guerra, não há que adiar.

Para a LPM já só se tinham de preocupar com as duas unidades extra, os submarinos e helicópteros para equipar as fragatas.

Preços, quantidades, data de entrega:

Serão 2 fragatas, a serem entregues ate 2030, italianas, 3 mil milhoes por duas. E pago com o apoio do SAFE.

Caso nao entreguem as fragatas até essa data, o estado tem.que devolver dinheiro.
 
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LightningBolt

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #7115 em: Hoje às 02:04:02 pm »
A Naval Group já deve saber que vai perder o concurso e está a usar a CS para influenciar a opinião pública e ver se altera o resultado

oxalá que seja mesmo assim...
 
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Malagueta

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #7116 em: Hoje às 02:55:55 pm »
Mais lenha....  :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

https://eco.sapo.pt/reportagem/naval-group-na-antiga-casa-dos-u-boats-constroem-se-as-fragatas-para-vender-a-portugal/

Preço "competitivo" e investimento no Arsenal do Alfeite são as 'cartas' do Naval Group junto do Governo na hora decidir o fornecedor das novas fragatas. Concorrem com os italianos da Fincantieri.

Pé firme no chão, a meio da ponte de metal que liga a doca à Fragata de Defesa e Intervenção (FDI) em fase final de construção, Guillaume Weisrock aponta para outras duas ancoradas nas duas margens dos estaleiros do Naval Group em Lorient, França. “Temos aqui a prova que podemos entregar duas fragatas para agora”, atira o deputy director for Sales & Development Europe do Naval Group.

O construtor de navios e submarinos militares — detido maioritariamente pelo Estado francês e em mais de 30% pela Thales — é um dos grupos que se já se posicionaram para fornecer as futuras fragatas à Marinha Portuguesa. Um negócio de muitos milhões, mas que o grupo diz querer devolver 20% do montante investido na compra das três fragatas à economia portuguesa e, investir “dezenas de milhões de euros” para modernizar o Arsenal do Alfeite e criar um hub de indústria naval, através da criação de uma empresa conjunta.

Enfrenta a concorrência dos italianos da Fincantieri que, precisamente no dia da visita do ECO/eRadar aos estaleiros em França, realizavam em Lisboa um Industry Day’ com 30 empresas nacionais e italianas, que culminou com a assinatura de uma “parceria estratégica em diferentes domínios – terra, mar, ar e espaço” entre Portugal e Itália.

“É uma decisão soberana, mas estamos confiantes na oferta que entregamos às vossas autoridades”, reagiu Guillaume Weisrock. “Temos a única fragata de nova geração multi-missões”, assegura. “E temos a ambição de desenvolver a cooperação industrial para apoiar isso.”

E uma das âncoras é o investimento que estão dispostos a fazer no Arsenal do Alfeite. “Apresentamos uma proposta que consideramos muito prática e direta, não só bastante relevante em termos operacionais e de especificações técnicas para atender às necessidades operacionais da Marinha Portuguesa, como também muito competitiva em diversos aspetos”, diz quando instado a comentar a concorrência italiana



“O preço do próprio navio é altamente competitivo” — quanto não diz, mas questionado se está na ordem dos 900 milhões, responde: “menos” — “um navio totalmente operacional” e, por fim, “toda a transferência de tecnologia e know-how, bem como o enorme investimento que planeamos fazer com o Alfeite, visam garantir que a taxa de disponibilidade de que a Marinha Francesa desfruta, que chega a 80%, também possa ser disponibilizada à Marinha Portuguesa, especialmente em tempos de conflito geopolítico”.

A Marinha Francesa é, aliás, uma das que já se comprometeu com a compra das fragatas do Naval Group, bem como a grega. É para a Grécia, aliás, a fragata ancorada em fase final de construção — com teste de mar previsto para 10 de janeiro e entrega em meados de 2026, adianta Hervé Boy, surface ships operational expert do Naval Group e antigo oficial da Marinha Francesa — que visitamos.

avios para a era do big data
Mal atravessamos a ponte metálica — calcorreada diariamente por entre os 200-300 trabalhadores que, em turnos de 8 horas, finalizam a fragata — ‘aterramos’ na popa, onde está o heliporto, com capacidade para helicópteros ou drones, com até 15 toneladas, com vista para o deque, onde entre cabos, roldanas, trabalhadores do grupo dão seguimento às tarefas do dia. Já na proa, tapado por oleados, está o sistema para colocação dos mísseis — um sistema de plug-in, como descrevem, com capacidade para até 32 mísseis.

Com 122 metros de comprimento — as FREMM EVO da Fincantieri têm 144,6 metros de comprimento, o que pode gerar dificuldades no acesso à base naval, feito pelo Canal do Alfeite, que tem como referência de comprimento 135 metros, segundo o Regulamento de Autoridade Portuária da APL – Administração do Porto de Lisboa —, o navio tem capacidade para receber e ser operacional com 111 marinheiros a bordo. A fragata Vasco da Gama, compara Guillaume Weisrock, tem 153 pessoas.

Construído em camadas, com vários níveis ligados por escadas de metal, quando sai da doca seca a fragata já vem com 80% das cablagens e todas as ligações montadas. Mas é na gigantesca doca seca que os diversos blocos do casco — alguns vindos de outros estaleiros em França do grupo ou da Grécia (previsto no acordo assinado com o Governo helénico) — são montados. Mais parecem Legos gigantes. Guillaume Weisrock corrige: “São blocos.”



O projeto da fragata FDI foi concebido para ser um verdadeiro navio de guerra. Um dos aspetos essenciais de um verdadeiro navio de guerra é garantir sua capacidade de sobrevivência, de resiliência. E nesse aspeto, a estrutura é totalmente compartimentada para que possa continuar a operar e a cumprir sua missão mesmo em caso de impacto, degradação ou rutura“, explica. Além do aspeto estrutural do navio, “tudo é redundante”: “Os data centers, a cablagem, as condutas, as tubagens. Tudo é redundante para garantir que a missão possa ser realizada”, afirma.

Sendo esta uma fragata de nova geração, o tema da guerra eletrónica é um dos aspetos acautelados. Há dois data centers — “estamos na era do big data em Lorient”, até com manutenção preditiva, destaca Hervé Boy —, mas por trás da ponte há uma zona onde o potencial das novas tecnologias dá um boost às capacidades do navio.

Chamam-lhe “Centro de guerra assimétrica”. “O objetivo principal é lidar com drones de curto alcance, que representam ameaças potenciais. Para isso, cria-se um sistema optrónico [uma combinação de eletrónica e ótica que utiliza luz para processar e transmitir informação] de última geração, apoiado por um software que auxilia na análise automática, principalmente com base em inteligência artificial”, descreve.

“Pode monitorizar, sem nenhum ponto cego, em 360 graus, dia e noite. Vê à noite como se fosse dia, e o sistema fornece automaticamente uma visão do que está ao seu redor, indicando se representa ou não uma ameaça”, continua. “Temos equipas responsáveis ​​por este sistema para garantir a proteção do navio a qualquer momento e tomar as decisões apropriadas, se necessário”, conclui.



É precisamente para este sistema que, durante o Industry Day, realizado em outubro em Lisboa — do qual 17 empresas nacionais, de um total de 45, foram consideradas como ‘oportunidades’ a explorar — que uma empresa portuguesa foi sinalizada no radar do Naval Group como potencial parceira

“Este sistema já está totalmente operacional. Mas as ameaças continuam a evoluir diariamente. Portanto, precisamos nos manter atualizados”, diz Guillaume Weisrock. “A força de ser um integrador de sistemas como o Naval Group é sempre fazer parcerias com o que há de melhor no momento. Assim, durante este evento do setor, de entre as muitas empresas que identificamos para diferentes finalidades, uma delas chamou-nos a atenção para participar no desenvolvimento futuro de novas funcionalidades ou para aumentar o desempenho do sistema contra alvos de curto alcance e drones”, admite. Qual? Não diz. “A empresa foi identificada. Já abrimos um canal de comunicação. Enviámos um acordo de confidencialidade“, adianta, sem mais detalhes.

Essa lógica de integração é algo que o Naval Group diz querer levar a cabo com mais empresas nacionais. Mesmo se Portugal não comprar as fragatas? Sim e não. “A compra das fragatas ajudaria a garantir e agilizar todos os aspetos do projeto. Mas a principal ambição é ampliar a nossa cadeia de fornecimento e aumentar a participação de fornecedores europeus. Atualmente, 15% da nossa cadeia de fornecimento é europeia e a meta é chegar a 30%”, refere.



( continua)