Estritamente pelo gosto pessoal. 😉
Já quanto às limitações das FREMM EVO, do que tenho lido, é das plataformas com maior capacidade de poder ser actualizada futuramente.
Aliás, a instalação de mais 16VLS parece garantida, estando apenas dependente do modelo, supostamente ainda em desenvolvimento, e que lhes aumentará ainda mais o leque de opções em mísseis.
Em ASW são do melhor, e nas restantes valências não comprometem.
De qualquer das formas, qual a opção que escolherias?
As FREMM EVO podem receber o segundo par de Sylver, mas apenas e só isso. O facto de serem Sylver traz muitas limitações, nomeadamente não poderem ser quad-packed (no máximo com CAMM, algo que mesmo assim não é confirmado pelo fabricante, mas mesmo que fosse, tem metade do alcance do ESSM e do CAMM ER), e de estarem limitados a um leque reduzido de mísseis.
Em contraste, uma fragata com preço idêntico, com 32 VLS Mk-41, terá sempre mais margem de evolução, nem que seja pelo Mk-41 se ter tornado uma espécie de VLS universal, capaz de receber N mísseis diferentes.
Claro que as FREMM EVO com 32 VLS sempre são melhores que as mesmas com apenas 16. No entanto, continua a ser curto, tendo em conta o preço de cada navio.
No mar vermelho, no negro, no golfo pérsico , ou noutro sítio qualquer, nenhum meio lida com ataques de saturação sozinho.
É só ver a concentração de navios militares que por lá navegam.
Mais uma vez desviamos as nossas missões para longe, quando na realidade, a verdadeira mais valia será aqui, a patrulhar e controlar convenientemente as nossas águas. Sobretudo se o conflito se generalizar, e aí, não tenho dúvidas, a ASW será uma missão super importante.
Depende da dimensão de um ataque de saturação. Um ataque com 20 mísseis já é considerado ataque de saturação, se for realizado contra 1 único alvo. Até menos que isso, já pode ser considerado ataque de saturação.
Quanto menos capacidade defensiva (neste caso VLS e mísseis) o navio tiver, menor o número de munições precisa o adversário para realizar um ataque de saturação.
A realidade portuguesa, em particular geográfica, pode obrigar a que os navios actuem sozinhos em várias situações.
Navios com menos VLS/mísseis, esgotam os seus stocks mais depressa, logo terão que fazer mais viagens de volta ao porto para encher novamente os VLS. Isto causa problemas operacionais, e desgaste nos navios e tripulações.
As FREMM e FDI são boas fragatas, mas só fazem sentido em marinhas como a italiana e a francesa.
Na italiana sobretudo, terão a cobertura da aviação embarcada, e de um número considerável de outras escoltas, incluindo as 2 Andrea Doria (48 VLS), os futuros PPA EVO (64 VLS), e os planeados DDX (apresentados com 80 VLS).
Na MGP, não só seriam pau para toda a obra, como não teriam apoio de navios com muito mais VLS.