O modelo das fragatas - salvo, obviamente, alguns limites - permitem sempre uma escolha de sensores muito ampla, especialmente se ainda não tem modelos em construção / construidos - por exemplo podemos considerar uma A210 com o radar (sonar, ESSM, etc) utilizado no modelo ASWF, certo? A A200 dos Egípcios tem VL-Mica NG e MM-40 Exocet Block 3 e para nós pode ser ESSM e NSM... logo preferir "um modelo de casco" sobre outro é um exercício difícil de fazer?
O equipamento é meio que irrelevante, salvo em casos muito específicos, no que toca ao modelo do navio.
Uma excepção, é o caso das T26, em que se quiseres 2 RAM/SeaRAM no lugar dos 2 Phalanx, pode ser necessário alterações no navio, desde logo pelo fogo do escape dos mísseis.
De resto, as preferências definem-se muito no potencial da plataforma, nomeadamente o espaço para equipamento (se tem lugar para 2 CIWS ou apenas 1, se pode receber mais VLS, se pretendemos 16 SSM ao invés de 8, etc).
Também a margem para expansão de capacidades. Por exemplo um navio que possa receber lançadores de mísseis hipersónicos, ou que tenha capacidade de gerar energia para DEWs, etc.
Eu olho sempre para o potencial que o navio tem, para VLS. Comprar uma fragata de 6000t que só tem espaço para 16 células Mk-41, não faz sentido nenhum. Enquanto que as A300, podem chegar aos 68 VLS, com uma combinação de Mk-41 (32) e Mk-56 (36).
Não sei se seria melhor opção serem todas as fragatas do mesmo tipo por questões de números operacionais a qualquer momento devido a manutenções. Estar dependente de apenas 2 A300 num mix Hi/lo para conflitos de alta intensidade é arriscado, pois poderão ficar ambas imobilizadas para manutenção numa altura inconveniente.
As futuras fragatas deveriam ser equipadas com pelo menos o ASTER 30 ao invés de ficarem limitadas com ESSM eliminando uma 1ª camada de defesa como outras marinhas da NATO. Pela minha pesquisa rápida para deslocamentos <=6000T apenas as fragatas F-110, FREMM e as Belharra podem receber tanto o ASTER 30 como os ESSM.
Um mix hi-low com 2 A300 + 4 A210, seria mais um mix hi-med, tal o valor militar que as A210 têm face a fragatas tipicamente consideradas "low" como as A200.
Tudo iria depender de qual a combinação feita.
A lógica 2 + 4, não sendo ideal, assentaria numa ideia de que terias pelo menos 1 fragata AAW (A300) e 2 ASW em operação em simultâneo.
Mas estas quantidades estariam sempre em aberto. 6 A210 e ninguém se queixava. 6 F110, todas elas com 32 VLS, idem.
A questão dos Aster 30 é irrelevante. Primeiro porque para Portugal só faria sentido, se adquiríssemos SAMP/T para a FAP ou EP.
Segundo, porque alegadamente pode ser acomodado no Mk-41, tal como os rivais SM-6, SM-3 e PAC-3 MSE, e não me admirava se pudesse lancar o míssil David's Sling, ou mesmo a hipotética versão HYDEF do IRIS-T.
Portanto o importante é ter VLS suficientes, e de preferência Strike Length, para ter todas as opções em cima da mesa.
A estes mísseis, juntam-se ainda o VLA,o LRASM, o hipotético JSM naval, o Tomahawk, o PrSM...
O Sylver A70 só faria sentido, como parte de um grande pacote, que incluísse MdCN para as fragatas e submarinos, Aster 30 para as fragatas e baterias SAMP/T.
E mesmo neste caso, estaríamos sempre a falar de 2 modelos de VLS, para os ESSM.
Sylver A70 só para um tipo de míssil, não faria sentido.