Existem fragatas ASW melhor equipadas (para AAW e ASuW) que muitas fragatas GP. Existem fragatas GP cuja capacidade ASW rivaliza ou superioriza-se a muitas fragatas ASW.
Uma fragata barata com um "full pack ASW", não tem mais capacidade de operar em cenários de alta intensidade, que uma fragata GP que custe aproximadamente o mesmo. Ambos os navios terão fortes limitações, e estarão inteiramente dependentes de protecção por parte doutras embarcações.
Depois, existem demasiadas opções de fragatas, com diferentes preços e configurações, para se fazer uma generalização.
Um programa nacional de fragatas, não tem, nem pode, limitar-se a comprar navios "fortes" numa só vertente, nem tão pouco à escolha GP vs ASW. Um programa de fragatas (se tiver concurso) tem que exigir um padrão mínimo ao nível do equipamento e armamento, e com este padrão mínimo, ver as propostas apresentadas.
Existe ainda a possibilidade de obter uma classe de fragatas em 2 variantes ligeiramente diferentes, ou duas classes distintas "hi-low".
Tal como existe a possibilidade das 4 Nansen em 2ª mão (ASW), e mais tarde de substituir as 2 BD por 2 fragatas com mais capacidade AAW.
E o que não pode acontecer, é dizer que não há dinheiro para fragatas minimamente decentes, mas ao mesmo tempo a Marinha manter a intenção de compra de um LPD. Ou há dinheiro, ou não há.
Quanto aos NPO, não é inteiramente uma questão de orçamento, mas também de prazos. O projecto NPO já era considerado urgente há 20 anos, e era para ter sido concluído antes de 2020. Agora, não há margem temporal para voltar a redesenhar o projecto para algo maior.
Também não me chocaria que a dimensão dos NPOs, originalmente, não tenha sido limitada pelo orçamento propriamente dito, mas sim pelo receio que substituíssem as fragatas. Basta lembrar que na altura tínhamos as João Belo em serviço, cujo deslocamento nem sequer chegava às 2300t.