Protestos na Ucrânia e a possibilidade de guerra civil

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papatango

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Re: Protestos na Ucrânia e a possibilidade de guerra civil
« Responder #210 em: Março 13, 2014, 12:47:45 pm »
Citação de: "mafets"
Com todo o respeito que me merece a sua opinião, desculpe mas liberdade, democracia, pobreza e estômago vazio tanto não combinam moralmente da mesma forma que todas as ditadura são imorais e castradoras do povo. O modo de lá chegar é de facto diferente mas o resultado cada vez mais apresenta uma semelhança alarmante

A análise que você faz não é sobre a questão ucraniana, é uma análise filosófica e em alguns aspectos religiosa sobre o bem e o mal e o facto de os defensores do bem, nem sempre serem bons.
Isso poderia por exemplo levar à explicação da absolvição dos pecados na igreja católica, dado mesmo os pastores do criador, considerarem que as almas boas podem cometer desvios ao caminho do bem e que se aceitarem o arrependimento, podem voltar ao bom caminho.

Não é porque uma democracia é falível, não é porque numa democracia há corruptos, que a superioridade moral da democracia deixa de existir.
A democracia depende dos democratas, mas não pode ser etiquetada com base no comportamento daqueles que se acham democratas.

Há democratas que acham que se pode marcar um referendo com nove dias de antecedência, impedir a campanha eleitoral e colocar tropas na rua para garantir o resultado de uma eleição.
Esse democrata pode até achar que isso é democracia.

Mas quem conhecer países em que existe uma democracia que funciona, isso seria uma anedota.
A verdade é que há democracias que funcionam melhor que outras, mas pelo facto de haver democracias mais imperfeitas que outras isso não dá a ninguém o direito de afirmar que as democracias são iguais às ditaduras.

Essa é a velha conversa do criminoso. Ele rouba e afirma perante todos, que todos roubam e todos cometem crimes.
O criminoso afirma isso porque assim fica melhor com a sua consciencia.

Mas ele não deixa de ser um criminoso.
E desculpas são sempre desculpas.

Mesmo para os que acham que não há diferença nenhuma entre o criminoso e o inocente e que são os dois culpados de tudo.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
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Cabeça de Martelo

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mafets

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Re: Protestos na Ucrânia e a possibilidade de guerra civil
« Responder #212 em: Março 13, 2014, 04:17:33 pm »
Citação de: "papatango"
Citação de: "mafets"
Com todo o respeito que me merece a sua opinião, desculpe mas liberdade, democracia, pobreza e estômago vazio tanto não combinam moralmente da mesma forma que todas as ditadura são imorais e castradoras do povo. O modo de lá chegar é de facto diferente mas o resultado cada vez mais apresenta uma semelhança alarmante

A análise que você faz não é sobre a questão ucraniana, é uma análise filosófica e em alguns aspectos religiosa sobre o bem e o mal e o facto de os defensores do bem, nem sempre serem bons.
Isso poderia por exemplo levar à explicação da absolvição dos pecados na igreja católica, dado mesmo os pastores do criador, considerarem que as almas boas podem cometer desvios ao caminho do bem e que se aceitarem o arrependimento, podem voltar ao bom caminho.

Não é porque uma democracia é falível, não é porque numa democracia há corruptos, que a superioridade moral da democracia deixa de existir.
A democracia depende dos democratas, mas não pode ser etiquetada com base no comportamento daqueles que se acham democratas.

Há democratas que acham que se pode marcar um referendo com nove dias de antecedência, impedir a campanha eleitoral e colocar tropas na rua para garantir o resultado de uma eleição.
Esse democrata pode até achar que isso é democracia.

Mas quem conhecer países em que existe uma democracia que funciona, isso seria uma anedota.
A verdade é que há democracias que funcionam melhor que outras, mas pelo facto de haver democracias mais imperfeitas que outras isso não dá a ninguém o direito de afirmar que as democracias são iguais às ditaduras.

Essa é a velha conversa do criminoso. Ele rouba e afirma perante todos, que todos roubam e todos cometem crimes.
O criminoso afirma isso porque assim fica melhor com a sua consciencia.

Mas ele não deixa de ser um criminoso.
E desculpas são sempre desculpas.

Mesmo para os que acham que não há diferença nenhuma entre o criminoso e o inocente e que são os dois culpados de tudo.

Não é. Esse entendimento é exclusivamente seu. Certamente que face aos factos que estão lá (e não são filosóficos), outros terão uma percepção diferente  :wink:  

A principal razão (entre outras, evidentemente) do surgimento de ditaduras como a Portuguesa, Italiana e Alemã (etc) teve muito a ver com o falhanço da democracia (que só o era no nome) e dos democratas (só na teoria pois na pratica a maioria era um "pequeno ditador no seu quintal") nesses mesmos países (Hitler até foi eleito de forma democrática)http://gen2.ca/DBHS/ScholarlyArticles/Danny%20Maccagnone.pdf. O próprio re-surgimento da extrema direita em França ou na Grécia muito tem a ver com o descrédito da população face à democracia, seu resultado e das condições precárias em que vivem muitos dos indivíduos (não conheço nenhum político em situação precária, ou seja a democracia e a sua genese que queremos exportar alem fronteiras fabrica politicos em boa situação financeira :mrgreen: ), o referendo é ilegal. Não é reconhecido por ninguém (excepto os Russos), e é mais que lógico que independentemente de existir campanha, debate e preparação, numa região com maioria Russa, o sim ganhe (portanto não entendo sequer o porque de se estar a discutir o referendo).
Mais, a Rússia não tinha a Ucrânia ocupada (deixou o pais existir assim como não reclamou para si a Crimeia). Essa ocupação resulta de uma instabilidade politica causada sobretudo pela oposição ucraniana e pelo ex-presidente, alimentada pelas diversas partes que apoiavam cada um dos intervenientes. A Rússia seja por puro aproveitamento ou por razões económicas, geopolíticas ou geoestratégicas, ocupou e esta agora a tentar anexar de um ponto de vista que acha para si legítimo. Isso já se tinha passado na Geórgia e na Tchechenia (independentemente das diferenças no ultimo caso e numa altura que era boris yeltsin o presidente), numa democracia Russa  diferente do que é actualmente. A comunidade internacional, mais ou menos democrática, reagiu exactamente como os Russos no Kosovo: Protestou e nada fez no plano económico ou diplomático, o que levou a Rússia a tentar na Crimeia um golpe semelhante.
Estou plenamente convencido que não existisse tudo este imbróglio em que todos contribuíram democraticamente (ou ditatorialmente), que na Ucrânia e a Crimeia a situação estaria pelo menos como em finais de 2013.



Relativamente as desculpas:

O criminoso pode afirmar que rouba porque os outros de facto tambem roubam. Sem duvida que continua a ser um criminoso mas os outros também o são. Pode assim aliviar a sua consciência mas isso não deixa de fazer os outros inocentes.
Exemplificando, Putin usa muito este argumento para justificar as suas interveções tanto na Georgia mas também na Ucrania, ou seja: "Como invadiram o Kosovo para evitar os massacres (sempre tive dúvidas que fossem só culpa dos Servios) eu vou invadir primeiro para defender os Russos residentes". Todos sabemos que não existiram nem existem massacres nas zonas envadidas mas não deixa de ser um facto que o Kosovo teve uma intervenção sem aval da ONU e que depois acabou com a independência do território. Mas em Africa, quer no Ruanda mas também no Darfur, foi sempre um problema fazer qualquer coisa, ou porque não se chegava a um entendimento na ONU, ou porque simplesmente ninguem se chegou à frente. Gostava de ver a Srª Merkle as explicar as familias dos milhões de chassinados africanos as diferenças entre eles e o Kosovo (seriam morais, religiosas, democraticas, ditatoriais ou filosóficas  :wink:  

Saudações
« Última modificação: Março 13, 2014, 08:19:38 pm por mafets »
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

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Lusitano89

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Re: Protestos na Ucrânia e a possibilidade de guerra civil
« Responder #213 em: Março 13, 2014, 05:55:25 pm »
Merkel rejeita opção militar como solução para a crise da Crimeia


A chanceler alemã, Angela Merkel, rejeitou hoje completamente a opção militar na crise da Crimeia, mas advertiu Moscovo que, se não houver mudanças na sua atitude, na segunda-feira os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) aprovarão novas sanções.

«Uma coisa é clara: a intervenção militar não é uma opção», disse Merkel numa declaração de governo no Bundestag (parlamento alemão), onde manteve a sua aposta por uma via tripla de «diálogo, ajudas e sanções». «Levaremos muito tempo para resolver a crise, mas temos que enfrentá-la com integridade porque se trata da defesa da integridade de um país europeu», defendeu a chanceler.

Merkel garantiu que a realização do referendo na Crimeia, previsto para este domingo, significa uma clara violação da constituição ucraniana, que proíbe expressamente consultas separatistas. Segundo Merkel, a solução passa pela criação de um grupo de contacto internacional que torne possível um diálogo directo entre Moscovo e Kiev em que «todos os temas» estejam na mesa, inclusivamente o direito à autonomia da Crimeia e a protecção das diferentes línguas, embora não a independência da região.

Merkel deixou claro que se a Rússia mantiver as suas posições na crise da Crimeia, os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE que se reunirão na segunda-feira aprovarão a segunda ronda de sanções, que inclui o congelamento de contas, e alertou que todos os parceiros comunitários estão decididos a dar novos passos.
«Ninguém quer chegar a tais medidas, mas estamos prontos e decididos a aplicá-las se for necessário», insistiu a chanceler, convencida que, se a Rússia continuar com essa atitude, será «uma catástrofe» que prejudicará não só a Ucrânia, mas os países vizinhos e a relação de Moscovo com a UE.

«Prejudicará e gravemente a Rússia, tanto do ponto político como do económico», advertiu, pressionando o presidente russo, Vladimir Putin, a abordar esta crise com «princípios e métodos» do século XXI e não do século XIX.

A chanceler rejeitou a comparação da crise da Crimeia com a situação vivida no Kosovo, onde a NATO efectuou uma intervenção militar sem ordem da ONU que mais tarde levou à independência da antiga província sérvia. «A intervenção no Kosovo deu-se depois da comunidade internacional observar impotente operações de limpeza étnica e de a Rússia bloquear de forma permanente todas as resolução do Conselho de Segurança da ONU», disse Merkel.

Lusa
 

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papatango

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Re: Protestos na Ucrânia e a possibilidade de guerra civil
« Responder #214 em: Março 13, 2014, 07:47:51 pm »
Citação de: "Edu"
Citação de: "papatango"
A independência da Crimeia foi declarada, antes do referendo que só dava a possibilidade de votar sim ou sim, independentemente do número de pessoas que se apresentarem para votar.

O único meio de comunicação que fala nas hipóteses do Sim ou Sim é o areamilitar.net que como é bem sabido aqui no forum é um site de propaganda pro-americana com baixa credibilidade. Todos os outros meios de comunicação falam na hipótese de ir para a Rússia ou continuar na Ucrânia, ainda que com um estatuto de maior autonomia, como até já tinha antes.  Além do mais toda a gente sabe bem que sejam quais fossem as hipóteses a maioria da população da Crimeia iria sempre votar em ir para a Rússia, principalmente depois de se ter proibido o Russo numa região onde 60% das pessoas são Russas e 80% falam Russo. Mas que esperava o actual governo da Ucrânia?


Aproveito aqui a oportunidade, para informar o Edu de que o site de propaganda com baixa credibilidade em causa, publicou no dia 9, o que está hoje, dia 14, a ser referido por orgãos de comunicação social sem credibilidade nenhuma, como a CNN e a BBC.
A CNN afirmou que as duas opções são apenas uma, porque enquanto uma propõe a integração na Ucrânia, a outra dá como opção a volta à constituição de 1992, uma altura em que a Crimeia tinha um estatuto confuso e era controlada por gangues.

A embaixadora americana nas Nações Unidas, referiu na Assembleia Geral, esta tarde, exactamente isso.

O site malvado, sem credibilidade, publicou isto mesmo, há quatro dias atrás.
http://www.areamilitar.net/noticias/noticias.aspx?nrnot=1360

Eu, se este não fosse apenas um fórum de discussão, poderia exigir um pedido de desculpas.

Ao contrário, apenas pediria um pouco de honestidade por parte de alguns dos participantes, que recorrem à mentira, para denegrir a imagem de quem apenas diz a verdade.

Mas ao mesmo tempo, se calhar tenho que agradecer em nome de todos os colaboradores do site.
Afinal o Edu, deu um tiro no pé, e demonstrou onde realmente está a credibilidade e a honestidade.

Obrigado  :G-beer2:  :G-beer2:
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mafarrico

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Re: Protestos na Ucrânia e a possibilidade de guerra civil
« Responder #215 em: Março 13, 2014, 09:29:34 pm »
http://rt.com/news/ukraine-snipers-security-chief-438/

http://rt.com/op-edge/mercenaries-at-ma ... raine-558/

Kiev snipers shooting from bldg controlled by Maidan forces – Ex-Ukraine security chief



Former chief of Ukraine’s Security Service has confirmed allegations that snipers who killed dozens of people during the violent unrest in Kiev operated from a building controlled by the opposition on Maidan square.

Shots that killed both civilians and police officers were fired from the Philharmonic Hall building in Ukraine’s capital, former head of the Security Service of Ukraine Aleksandr Yakimenko told Russia 1 channel. The building was under full control of the opposition and particularly the so-called Commandant of Maidan self-defense Andrey Parubiy who after the coup was appointed as the Secretary of the National Security and Defense Council of Ukraine, Yakimenko added.

Furthermore the former security chief believes that Parubiy has been in contact with US Special Forces that could have coordinated the assault.

“Shots came from the Philharmonic Hall. Maidan Commandant Parubiy was responsible for this building. Snipers and people with automatic weapons were ‘working’ from this building on February 20. They supported the assault on the Interior Ministry forces on the ground who were already demoralized and have, in fact, fled,” Yakimenko said in an interview with Russian television.

The police officers were chased by a group of rioters armed with various weapons and at that point, Yakimenko says snipers fired at pursuers themselves.

“When the first wave of shootings ended, many have witnessed 20 people leaving the building,” former chief says, noting that they were well-equipped and were carrying military style bag for carrying sniper and assault rifles with optical sights. Not only the law enforcers, but people from the opposition’s Freedom, Right Sector, Fatherland, and Klitschko’s UDAR party have also seen this, Yakimenko claims.

The former security head also said that according to the intelligence those snipers could be foreigners, including mercenaries from former Yugoslavia as well former Special Forces employees from Ukraine’s Defense Ministry.

Yakimenko claims that Parubiy was part of a group that was heavily influenced by the people associated with the US secret services. “These were the forces that carried out everything that they were told by their leadership – the United States,” Yakimenko explained, claiming that Maidan leaders practically lived in the US embassy.



According to Yakimenko, during the massacre the opposition leaders contacted him and asked him to deploy special force unit to scoop out the snipers from buildings in central Kiev, but Parubiy made sure that won’t happen.

“The Right Sector and Freedom Party have requested me to use the Alpha group to cleanse these buildings, stripping them from snipers,” Yakimenko said. According to him Ukrainian troops were ready to move in and eliminate the shooters.

“I was ready to do it, but in order to go inside Maidan I had to get the sanction from Parubiy. Otherwise the ‘self-defense’ would attack me in the back. Parubiy did not give such consent,” Yakimenko said noting that the Maidan leader had full authority over the access to weapons on Maidan, and not a single gun including a sniper rifle could get in or out of the square.

Aleksandr Yakimenko’s account supports previously voiced concerns over unknown snipers shooting both protesters and the police indiscriminately – who were the topic of the recently leaked phone conversation between EU’s Catherine Ashton and Estonian Foreign Minister Urmas Paet.

In a leaked phone conversation that took place February 26 Ashton and Paet discussed rumors that snipers were hired by some of the opposition leaders.

“There is now stronger and stronger understanding that behind the snipers, it was not Yanukovich, but it was somebody from the new coalition,” Paet said during the conversation. “I think we do want to investigate. I mean, I didn’t pick that up, that’s interesting. Gosh,” Ashton answered.

Almost 100 people were killed and another 900 injured during the violent standoff near Maidan Square in Kiev last month that forced president Yanukovich out of the country and installed a new government. Ukrainian self-proclaimed authorities maintain that the shooting was authorized by Yanukovich.

On Wednesday Moscow suggested setting up a probe to investigate the crimes perpetrated by extremist and armed elements of the opposition over the past three months. The proposal to the Parliamentary Assembly of the Council of Europe (PACE) also seeks to examine the legitimacy of the post-coup Ukrainian government.
"All the world's a stage" William Shakespeare

 

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mafarrico

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Re: Protestos na Ucrânia e a possibilidade de guerra civil
« Responder #216 em: Março 13, 2014, 09:33:15 pm »
http://www.kyivpost.com/content/ukraine ... 39179.html

Yakimenko accuses EuroMaidan leaders of hiring snipers; allegations denounced

March 13, 2014, 10:35 a.m. | Ukraine — by Katya Gorchinskaya



Former State Security Head of Ukraine Oleksandr Yakimenko blames Ukraine's current government for hiring snipers on Feb. 20, when dozens of people were killed and hundreds more wounded. The victims were mainly EuroMaidan Revolution demonstrations, but some police officers were also killed. This was the deadliest day during the EuroMaidan Revolution, a three-month uprising that claimed 100 lives.

Yakimenko also blamed the United States for organizing and financing the revolution by bringing illegal cash in using diplomatic mail.

The U.S. Embassy in Ukraine dismissed the charges as ludicrous, while another official with the current government called the accusations "cynical" propaganda with no factual basis.

The former SBU chief is now wanted in Ukraine for his alleged role in organizing mass murders in Ukraine, along with numerous other former top officials of deposed President Viktor Yanukovych's administration, including the ex-president himself, former Prosecutor General Viktor Pshonka, former Interior Minister Vitaliy Zahkharchenko and former presidential chief of staff Andriy Klyuyev.

Yakimenko made these and other accusations in a 10-minute exclusive interview to Russia's Vesti channel in an undisclosed location.

"The shots sounded from the building of Philharmonics," Yakimenko told Vesti. "This was the building supervised by (now National Security Council Chief Andriy) Parubiy."

He said the snipers were shooting in the back of the running police, as well as at protesters. He said there were two groups of "well-dressed" snipers, each composed of 10 people, operating in the building. Yakimenko said their exit was witnessed by both SBU operatives and protesters themselves.

He said one of the groups of snipers disappeared, but the other one relocated to Hotel Ukraina and continued to kill the protesters at a slower pace. Yakimenko said at that point representatives of Svoboda and Right Sector appealed to him to deploy SBU's special unit Alfa to destroy the snipers.

Yakimenko claims that he was ready to do it, but did not get the permission of Parubiy, who supervised the self-defense forces.

"To get inside EuroMaidan I needed Parubiy's permission because the forces of self-defense would hit me in the back," Yakimenko said. "But Parubiy did not give me such a permission."

"Not a single weapon could get onto Maidan without Parubiy's permission," he said, adding that EuroMaidan protesters used mercenaries from former defense ministry's special units, as well as foreign mercenaries, including those  from former Yugoslavia.

"This is typical Russian-style propaganda," says Viktoria Siumar, deputy head of the National Security and Defense Council and Parubiy's deputy. She said these "cynical" lies that are circulating in the Russian media, have not and cannot be backed by a single fact.

Yankimenko says that Parubiy, as well as a number of other organizers of EuroMaidan, received direct orders from the U.S. government. Among those people he named former and current intelligence chiefs Mykola Malomuzh and Viktor Gvozd, former Defense Minister Anatoliy Hrytsenko and leader of the opposition Petro Poroshenko.

"These are the forces that were doing everything they were told by the leaders and representatives of the United States," he says. "They, in essence lived in the U.S. embassy. There wasn't a day when they did not visit the embassy."

SBU chief Valentyn Nalyvaichenko is also accused of playing to the tune of the Americans. The U.S. Embassy in Ukraine commented on these accusations in just one word: "ludicrous."

All orders were given either by the U.S. or EU ambassador Jan Tombinski, "who in essence is a Polish citizen."

"The role of Poland cannot be evaluated," Yakimenko said. "It dreams about restoring its old wish, Rzeczpospolita."

The EU Delegation had no comment about the accusations.

The former SBU chief also talked at length about the financing of EuroMaidan protests, saying much of it came directly from the U.S., and that some Ukrainian oligarchs, including Poroshenko, Dmytro Firtash and Viktor Pinchuk.

"From the beginning of Maidan we as a special service noticed a significant increase of diplomatic cargo to various embassies, western embassies located in Ukraine," says Yakimenko. "It was tens of times greater than usual diplomatic cargo supplies." He says that right after such shipments crisp, new U.S. dollar bills were spotted on Maidan.

He said Ukraine's oligarchs were also financing Maidan because they were "hostages of the situation and had no choice" because most of their assets are located in the west.

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mafarrico

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Re: Protestos na Ucrânia e a possibilidade de guerra civil
« Responder #217 em: Março 13, 2014, 09:37:58 pm »
Chairman Of Joint Chiefs: US Ready For "Military Response" In Ukraine

By Tyler Durden

March 12, 2014 "Information Clearing House - "Zero Hedge"- With diplomacy having failed miserably to resolve the Russian annexation of Crimea, and soon East Ukraine (and with John Kerry in charge of it, was there ever any doubt), the US is moving to the heavy artillery. First, moments ago, the US DOE announced in a shocking announcement that it would proceed with the first draw down and sale of crude from the US strategic petroleum reserve, the first since June 2011, in what it said was a "test sale to check the operational capabilities of system infrastructure", but is really just a shot across the bow at Putin for whom high commodity prices are orders of magnitude more important than how the Russian stock market performs. And now, as Bloomberg just reported, the US has escalated even further, citing the Chairman of the Joint Chiefs of Staff, General Martin Dempsey, who "has claimed that in the case of an escalation of unrest in Crimea, the U.S. Army is ready to back up Ukraine and its allies in Europe with military actions."

So much for those peaceful hour long phone calls between Obama and Putin.

From Bloomberg:

    According to the Web site of the Atlantic Council, Dempsey said that "he's been talking to his military counterparts in Russia, but he's also sending a clear message to Ukraine and members of NATO that the U.S. military will respond militarily if necessary."

    "We're trying to tell [Russia] not to escalate this thing further into Eastern Ukraine, and allow the conditions to be set for some kind of resolution in Crimea. We do have treaty obligations with our NATO allies. And I have assured them that if that treaty obligation is triggered [in Europe], we would respond," Dempsey said.

    According to the General, the incursion of Russian troops into the Crimea creates risks for all the countries of Europe and NATO allies.

    "If Russia is allowed to do this, which is to say move into a sovereign country under the guise of protecting ethnic Russians in Ukraine, it exposes Eastern Europe to some significant risk, because there are ethnic enclaves all over Eastern Europe and the Balkans," Dempsey said.

And with that, the USDJPY ramp takes the pair to overnight highs, and futures are set to go green. BTFWWIIID!

More seriously, the real question is how Putin will react to this quantum escalation in verbal hostilities: wild guess here, but somehow we doubt he will pick up and leave.

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Re: Protestos na Ucrânia e a possibilidade de guerra civil
« Responder #218 em: Março 13, 2014, 09:44:46 pm »
ai maria, eles vão partir a loiça  :Tanque:








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Re: Protestos na Ucrânia e a possibilidade de guerra civil
« Responder #220 em: Março 13, 2014, 10:03:37 pm »
One dead in Ukraine clash in eastern city

DONETSK, Ukraine Thu Mar 13, 2014 5:26pm EDT


(Reuters) - A young man was stabbed to death and more than a dozen people were in hospital on Thursday after rival Ukrainian demonstrators clashed in the mainly Russian-speaking eastern city of Donetsk, medical officials said.

In the worst violence since last month's overthrow of Ukraine's Moscow-backed president, hundreds of people waving Russian flags and chanting for Russian President Vladimir Putin scuffled on the central Lenin Square with demonstrators flying Ukrainian flags and condemning Russia's takeover of Crimea.

By late evening, the streets were quiet again.

The local health authority said a 22-year-old local man died of a knife wound and 15 others were being treated in hospital. Organizers of the pro-EU rally, which also denounced Russia's takeover of Crimea, said the dead man was from their group.

Journalists saw police try and fail at times to keep the two sides apart as the rival crowds threw smoke bombs and other missiles. Scattered fights broke out around the square and nearby streets as the demonstrators began to disperse.

Activists opposed to Russia's move in Crimea later said that a further two demonstrators had died, but officials said they had no such information.

Donetsk is the main city in the Ukraine's Donbass industrial heartland, close to the Russian border. Ukrainian officials have accused Russia of supporting groups in the area which favor rule from Moscow and of sending militants over the border.

Three weeks ago, about 100 people were killed in the capital Kiev, many of them by police gunfire, in clashes that prompted the flight of Moscow-backed president Viktor Yanukovich. He triggered the protests in November by rejecting a trade deal with the European Union in favor of economic aid from Russia.

(Reporting by Lina Kushch; Writing by Alastair Macdonald; Editing by Ron Popeski)






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Luso

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Re: Protestos na Ucrânia e a possibilidade de guerra civil
« Responder #221 em: Março 13, 2014, 10:08:15 pm »
Citação de: "papatango"
Aproveito aqui a oportunidade, para informar o Edu de que o site de propaganda com baixa credibilidade em causa, publicou no dia 9, o que está hoje, dia 14, a ser referido por orgãos de comunicação social sem credibilidade nenhuma, como a CNN e a BBC.

A credibilidade da CNN :wink:


Citar
Kiev snipers shooting from bldg controlled by Maidan forces – Ex-Ukraine security chief



A terrível espingarda "sniper" chinesa B3-3. Viva também as emoções no seu jardim por €59.95  http://www.waffen-naunin.de/product_info.php/info/p311_Luftgewehr-Mod--B3-3-Kal--4-5-mm.html/XTCsid/

Curiosa a presença da Mini-Uzi...
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 
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Re: Protestos na Ucrânia e a possibilidade de guerra civil
« Responder #222 em: Março 13, 2014, 10:40:10 pm »
excelente artigo na national interest sobre o novo governo da Ucrânia; expõe a extrema direita e grupos neonazis que controlam lugares chave, como o controlo das forças armadas e serviços de informação:

http://nationalinterest.org/commentary/ ... rong-10030
 
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Edu

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Re: Protestos na Ucrânia e a possibilidade de guerra civil
« Responder #223 em: Março 13, 2014, 10:47:30 pm »
Citação de: "papatango"
Citação de: "Edu"
Citação de: "papatango"
A independência da Crimeia foi declarada, antes do referendo que só dava a possibilidade de votar sim ou sim, independentemente do número de pessoas que se apresentarem para votar.

O único meio de comunicação que fala nas hipóteses do Sim ou Sim é o areamilitar.net que como é bem sabido aqui no forum é um site de propaganda pro-americana com baixa credibilidade. Todos os outros meios de comunicação falam na hipótese de ir para a Rússia ou continuar na Ucrânia, ainda que com um estatuto de maior autonomia, como até já tinha antes.  Além do mais toda a gente sabe bem que sejam quais fossem as hipóteses a maioria da população da Crimeia iria sempre votar em ir para a Rússia, principalmente depois de se ter proibido o Russo numa região onde 60% das pessoas são Russas e 80% falam Russo. Mas que esperava o actual governo da Ucrânia?


Aproveito aqui a oportunidade, para informar o Edu de que o site de propaganda com baixa credibilidade em causa, publicou no dia 9, o que está hoje, dia 14, a ser referido por orgãos de comunicação social sem credibilidade nenhuma, como a CNN e a BBC.
A CNN afirmou que as duas opções são apenas uma, porque enquanto uma propõe a integração na Ucrânia, a outra dá como opção a volta à constituição de 1992, uma altura em que a Crimeia tinha um estatuto confuso e era controlada por gangues.

A embaixadora americana nas Nações Unidas, referiu na Assembleia Geral, esta tarde, exactamente isso.

O site malvado, sem credibilidade, publicou isto mesmo, há quatro dias atrás.
http://www.areamilitar.net/noticias/noticias.aspx?nrnot=1360

Eu, se este não fosse apenas um fórum de discussão, poderia exigir um pedido de desculpas.

Ao contrário, apenas pediria um pouco de honestidade por parte de alguns dos participantes, que recorrem à mentira, para denegrir a imagem de quem apenas diz a verdade.

Mas ao mesmo tempo, se calhar tenho que agradecer em nome de todos os colaboradores do site.
Afinal o Edu, deu um tiro no pé, e demonstrou onde realmente está a credibilidade e a honestidade.

Obrigado  :G-beer2:  :G-beer2:

A mim não me interessam os titulos da CNN, o que do que se perguntava do referêndo era se aceitavam a integração na Russia ou se aceitavam voltar à constituição de 1992. A Crimeia nunca foi independente, e a constituição de 1992 não dava a independencia total à Crimeia, mas sim uma autonomia alargada à Crimeia dentro da Ucrania.

E já agora como é que um referendo pode dizer Sim ou Sim relativamente à independencia da Crimeia, então se a população escolher para integrar a Russia não está a escolher para ser independente. Logo o referendo não pergunta Sim ou Sim se querem pertencer à Russia nem tão pouco Sim ou Sim se querem ser independentes.

Essa de exigir um pedido de desculpas é boa, então eu não posso ter a minha opinião de considerar um site ou blog de baixa credibilidade. Já agora porque não avançar para tribunal com a queixa que eu o considerei pouco credível.

E já agora como é que se pode considerar credível um meio de comunicação claramente parcial, de autores que têm tiradas do genero "os porcos dos russos", "a putina" e muitas outras mais. Que divulga noticias com o sensionalismo de uma TVI do genero "Turquia envia F-16 contra avião russo", quando o teor da noticia é simplesmente uma intercepção aerea.
É assim que pretende ter um site credível? Um dos primeiros requesitos para a credibilidade é a imparcialidade, o Papatango considera-se imparcial? Se calhar até considera, mas eu não o considero e com razões para isso. Infelizmente para si eu penso não ser o único a não achar as suas opiniões imparciais.

Acontece que e até tive o cuidado de referir que noutras temáticas o seu site até pode fazer boas analises. Agora relativamente a assuntos ligados A Russia e ex-união soviética reafirmo a minha opinião de que o areamilitar.net produz textos claramente parciais, com claras tendencias pro-americanas e por isso de baixa credibilidade.
 
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Luso

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Re: Protestos na Ucrânia e a possibilidade de guerra civil
« Responder #224 em: Março 13, 2014, 11:34:16 pm »
Citação de: "sidonio"
excelente artigo na national interest sobre o novo governo da Ucrânia; expõe a extrema direita e grupos neonazis que controlam lugares chave, como o controlo das forças armadas e serviços de informação:

http://nationalinterest.org/commentary/ ... rong-10030

Considero o texto muito interessante e recomendo a leitura.
Precioso é o conceito de considerar a diplomacia americana como inexistente, abandonada em função da alegada superioridade imediata da propaganda. Os resultados é que são um problema mas não são os incendiários como Kerry e escória como o Kristol que empenham o corpo pelas "suas" palavras. FsDP...
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...