Um diretor duma organização dita humanitária (HRW) que usa uma foto da devastação causada pela bomba atómica em nagasaki como se fosse prova do que são os bombardeamentos de Assad, deve ser uma coisa reles. é mau demais para ser levado a sério.
http://www.english.illinois.edu/maps/poets/g_l/levine/bombing.htmNagasaki Journey: The Photographs of Yosuke Yamahata
On August 10, 1945, the day after the bombing of Nagasaki, Yosuke Yamahata began to photograph the devastation. His companions on the journey were a painter, Eiji Yamada, and a writer, Jun Higashi.

Dá-se também o caso de um ex-membro da dita organização humanitária ter sido um analista da CIA.
https://www.greenleft.org.au/node/56542Miguel Diaz, a Central Intelligence Agency analyst in the 1990s, sat on HRW Americas' advisory committee from 2003-11. Now at the State Department, Diaz serves as “an interlocutor between the intelligence community and non-government experts”.
Mas adiante falemos do relatório César.
https://www.hrw.org/sites/default/files/report_pdf/syria1215web.pdfÉ dito que os ficheiros compilados por "César" (pseudónimo dum fotógrafo forense desertor) correspondem a mais de 50 mil fotos num período de 27 meses.
In March 2015, the SNM gave 53,275 unique files to Human Rights Watch, stating that these files represented the complete set of data Caesar collected. According to the dates on the files, the photographs were taken between May 2011 and August 2013, the month Caesar defected.
E que podem ser divididas em 3 categorias
The largest category of photographs, 28,707 images, are photographs of people Human
Rights Watch understands to have died in government custody, either in one of several
detention facilities or after being transferred to a military hospital. these 28,707 photographs correspond to at least 6,786 separate dead individuals each with their own unique identification numbers.
The second category of photographs are images of dead army soldiers or members of the
security forces. These photographs were also taken in the morgues of military hospitals.
The third category of photographs taken by the Syrian Military Police can be described as
crime scene photographs taken in the aftermath of attacks and cover several categories of
incidents including the aftermath of explosions, assassinations of security officers, fires,
and car bombs.
A falta de isenção analítica é imediatamente evidente quando dizem que se vão debruçar apenas sobre a primeira categoria.
This report focuses on analyzing the first category of photographs in greater detail.
Forças de segurança, militares sírios, vítimas de atentados que fazem parte do ficheiro César são desprezados pela dita organização humanitária. São uma massa abstracta para quem a HRW não perde uma linha. As circunstâncias das suas mortes são ignoradas. Um soldado sírio morto por um terrorista não merece relevo.
Das cerca de 28 mil fotos que correspondem a cerca de 7 mil cadáveres, detidos sob custódia do governo, a HRW conseguiu identificar 27 pessoas (dadas como vivas antes da detenção e que aparecem mortas nas fotos de César). Desses 27 casos houve apenas 8 familias que consentiram a publicação dos detalhes das suas histórias. Esses relatos perfazem 20 das 87 páginas do relatório.
Out of the 27 identified cases, eight families consented to the publication of details of their relatives’ stories. These cases are outlined in this report
O relatório em causa é baseado em 27 entrevistas a familiares dos detidos, a 6 amigos dos seus amigos, 37 ex-detidos e a 4 desertores que trabalhavam no centros de detenção ou hospitais militares.
This report is based on 27 interviews with family members of detainees who died in
detention facilities, 6 friends of the detainees, 37 former detainees, and four defectors
who worked in Syrian government detention centers or military hospitals.
Se realmente houver em curso um programa sistemático de tortura por parte do regime como se quer insinuar no relatório é estranho que haja o depoimento 37 sobreviventes da chacina e que o mesmo regime se dê ao trabalho de catalogar essas mortes.
O próprio César fica perplexo com o objectivo do governo sírio em registar essas mortes.
The exact purpose of the photographs is not clear. In an interview with
a journalist, Caesar himself indicated that he “often wondered” about the reason but that
in his view, “the regime documents everything so that it will forget nothing. Therefore, it
documents these deaths…If one day the judges have to reopen cases, they’ll need them.”
A razão que apresenta não faz qualquer sentido. O regime regista estas mortes porque no futuro caso haja uma investigação é preciso ter algo para mostrar.
Um regime guarda fotos que auto-incriminam as suas práticas de tortura?
Ou será que num contexto de uma guerra brutal a população prisional é das primeiras a sofrer os horrores e todas as privações ?
O relatório indica que tortura não é causa exclusiva destas violentas mortes. Lendo as outras causas parece que os detidos foram negligenciados,abandonados, entregues à sua sorte.
According to the former detainees interviewed by Human Rights Watch including two
doctors held in detention for several months, the principle causes of death were:
• Gastrointestinal infections, sometimes involving severe diarrhea and dehydration,
• Skin disease leading to infection,
• Torture, including severe beatings
• Mental distress that led detainees to refuse to eat and drink , and
• Chronic diseases (like hypertension, diabetes, asthma or kidney disease) for which
detainees did not receive the necessary medication
• Starvation
Nos EUA por exemplo que não passa por nenhuma guerra civil morreram por ano no período 2001-07 cerca de 3000 pessoas nas suas prisões.E este é apenas um valor parcial do complexo sistema prisional americano com diversos tipos de estabelecimentos. O número total de mortos é bem maior.
http://www.bjs.gov/content/pub/pdf/pjdc0009st.pdfSe quiser posso ser como César, basta analisar os dados conforme o produto que se quer vender. Faço umas entrevistas às famílias dos que morreram, arranjo fotos do antes e da altura da morte e às tantas descubro umas mortes violentas, não documentadas pelos meios oficiais e apresento um relatório a dizer que há um sistema de tortura e morte nas prisões americanas.
E matéria (infelizmente) não me falta para cativar uma audiência.
No Iraque os americanos trataram os seus presos desta forma
http://www.antiwar.com/news/?articleid=8560

