[dc]

"Prováveis" implica que existe uma forte probabilidade de acontecerem. A palavra "possíveis" seria mais adequada nesse caso.

No fim, não existe qualquer coisa de concrero a decorrer, com o OE de 2026 a não incluir nada de mais. Achar que nos anos seguintes é que se vai mudar tudo, um leap of faith brutal.


Entretanto...

148M para as FNDs.

Tendo em conta as nossas debilidades e falta de dinheiro para investir na FA, faz sentido gastar este dinheiro todo em FNDs? É que fazendo as contas, a manter esses gastos ao fim de 10 anos, o valor chega aos 1480M, ou seja, 1/4 da LPM.

Em vez de se aumentar tanto a despesa com FNDs (a percentagem mais alta de aumento no Orçamento de Defesa), não faria mais sentido colmatar as lacunas primeiro?

É que os nossos destacamentos, tirando coisas como o BAP, são por norma inconsequentes no fortalecimento do flanco Leste, e apenas servem fingir que Portugal ajuda em questões NATO.

Antes preferia manter o orçamento do ano passado, e usar o resto da verba a capacitar as FA, de forma a que em anos futuros, a nissa participação em FNDs seja de facto relevante.

[P44]

Não sei a fonte dessa lista,
Mas não está afastada da realidade, Typhoons, F-35A, aeronave estratégica, que poderá ser A-330MRTT e A-400M, novas fragatas, sistemas IRIS-T SLS e SLM, SAMP/T, Skyranger, XO Damen, fragatas F-110, Caesar, mais Vamtac, mais 2 SSGs, a única coisa que sai ao lado é os NPO4S... Quase de certeza entramos no programa EPC...
CPs

Se assim é porque continuam com o plano do MLU às Meko, por exemplo?

[JohnM]

Não sei a fonte dessa lista,
Mas não está afastada da realidade, Typhoons, F-35A, aeronave estratégica, que poderá ser A-330MRTT e A-400M, novas fragatas, sistemas IRIS-T SLS e SLM, SAMP/T, Skyranger, XO Damen, fragatas F-110, Caesar, mais Vamtac, mais 2 SSGs, a única coisa que sai ao lado é os NPO4S... Quase de certeza entramos no programa EPC...
CPs

Se assim é porque continuam com o plano do MLU às Meko, por exemplo?

Porque o raio das fragatas tem que conseguir navegar até virem substitutas? Eu já disse aqui várias vezes que este tópico seria muito menos contencioso se se tivesse tido coragem política de chamar à atualização aquilo que realmente é, um LIFEX (Life Extension), em vez da treta do MLU (Mid-Life Upgrade). Mas o primeiro implica que estão velhas e a precisar de serem substituídas a curto prazo e o segundo implica que só estão a meio de vida, por isso é mais fácil vender politicamente… enfim, as cobardices do costume a evitar que se chamem as coisas pelos nomes…

[Duarte]

"Prováveis" devido a referências a  estes programas na atual LPM nalguns casos, em eventos dos ramos, referidas em entrevistas com chefe de estado -maior, em documentos e estudos dos ramos e nas pretensões conhecidas e/ ou "adivinhadas" de cada ramo, de rumores dos corredores dos estados -maiores, e lacunas bem conhecidas de todos, etc. O NPO4S talvez foi "wishful" thinking da minha parte, mas para mim Portugal poderá fazer algo do gênero, talvez um modelo para exportação. Na atual conjuntura, toda a produção de defesa é pouca, e é aproveitar esta oportunidade... o setor defesa está em alta, especialmente da Europa. 

Se a Lei de Programação Militar (LPM) é um mecanismo que estabelece o investimento público em meios e equipamentos para as Forças Armadas num período de dez anos, neste caso no entre 2023 e 2034, como é que queres descartar estes 10 anos?    "Achar que nos anos seguintes é que se vai mudar tudo," Nos "anos anteriores" não se pode mudar nada, apenas nos anos seguintes 
Não é um leap of faith. É pragmatismo baseado em acontecimentos correntes, declarações do governo e dos ramos. Se não acreditam nas forças armadas e na defesa nacional o que estão aqui a fazer? Mais vale fechar o FD e dediquem-se a algo mais produtivo ou útil. Talvez investir em empresas de defesa europeias ? Se alguém tivesse investido em Outubro de 2024 neste ETF a $25.17 cada ação, estas estavam cotadas a $44.98 ontem.. 

Select STOXX Europe Aerospace & Defense ETF (EUAD)  https://finance.yahoo.com/quote/EUAD

ou na TEKEVER. -TEER. https://technologymagazine.com/ai-and-machine-learning/introducing-tekever-the-tech-industrys-newest-unicorn

Discordo com a afirmação que 148M será desperdício. Pertencemos a uma aliança militar, e temos que contribuir. Tanto o Baltic Air Policing, como os Fuzos na Lituânia, a FND na Roménia, etc.. fazem parte deste contributo, são oportunidades de treino com outras forças da aliança, e mostra que somos um país que contribui para a defesa coletiva. Na atualidade é um contributo para a segurança dos países da aliança na linha da frente. Deve desagradar a alguns que andam por aqui... mas não te incluía neste grupo.   

[Duarte]

Se assim é porque continuam com o plano do MLU às Meko, por exemplo?

Porque têm de aguentar mais 10+ anos. Ou ficamos reduzidos a duas até 2034+..

[JohnM]

Discordo com a afirmação que 148M será desperdício. Pertencemos a uma aliança militar, e temos que contribuir. Tanto o Baltic Air Policing, como os Fuzos na Lituânia, a FND na Roménia, etc.. fazem parte deste contributo, são oportunidades de treino com outras forças da aliança, e mostra que somos um país que contribui para a defesa coletiva. Na atualidade é um contributo para a segurança dos países da aliança na linha da frente. Deve desagradar a alguns que andam por aqui... mas não te incluía neste grupo.   

É isto tudo… bem dito.

[Ghidra]

Se as f110 forem as escolhidas o ultimo navio dos estão projectados  tem a data 2032 para entrar em serviço. Por isso deve sair do estaleiro lá para 2030... É fazer as contas até ter o nosso 1º navio full operacional...  Na melhor das hipóteses 2033 e com muito optimismo

[Kalil]

Não quero agravar a discussão é pergunta honesta, há efectivamente alguma comunicação ou documento oficial da Marinha ou do governo relativamente à aquisição de fragatas?
O MLU já está inscrito há muito tempo.

[Ghidra]

Não quero agravar a discussão é pergunta honesta, há efectivamente alguma comunicação ou documento oficial da Marinha ou do governo relativamente à aquisição de fragatas?
O MLU já está inscrito há muito tempo.

A fonte é o próprio CEMA na entrevista deu ao DN.

[dc]

Discordo com a afirmação que 148M será desperdício. Pertencemos a uma aliança militar, e temos que contribuir. Tanto o Baltic Air Policing, como os Fuzos na Lituânia, a FND na Roménia, etc.. fazem parte deste contributo, são oportunidades de treino com outras forças da aliança, e mostra que somos um país que contribui para a defesa coletiva. Na atualidade é um contributo para a segurança dos países da aliança na linha da frente. Deve desagradar a alguns que andam por aqui... mas não te incluía neste grupo.   

Não é uma questão de desperdício, é uma questão de prioridades. A capacidade operacional das unidades na Roménia está limitada devido à falta de meios modernos. Faltam sistemas VSHORAD, PM, mísseis anti-carro modernos.

O aumento substancial da verba para as FNDs, implica ainda mais missões e/ou reforço dos contingentes. Neste momento, eu daria prioridade à modernização das FA, antes de aumentar de forma drástica a participação internacional, recorrendo a tropas sub-equipadas.

Por exemplo, era preferível investir mais umas dezenas de milhões em armamento para os F-16, para no BAP terem o máximo de eficácia possível.

Tendo em conta que a probabilidade de uso de munição real no BAP aumentou, não faz sentido futuras contribuições portuguesas terem que abater drones baratos usando os poucos AMRAAM ou AIM-9 que temos.

Eu preferia que nos próximos 2-5 anos se resolvessem as carências, mantendo as FNDs como estavam até agora, e só depois se procurasse reforço de FNDs, com umas FA muito melhor equipadas.

Mas isto sou eu, que sei que a intenção do Governo é passar aos aliados a ideia de que estamos bem equipados e preparados para contribuir, quando na prática enviamos o que temos de melhorzinho, para disfarçar tudo o resto.

[Cabeça de Martelo]

Se as f110 forem as escolhidas o ultimo navio dos estão projectados  tem a data 2032 para entrar em serviço. Por isso deve sair do estaleiro lá para 2030... É fazer as contas até ter o nosso 1º navio full operacional...  Na melhor das hipóteses 2033 e com muito optimismo

Neste momento os principais estaleiros estão muito bem ocupados. Mesmo que assines hoje, ainda demoram uns bons anos a começar a entregar os navios. A "modernização" é por isso importante para a Marinha.

[Duarte]

Não é uma questão de desperdício, é uma questão de prioridades. A capacidade operacional das unidades na Roménia está limitada devido à falta de meios modernos. Faltam sistemas VSHORAD, PM, mísseis anti-carro modernos.

O aumento substancial da verba para as FNDs, implica ainda mais missões e/ou reforço dos contingentes. Neste momento, eu daria prioridade à modernização das FA, antes de aumentar de forma drástica a participação internacional, recorrendo a tropas sub-equipadas.

Por exemplo, era preferível investir mais umas dezenas de milhões em armamento para os F-16, para no BAP terem o máximo de eficácia possível.

Tendo em conta que a probabilidade de uso de munição real no BAP aumentou, não faz sentido futuras contribuições portuguesas terem que abater drones baratos usando os poucos AMRAAM ou AIM-9 que temos.

Eu preferia que nos próximos 2-5 anos se resolvessem as carências, mantendo as FNDs como estavam até agora, e só depois se procurasse reforço de FNDs, com umas FA muito melhor equipadas.

Mas isto sou eu, que sei que a intenção do Governo é passar aos aliados a ideia de que estamos bem equipados e preparados para contribuir, quando na prática enviamos o que temos de melhorzinho, para disfarçar tudo o resto.

A atual força destacada parece que é na Eslováquia. https://www.nato.int/cps/en/natohq/topics_136388.htm
Faz parte de um battlegroup, liderado pela Espanha e com unidades de outro países. Os meios de defesa AA existem ao nível superior de "multi-national brigade" e divisão.

Regionally focused headquarters contribute to the operation of the four other battlegroups. This includes Multinational Division Centre Headquarters in Székesfehérvár, Hungary (for the battlegroups in Hungary and Slovakia) and both Multinational Corps Southeast Headquarters in Sibiu, Romania and Multinational Division Southeast Headquarters in Bucharest, Romania (for the battlegroups in Bulgaria and Romania).

Mísseis A/C também geralmente são escalão batalhão. Normalmente as unidades escalão companhia não têm meios orgânicos de defesa AA. Se calhar deviam ter ambos, bem vistas as coisas com a guerra na Ucrânia... mas criticar a falta destes meios no nosso caso não é justo na atualidade nem desculpa para não participarmos na defesa coletiva. Poderia ser com melhores meios, com certeza, mas haverá sempre meios melhores e mais modernos e nunca participaríamos em nada se fosse esta a desculpa.

[Kalil]

Não quero agravar a discussão é pergunta honesta, há efectivamente alguma comunicação ou documento oficial da Marinha ou do governo relativamente à aquisição de fragatas?
O MLU já está inscrito há muito tempo.

A fonte é o próprio CEMA na entrevista deu ao DN.

Se é a que estou a pensar não li na íntegra. Ficou-me na retina a questão do défice de 27% de pessoal, o que me parece ser talvez o maior entrave a que se venham a operar algum dia 4 ou 5 fragatas, 4 submarinos e 8 NPO quando, actualmente temos metade disso.

[Duarte]

Mas isto sou eu, que sei que a intenção do Governo é passar aos aliados a ideia de que estamos bem equipados e preparados para contribuir, quando na prática enviamos o que temos de melhorzinho, para disfarçar tudo o resto.

A papel do governo é este, e de convencer os eleitores que estão a zelar pela defesa nacional e coletiva da Europa e que estão a gastar os limitados recursos nacionais em coisas úteis.
O papel das chefias militares é dizer que "precisamos de x,y e z meios para cumprir estas missões que nos atribuíram". O papel de cidadãos, como nós, é eleger quem zela pelo interesse nacional e educar os outros para a necessidade da defesa nacional, e a defesa coletiva da Europa. 

[Duarte]

Se é a que estou a pensar não li na íntegra. Ficou-me na retina a questão do défice de 27% de pessoal, o que me parece ser talvez o maior entrave a que se venham a operar algum dia 4 ou 5 fragatas, 4 submarinos e 8 NPO quando, actualmente temos metade disso.

Parte do aumento das despesas de defesa inclui as despesas com pessoal. De nada serve ter material topo, caças 7G hipersónicos  , sem pilotos nem pessoal de mautenção. Parece que a queda em pessoal já comecou a invertir-se. A compra de meios modernos e salários e benefícios mais atrativos e mecanismos de servir como reservistas e voluntários part-time, etc.. ajudarão muito.