Arquivo de Maria de Lourdes Pintasilgo na Internet

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Lancero

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Arquivo de Maria de Lourdes Pintasilgo na Internet
« em: Janeiro 22, 2008, 02:13:02 pm »
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Política: Arquivos de Maria de Lourdes Pintasilgo até 1986 quarta-feira na Internet  



    Lisboa, 22 Jan (Lusa) - Mais de 10 mil documentos que retratam a vida de Maria de Lourdes Pintasilgo, a primeira e até agora única mulher a chefiar um Governo em Portugal, vão estar disponíveis, a partir de quarta-feira, na Internet.  

     

    A apresentação pública do arquivo - Memória na Internet de Maria de Lourdes Pintasilgo - será feita quarta-feira numa cerimónia na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, e poderá ser consultado em www.arquivopintasilgo.pt.

     

    O projecto, iniciado ainda em vida por Maria de Lourdes Pintasilgo, estará acessível a todos e não apenas a historiadores e estudiosos - como era seu desejo.  

     

    Em declarações à Agência Lusa, a coordenadora do projecto, Paula Borges, lembrou que foi a própria ex-primeira-ministra a lançar a ideia do arquivo em 2004, pouco antes de morrer, incluindo o projecto de digitalizá-lo, havendo documentação até 1986, quando foi a primeira mulher, em Portugal, a candidatar-se a Presidente da República.  

     

    "O arquivo da engenheira Maria de Lourdes Pintasilgo era um arquivo corrente, ela utilizava-o quase diariamente. E foi ela própria a escolher pessoalmente o conjunto de documentos para tratar", lembra Paula Borges.

     

    Após a sua morte, a Fundação Cuidar O Futuro, criada em 2001, fez "uma selecção mais histórica" que pudesse "dar a conhecer a vida e obra da engenheira".

     

    "Desde a sua fase de dirigente eclesiástica, na JUC [Juventude Universitária Católica] até 1986, quando se candidatou a Presidente da República. Até 1986, os factos são consolidados. A partir desse ano, a documentação está sob reserva", afirmou Paula Borges, explicando que os documentos pessoais não foram incluídos neste projecto.  

     

    O arquivo, que só poderá ser consultado na íntegra na sede da fundação, "ilustra com documentos históricos específicos as etapas da vida" de Maria de Lourdes Pintasilgo.  

     

    Um dos documentos possíveis de consultar é um papel que, segundo Paula Borges, "não terá sido escrito por Maria de Lourdes Pintasilgo", mas sim por "alguém" do gabinete de campanha, com uma proposta para o discurso de vitória se tivesse vencido as presidenciais em 1986.  

     

    Dos discursos às anotações de Conselhos de Ministros, das anotações para intervenções a reflexões ao estilo diarístico, tudo estará no arquivo da mulher que foi a primeira engenheira a trabalhar na CUF e Procuradora na Câmara Cooperativa, de 1965 a 1974.  

     

    Activista dos movimentos católicos, depois do 25 de Abril de 1974 e com o fim da ditadura, Maria de Lourdes Pintasilgo ocupou vários cargos no Governo, sendo ministra dos Assuntos Sociais do II e III Governos Provisórios (1974-75).  

     

    Maria de Lourdes Pintasilgo foi também a primeira mulher a chefiar um executivo em Portugal, o V Governo Constitucional (1979-1980), que ficou conhecido como o "Governo dos 100 dias".  

     

    Na década de 80 foi embaixadora da UNESCO (cargo que o Governo da Aliança Democrática não renovou) e também assessora do Presidente da República Ramalho Eanes até 1986.  

     

    No ano seguinte, foi eleita nas listas do PS como deputada ao Parlamento Europeu.  

     

    Católica, teve uma longa participação em organizações religiosas, como a Juventude Universitária Católica Feminina (JUCF) e Graal.  

     

    Maria de Lourdes Ruivo da Silva Pintasilgo nasceu em Abrantes, a 18 de Janeiro de 1930, e morreu, de acidente vascular, a 10 de Julho de 2004, em Lisboa.  

     
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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« Responder #1 em: Janeiro 22, 2008, 03:58:13 pm »
Uma Grande Senhora que faz muita falta :?  , cada vez mais, a ver pela triste classe politica da actualidade!
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas