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...contada por Baptista-Bastos (amigalhaço do Luso :?:

O FASCISMO ANDA POR AÍ


Baptista-Bastos
escritor e jornalista

F lauteando uma frase de Pacheco Pereira, e apavorado com a "tendência insaciável para o despotismo e a concentração de poder" do Executivo, António Barreto escreveu no Público [6. Janeiro, p.p.] um artigo, cujo conteúdo estilhaça o tom ameno e, até, conciliador, que lhe é habitual. Aflito, o conhecido sociólogo diz: "Foram tomadas medidas e decisões [sic] que limitam injustificadamente a liberdade dos indivíduos. A expressão de opiniões e de crenças está hoje mais limitada do que há dez anos. A vigilância do Estado sobre os cidadãos é colossal e reforça-se." Vão por aí fora, o pesado estilo e a rude acusação. Nunca, como agora, as vozes convergiram no apontar de excessos "autoritários" e em alvejar a infausta acção de um Governo sem sensibilidade, sem remorsos e sem grandeza.

Na recolhida sombra da minha prosa desalinhada e chã tenho procurado cumprir, com modéstia e aplicação, o dever que cabe a um autor sem amos e sem vis desígnios - dar com o sarrafo nas iniquidades do poder. Não estou isento, eu também, de levar umas ripadas, desferidas por quem não está de acordo comigo para estar de bem com o Governo. Malhas que o império tece...

A minha beligerância é conhecida. A do António Barreto, não; pelo menos até agora. Aparenta um homem de palavra grave, porém macia; um sociólogo propenso à mansidão da pesquisa e à quietude do gabinete; um cronista de comedida, acampado na serenidade do velho estilo e da antiga gramática. Ei-lo, então, fulminante, a tanger as cordas do conflito: "Não sei se Sócrates é fascista. Não me parece, mas, sinceramente, não sei." A frase não é pacífica e revela-se na ambiguidade da conclusão.

Se, por exemplo, eu escrevesse: "Não sei se Sócrates é malandro. Não me parece, mas, sinceramente, não sei" - a dúvida proposta nas locuções misturar-se-ia às meias-verdades sussurradas ao ouvido de outrem. É a intriga em marcha.

As inquietantes frases do Barreto excitam a imaginação dos detractores de Sócrates, suscitam a repulsa dos apaniguados, o sorriso dos adversários, a apreensão dos antifascistas e, acaso, a perplexidade do visado. E, também, a ira do José Manuel Fernandes, assinalado director do Público. Num editorial atravessado por transversais críticas a outros preopinantes, e abonando-se em Bento XVI, Stuart Mill, Coleridge e Isaiah Berlin (não sei se falhei algum outro), o Fernandes demonstra-nos a sua apoquentação com as críticas a "algumas leis e iniciativas do Governo". Não são algumas: são aquelas que têm imposto a radicalidade de uma "democracia administrativa", e retirado aos outros a autoridade da razão.

Não acredito que Sócrates seja fascista. Mas que o fascismo anda por aí, lá isso... |

http://dn.sapo.pt/2008/01/09/opiniao/o_ ... da_ai.html


António Barreto, in Público,6-01-2008

[ricardonunes]

Não sei se Sócrates é fascista, mas que tem tiques...

[Paisano]

O Doutor Sócrates passa a impressão de ter um imenso amor pelo poder, logo, os chamados "excessos" seriam apenas o reflexo desse afeto.

[PereiraMarques]

O Doutor Sócrates

Queres ver que temos outro caso "Independente"?

[nelson38899]

[Luso]

O fascismo estava enquadradoi por princípios teóricos. No caso de Sócrates apenas encontramos mentira, falta de dignidade e subserviência a interesses desconhecidos. Para simplificar.

Dizer que Sócrates é "fascista" ou como alguns "acusam" de ser de "direita" é um disparate. Não é uma classificação político/filosófica a que mais se adequa. Mas de polícia.

[ShadIntel]

No caso de Sócrates apenas encontramos mentira, falta de dignidade e subserviência a interesses desconhecidos.

Longe de mim a ideia de defender o Socas, mas isto aplica-se infelizmente à quase totalidade dos políticos, sejam eles de esquerda ou de direita.
Quanto ao adjetivo "fascista", parece estar na moda aplicá-lo a qualquer ideia ou atitude que não agrade a alguns.

[Luso]

Quanto ao adjetivo "fascista", parece estar na moda aplicá-lo a qualquer ideia ou atitude que não agrade a alguns.

Decididamente é mais isso, realmente.

[Paisano]

O Doutor Sócrates

Queres ver que temos outro caso "Independente"?

Não entendi a piada. :?

[PereiraMarques]

O "Engenheiro" Sócrates esteve envolvido em polémica por ter, alegadamente, conseguido a sua Licenciatura (1) em Engenharia Civil de uma forma irregular, numa universidade privada de Lisboa, a Universidade Independente.

Investigações vieram demonstrar o funcionamento irregular da instituição e a Universidade Independente acabou por ser encerrada por ordem governamental.

Em resumo a "gozação" é essa, José Sócrates não é Engenheiro, nem muito menos Doutor.

(1) Ao contrário do Brasil, em Portugal a Licenciatura é mais importante que o Bacharelato, estando mesmo este último grau académico em extinção, face ao Processo de Bolonha. Por outro lado, a profissão e o uso do título de Engenheiro em Portugal é regulamentada pela Ordem dos Engenheiros, instituição da qual José Sócrates não é, nem nunca foi associado.

[oultimoespiao]

Embora me considere de ideologia de direita,  acho o socrates bom primeiro ministro, tem conviccoes fortes, e pelo menos esta a tentar o melhor para melhorar portugal... mas como nao vivo ai todo o ano pode ser que tenha uma visao menos em primeira mao.

[Raul Neto]

Por outro lado, a profissão e o uso do título de Engenheiro em Portugal é regulamentada pela Ordem dos Engenheiros,

E no caso dos Engenheiros Técnicos pela ANET - Associação Nacional dos Engenheiros Técnicos.

[P44]

O Doutor Sócrates passa a impressão de ter um imenso amor pelo poder, logo, os chamados "excessos" seriam apenas o reflexo desse afeto.

 Não é "doutor", é "inginheiro", conforme certificado de cursos á pressão tirados ao domingo pela Ex-Universidade Independente :lol: