Está na história a constatação desse facto. Somos os "heróis das causas" e não passamos disso.
Não se vê nada da parte dos diplomatas portugueses na tentativa de facilitar ou apoiar negócios lá fora. Sobretudo em África. Antes pelo contrário.
Vão para lá viver, organizam uns concertos e jantares temáticos, a visita (muito pontual) de algum navio ou entidade...
Tratar de um simples documento, apoio judicial, potenciar negócios... zero.
Vivi num em que a língua principal é o espanhol, mas o português também é oficial. Não vamos discutir se deveria ou não, porque mais não seja pela história, deve ser.
Certo é que nunca vi a embaixada a organizar um simples curso de língua portuguesa e, acreditem, não faltam interessados.
Não há uma escola em português, penso que nem a língua faz parte dos planos curriculares. Mas faz o espanhol, o francês, o inglês, o turco, o árabe...
A nossa "embaixada" não emite um visto, um passaporte, um cartão de cidadão... às vezes nem tem embaixador.
Se quiserem viajar em negócios ou qualquer outra coisa para a Europa entregam o pedido e este é direcionado e tratado pela embaixada de Espanha.
Depois viajam via Espanha, França, Alemanha, Marrocos, Etiópia... que têm lá aviões todos os dias. Já nós...
Produzem petróleo, têm grandes reservas e Portugal não toca em nada. Ainda por cima não têm refinarias. E nós tínhamos duas...
Ah e tal, tem uma ditadura, comem criancinhas, são maus...
Os americanos, os franceses, os chineses, os turcos, os libaneses e os espanhóis, entre outros, agradecem.
No fim, somos clientes da Nigéria, mesmo ali ao lado, esse modelo de democracia...