Fumos de corrupção em negócios da Defesa

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ricardonunes

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Fumos de corrupção em negócios da Defesa
« em: Julho 30, 2006, 11:07:56 am »
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Sérgio Parreira de Campos, vice-presidente da Empordef e presidente das empresas do pólo tecnológico da Defesa, diz que há contrapartidas das compras de equipamento militar com “valorização exagerada” e que isso “beneficia quem vende” e, “se calhar, quem está na meia” do negócio.

   
   
Correio da Manhã – As contrapartidas da compra de armamento para as Forças Armadas têm sido concretizadas em favor da economia portuguesa?

Sérgio Parreira de Campos – O sistema de contrapartidas está bem desenhado. No meu entender, foi mal utilizado até um determinado ponto. Neste momento, está-se a tentar colocar as coisas nos eixos e está-se a conseguir em muitos domínios. Agora, não se esqueça de uma coisa: estes programas das Forças Armadas estendem-se no tempo. Nós, neste momento, ainda estamos a apanhar com os efeitos de uma série de programas que foram contratados há cinco, seis, sete anos, em que é extremamente difícil corrigir uma série de coisas. A Comissão de Contrapartidas tentou inverter, e está a conseguir, coisas que não vinham bem do antecedente.

– Por exemplo?

– Os submarinos constituem um exemplo típico.

– O que é que correu mal no negócio dos submarinos? Houve, de facto, contrapartidas?

– Houve, de facto, contrapartidas. Algumas ainda não foram cumpridas, outras penso que foram valorizadas de forma exagerada. E esse valor não corresponde ao real interesse para o País.

– O que é que quer dizer com valorização exagerada?

– Uma contrapartida como, por exemplo, transferência de tecnologia. Como é que se valoriza uma transferência de tecnologia? Valoriza-se sobretudo pelos efeitos que ela possa ter na economia. Mas isso é extremamente vago. Ou seja, para nós que recebemos, isto vale dez, enquanto que o indíviduo que está no outro lado a negociar diz ‘se só vale dez [para vocês], para mim vale cem’. E, agora, onde é que ficamos? Essa valorização das contrapartidas foi extremamente empolada, para ver se se conseguia chegar aos limites impostos pela lei. E, de facto, o impacto que essas contrapartidas têm sobre a economia portuguesa é inferior à valorização que lhe foi dada.

– Na prática, a contrapartida real é muito inferior àquela que foi estabelecida?

– Esse é o meu entendimento. E, de facto, o mecanismo das contrapartidas poderia ser fundamental para o desenvolvimento da economia.

– Essa valorização exagerada acaba por conduzir à análise frequente de que não se vê na economia o impacto das contrapartidas?

– Pois, é verdade.

– Quem é que beneficia com isso?

– Beneficia quem vende. Ou seja, quem é obrigado a prestar contrapartidas. E, se calhar, alguém que está na meia. Porque agora começaram a aparecer no mercado internacional empresas especializadas em gerir contrapartidas. Isso é um fenómeno que começou há pouco tempo: há meia dúzia de anos ou nem tanto. São empresas que ganham o seu dinheiro a gerir contrapartidas em nome de terceiros.

– E têm de ter comissões?

– Exactamente. Nós devemos usar o mecanismo das contrapartidas para desenvolver o tecido industrial nacional.

– Há pouco falava em empresas especializadas na negociação de contrapartidas: isso é um factor que poderá levar a suspeitas de corrupção? Dito de outra maneira: há motivos para suspeitar que há corrupção nos negócios de equipamento das Forças Armadas?

– Como eu costumo dizer, há fumos. Agora se há ou não, não sei. Que parece haver fumos, parece.

PERFIL

Sérgio Parreira de Campos é desde, Julho de 2005, vice-presidente da Empordef, a ‘holding’ do Estado para a indústria da Defesa, e preside à Edisoft desde Março de 1997. Com 62 anos, é também presidente da EID e da ETI, as duas empresas que em conjunto com a Edisoft formam o Pólo Tecnológico da Defesa, desde Setembro de 2005.

Coronel do Exército, Parreira de Campos é licenciado em Organização e Gestão de Empresas, pelo ISCTE, foi professor catedrático na Academia Militar e deu aulas no Instituto de Altos Estudos Militares.

DETALHES SOBRE A INDÚSTRIA MILITAR

APOSTA EM SISTEMAS E EM 'SOFTWARE'

Com o capital repartido por Empordef (30 por cento), NAV (30 por cento), Thales Nederland (30 por cento) e outros (dez por cento), a Edisoft é uma empresa especializada no fornecimento de serviços nas áreas de engenharia de sistemas e de ‘software’. Faz consultoria nas áreas de tecnologias de informação. Entre os clientes, contam-se Marinha Portuguesa, Alcatel, ANA, CTT, Turbomeca.

MAIS-VALIAS EM TREINO PARA AVIÕES

A ETI – Empordef Tecnologias de Informação é detida pela Empordef a 100 por cento. Fundada em 2004, actua em projectos de concepção e desenvolvimento de simuladores, sistemas de treino assistido por computador e ‘software’ de teste em aviões. Tem como clientes a Força Aérea Portuguesa, o Ministério da Defesa Nacional e a Força Aérea Belga. Desenvolveu um simulador para o F-16.

DESENVOLVER NOVAS COMUNICAÇÕES

A EID – Empresa de Investigação e Desenvolvimento de Electrónica, fundada em 1983, é participada pela Empordef (31,8 por cento), Rhode & Schwarz (27,3 por cento), Efacec (25,1 por cento), Instituto Nacional de Engenharia e Tecnologia Industrial (4,5 por cento) e outros (11,3 por cento). Actua na fabricação, teste e instalação de sistemas de comunicações.

MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO AÉREA

Com 35 por cento do capital da OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, a Empordef é minoritária. Fundada em 1918, cabe agora à brasileira Embraer deter 65 por cento da empresa sediada em Alverca. Faz manutenção, reparação e revisão geral de aeronaves, motores, acessórios. Moderniza, modifica e integra aviões. Produz e monta componentes.

DESMILITARIZAÇÃO DE MUNIÇÕES E BOMBAS

A IDD – Indústria de Desmilitarização e Defesa é controlada a 100 por cento pela Empordef. Fundada em 1998, centra a sua acção na desmilitarização de munições convencionais. Por isso, desmilitariza munições de artilharia, morteiro, armas ligeiras, granadas de mão, bombas, torpedos, minas, mísseis, explosivos. São clientes o Ministério da Defesa, INDEP, mercado civil.

CONSTRUIR E REPARAR BARCOS

Fundados em 1944, os Estaleiros Navais de Viana do Castelo são detidos a 100 por cento pela Empordef. Actua na construção, conversão e reparação de navios civis e militares. Vai produzir um navio polivalente logístico para Portugal. produz também navios de cruzeiro e barcos de patrulha oceânica. Entre os clientes, estão Alemanha, Brasil, EUA, Finlândia, Noruega, Rússia, Noruega.

O EFEITO DAS FRAGATAS MEKO

A Edisoft é apontada como um exemplo concreto do sucesso da aplicação de contrapartidas da aquisição de equipamento militar na economia portuguesa. Fundada em 1998, a empresa – que é uma espécie de motor da indústria de Defesa portuguesa em matéria de desenvolvimento tecnológico – resultou das contrapartidas obtidas com a compra das fragatas Meko aos Estados Unidos nos anos 90. Em menos de dez anos, esta empresa revelou um notável crescimento: “Começou por facturar 250 mil euros por ano, hoje factura 7,5 milhões de euros e exporta 50 por cento da produção”, sublinha Sérgio Parreira de Campos. E remata: “Quando negoceio contrapartidas para as minhas empresas, não quero trabalho”, mas “transferência de tecnologia que possa fazer subir a cadeia de valor e parcerias duradouras, porque é isso que vai ter impacto positivo e duradouro na economia”.

FORÇAS ARMADAS DESCONFIADAS

A indústria de Defesa tem condições para assumir um papel forte na economia portuguesa, mas, para que isso aconteça, “só falta uma coisa: tem de haver uma verdadeira cumplicidade entre o Governo, as Forças Armadas e a indústria. Porque, se não houver, nunca mais lá chegamos”. Com estas palavras, o vice-presidente da Empordef, ‘holding’ do Estado para o sector da Defesa, e presidente da Edisoft deixa claro que “Portugal tem condições muitíssimo boas para participar [no futuro mercado europeu de Defesa] em nichos de mercado”.

Sérgio Parreira de Campos não tem dúvidas de que a indústria de Defesa, constituída por mais de dez empresas concentradas na Empordef, “precisa só que confiem em nós, porque temos capacidade”, para poder desempenhar um papel mais activo ao nível do fornecimento de equipamento para as Forças Armadas e também no de-senvolvimento de novas tecnologias para as empresas civis.

No essencial, frisa aquele responsável, “há necessidade de uma maior confiança entre Governo, Forças Armadas e indústria”. E, frisa, trata-se sobretudo de “confiança ao nível das capacidades” técnicas.

Mas o vice-presidente da Empordef e presidente da Edisoft vai ainda mais longe na análise do actual mercado: “Há outro problema, que é a falta de eficiência económica e estratégica.” Por isso, lança um apelo ao Governo e às Forças Armadas: “Não acusem a indústria de fazer coisas mais caras do que o estrangeiro. olhem de outra maneira para o problema, olhem para aquilo que também poupam pelo facto de a manutenção durante 30 anos também ser feita em Portugal a preços que não têm nada a ver com o que se faz lá fora.”

As potencialidades económicas da indústria de Defesa estão bem presentes neste princípio geral: um equipamento militar é vendido no mercado internacional por um preço cerca de 20 vezes superior face ao custo de produção. E o pior é que, segundo Parreira de Campos, “o mercado internacional tem esta particularidade: se não se consegue vender no mercado nacional, não se vende no mercado internacional”.

EMPORDEF CONCENTRA 14 EMPRESAS MILITARES

A Empordef – Sociedade Gestora de Participações Sociais foi fundada em 1996 e agrupa as participações do Estado em 14 empresas da área da Defesa. Entre as empresas mais importantes dessa lista, estão Edisoft – Empresa de Serviços e Desenvolvimento de Software, EID – Empresa de Investigação e Desenvolvimento Electrónica, ETI – Empordef Tecnologias de Informação, OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, IDD – Indústria de Desmilitarização e Defesa, e os Estaleiros Navais de Viana do Castelo. No essencial, as empresas do grupo Empordef actuam nas áreas industrial, tecnológica, financeira e imobiliária.

Segundo o vice-presidente da Empordef, “a indústria de Defesa, neste momento, basta-se a si própria”. Por exemplo, em 2005, Edisoft, EID e ETI, as três empresas da área tecnológica, “exportaram 51 por cento do volume de negócios: dez milhões de euros”. E acrescenta: “Em média, metade da nossa produção é para o mercado internacional.” Em 2005, a única empresa do grupo Empordef com prejuízos foi os Estaleiros de Viana do Castelo. Mesmo assim, o prejuízo de 15 milhões de euros foi inferior aos 25 milhões de prejuízos registados em 2004.

MERCADO

O mercado português de equipamento militar representa uma oportunidade de negócio de milhões de euros. Estima-se que só a área do desenvolvimento tecnológico, que envolve três empresas, possa movimentar, no mínimo, cerca de 190 milhões de euros. O orçamento actual daquelas três empresas é de 23 milhões de euros.

NOTAS

RECUPERAR ESTALEIROS

Os Estaleiros de Viana do Castelo deverão estar, segundo Sérgio Parreira de Campos, recuperados dentro de cinco anos, passando a dar lucro.

SUBMARINOS EM CAUSA

O valor das contrapartidas pela compra dos submarinos, pelo ex-ministro da Defesa Paulo Portas, deverá ser superior a 1000 milhões de euros.

PRODUTO PARA CTT E CGD

As empresas do Pólo Tecnológico da Defesa desenvolveram também sistemas de pagamentos para os CTT e de comunicação para a CGD.
António Sérgio Azenha
Potius mori quam foedari
 

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AugustoBizarro

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(sem assunto)
« Responder #1 em: Julho 30, 2006, 12:55:15 pm »
Proponho alguns pressupostos:

1. Um indivíduo pertencente ás Forças Armadas tem (em média) um sentimento de maior preocupação em relação a questões Patrióticas.

2. A Verdadeira Guerra que se trava hoje no mundo é uma Guerra Económica.


Sendo assim, porque não o Exército (ou qq outro ramo), participar activamente na vida Económica? Montando Empresas, para se financiar e apoiar o Estado nesta "Guerra" em que o tamanho do Exército se poderia chamar PIB.

Um conceito que me ocorre é o de um General Economista, ou Soldado Economista. Que domina tanto a arte da Guerra Tradicional como da Guerra Económica. O Oposto da Super-Especialização , a Praga dos nossos tempos.

Na China isto já é feito à algum tempo:
http://en.wikipedia.org/wiki/People's_L ... nterprises

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Second, there was great concern that having an independent source of funding would lead to decreased loyalty to the party.


Isto é um aspecto que pode ser mais complicado. Contudo suspeito que a corrupção existe quer se opte por esta via ou outra.

Como convencer um corrupto a não sê-lo? De qualquer modo estou firmemente convencido que os Militares nunca , nem que se esforçassem muito conseguiriam ser mais corruptos(ou ainda pior, ineptos) que os políticos que temos tido.

Ultima nota,  é extremamente enganador quando se insiste em falar em facturação.   Uma empresa pode facturar 50 milhões e ter prejuízo de 100 milhões.  Ou facturar 10 milhões e ter lucro de 5 milhões.
Por isso pergunto,  porque motivo não se fala em Lucro? Porquê sempre falar em facturação? Que camuflagem.

Ter quota de mercado num sector estratégico pode ter alguma importância no curto prazo, mas no longo prazo a única coisa que importa é se houve lucro,  ou seja, mais "reforços" para o PIB.


P.S.- bom Post , Ricardo.
 

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Lancero

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(sem assunto)
« Responder #2 em: Fevereiro 04, 2007, 12:40:27 pm »
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2007-02-04 - 00:00:00

Indústria militar: Empresa pública adopta iniciativa pioneira
Corrupção travada com Código de Ética

Seis meses depois de ter afirmado, em entrevista ao CM, que “há fumos de corrupção” nas compras do reequipamento das Forças Armadas, Sérgio Parreira de Campos, vice-presidente da Empordef, holding do Estado para a indústria da Defesa, e presidente da Edisoft, empresas integrada na Empordef, avançou com uma iniciativa inédita no sector da indústria militar para “prevenir eficazmente todas as formas de corrupção”.
 
Desde 15 Janeiro deste ano, a Edisoft dispõe de um Código de Ética, manual que adopta o princípio de “lutar contra todas as formas de corrupção, inclusive a extorsão e o suborno” nos negócios.

A iniciativa, considerada “a todos os títulos precursora”, nas palavras de Sérgio Parreira de Campos, é, desde já, a resposta da Edisoft “aos apelos lançados, nos últimos meses, por diversas entidades nacionais e internacionais, para a necessidade de as empresas conduzirem os seus negócios de forma responsável”.

Com a adopção de um Código de Ética, “a Edisoft assume, e reafirma assim, o que sempre foi a sua prática: nunca fez, e não fará nunca, pagamentos ilegais e impróprios, nem subornos, e abster-se-á de participar em qualquer prática empresarial corrupta, qualquer que seja a forma que possa revestir, e rejeitará igualmente qualquer forma de corrupção passiva”, garante o presidente da Edisoft.

PAÍSES DE RISCO

Assumindo que “a Edisoft e os seus dirigentes têm dedicado especial atenção a estes assuntos”, Parreira de Campos deixa claro que “conduzir o negócio de forma responsável significa, por exemplo, praticar as medidas necessárias para não exportar para países de risco”. E sobre as suspeitas de corrupção na compra de equipamento para as Forças Armadas afirmou, no final de Julho de 2006, ao CM: “Há fumos. Agora se há ou não, não sei.” Em Setembro, a PJ deteve três militares por suspeita de corrupção.

'BENESSE' DAS FRAGATAS MEKO

A empresa Edisoft é apontada como um exemplo concreto do sucesso da aplicação de contrapartidas da aquisição de equipamento militar na economia portuguesa. Ffundada no final da década de 90, a empresa resultou das contrapartidas obtidas por Portugal com a compra das fragatas Meko aos Estados Unidos da América nos anos 90.

Actualmente, a Edisoft, que funciona no Pólo Tecnológico da Defesa, situado na margem sul do Tejo, é uma espécie de motor da indústria de Defesa portuguesa em matéria de desenvolvimento tecnológico. Em menos de dez anos, esta empresa revelou um crescimento muito apreciável: de uma facturação inicial no valor de 250 mil euros, passou para um volume de negócios na ordem dos 7,5 milhões de euros. E mais de metade da sua produção já é enviada para exportação.

A Edisoft especializou-se no fornecimento de serviços nas áreas de engenharia de sistemas e de software, e tem entre os seus clientes a Marinha Portuguesa, as empresas Alcatel, ANA, CTT e ainda a Turbomeca.

PRINCÍPIOS DA EDISOFT

TRANSPARÊNCIA

Obedecerá a todas as leis e regulamentos aplicáveis e conduzirá as suas actividades empresariais de modo transparente

PAGAMENTOS IMPRÓPRIOS

Não fará pagamentos ilegais e impróprios, bem como subornos, e abster-se-á de participar em qualquer prática empresarial corrupta, qualquer que seja a forma que possa revestir

CORRUPÇÃO PASSIVA

Rejeitará igualmente qualquer forma de corrupção passiva

ÉTICA DE CONTRATANTES E FORNECEDORES

Assegurará que quer o contratante quer o fornecedor e os seus agentes tenham práticas consistentes com estes princípios [rejeição da corrupção passiva, suborbos]

PARCERIAS EMPRESARIAIS

Não participará em parcerias sempre que a prática dos seus potenciais parceiros se afaste de elementares princípios da ética dos negócios

PRESENTES A FUNCIONÁRIOS

Os colaboradores da empresa têm de agir com integridade. Isto requer a recusa de quaisquer benefícios pessoais, ou presentes de valor significativo. Ofertas de viagens, acomodação ou entretenimento devem ser recusadas, a menos que eles sejam de natureza meramente profissional.

PERFIL

Sérgio Parreira de Campos é presidente da Edisoft desde Março de 1997. A par deste cargo, é vice-presidente da Empordef, a holding do Estado para o sector da Defesa, que concentra 14 empresas de produção de equipamento militar. Com 62 anos de idade, é também presidente da EID e da ETI, as duas empresas que em conjunto com a Edisoft formam o Pólo Tecnológico da Defesa, desde Setembro de 2005. Coronel do Exército, é licenciado em Organização e Gestão de Empresas e foi docente na Academia Militar.

DETALHES

SUSPEITAS

A 27 de Setembro de 2006, a PJ, numa operação em que participaram 70 inspectores, deteve dois oficiais e um sargento da Marinha, por suspeitas de corrupção em contratos celebrados com uma empresa privada para a manutenção dos mísseis que equipam as três fragatas da classe Vasco da Gama.

CONTRAPARTIDAS

O montante total das contrapartidas em projectos de investimento, obtidos com a compra de equipamento para as Forças Armadas, ascende a três mil milhões de euros. Deste valor, “estão por executar cerca de dois mil milhões de euros”, segundo o ex-presidente da Comissão Permanente de Contrapartidas (CPC), Rui Neves.

NOVA POLÍTICA

O novo presidente da CPC, embaixador Pedro Catarino, garantiu no acto da tomada de posse, em Janeiro deste ano, que aposta numa política de “transparência”, tendo em conta que os negócios de equipamento militar exigem confidencialidade, por razões de segurança do Estado.
António Sérgio Azenha

Fonte
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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lurker

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« Responder #3 em: Fevereiro 04, 2007, 03:24:30 pm »
Citação de: "AugustoBizarro"
Sendo assim, porque não o Exército (ou qq outro ramo), participar activamente na vida Económica? Montando Empresas, para se financiar e apoiar o Estado nesta "Guerra" em que o tamanho do Exército se poderia chamar PIB.

[...]

Na China isto já é feito à algum tempo:
http://en.wikipedia.org/wiki/People's_L ... nterprises


A China é a China. Uma grande parte da economia continua nas mãos de empresas estatais, não só na área da defesa.

No Ocidente, a linha de pensamento económica dominante priveligia a concorrência e a iniciativa privada.
O Estado deve manter-se longe de áreas de negócio potencialmente lucrativas e deixá-las para a iniciativa privada.
Ou como um amigo meu colocou o assunto: se uma empresa pública não tem prejuizo, não tem nada que ser uma empresa pública.