O que achei infeliz no meio disto tudo, e independentemente das polémicas à volta da sua morte, foi ver o Javier Solana, que pelo cargo que ocupa deveria ser mais diplomata e menos comicierio dizer que foi pena que ele tivesse morrido antes de ser condenado pelos crimes que cometeu.
Ou seja:
Para o chefa de diplomacia europeia não foi pena a perda de vida de um ser humano que por acaso estava na prisão, e onde seria suposto que fosse tratado com todos os cuidados que a civiluização ocidental impõem, mas a sua morte antes da conmdenação.
Ou seja, ainda:
Para Javier Solana, Milisevic já era culpado antes do veredicto do tribunal.
Para Solana nem seria necessário tribunal.
O que me leva a crer que o TPI de Haia não passava de facto de um tribunal mais politico que judicial, indo ao encontro das teses dos radicais e nacionalistas sérvios.
Na boa tradição stalinista ou de Saddam Hussein, primeiro mata-se e depois julga-se.
Solana, o TPI e a Europa sairam mal deste triste desfecho.