Portugal a retalho...

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TOMKAT

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Portugal a retalho...
« em: Junho 18, 2006, 01:54:23 pm »
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Livros: Grupo Bertelsmann investe milhões em Portugal
Bertrand comprada


A Bertrand está a um passo de ser vendida ao gigante livreiro Bertelsmann, mais precisamente através do Círculo de Leitores, empresa pertença daquele grupo alemão. O negócio, de dezenas de milhões de euros, estará concluído até meados de Julho.

Carlos Resende Duarte, administrador da Bertrand, confirmou ao CM “as negociações em curso”, mas não quis revelar mais pormenores

Confrontado com os rumores de que a maior rede de livrarias do País atravessa dificuldades financeiras – o que poderia explicar a venda –, Resende Duarte desmentiu e apenas adiantou que “o negócio deverá estar concluído em meados de Julho”.

A notícia, avançada ontem pelo jornal ‘Expresso’, vem criar um ambiente de incerteza e receio quanto ao futuro dos funcionários da Bertrand, segundo fontes da rede livreira, clima que o administrador do grupo desmente. “Está tudo tranquilo”, garante Resende Duarte.

Zita Seabra, ligada à Bertrand durante vários anos (deixou a empresa há ano e meio para fundar a editora Alêtheia) considera o negócio “positivo para o mercado de editores e livreiros que atravessa sérias dificuldades.” E mostra-se ainda confiante quanto ao futuro daquela empresa. “A Bertelsmann é um grupo muito importante, é a maior rede de editores e livreiros do Mundo, e, certamente, vai assegurar a continuidade da Bertrand.”

De acordo com fontes contactadas pelo ‘Expresso’, “a Bertelsmann pretende manter as duas organizações (Bertrand e Círculo de Leitores) com a sua personalidade própria, as suas marcas, a sua forma de trabalhar e a sua gestão”.

A Bertrand é a maior empresa do sector a funcionar em Portugal há mais de 270 anos e, a três meses de abrir mais duas grandes lojas – no Campo Pequeno e no Algarve –, soma já 47 espaços em todo o País.

NEGÓCIO DE MILHÕES

Composto por quatro empresas – a ‘holding’, a gestora da rede de livrarias, a editora das marcas Bertrand e Quetzal e a distribuidora –, o grupo Bertrand aliado ao Círculo de Leitores permitirá à Bertelsmann reforçar a presença em Portugal e combater taco-a-taco, na área do retalho, com a francesa Fnac.

A Bertrand edita ‘bestsellers’ como ‘O Código Da Vinci’ e prevê facturar, até ao final do ano, cerca de 50 milhões de euros.

Já o gigante alemão estende assim os ‘tentáculos’ que, além do sector livreiro, passam ainda pelo discográfico(detém a editora Sony/BMG) e pela televisão, através da participação de 33 por cento na Media Capital, empresa que gere a TVI.

O CM tentou ainda contactar o Círculo de Leitores mas, até ao fecho desta edição, tal não foi possível.

HISTÓRIA

DOIS SÉCULOS

A editora Bertrand foi fundada em Lisboa no longínquo ano de 1732 e desenvolve três actividades: a edição, a distribuição e a venda ao público de livros. Determinante na vida cultural, intelectual e académica portuguesa, pertenceu até 1994 a um empresário galego, Manuel Boullosa, passando então para as mãos do actual proprietário, José Sotto Mayor Mattoso.

47 LOJAS

Em Setembro, a Bertrand vai abrir mais dois grandes espaços de venda de livros ao público – um no Campo Pequeno, em Lisboa, outro no Algarve. A rede livreira detém 47 lojas e as mais recentes possuem auditório, ‘press center’, café e espaços infantis.


fonte: http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=205526&idselect=13&idCanal=13&p=200

A sangria continua...

Qualquer dia Portugal torna-se, de facto, sucursal de um pequeno grupo de multinacionias... :roll:
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

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Marauder

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(sem assunto)
« Responder #1 em: Junho 28, 2006, 04:09:14 pm »
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Bertelsmann efectiva compra da Bertrand

O DirectGroup Bertelsmann adquiriu a maior cadeia portuguesa de livrarias, a Bertrand, foi hoje anunciado em Guetersloh pelo grupo mediático alemão, em comunicado à imprensa.


As duas partes combinaram manter silêncio sobre o preço da transacção, diz-se ainda no comunicado.

«Continuamos a investir e prosseguimos de forma consequente a nossa estratégia», disse o director do Directgroup Bertelsmann, Ewald Walgenbach, citado no documento.

Com 48 filiais em todo o país, a Bertrand, que emprega cerca de 400 pessoas, tem a maior cadeia de livrarias em Portugal, e no ano passado teve um volume de vendas de 40 milhões de euros.

O principal accionista da Bertrand era, até ao momento, um grupo de investidores do Luxemburgo.

O DirectGroup pretende, «através de uma combinação mais estreita entre o clube livreiro e o comércio de livros», ganhar novos clientes, segundo o mesmo comunicado de imprensa.

Esta combinação «cria sinergias e acelera, simultaneamente, o nosso crescimento», disse ainda Walgenbach, lembrando que o DirectGroup Bertelsmann, após a compra da Bertrand, «passa a ter uma posição cimeira na venda de livros em Portugal».

Por sua vez, o director do DirectGroup para a Europa Central e Europa do Sul, Fernando Carro, afirma no mesmo comunicado que a Bertelsmann «ampliou os seus canais de distribuição», depois de passar a ter também em Portugal lojas de venda directa ao público.

Até agora, a Bertelsmann só vendia livros em Portugal de forma indirecta, através de agentes de vendas ou do correio, com o Círculo de Leitores, detido na totalidade pelo grupo alemão.

O DirectGroup lembra que o núcleo principal da Bertrand é a sua moderna cadeia de lojas, presentes em 18 cidades portuguesas, nomeadamente nos grandes centros, como Lisboa e Porto, mas também na Madeira e nos Açores.

O Grupo Bertrand inclui também a Editora do mesmo nome, uma das cinco maiores em Portugal, e um grossista de livros.

Quanto ao DirectGroup, a empresa do Grupo mediático Bertelsmann, o maior da Europa, para o sector livreiro e multimédia, tem mais de 35 milhões de clientes espalhados por 22 países, e uma posição de destaque no ramo a nível mundial.

Além dos clubes do livro, o DirectGroup Bertelsmann tem também clubes de CD e DVD, para corresponder à procura crescente dos novos meios audiovisuais.

Os membros dos clubes têm acesso à ampla oferta de livros, CD e DVD através de catálogo, Internet ou de um dos 650 centros do Clube e livrarias na Europa e na Ásia.

O DirectGroup Bertelsmann é uma empresa da Bertelsmann AG, tem 13500 funcionários e alcançou um volume de vendas s de 2,4 mil milhões de Euros, em 2005.

O anúncio da compra foi feito na véspera da realização em Lisboa de uma conferência de imprensa em que o presidente do Círculo de Leitores, João Alvim, deverá tornar pública a aquisição da Bertrand.

Até agora, nem o Círculo de Leitores, em Portugal, nem a Bertlsman, na Alemanha, se tinham disponibilizado para confirmar a notícia da compra iminente da editora, difundida por alguns órgãos de comunicação social portugueses.

Diário Digital / Lusa

27-06-2006 13:48:20

de:
http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro%5 ... news=68846

Done...

O que é realmente interessante é..

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Bertelsmann quer expandir após compra da Bertrand

O representante do grupo Bertelsmann em Portugal, João Alvim, anunciou hoje que a compra do grupo Bertrand vai envolver um primeiro investimento de 30 milhõees de euros, abrangendo a abertura de novas lojas no país e a expansão para Espanha.


Numa conferência de imprensa em Lisboa para anunciar a aquisição do grupo Bertrand pelo consórcio alemão, Alvim, presidente do Círculo de Leitores, escusou-se a revelar o valor do negócio, alegando tratar-se de matéria confidencial.

Esta compra envolve todo o grupo Bertrand, que emprega 350 trabalhadores, incluindo a cadeia de 48 livrarias, a editora e a distribuidora.

O representante da Bertelsmann garantiu que a aquisição não vai implicar despedimentos, mantendo-se também «em função toda a equipa de directores e quadros que ao longo destes anos construiu a empresa».

«Contamos - disse - com o engenheiro José Matoso e o doutor Resende Duarte na administração da sociedade livreira num período de transição que poderá ir até aos dois anos».

Ainda segundo Alvim, o nome da marca Bertrand vai manter-se, e as empresas adquiridas manterão igualmente «a sua independência, organização e estrutura».

Nos próximos dois anos, a Bertelsmann pretende investir 30 milhões de euros no grupo Bertrand, investimento que «vai permitir a sua consolidação financeira».

Questionado pela Lusa sobre a possível abertura de novas lojas no país, na sequência deste investimento, Alvim confirmou essa intenção, já constante - lembrou - dos planos da administração da Bertrand, mas escusou-se a precisar quantas.

Precisou, neste passo, que o investimento será também canalizado para a renovação e o alargamento de algumas das lojas no país, para o sector informático, e que «o modelo de negócio e know how da Bertrand será utilizado na expansão para Espanha».

Diário Digital / Lusa

28-06-2006 13:41:05


Se não somos nós a pegar nas empresas e a expandi-las (que requer dinheiro e boas decisões)...alguém fará por nós...

Mas não desanimes caro Tomkat....pode ser que um dia a Bertelsmann perca o interesse na Bertrand e meta à venda...podendo ser adquirido por empresas/investidores nacionais..

Entretanto...é um cavalo tuga com um cavaleiro alemão..
 

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Marauder

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(sem assunto)
« Responder #2 em: Junho 28, 2006, 04:21:37 pm »
E depois existem casos como este..

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Sara Lee vende Carnes Nobre à Smithfield

A Carnes Nobre foi englobada nos activos da indústria de transformação de carne vendidos pela Sara Lee ao grupo norte-americana Smithfields Foods, de acordo com um comunicado da multinacional que controlava a empresa de Rio Maior.


O negócio, anunciado esta terça-feira, deverá ficar concluído em Setembro após aprovação das autoridades competentes e marca a saída Sara Lee de uma empresa que controlava há cerca de 14 anos. Por seu lado, a Smithfield Foods é o maior grupo de transformação de carne de porco do mundo e detém subsidiárias em França, Polónia e Roménia.

Com base no acordo alcançado entre as partes, a Sara Lee vende todo o negócio de carnes (charcutaria, enchidos, fumados e enlatados), o qual tem sede operacional na Holanda, por um montante de 575 milhões de dólares (cerca de 458,5 milhões de euros), em dinheiro, mais 39 milhões de dólares relativos a responsabilidades com fundos de pensões.

Os activos de negócio englobam a empresa de Rio Maior e outras marcas com produção em França e no Benelux (Bélgica, Holanda e Luxemburgo). No total este negócio consolidou vendas de 1,1 mil milhões de dólares em 2005, e emprega 4.500 pessoas.

Contactada pelo Diário Digital, a administração da Nobre escusou-se a prestar quaisquer informações remetendo esclarecimentos adicionais para a companhia vendedora.

27-06-2006 16:12:17


de:
http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro%5 ... news=68845

Agora a questão é...teria uma administração portuguesa (não falo a nível da subsidiária, mas das decisões estratégicas feitas pela casa-mãe) feito melhores ou piores decisões que uma multinacional que se dedica exclusivamente a este negócio?....resposta...não há...mas em termos probabilísticos...seria mais vulneravel a erros e más decisões.

E, neste caso, após 14 anos de terem sido comprados pela Sara Lee, podemos falar de uma gestão danosa? Por vezes associa-se uma ideia negativa quando uma empresa é comprada por uma estrangeira..no entanto quando esta tem mais know-how e trás vantagens nem é assim tão mau...

mas há exemplos bons e maus..

Mas claro...se em tudo fosse igual, toda a gente preferia ter tugas..