Caros senhores:
Recorrentemente vejo temas neste fórum que são excelentes exercícios de imaginação (e é também para isso que ele existe, creio eu), mas que pouco podem passar "exercícios".
Apesar de Portugal ser rico em situações, na nossa história recente, em que primeiro se criaram as forças e só depois é que se foi arranjar doutrina ou missões para estas cumprirem, a lógica das coisas é exactamente a oposta. Primeiro surge a necessidade de cumprir determinada missão ou de suprir determinada lacuna. Só depois disso é que se pode pensar no sistema de armas ou na Unidade mais adequada para resolver o problema. A criação de uma nova Unidade só deve ocorrer quando é manifestamente necessária - quando já sabemos exactamente para o que ela vai servir.
Em conclusão: um bom exercício de imaginação - e bastante mais útil - é descobrir as tarefas e missões que as nossas Forças Armadas deviam ser capazes de cumprir (e não são) e depois pensar na adequação das Unidades existentes e, só no último patamar, considerar a criação de novas Unidades que possam colmatar aquilo que nenhuma pode.
Cumprimentos.
JL