Depois da polémica levantada pelo "Código Da Vinci" de Dan Brown,
nova polémica, talvez ainda maior, se espera com um livro a publicar no próximo ano, de um autor português práticamente desconhecido que aborda a morte do Papa João Paulo I, e que levanta questões que certamente iram por a Igreja Católica em polvorosa.
Excertos dum artigo da revista
ACTUAL do Expresso de sábado passado que fala sobre o livro e das "movimentações" que o texto já está a causar...
O enigma do Papa 263
João Paulo I foi assassinado por uma organização internacional mafiosa, à qual pertencem membros da Cúria Romana e Governos de países europeus.
Este é o enredo do romance que um autor português desconhecido já vendeu para mais de 50 países.
O Vaticano nunca deu explicações concretas sobre as causas da morte de João Paulo I. Nem perdeu tempo a refutar as inúmeras versões que surgiram sobre a possibilidade de, na noite de 28 de Setembro de 1978, o «Papa do sorriso» - como ficou cnhecido o Papa Albino Luciani - ter sido envenenado.
As suspeitas sobre o assassínio do Vigário de Cristo começaram a circular logo na manhã do dia seguinte, quando a agência noticiosa italiana ANSA revelou que a empresa funerária dos irmãos Signoracci fora chamada ás cinco da manhã, contrariando a hora oficial (5h30) da morte do Papa. Um enfarte de miocárdio foi a justificação inscrita no boletim de óbito difundido pela Santa Sé.
Mas agora, quase três décadas sobre o enigma que ainda ensombra a morte do 263º sucessor de Pedro, um português, Luís Miguel Rocha, promete no seu romance O Último Papa deslindar a trama urdida em torno do Papa Luciani, incriminando um conjunto de personalidades da Cúria Romana aliadas nesta conspiração com a Maçonaria - entre os quais surgem os nomes do cardeal Jean-Marie Villot, então sercretário de Estado da Santa Sé, o próprio secretário particular do Papa Luciani, o padre John Magee, e o cradeal Paul Marcinkus, que então presidia ao Instituto das Obras Religiosas (o banco do Vaticano) e actualmente está fugido da justiça italiana, que o acusou de implicação na morte de Roberto Calvi, o presidente do Banco Ambrosiano, associado a uma megafraude financeira conjuntamente com o IOR.
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E se a história de O Último Papa parte de uma conspiração que levou ao assassínio de João Paulo I, todo o enredo se sustenta na informação contida em documentação que o Papa tinha nos seus aposentos no dia da sua morte.
É aqui que a ficção pisa o território da realidade: além de documentos sobre a mudança radical das estruturas da Cúria Romana, o Sumo Pontífice estava na posse de uma lista, anotada por si, na qual o nome de gente da Igreja (bispos, sacerdotes, funcionários e cardeais da Cúria Romana) se mistura com membros de Governos e de instituições da alta
finança, políticos e militares de toda a Europa. O seu pecado era serem membros de uma organização secreta com obscuros interesses em todo o mundo...
Após a morte de João Paulo I, diferentes editores apostaram em livros que, argumentando a favor da tese da assassínio, dão conta de um concluio entre a Loja P2 (instituição maçónica italiana) e dignatários do Vaticano. Todos eles revelam contradições nas diversas informações oficiais da Sala de Imprensa da Santa Sé e nos relatos de várias testamunhas, como por exemplo o facto de não ter sido feita uma autópsia ao corpo do Papa Luciani e de se ter procedido ao seu embalsamento apenas 14 horas depois da morte, quando a lei italiana obriga a respeitar-se um período de 24 horas.
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Mas O Último Papa foi escrito com base em documentação do próprio Vaticano - «nomeadamente os papeis que João Paulo I tinha na mão na noite da morte», revela Luís Miguel Rocha, garantindo que apresentará as provas no lançamento do romance, cedidas por uma fonte do Vaticano «que não é clérigo nem português».
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«Um jornalista italiano enviara ao Papa uma lista com nomes de membros do Vaticano, ministros de Governos e clérigos de diversos países, incluindo portugueses, que pertenciam à Loja P2», sustenta o escritor...
«O Papa tivera conhecimento que o Vaticano lavava dinheiro do Banco Ambrosiano a da P2, emitira acções falsas nos EUA em nome de uma empresa de fachada e negociava o fabrico de mísseis na Argentina, além de outras actividades», revela L.M.Rocha, sem nunca deixar escapar algum sinal que denuncie a identidade da sua fonte em Roma e o cargo que exerce no interior da estrutura da Igreja Católica.
«Optei pela ficção para credebilizar o romance como prova documental», refere quando se lhe pergunta porque não preferiu limitar-se a expor aos leitores as provas documentais, a par das respectivas anotações explicativas.
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O Último Papa porém, revelará a quem foram enviaods esses documentos. Essa personagem, a principal do romance (e não o Papa como o titulo deixa presumir), é de origem portuguesa.
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MÁRIO ROBALO
Depois da polémica do Código Da Vinci, sem razão de ser a meu ver, pois o livro não passa de um bom romance nada factual, este livro promete ser explosivo pelo menos para a Igreja Católica a julgar pelo incómudo que Dan Brawn causou com o seu livro.
Pouco abonatório para a credebilidade do livro o comentário da contra capa que será escrito por Dan Brown.
Com curiosidade a proposta de alguns editores estrangeiros feita ao autor para a mudança de identidade do personagem principal do livro e a alteração do local de residência, que no livro é Lisboa, proposta rejeitado pelo autor.