O Último Papa

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TOMKAT

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O Último Papa
« em: Novembro 28, 2005, 04:48:41 am »
Depois da polémica levantada pelo "Código Da Vinci" de Dan Brown,
nova polémica, talvez ainda maior, se espera com um livro a publicar no próximo ano, de um autor português práticamente desconhecido que aborda a morte do Papa João Paulo I, e que levanta questões que certamente iram por a Igreja Católica em polvorosa.

Excertos dum artigo da revista ACTUAL do Expresso de sábado passado que fala sobre o livro e das "movimentações" que o texto já está a causar...

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O enigma do Papa 263

João Paulo I foi assassinado por uma organização internacional mafiosa, à qual pertencem membros da Cúria Romana e Governos de países europeus.
Este é o enredo do romance que um autor português desconhecido já vendeu para mais de 50 países.

O Vaticano nunca deu explicações concretas sobre as causas da morte de João Paulo I. Nem perdeu tempo a refutar as inúmeras versões que surgiram sobre a possibilidade de, na noite de 28 de Setembro de 1978, o «Papa do sorriso» - como ficou cnhecido o Papa Albino Luciani - ter sido envenenado.
As suspeitas sobre o assassínio do Vigário de Cristo começaram a circular logo na manhã do dia seguinte, quando a agência noticiosa italiana ANSA revelou que a empresa funerária dos irmãos Signoracci fora chamada ás cinco da manhã, contrariando a hora oficial (5h30) da morte do Papa. Um enfarte de miocárdio foi a justificação inscrita no boletim de óbito difundido pela Santa Sé.
Mas agora, quase três décadas sobre o enigma que ainda ensombra a morte do 263º sucessor de Pedro, um português, Luís Miguel Rocha, promete no seu romance O Último Papa deslindar a trama urdida em torno do Papa Luciani, incriminando um conjunto de personalidades da Cúria Romana aliadas nesta conspiração com a Maçonaria - entre os quais surgem os nomes do cardeal Jean-Marie Villot, então sercretário de Estado da Santa Sé, o próprio secretário particular do Papa Luciani, o padre John Magee, e o cradeal Paul Marcinkus, que então presidia ao Instituto das Obras Religiosas (o banco do Vaticano) e actualmente está fugido da justiça italiana, que o acusou  de implicação na morte de Roberto Calvi, o presidente do Banco Ambrosiano, associado a uma megafraude financeira conjuntamente com o IOR.
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E se a história de O Último Papa parte de uma conspiração que levou ao assassínio de João Paulo I, todo o enredo se sustenta na informação contida em documentação que o Papa tinha nos seus aposentos no dia da sua morte.
É aqui que a ficção pisa o território da realidade: além de documentos sobre a mudança radical das estruturas da Cúria Romana, o Sumo Pontífice estava na posse de uma lista, anotada por si, na qual o nome de gente da Igreja (bispos, sacerdotes, funcionários e cardeais da Cúria Romana) se mistura com membros de Governos e de instituições da alta
finança, políticos e militares de toda a Europa. O seu pecado era serem membros de uma organização secreta com obscuros interesses em todo o mundo...
Após a morte de João Paulo I, diferentes editores apostaram em livros que, argumentando a favor da tese da assassínio, dão conta de um concluio entre a Loja P2 (instituição maçónica italiana) e dignatários do Vaticano. Todos eles revelam contradições nas diversas informações oficiais da Sala de Imprensa da Santa Sé e nos relatos de várias testamunhas, como por exemplo o facto de não ter sido feita uma autópsia ao corpo do Papa Luciani e de se ter procedido ao seu embalsamento apenas 14 horas depois da morte, quando a lei italiana obriga a respeitar-se um período de 24 horas.
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Mas O Último Papa foi escrito com base em documentação do próprio Vaticano - «nomeadamente os papeis que João Paulo I tinha na mão na noite da morte», revela Luís Miguel Rocha, garantindo que apresentará as provas no lançamento do romance, cedidas por uma fonte do Vaticano «que não é clérigo nem português».
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«Um jornalista italiano enviara ao Papa uma lista com nomes de membros do Vaticano, ministros de Governos e clérigos de diversos países, incluindo portugueses, que pertenciam à Loja P2», sustenta o escritor...

«O Papa tivera conhecimento que o Vaticano lavava dinheiro do Banco Ambrosiano a da P2, emitira acções falsas nos EUA em nome de uma empresa de fachada e negociava o fabrico de mísseis na Argentina, além de outras actividades», revela L.M.Rocha, sem nunca deixar escapar algum sinal que denuncie a identidade da sua fonte em Roma e o cargo que exerce no interior da estrutura da Igreja Católica.

«Optei pela ficção para credebilizar o romance como prova documental», refere quando se lhe pergunta porque não preferiu limitar-se a expor aos leitores as provas documentais, a par das respectivas anotações explicativas.
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O Último Papa porém, revelará a quem foram enviaods esses documentos. Essa personagem, a principal do romance (e não o Papa como o titulo deixa presumir), é de origem portuguesa.
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MÁRIO ROBALO


Depois da polémica do Código Da Vinci, sem razão de ser a meu ver, pois o livro não passa de um bom romance nada factual, este livro promete ser explosivo pelo menos para a Igreja Católica a julgar pelo incómudo que Dan Brawn causou com o seu livro.
Pouco abonatório para a credebilidade do livro o comentário da contra capa que será escrito por Dan Brown.
Com curiosidade a proposta de alguns editores estrangeiros feita ao autor para a mudança de identidade do personagem principal do livro e a alteração do local de residência, que no livro é Lisboa, proposta rejeitado pelo autor.
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

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AugustoBizarro

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« Responder #1 em: Novembro 28, 2005, 04:13:36 pm »
Não surpreende. Esse tipo pratica a Difamação.

Um link muito interessante, e que também nos toca a nós , Portugueses.
http://en.wikipedia.org/wiki/Black_Legend



http://en.wikipedia.org/wiki/Black_Lege ... of_America

Some people feel that the United States mass media and government have propagated the legend to justify United States actions against Spain or Latin American countries, as in the Mexican-American War, the Spanish-American War or the colonization of the Philippines after the Philippine-American War. They allege that there exists clear evidence of the Black Legend in modern literature, movies, and web sites, such as in Dan Brown’s The Da Vinci Code and Steven Spielberg's Amistad. On the other side, the pirates of the Caribbean who used to attack defenseless Spanish merchant ships are turned into romantic and idealistic figures.


Bem, Dan Brown, caro amigo, todas as tuas obras vão ter a "honra" de ir para o meu Index.

http://en.wikipedia.org/wiki/Index_Libr ... ohibitorum
 

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fgomes

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« Responder #2 em: Novembro 28, 2005, 06:41:11 pm »
Realmente hoje basta qualquer coisa que fale em conspirações, com a Igreja Católica pelo meio, mais uma potente máquina de marketing, para atingir vendas astronómicas. O mais preocupante de tudo, é que conheço muita gente supostamente inteligente e que acredita piamente em tudo o que o Dan Brown escreve.
Enquanto estamos para aqui a discutir "conspirações", o problema do radicalismo islâmico vai-se agravando. Parecemos aqueles teólogos bizantinos que estavam a discutir o sexo dos anjos enquanto os turcos escalavam as muralhas de Constantinopla.
 

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TOMKAT

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« Responder #3 em: Novembro 28, 2005, 11:23:45 pm »
Citação de: "fgomes"
Realmente hoje basta qualquer coisa que fale em conspirações, com a Igreja Católica pelo meio, mais uma potente máquina de marketing, para atingir vendas astronómicas. O mais preocupante de tudo, é que conheço muita gente supostamente inteligente e que acredita piamente em tudo o que o Dan Brown escreve.
Enquanto estamos para aqui a discutir "conspirações", o problema do radicalismo islâmico vai-se agravando. Parecemos aqueles teólogos bizantinos que estavam a discutir o sexo dos anjos enquanto os turcos escalavam as muralhas de Constantinopla.


São as as incoerências da própria Igreja que propiciam oportunidades a pessoas como Dan Brown a explorarem essas mesmas incoerências.
A Igreja Católica tem muitos telhados de vidro que qualquer escritor mais ou menos habilidoso pode explorar, com evidentes proveitos financeiros,
ajudando a própria Igreja à festa ao dar publicidade gratuita a esses textos. O nosso castelhano, perdão português Sramago já se serviu disso,
com o Evangelho... tendo a ajuda da Igreja e de Cavaco para a promoção do livro.

O facto das pessoas acreditarem piamente nesse tipo de escritos é consequência das incoerências da própria Igreja que cria muitos anti-corpos na mente das pessoas, quanto mais a Igreja critica mais as pessoas tendem a acreditarem quem põe em xeque a Igreja.
Tenho amigos, cuja inteligência atesto, agnósticos como eu, mas menos exigentes na busca de confirmação da veracidade dos textos (falta da Net talvez), que assumem como verdadeiros os textos de Dan Brown.
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ALEA JACTA EST.....
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