Não sei os valores brutos que a venda de lítio teriam para os cofres do Estado. Mas uma coisa é certa, não dará para tudo, e ainda para mais se for para se gastar em grandes obras públicas que na maioria dos casos só servem os interesses de algumas elites.
Com ou sem investimento directo nas FA através do lucro do Lítio, Petróleo, Gás Natural ou qualquer outro produto, o importante era que isto gerasse o aumento do PIB, dinamizasse a economia e nos colocasse na rota da importância comercial global. A partir do momento em que o PIB crescer, e o dinheiro não for gasto a torto e a direito (que é o mais provável), então mantendo os 2% do PIB para as forças armadas implica automaticamente um aumento do valor investido nestas. É óbvio que havendo riquezas naturais a ser exploradas em Portugal, seria necessário um investimento inicial nas FA, até como forma de dissuadir algum potencial país cobiçador das ditas riquezas. Mas este investimento seria sobretudo inteligente e estratégico, e não para comprar 200 CC, 1 porta-aviões, etc.
O que não se pode fazer, é achar que se pode aumentar o salário mínimo para 3000 euros, fazer grandes e desnecessárias obras públicas, e feiras e estádios e afins. Não podemos achar que estamos num país de ricos, em que todos têm de ter um Ferrari e ser donos de um hotel, como acontece no EAU e demais países árabes. Nem podemos ter uma mão cheia de pessoas da elite a encher os bolsos à pala destes recursos e o resto do país a viver na idade da pedra.