Cerimónias Armisticio, Liga e fim Guerra do Ultramar

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Miguel Silva Machado

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Cerimónias Armisticio, Liga e fim Guerra do Ultramar
« em: Novembro 15, 2009, 09:38:37 pm »
Em 14 de Novembro realizaram-se, junto ao Monumento Nacional aos Combatentes do Ultramar, em Belém-Lisboa, as cerimónias conjuntas alusivas ao 91º Aniversário da Grande Guerra, ao 86º Aniversário da Liga dos Combatentes e ao 35º Aniversário do Fim da Guerra do Ultramar.

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Miguel Silva Machado
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Lusitano89

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Re: Cerimónias Armisticio, Liga e fim Guerra do Ultramar
« Responder #1 em: Novembro 15, 2009, 10:20:14 pm »
"Não esquecemos o sangue derramado"
por Manuel Carlos Freire


O ministro Augusto Santos Silva homenageou ontem os militares  mortos em nome de Portugal, com um discurso de improviso na cerimónia  evocativa do fim da I Grande Mundial e do conflito colonial, junto  do Monumento aos  Combatentes do Ultramar, em Lisboa, na qual  voltou a marcar pontos junto das Forças Armadas.


O ministro da Defesa fez ontem, em Lisboa, um discurso de evocação e exaltação dos combatentes portugueses que lutaram e morreram durante o século XX.

Augusto Santos Silva foi um dos oradores da cerimónia evocativa do 91º aniversário do Armistício, dos 35 anos do fim da Guerra Colonial e do 86º aniversário da Liga dos Combatentes, realizada junto do Monumento alusivo aos militares que morreram no Ultramar, em Lisboa, e onde intervieram ainda o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), general Valença Pinto, e o presidente da Liga, general Chito Rodrigues.

"Não esquecemos o sangue derramado e estamos atentos aos problemas que afectam" os antigos combatentes, em particular os deficientes militares. "Por isso nos curvamos perante os três corpos dos militares tombados na Guiné e pelos 53 soldados" que viram os seus nomes inscritos numa placa ontem descerrada (ver foto em baixo), sublinhou Santos Silva, num discurso de improviso que, segundo diversos oficiais, causou forte impacto junto dos muitos militares convidados.

"Combatentes somos todos nós, (..) em nome dos nossos valores e interesses, porque a defesa nacional é uma competência e responsabilidade de todos nós", frisou o ministro, que se dirigiu depois aos "combatentes de hoje" para saudar o seu esforço em prol da "paz e desenvolvimento" quando cumprem missões no estrangeiro - de que são exemplos o processo de Cooperação Técnico-Militar com os países africanos lusófonos ou a presença no Afeganistão, Kosovo ou Líbano.

"São engenheiros e engenheiras da paz", porque "asseguram a defesa" do País, "salvam vidas" nas chamadas missões de interesse público, porque contribuem para a estabilidade e segurança da comunidade internacional, realçou Santos Silva.

O CEMGFA,na qualidade de orador convidado, destacou a importância da condição militar - que"não pretendendo ser a primeira, é absolutamente específica e singular entre todas as condições" - que decorre do exemplo dos militares que têm lutado pelo País. "Ser combatente militar é uma forma absoluta de paradigma de serviço. (...) Esta é a perspectiva que torna identicamente inaceitáveis a busca de injustificados privilégios e qualquer omissão dos poderes públicos perante a necessidade de, com adequação e oportunidade, reconhecer, respeitar e cuidar. São aliás duas perversões que mutuamente se alimentam, o que redobra a sua inaceitabilidade", disse Valença Pinto.

Aos jornalistas, Santos Silva saudou a "excelente ideia da Liga dos Combatentes" em evocar, pela primeira vez com carácter oficial, o fim das guerras coloniais em África e os portuguesas que nelas morreram - assim como na I Guerra Mundial. Esses "jovens deram o seu melhor" e "executaram missões" atribuídas pelo poder político, pelo que "devemos homenagear a forma como [as] cumpriram".

in DN