Há cerca de 20 anos que o subsídio para fardas da PSP e da GNR não é actualizado. Segundo avança a edição do Diário de Notícias (DN) desta quinta-feira, o valor mantém-se nos 5,5 euros (1100 escudos) desde 1989. O preço da roupa está sete vezes mais caro e os polícias recorrem à candonga.
De acordo com o DN há mesmo quem já tenha sido alvo de processo disciplinar por trabalhar com as calças rotas. Na próxima segunda-feira, várias estruturas sindicais vão reunir-se para ponderar formas de protestos contra esta situação e outras «injustiças».
Contactada pelo DN a direcção nacional da PSP confirmou que o subsídio não é actualizado desde 1989. Há cerca de dois anos terá havido uma ruptura de stocks, mas agora não há constrangimentos, referiu a mesma fonte.
Comprar na candonga
O verdadeiro problema para as forças de segurança, neste momento, é o preço da roupa. Por ano, os polícias recebem 66 euros de subsídio, mas se as camisas há 20 anos custavam um euro, agora 7,5 euros. Pior é a roupa de cerimónia: uma camisa branca chega aos 77, 93 euros. Já é mesmo permitido a aquisição das fardas a prestações, descontadas nos salários.
Para não ter fardas velhas, há polícias que recorrem às feiras. Uma mulher polícia explicou ao DN que nos ciganos «compra os sapatos de serviço por cinco euros», enquanto no depósito da PSP estes podem custar 23 euros.
Fonte: IOL Diário