Governo vai comprar três helicópteros e 70 ambulâncias

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ricardonunes

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Governo vai comprar três helicópteros e 70 ambulâncias
« em: Abril 03, 2007, 08:31:13 pm »
Como não sabia onde colocar esta noticia, abri novo tópico.
Pergunto-me, agora é moda cada ministério ter a sua frota aérea :?:

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O ministro da Saúde, Correia de Campos, anunciou hoje, no Parlamento, o desbloqueio de verbas financeiras referentes a 2007/08 para a aquisição de três helicópteros e 70 ambulâncias de suporte imediato de vida para a emergência médica.

      A informação foi adiantada em sede da comissão parlamentar de Saúde, onde o governante informou ainda que serão desenvolvidos mecanismos de equiparação de notas para os estudantes de medicina portugueses que tiram os seus cursos no estrangeiro.

      Até agora era atribuída nota 10 a todos esses alunos quando chegavam ao sistema português de saúde.

      A alteração legislativa será em breve promulgada e publicada, referiu.

      O ministro aproveitou para dar a conhecer os traços gerais da presidência portuguesa da União Europeia no sector da Saúde, referindo o agendamento de um conselho de ministros no início de Dezembro em Bruxelas e de duas reuniões técnicas.

      Também em discussão esteve a preparação de uma directiva europeia sobre o sistema de saúde no espaço comunitário, sobre o qual o Governo defende a continuação da autonomia dos Estados na sua definição.

      O tema da directiva será alvo de uma discussão posterior, com documentos traduzidos para a língua portuguesa, como foi hoje exigido pelos deputados.

      Durante a reunião, a maior polémica centrou-se novamente na reforma dos serviços de urgência e no que o Bloco de Esquerda apelidou de "SAPgate".

      Depois de manifestar o seu "orgulho" com os resultados do Sistema Nacional de Saúde em 2006, que demonstram um "controlo da despesa e aumento da produção em todas as áreas", o ministro foi alvo dos ataques da oposição.

      Os deputados repetiram acusações sobre a existência de um relatório secreto da Comissão Técnica de Apoio à Requalificação das Urgências, que alegadamente escondia o número de Serviços de Atendimento Permanente (SAP) a encerrar.

      A oposição também insistiu no alegado aumento do afluxo de doentes às urgências hospitalares devido ao fecho dos SAP.

      Numa alusão a uma frase anterior do ministro - que se considerou "o maquinista" do aparelho da Saúde - o deputado do PCP Bernardino Machado ironizou que Correia de Campos "tem mais características de fogueiro do que de maquinista e actualmente conduz uma automotora que qualquer dia encalha num ramal sem saída".

      A deputada do CDS/PP Teresa Caeiro acusou o Ministério da Saúde de política "de trapalhada ziguezaguiante e de avanços e recuos conforme as contestações e corporativas".

      Pelo PSD, Carlos Miranda exigiu a garantia do ministro de que áreas como o centro de atendimento telefónico, os transportes pré- hospitalares ou a formação dos quadros hospitalares estarão em funcionamento até ao final do primeiro semestre do próximo ano, data para a qual o Governo anunciou o funcionamento em pleno das 83 unidades da rede de urgência.

      Em resposta, o ministro negou qualquer tipo de secretismo no processo e reafirmou a sua defesa dos "cuidados primários bem organizados" para reorganizar um sistema de saúde com 25 anos de idade e que levará 10 para ser reformado.

      Correia de Campos insistiu que o Governo irá escrutinar as iniciativas privadas de cuidados de saúde que surjam em zonas onde vão ser encerrados serviços de saúde públicos, exigindo condições idênticas às impostas no sector público e avaliando as circunstâncias de cada local para decidir qual o modelo a aplicar.
JN
Potius mori quam foedari
 

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João Oliveira Silva

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« Responder #1 em: Abril 03, 2007, 08:38:43 pm »
O INEM já opera dois helicópteros.
São alugados em contratos pluri-anuais e, segundo creio, um está estacionado em Tires, destinado a sul de Santarém, e outro está estacionado no Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, destinado a norte de Santarém.
Trata-se de substituir os alugados por frota própria. Acho bem.
Tanto mais que o INEM é pago por todos nós, via imposto directo acrescido ao seguro automóvel e nos últimos anos têm tido excedentes orçamentais que sistemáticamente têm transferido para o Ministério da Saúde.
Cumprimentos,
 

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ricardonunes

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« Responder #2 em: Abril 03, 2007, 08:52:33 pm »
E os quatro helis ligeiros que vão ser adquiridos pelo MAI, não puderiam executar essa missão :?:

Eu sei que é muito prematuro para se estar a especular sobre o assunto, isto é mais uma promessa e não passa disso, mas fico possesso a ler este tipo de noticias quando andam constantemente a dizer que "as contas não estão equilibradas, é preciso apertar o cinto, etc, etc..."
Potius mori quam foedari
 

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typhonman

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« Responder #3 em: Abril 03, 2007, 09:00:50 pm »
Acho bem, poderia era ter-se adquirido uma mesma familia de helis. Era uma questão de analisar qual o meio que servisse os requisitos do MAI INEM.
 

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Fireman Sam

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« Responder #4 em: Abril 05, 2007, 03:04:35 am »
O ideal mesmo era termos políticos em condições... Ora vejamos nestes últimos anos foram ou vão ser comprados helis para a FAP, Marinha, UALE, SNBPC/GNR/EMA e agora para animar ainda mais a festa o INEM.

Não seria vantajoso em todos os aspectos e aproveitando a criação da Linha de manutenção da Agusta-Westland a montar no nosso país que se fizesse uma uniformização dos helis para todos estas entidades?
Cumprimentos

Sandro Magalhães

Litografia Asas de Portugal 30 Anos (1977-2007)

Em produção: Esq. 103, Esq. 201, Esq. 301, Esq. 501, Esq. 552, Asas de Portugal e Rotores
 

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lurker

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« Responder #5 em: Abril 05, 2007, 01:18:18 pm »
Citação de: "Fireman Sam"
O ideal mesmo era termos políticos em condições... Ora vejamos nestes últimos anos foram ou vão ser comprados helis para a FAP, Marinha, UALE, SNBPC/GNR/EMA e agora para animar ainda mais a festa o INEM.

Não seria vantajoso em todos os aspectos e aproveitando a criação da Linha de manutenção da Agusta-Westland a montar no nosso país que se fizesse uma uniformização dos helis para todos estas entidades?


Vantajoso talvez, realista não.

Realisticamente, teria sido possivel e vantajoso se os eventuais helicópteros para o INEM tivessem sido adquiridos em conjunto com os helicópteros ligeiros para o SNBPC/GNR/EMA se a decisão tivesse sido tomada atempadamente.
E parece-me possivel que os helicópteros a adquirir venham a ser do mesmo modelo.

Mais que isso, é extremamente improvável.
Ter cá uma linha de manutenção é uma vantagem para a Augusta-Westland que lhe permite mais facilmente oferecer contrapartidas maiores em futuros concursos mas não é um factor absolutamente decisivo.

E se bem me lembro, não houve nenhuma proposta no concurso para o MAI com helicópteros A-W: só havia Aerospatiale, Eurocopter, Kamov e PZW (em várias misturas). Mas não encontro a lista de concorrentes agora.
 

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Raul Neto

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« Responder #6 em: Abril 05, 2007, 06:52:12 pm »
Na sequência do que disse o Sandro, e dado que estou em acordo com ele, a termos ido pelo Agusta A-109, poderiamos ter optado por adquirir o A-109 e o A-109 Maxi (versão para Medvac), aparelho que o INEM até já alugou.
 
Mas também é verdade que a escolha para hélis ligeiros por parte do MAI foi o AS-350 B3. Parece-me ser um aparelho muito limitado para Medvac, pelo que seria quanto a mim uma estranha aquisição para o INEM (espaço da cabina interior muito limitado), se bem que não é de todo improvável, dado o seu custo muito reduzido.
 

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Raul Neto

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« Responder #7 em: Abril 05, 2007, 07:21:21 pm »
Mas os hélis são para substituir os alugados :?:

hmmmm ouvi dizer que seriam para complementar os actuais, para poder-se cobrir eficazmente as regiões do interior.

Por outro lado faço notar que, pelo menos no caso de Macedo de Cavaleiros não está prevista a aeronave ser dotada de um médico, ou seja não terá capacidade para fazer suporte avançado de vida. estranho que o INEM deixe de ter aparelhos com pessoal médico a bordo, mas vamos ver.
 

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Fireman Sam

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« Responder #8 em: Abril 05, 2007, 07:34:56 pm »
Raul pelo que sei haverá ainda um a operar na zona centro na pista das Moitas em Prôença-a-Nova (distrito de Castelo Branco) e outro em Odemira (distrito de Beja) para cobrir a zona sul do país.
Cumprimentos

Sandro Magalhães

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