« em: Outubro 03, 2006, 11:27:11 pm »
http://www.youtube.com/watch?v=aW8ZHDFS ... ed&search=A Procuradoria-Geral espanhola está a investigar um polémico vídeo em que jovens encapuzados simulam entrar no parlamento, em Madrid, e roubar a cadeira do presidente do governo, escreve a agência Lusa.
Inicialmente considerado real, o vídeo acabou por ser identificado como uma acção de publicidade encomendada pelas Nações Unidas a uma agência publicitária espanhola que mistura imagens reais do parlamento com outros cenários, recriando a ideia do roubo da cadeira de José Luis Rodríguez Zapatero.
O vídeo, distribuído no fim-de-semana na Internet e desde aí reproduzido nos principais órgãos de informação do país, aparenta mostrar os jovens a entrar no parlamento, por uma das janelas laterais, conseguindo depois roubar a cadeira do primeiro-ministro.
Na mesa do presidente do governo deixam uma mensagem manuscrita com a frase «Zapatero, a 16 de Outubro, em pé, contra a pobreza».
Depois de visionado por centenas de milhares de pessoas na Internet, foi confirmado que se tratava de um trabalho publicitário encomendado pelo gabinete da Campanha do Milénio da ONU em Espanha.
O objectivo, segundo um porta-voz da campanha «Sem desculpas 2015» - que relembra os objectivos do Milénio -, era chamar a atenção sobre a próxima acção de luta «Levanta-te contra a pobreza», prevista para 15 e 16 de Outubro.
Nesse sentido, o mesmo porta-voz apelou para que não seja processado qualquer responsável pela acção dos jovens, em particular o funcionário do parlamento que sexta-feira terá permitido o acesso ao edifício para recolha de algumas das imagens usadas no vídeo.
Fonte do parlamento confirmou que o funcionário já foi suspenso e está a ser alvo de uma investigação disciplinar.
A agência Tiempo BBDO, que idealizou o vídeo, anunciou que não cobrou dinheiro à ONU pela campanha.
Apesar da aparência inicial de que se trata de um «assalto» ao congresso, as imagens mostram que os jovens trepam a uma janela com um varandim que não existe naquele edifício e que parte das salas onde passeiam têm um chão diferente do existente no parlamento.
Apesar da natureza do vídeo, o assunto foi remetido à Procuradoria-Geral do Estado e todos os grupos parlamentares consideraram válidas as medidas disciplinares e legais adoptadas pela Secretaria-Geral do parlamento.
http://www.portugaldiario.iol.pt/notici ... div_id=291