Saudações guerreiras
Eu peço imensa desculpa, mas alguém pode-me explicar como é que a reimplementação do SEN (e provavelmente da sua panóplia de testes de selecção menos rigorosos) pode garantir um qualidade geral dos militares superior à do actual RC, em que o conjunto de testes físicos, médicos e psicológicos é muito superior?...Já para não falar de questões como a motivação e a possibilidade de se ter períodos de instrução maiores...
Embora tenha andado por pouco tempo nas fileiras das FA, não sei responder se o controlo de admissão para RC e mais tarde para o QP (talvez somente depois de ter passado pelo regime de contrato, excepto para os oficiais com origem nas academias, lógico) seria rigoroso ou não. A percepção que tive, é que não era. Agora não sei se para todos ou só para os Praças. Não me lembro, sequer, de ter perguntado, quando por lá andei, como era para aqueles que cumpriam o SEN na classe de Sargentos e Oficiais. Deve haver aqui gente que sabe melhor disto tudo.
Como já disse, para mim vejo com muita utilidade o regresso do serviço militar obrigatório pelas razões já apontadas, principalmente. Para mim não vejo que possa haver um retrocesso ao antigamente, porque aquilo que se discute(?) ou o que está em causa é o futuro. Se é o futuro então tenho que partir do princípio que as coisas têm uma doutrina atualizada para responder ás exigências. A aprendizagem e/ou do inglês revela-se de capital importância, por exemplo.
Para mim passa um contingente reduzido e altamente operacional e esses sim, 100% profissionalizados, mas assente num SMO onde se faz a escolha dos melhores, apertando com um maior tempo de permanência nas fileiras das FA, com aqueles que demonstrassem querer ingressar numa outra força de segurança PSP, GNR, Guarda Florestal, PJ, etc., por exemplo, ou então admitir os meninos e meninas nas respetivas forças ou quadros da função pública, mas antes de começarem a passar multas ou a redigir o acordão do juiz, era mandá-los marchar em primeiro. Ideias não faltam. Não sei se boas ou más, mas comigo era pão, pão, queijo, queijo. Nem era preciso mudarem a lei para ser obrigatório o serviço militar. Bastava simplesmente pôr como requisito principal ao acesso á função pública, a passagem pelas FA´s e sem esse nada feito. Aposto que candidatos não faltariam, nunca!!
O fim do SMO foi só em 2004, ou seja, há dois anos. Por isso mesmo, posso aceitar (ainda) que, embora muita coisa já pudesse estar prevista, há sempre outras que surgem, fruto dessa mesma mudança. Neste caso, creio que se deva (ainda(?)) dar tempo ao tempo, mas não quero dizer com isto que concorde com este sistema, como já puderam ter reparado. Para mim toda a gente devia entrar. No tempo do ultramar, dizia-se que até coxos eram recrutados para carregarem com a G-3… Será que foi por causa disso que se perdemos a guerra? Bom… agora também não exageremos, claro!!!
Para que é que serviram aqueles anos e anos de SMO “ás três pancadas” de 4 meses? Era um tempo de transição com o propósito de prepararem (leia-se reformar) a estrutura com vista ao implemento das FA totalmente profissionalizadas (leia-se modas).
Cumprimentos