Mafets disse :
"Colonialismo em África? Mas desde quando o mesmo acabou? Basta ver que depois de todos se terem unido para escorraçar Portugal de África quem para lá foi: Desde Russos a Chineses, passado pelos Europeus e EUA, foi tudo a ir à cata dos recursos..."
C'est ici que le bât blesse !!
A luta pelos recursos !
Portugal perdeu este combate em 25.04.1974. Portugal perdeu porque era fraco : fraco povo e fracos lideres. Resta-nos a sopa dos pobres e a diluição no espaço europeu.
Os EUA sempre quizeram dar a imagem de paladinos do anti-colonialismo mas continuam a evidenciar a sua verdadeira natureza : predadores ! predadores em concorrência com outros predadores como a China. A Historia dos predadores norte-americanos começou com o genocidio das nações indias, as "first nations". A Historia deste genocidio ainda esta por contar. Falta talvez aos indios norte-americanos o estatuto de "povo eleito". Faltam-lhes figuras como Rothschild ou Karl Marx.
Os recursos inexplorados estão em Africa e nos oceanos. Os recursos africanos são mais faceis de usurpar e de explorar. O AFRICOM é ou vai ser, uma espécie de Afrika Korps, instrumento moderno do colonialismo norte-americano em Africa. Esta historia das raparigas raptadas, penso eu, vai servir de pretexto para uma ocupação do terreno.
Portugal perdeu por um conjunto de razões, sendo uma das principais "aqueles muitos que não o deixaram ganhar". E nesses não se inclui o povo porque dos 9000 mortos do ultramar retira-se a classe politica dominante e a que veio a seguir, junto com as famílias dominantes e que vieram a dominar o pais, pois desses concerteza ou por "cunha" ou por fuga nenhum "lá colocou os costados". De resto, e comparativamente a outras guerras de outros países não me parecem que estes possam dar lições de algum tipo a Portugal. Já politicamente a trampa é toda igual, na substância e no cheiro, seja cá ou na restante europa.
EUA, UE, RUSSIA e CHINA são potencias Mundiais e Regionais, portando-se todas de forma igual (Portugal também o foi no passado e quando Indianos e Árabes "se armaram aos cucos" por causa do negócio das especiarias Afonso de Albuquerque não teve problemas nenhuns em os "meter na ordem" a tiro de canhão". Aproximadamente 500 anos depois fizeram-nos exactamente o mesmo em Goa, Damão e Diu). Se falamos de genocídios, seja no Tibete, nos Campos de Re-educação, nas Balcãs ou da população não caucasiana não saímos daqui. Índios a mesma coisa pois temos de falar nas tribos da América do sul e central, já para não falar das da América do Norte a que se estende as tribos canadianas (embora a politica dos casinos tribais tenha de alguma forma amenizado a injustiça das massacres e da prisão das reservas, pelo menos para os lideres tribais). Não é preciso um iluminado que conte aquilo que quem tem "dois palmos de testa" e não acredita na verborreia dos média, já sabe, mas o mesmo se passa com as tribos africanas que mesmo sem europeus sempre se mataram umas às outras: Basta ver os Zulos e os Xhosas. Portanto, o que não faltam são predadores mesmo entre os próprios "explorados" e "oprimidos africanos", que até arranjam uns lideres tribais e locais modernos para os explorar (com mais ou menos patrocínio dos de sempre).
Os EUA, UE, Russia e China ocupam faixas de terreno consideráveis por esse mundo fora (já parece a propaganda do muro de Berlim nunca extensível ao de Nicósia, ignorado por todos à excepção dos milhares de capacetes azuis que lá estão diariamente). Desde as ilhas americanas, à Guiana Francesa, ao Belize Britânico, passando pela Crimeia e acabando nas pretensões chinesas que vão pasme-se até ao Vietname, para mim é tudo colonialismo puro e duro. E apenas tem a ver com os recursos e nada mais, mas desenganem-se aqueles que acham que os colonialistas já não estão em África, pois eles de lá nunca saíram (na verdade vão-se revisando). Por exemplo o problema do Sudão chama-se petróleo e até o combate à pirataria (que são meia dúzia de tipos em botes com RPG e Ak-47), agora se chega à conclusão que bastavam forças de segurança privada nos cargueiros e não era preciso frotas inteiras e dispositivos megalómanos. Ou seja, muda-se as moscas e trampa é exactamente a mesma. E se não forem as virgens ou o AFRICOM ha-de ser outra razão qualquer para la se irem meter e enganar os otários com as tretas dos direitos humanos, embora em casos como o Zimbabwe nem seja preciso já que quem está lá no poder dá boa conta do recado.
Cumprimentos
