uma coisa é essencial aos governos – a autoridade, no sentido de possibilidade constitucional e efectiva de governar.
É absolutamente verdade. O governo deve ter essa possibilidade e autoridade.
os diferentes poderes funcionam de tal sorte que os governos ou não existem ou não governam: defendem-se.
Infelizmente é verdade em muitos casos, e tem sido verdade em muitos casos. A comunicação social, também ajuda a manter os governos na defensiva, com campanhas periodicas contra os governos.
Ao mesmo tempo, os governos em muitos casos têm sido irresponsáveis, por causa das más escolhas dos seus membros, e da facilidade com que os membros dos governos criam razões para que o governo fique na defensiva.
Vide caso Mario Lino, ou as constantes gaffes de Freitas do Amaral.
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Se os grupos partidários a cada momento se consideram candidatos ao Poder (...) a maior actividade (...) não se concentra nos problemas da Nação e na descoberta das melhores soluções, mas só na luta política.
Este é um problema português há muitos e muitos anos.
Atravessámos o século XIX com este problema.
Com a República, foi mais do mesmo, e a República afundou-se vitima dessa incapacidade dos politicos de colocarem os interesses do país à frente dos interesses da sua família politica.
A confusão acabou numa ditadura de 48 anos, que acabou durando tanto tempo, que caiu vítima do problema oposto, ou seja, a necrose social decorrente da manutenção no poder e durante demasiado tempod a mesma clientela no poder.
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As soluções para este tipo de problema são poucas, e embora eu seja por principio contrário a sistemas não proporcionais de representação parlamentar, creio que chegámos a um ponto em que devemos encetar um novo caminho, para que se perca o fatídico hábito de mudar de governo como quem muda de camisa, mesmo que exista uma maioria no parlamento.
Ou mudamos o sistema eleitoral, incluindo formulas para punir ferozmente e exemplarmente o caciquismo bairrista, ou então precisamos de acabar com o sistema parlamentar e implantar um sistema presidencialista.
Cumprimentos