Moi ->
Este é naturalmente um tema interessante, e que dá muito para falar, creio que devemos criar um tópico específico para discutir os assunto.
Não me é possível neste momento contestar os pontos de vista que apresenta.
Mas, naturalmente, não estou de acordo com eles

Isto, levado sempre em consideração que eu também acho a guerra um erro. Estou de acordo com a questão que apontou relativa a parte dos colonos ter um nível de vida superior ao dos soldados que foram enviados da "metropole" para os defender.
No entanto, as análises tácticas e as micro-análises, indicam uma realidade muito diferente da ideia genérica sobre a situação em 1973-1974.
São os pequenos sinais, as pequenas notícias, as pequenas reacções, os pequenos comentários de Mário Soares e de outros "líderes" que me levaram a mudar de posição ao longo dos últimos anos relativamente à descolonização.
Há demasiada areia atirada para os nossos olhos. Mas há pessoas que entendem porque é que os olhos ardiam.
Há coisas na "Estoria" que nos contam, que não fazem sentido. A começar pelos negócios de alguns dos capitães de Abril, em Angola nos anos a seguir à independência.
Volateremos ao tema mais tarde, mas infelizmente não posso prolongar-me, porque tería que ír à procura de citações e de livros onde tenho passagens sublinhadas. São as passagens e os recortes que me permitiram criar uma imagem muito diferente daquela que é oficialmente aceite.
A questão da descolonização é extremamente complexa, e a razão da existência do império, tem a ver com as razões que estão na origam da expansão ultramarina.
Eu, recuso-me a olhar para Portugal com os olhos da racionalidade europeia redutora, originária em Bruxelas, eurocentrista por natureza e anti-atlântista por opção.
Até mais tarde.
Cumprimentos