Devemos abandonar os canhões de 100mm ?
Desde há há uns tempos, tenho vindo a considerar uma questão que me parece cada vez mais pertinente.
Quando Portugal adquiriu as fragatas Vasco da Gama, a opção pelos Creusot-Loire de 100mm pareceu a opção lógica, dado - por uma questão de harmonização - fazer sentido que as corvetas Baptista de Andrade, as fragatas João Belo e as Vasco da Gama, utilizassem todas as mesmas peças principais de 100mm, embora existam diferenças entre elas.
Com a futura chegada das fragatas da classe Oliver Hazard Perry, a marinha portuguesa, vai passar a utilizar uma peça, até agora ausente dos nossos arsenais, que é a torre de 76mm de tiro rápido.
Como os próprios franceses parecem estar a seguir no sentido de descontinuar o calibre 100mm, e porque não faz sentido que optemos por calibres que cada vez são menos utilizados, o que deverá acontecer no futuro?
Com o desaparecimento das fragatas João Belo, e corvetas Baptista de Andrade, apenas as Vasco da Gama ainda utilizam aquele tipo de equipamento, que de qualquer forma está um pouco antiquado, embora possa ser repotênciado.
Já aqui falámos da possibilidade de construir uma sub classe de patrulhas oceânicos, mais armados, que pudessem ser utilizados em situações de baixa intensidade. Uma das possibilidades aventadas, era exactamente a possibilidade da colocação da torre de 100mm numa dessas unidades.
Não se sabe se a colocação de uma torre de 22 toneladas à proa de um NPO provoca grande instabilidade no navio, mas, também não nos podemos esquecer que as actuais corvetas, são mais pequenas que os NPO e estão armadas com a peça de 100mm.
Portanto, se houvesse uma opção por armar três novos NPO, deveria a opção ser para peças de 76mm ?
Haverá alguma coisa que se possa ainda fazer com as peças de 100mm, que não seja manda-las para o ferro-velho, ou transforma-las em peças de museu?
Cumprimentos