China pode anexar regiões da Rússia, alerta relatório das ‘secretas’ russasA Rússia teme que a China possa anexar parte da sua região do Extremo Oriente, incluindo a cidade portuária de Vladivostok, segundo se pode ler num documento do Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB).
O documento interno de oito páginas do FSB, obtido pelo ‘The New York Times’, revelou que, apesar da projeção externa do presidente russo Vladimir Putin de laços calorosos com o líder chinês Xi Jinping, teme que Pequim esteja “a tentar invadir” o território russo.
Moscovo e Pequim estreitaram laços nos últimos anos, apesar da invasão da Ucrânia pela Rússia, com Putin e Xi a declarar uma “parceria sem limites” em 2022.
Segundo a publicação americana, o documento “oferece a visão mais detalhada dos bastidores até o momento sobre o pensamento da contra-inteligência russa sobre a China” e descreve “uma batalha de inteligência ‘tensa e em desenvolvimento dinâmico’ nas sombras entre as duas nações aparentemente amigáveis”.
O documento sem data parece ter sido escrito no final de 2023 ou início de 2024, de acordo com o ‘Times’. Uma unidade do FSB, não divulgada anteriormente, referiu-se à China no documento como “o inimigo” e como uma séria ameaça à segurança nacional russa.
O relatório destacou a desconfiança profundamente enraizada da Rússia em relação à China, do outro lado da fronteira partilhada de 4.219 quilómetros, e aponta como os nacionalistas chineses há muito desafiam os tratados do século XIX, pelos quais a Rússia adquiriu vastos territórios, incluindo o que hoje é Vladivostok.
Vladivostok foi cedida à Rússia czarista em 1860 pelo Tratado de Pequim, que estabeleceu a fronteira entre a China e a Rússia ao longo dos rios Amur e Ussuri: este acordo concedeu à Rússia o controlo de Vladivostok, uma importante cidade portuária no Extremo Oriente russo.
Segundo o FSB, a China tem procurado reforçar as suas reivindicações históricas no Extremo Oriente russo pesquisando vestígios de “antigos povos chineses” na região. Em 2023, o Ministério de Recursos Naturais da China determinou que os novos mapas usem os nomes chineses para Vladivostok e outras sete cidades da região.
O memorando do FSB também alegou que agentes de inteligência chineses estão interessados no Ártico e na Rota do Mar do Norte, localizada na costa norte da Rússia. A rota, que reduz significativamente o tempo de transporte entre a Ásia e a Europa, permitiria à China exportar os seus produtos com mais eficiência.
Além das preocupações territoriais, o serviço de segurança de Putin está preocupado que a inteligência chinesa esteja a recrutar espiões russos, tentando obter tecnologia militar sensível e reunindo informações sobre as operações da Rússia na Ucrânia para aprender mais sobre tecnologia e guerra ocidentais. “O documento descreve desconfiança e suspeita de ambos os lados do relacionamento”, informou a publicação.
https://executivedigest.sapo.pt/noticias/china-pode-anexar-regioes-da-russia-alerta-relatorio-das-secretas-russas/?utm_source=SAPO_HP&utm_medium=web&utm_campaign=destaquesArtigo original:
https://www.nytimes.com/2025/06/07/world/europe/china-russia-spies-documents-putin-war.html 
É uma chatice se vier a ocorrer! Depois como é que alguém pode defender a posição russa, se eles não respeitam as fronteiras dos países vizinhos, porque motivo os países vizinhos vão respeitar as fronteiras russas!?
As patranhas de desculpas que é para defender território russo não colam quando o país imperialista já tem a maior área à face da terra!? Para além de que a China pode fazer as mesmas alegações, sendo uma potência nuclear, para além do território já ter sido chinês!