Economia nacional

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miguelbud

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Re: Economia nacional
« Responder #930 em: Janeiro 17, 2025, 10:47:27 pm »
A DBRS sempre foi muito generosa nos seus ratings.

Até a Moody's ou a S&P se pronunciarem, notícias destas apenas servem para o governo bater no peito e continuar a ilusao de que está no caminho certo.
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Economia nacional
« Responder #931 em: Janeiro 29, 2025, 04:20:08 pm »
Desemprego recua para 6,4% em dezembro e população empregada atinge máximos de 1998

Dados provisórios do INE apontam para recúo da taxa de desemprego e um aumento da população empregada. Números contrariam projeções mais negativas ligadas aos processos de despedimento coletivo do ano passado

Cátia Mateus
Jornalista

Os dados são ainda provisórios, mas traduzem uma redução de 0,2 pontos percentuais no nacional de desemprego no último mês do ano. Em dezembro, a taxa de desemprego terá recuado para 6,4%, apontam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados esta quarta-feira. O organismo de estatística revê também em baixa a taxa inicialmente indicada para o mês de novembro, de 6,7% para 6,6%. Inversamente, a população empregada voltou a aumentar atingindo em dezembro um novo valor recorde de 5127,3 mil trabalhadores empregados, mais 1,4% do que no mesmo mês de 2023.

Com a correção da taxa estimada para o mês de novembro, o desemprego nacional desce pela primeira vez depois de três meses estável nos 6,6%. Os dados do INE (que são ainda provisórios e só serão confirmados no próximo mês), surgem numa altura em que se antecipava um aumento do indicador do desemprego, fazendo eco das notícias de aumento dos processos de despedimento coletivo que marcaram o último mês de 2024. Porém, os indicadores do INE mostram precisamente o inverso: o desemprego recuou e a população empregada está em máximos.

“A taxa de desemprego foi estimada em 6,4%, valor inferior ao de novembro (menos 0,2 pontos percentuais) e igual ao de dezembro de 2023“, aponta a síntese estatística. Em dezembro, o INE contabilizou 352,4 mil desempregados, menos sete mil do que os registados em novembro, mas mais seis mil do que os apurados em dezembro de 2023.

Já no que toca à população empregada, o INE contabilizou 5.127,3 mil pessoas, mais 18,3 mil pessoas empregadas do que no mês anterior e mais quase 70 mil do que em dezembro de 2023. O número de pessoas com trabalho no país era em dezembro do ano passado o mais alto desde fevereiro de 1998.

https://expresso.pt/economia/2025-01-29-desemprego-recua-para-64-em-dezembro-e-populacao-empregada-atinge-maximos-de-1998-7f050b8d
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Lusitano89

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Re: Economia nacional
« Responder #932 em: Fevereiro 20, 2025, 02:18:39 pm »
Salários médios sobem em Portugal


 

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Cabeça de Martelo

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Re: Economia nacional
« Responder #933 em: Março 13, 2025, 01:51:38 pm »
Qual foi o melhor Primeiro Ministro Português para a economia nacional nos últimos 50 anos?

Determinar qual foi o "melhor" Primeiro-Ministro português para a economia nacional nos últimos 50 anos (1975-2025) é uma questão subjetiva, pois depende dos critérios utilizados: crescimento do PIB, redução da dívida pública, criação de empregos, aumento das exportações, estabilidade financeira ou até mesmo o contexto histórico enfrentado. Nos últimos 50 anos, Portugal passou por mudanças significativas — da transição democrática pós-25 de Abril à adesão à CEE/UE, crises financeiras e períodos de crescimento. Abaixo, analiso alguns dos Primeiro-Ministros mais destacados nesse período com base em impacto económico, apoiando-me em dados históricos e avaliações gerais:
1.   Mário Soares (1976-1978; 1983-1985)
o   Contexto: Liderou os primeiros governos constitucionais após a revolução e o "Bloco Central" com o PSD. Enfrentou a instabilidade pós-1974 e crises económicas herdadas da ditadura e do PREC (Processo Revolucionário em Curso).
o   Contribuições: Iniciou as negociações para a adesão à CEE (1977), concretizada em 1986, abrindo a economia portuguesa ao mercado europeu. Negociou acordos com o FMI para estabilizar as finanças públicas.
o   Impacto: Apesar de governos curtos e instáveis, lançou bases para a integração europeia, essencial para o crescimento económico posterior. Contudo, o PIB cresceu pouco nos seus mandatos devido à crise inicial da democracia.
2.   Aníbal Cavaco Silva (1985-1995)
o   Contexto: Governou por uma década, com duas maiorias absolutas, num período de consolidação democrática e entrada na CEE (1986).
o   Contribuições: Liderou um ciclo de forte crescimento económico (PIB cresceu em média 4-5% ao ano nos finais dos anos 80), impulsionado por fundos europeus, privatizações (ex.: banca, telecomunicações) e modernização da infraestrutura. Reduziu a inflação de dois dígitos para níveis mais baixos e integrou Portugal no mercado único europeu. Preparou o país para a adoção do euro.
o   Impacto: É frequentemente considerado o Primeiro-Ministro com maior impacto positivo na economia moderna, devido à estabilidade, crescimento e atração de investimento estrangeiro. No entanto, o final do seu mandato viu uma recessão (1993-1994) e aumento do desemprego.
3.   António Guterres (1995-2002)
o   Contexto: Governou numa fase de recuperação económica pós-recessão, com Portugal já na UE e rumo ao euro.
o   Contribuições: Crescimento médio do PIB acima de 3% ao ano, redução do desemprego (de 7% para cerca de 4%) e aumento do salário mínimo. Introduziu políticas sociais (ex.: Rendimento Mínimo Garantido) que equilibraram crescimento com inclusão. Garantiu a entrada de Portugal na zona euro (1999).
o   Impacto: Trouxe prosperidade e estabilidade, mas o final do seu mandato foi marcado pela desaceleração económica global e pelo "pântano" político, que o levou a renunciar.
4.   José Sócrates (2005-2011)
o   Contexto: Enfrentou os primeiros anos da crise financeira global (2008).
o   Contribuições: Impulsionou investimentos em infraestruturas (ex.: TGV planeado, energias renováveis) e modernização tecnológica. Até 2008, o PIB cresceu moderadamente (média de 1-2% ao ano), e Portugal tornou-se líder em energia eólica.
o   Impacto: Apesar de avanços iniciais, a crise financeira revelou fragilidades (dívida pública subiu de 68% para 94% do PIB), culminando no pedido de resgate à troika em 2011. Seu legado económico é controverso, com críticas ao endividamento excessivo.
5.   Pedro Passos Coelho (2011-2015)
o   Contexto: Assumiu durante a crise da troika, com Portugal sob um programa de austeridade.
o   Contribuições: Implementou reformas estruturais exigidas pelo memorando (corte de despesa pública, aumento de impostos, flexibilização laboral). Reduziu o défice orçamental de 11,2% (2010) para 4,4% (2015) e devolveu o país aos mercados financeiros em 2014. O desemprego caiu de 17,7% (2013) para 12,4% (2015), e o PIB voltou a crescer (1,6% em 2015).
o   Impacto: Estabilizou a economia em condições adversas, mas as medidas de austeridade foram impopulares e agravaram desigualdades, com um custo social elevado.
6.   António Costa (2015-2023)
o   Contexto: Governou num período de recuperação pós-troika e durante a pandemia de COVID-19.
o   Contribuições: Reverteu parte da austeridade (ex.: aumentos salariais, pensões), mantendo disciplina fiscal (saldo orçamental positivo em 2019, o primeiro em décadas). O PIB cresceu em média 2-3% até 2019, as exportações superaram 50% do PIB (2022), e o investimento empresarial atingiu recordes (32 mil milhões de euros em 2022). O desemprego caiu para cerca de 6% pré-pandemia.
o   Impacto: Combinou crescimento com coesão social, mas enfrentou críticas por depender de conjuntura externa favorável e por aumento da dívida pública durante a pandemia.
Avaliação
•   Cavaco Silva destaca-se pelo crescimento económico sustentado, modernização e integração na UE, sendo frequentemente citado como o mais bem-sucedido em termos de indicadores económicos clássicos (PIB, inflação, investimento).
•   António Costa ganha relevância por equilibrar crescimento com recuperação social pós-crise, embora em contexto mais favorável.
•   Passos Coelho é reconhecido por estabilizar a economia em crise, mas com custos sociais altos.

Se o critério for crescimento económico e modernização, Aníbal Cavaco Silva é provavelmente o "melhor" devido ao seu longo mandato e resultados tangíveis. Se o foco for estabilidade em crise, Passo Coelho tem mérito. Para uma visão mais equilibrada entre economia e social, António Costa é um forte candidato. A escolha depende do peso dado a cada fator e da perspetiva sobre o papel do Estado na economia. Qual é o teu critério principal? Isso pode refinar a resposta!

Fonte: Grok 3
« Última modificação: Março 13, 2025, 02:28:09 pm por Cabeça de Martelo »
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 
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Re: Economia nacional
« Responder #934 em: Março 26, 2025, 09:56:17 am »
O motivo da BOSCH-mãe para ter despedido os gestores da Bosch nacional:

Gestores da Bosch despedidos por alegadas falhas graves com fundos europeus

Projeto de inovação THEIA, em parceria com a Universidade do Porto, está no centro da investigação. Contou com apoios públicos de cerca de 17 milhões de euros para um investimento de 28 milhões.

Os cinco gestores de topo da Bosch em Portugal, incluindo Carlos Ribas, que liderava a operação há já nove anos, foram despedidos com justa causa, sem direito a indemnização nem subsídio de desemprego, por alegadas falhas graves na elaboração e execução de candidaturas da empresa a fundos europeus, potenciado o encaixe indevido de subsídios, revela o Jornal de Negócios.

Em causa está o projeto de inovação THEIA (Automated Perception Driving), desenvolvido em parceria com a Universidade do Porto, para criar soluções que melhoram as capacidades sensoriais de veículos autónomos. O projeto que arrancou em julho de 2020 obteve apoios públicos de cerca de 17 milhões de euros para um investimento total de 28 milhões.

O problema reside no facto de parte dos 55 contratados para este projeto, cujos salários eram parcialmente suportados com fundos públicos, terem estado a trabalhar noutros projetos. Carlos Ribas foi informado da questão, enviou a documentação da denúncia para o compliance da Bosch, que abriu um processo de investigação. Após recebida luz verde do mesmo foi submetido o pedido de pagamento final. Mas a investigação interna da casa-mãe ao projeto ditou o afastamento dos cinco responsáveis portugueses. Quatro interpuseram ações de impugnação em tribunal contra a Bosch, exigindo ser indemnizados.

https://eco.sapo.pt/2025/03/26/gestores-da-bosch-despedidos-por-alegadas-falhas-graves-com-fundos-europeus/

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/industria/detalhe/gestores-portugueses-despedidos-da-bosch-por-alegadas-falhas-graves-com-fundos-europeus#loadComments

Resumindo, os gestores não desviaram valores, mas desviaram a mão-de-obra (parte dos 55 quadros) que deveria estar a desenvolver investigação em conjunto com a Universidade do Porto, para outros projectos da BOSCH!!!!
Não estiveram com meias medidas!
« Última modificação: Março 26, 2025, 09:57:30 am por Viajante »
 

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Malagueta

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Re: Economia nacional
« Responder #935 em: Março 26, 2025, 10:38:03 am »
https://eco.sapo.pt/2025/03/25/alqueva-gera-364-milhoes-de-euros-por-ano-na-economia-nacional-segundo-estimativas-de-analistas/

O Estado, acionista único da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, já investiu cerca de 2,5 mil milhões de euros no empreendimento até 2023.

Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva (EFMA), que trouxe a grande parte do Alentejo segurança de abastecimento através da distribuição da água da barragem do Alqueva, não é apenas um projeto de gestão hídrica. É um motor económico que transformou o Alentejo e gerou impactos significativos na economia nacional.

De acordo com um estudo encomendado pela EDIA — Empresa de Desenvolvimento das Infraestruturas do Alqueva e desenvolvido pelo Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano, em conjunto com a EY-Parthenon, o EFMA impactará a economia nacional em 27 mil milhões de euros na produção nacional e com 12 mil milhões de euros para o Valor Acrescentado Bruto (VAB), considerando o período compreendido entre 1995 e 2028.


Este estudo, apresentado esta terça-feira, tem por base uma análise sobre os impactos autónomos do EFMA gerados na sua construção e exploração, e os impactos catalisados, os quais decorrem da viabilização das atividades económicas nos principais setores beneficiários – agrícola, agroindustrial, turismo e energia, nos 23 concelhos que constituem a área de influência.

“O EFMA impactou significativamente a economia regional e nacional”, lê-se no estudo, que aponta para um contributo acumulado para o período 1995 a 2028 de 12 mil milhões de euros de Valor Acrescentado Bruto (VAB), correspondente a 0,2% do VAB nacional. Neste sentido, o impacto médio anual do empreendimento, ao longo dos 33 anos que terminam em 2028, é de cerca de 364 milhões de euros.

No mesmo período, os autores contabilizam um valor de 27 mil milhões de euros de produção nacional, 3 mil milhões de euros de receita fiscal e 22.569 empregos (correspondente a 0,5% do emprego total nacional).

No estudo lê-se ainda que os efeitos do EFMA “são ainda mais relevantes nos últimos anos e em particular a partir 2017”, o que é justificado por a maioria dos efeitos ser decorrente da atividade económica viabilizada pelo EFMA e, nesse sentido, verificados mais tardiamente.

Em 2023, os impactos do EFMA somam 3,3 mil milhões de euros no que diz respeito à produção e atinge 1,4 mil milhões de euros de VAB, sendo que a agricultura suporta dois terços deste valor, seguida da indústria. A maioria do impacto do VAB — 65% — foi de âmbito regional. No mesmo ano, o empreendimento suportou mais de 26 mil empregos.

O cálculo destes impactos considerou os investimentos realizados pelas empresas do setor agrícola na região de influência do EFMA, sendo que a área usada nesse ano era seis vezes superior à de 2011. O volume de negócios do setor agrícola em 2023, no universo do empreendimento, foi de 1,147 milhões de euros, marcando uma trajetória ascendente desde 2015.

O investimento agrícola, contudo, está em trajetória descendente desde 2019, cifrando-se nos 96 milhões em 2023. Já o setor agroindustrial viabilizado pelo empreendimento, que engloba desde a produção de vinho, óleos e gorduras até leite e seus derivados, registou um volume de negócios de 746 milhões de euros em 2023. No turismo, a soma apresentada é de 109 milhões, considerando os investimentos realizados pelas empresas do setor agrícola na região de influência do EFMA.

Agricultura é o motor
“O impacto calculado está associado sobretudo à atividade agrícola“, indica o estudo. O valor acrescentado do setor passou de 243 milhões de euros em 2009 para 779 milhões em 2022, representando 14% do VAB regional.

O aumento da representatividade do olival e frutos de casca rija, de 11% do VAB das empresas do setor em 2009 para 40%, em 2022, impulsionou os valores, assim como a “transição para regimes de exploração intensivos e superintensivos” e a mudança da predominância de produtores singulares para sociedades.

Em 2023, ano em que o valor acrescentado bruto ascendeu a 1,4 mil milhões de euros, este teve sobretudo origem no setor da agricultura, que pesou 66% neste resultado, e da indústria, que contribuiu com 24%. Já o setor do turismo apresenta “um reduzido contributo” para os impactos atribuíveis ao EFMA, pesando apenas 2% do VAB.

Estado com retorno a partir de 2022
O empreendimento do Alqueva já garantiu um retorno financeiro para o Estado superior aos recursos investidos, aponta ainda o estudo, olhando à recuperação do investimento simples, não atualizada de acordo com a inflação nem ponderada pelo custo de oportunidade.

Entre 1995 e 2023, foi considerado e estimado um investimento total público nas infraestruturas do EFMA de 2,5 mil milhões de euros, maioritariamente constituído por investimentos registados no Plano de Investimento do EFMA (disponibilizado pela EDIA), mas também considerando os subsídios correntes à exploração, recebidos pela EDIA desde 2002.



“O EFMA trouxe um retorno positivo para o Estado a partir de 2022, ano em que a receita gerada acumulada superou a despesa, em grande parte investimento, já realizado”, lê-se no estudo.

O mesmo documento considera que o facto de “não ter sido possível apurar a quantia de reforços de capital destinados a financiar défices operacionais da EDIA” não impede que se possa afirmar que o EFMA já garantiu um retorno financeiro para o Estado superior aos recursos investidos. Por cada euro investido no EFMA, o Estado já recuperou 1,2 euros de impostos, indicam os autores.

Escassez de água e mão de obra preocupam
O estudo aponta alguns desafios “que o EFMA poderá enfrentar, caso não sejam previamente abordados e mapeados”. Entre estes destaca-se a necessidade de gestão da escassez de água, em que “o EFMA deve equilibrar a expansão da sua zona de influência com a disponibilidade limitada deste recurso, crucial para manter a atratividade para os investidores”.

A escassez de mão-de-obra para trabalhar nas fileiras dinamizadas pelo EFMA também é referida, assinalando-se que a respetiva mitigação, através de trabalhadores estrangeiros traz desafios de integração profissional, social e cultural, além de pressão sobre o mercado habitacional e infraestruturas locais

Em terceiro lugar, são referidos os “estrangulamentos colocados ao desenvolvimento do setor do turismo”, relacionados com o ordenamento do território, infraestruturas de transporte e comunicação deficitárias, que mitigam a atratividade do Alqueva enquanto destino turístico.

A construção do EFMA iniciou-se em 1997, sendo atualmente constituído por um conjunto de 72 barragens, reservatórios e açudes, interligados por condutas e canais, que perfazem uma área de influência total de 10.000 quilómetros quadrados. A barragem do Alqueva, a maior da Europa, é a peça central, que permite garantir o abastecimento durante, pelo menos, três anos consecutivos de seca.
 

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Lusitano89

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Re: Economia nacional
« Responder #936 em: Março 28, 2025, 12:37:02 pm »
Taxa de poupança das famílias aumentou em 2024


 

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Re: Economia nacional
« Responder #937 em: Abril 01, 2025, 01:28:58 pm »
Credores da Inapa Portugal aceitam oferta de Carlos Martins

A maioria dos credores da distribuidora de papel aprovou a única proposta de compra dos ativos da empresa. Segue-se, ainda hoje, a viabilização da Inapa – Comunicação Visual, e no final da semana a da Inapa Packaging. O empresário oferece 600 mil euros pelos três negócios.



Quatro credores ainda irão votar por escrito, no prazo de 10 dias, mas os que se expressaram em assembleia de credores, realizada esta terça-feira, 1 de abril, garantiram já a maioria necessária para a aprovação da venda dos ativos da Inapa Portugal à Black and Blue Investimentos, "holding" familiar de Carlos Martins.

O fundador e "chairman" da Martifer oferece 600 mil euros pelos ativos da Inapa Portugal (distribuição de papel) e da Inapa – Comunicação Visual (venda de máquinas para impressão gráfica, consumíveis e assistência técnica), ambas sediadas em Sintra, a que acresce 100% do capital da Inapa Packaging, Lda., que tem uma unidade de enchimento e customização de embalagens em Matosinhos.

Como os credores são comuns,  tudo aponta para que a venda da Comunicação Visual e da Packaging a Carlos Martins seja também viabilizada. A assembleia de credores da primeira empresa está marcada para a tarde desta terça-feira, devendo a comissão de credores da Inapa IPG (a insolvente casa-mãe) pronunciar-se até sexta-feira sobre a única oferta que tem para a sua participada Inapa Packaging.

Tal como o Negócios avançou esta segunda-feira, a proposta da Black and Blue Investimentos abrange os três negócios, oferecendo 390 mil pelos ativos da Inapa Portugal e 80 mil pelos da Inapa – Comunicação Visual, e 130 mil euros pela Inapa Packaging , sendo que todas elas operam em instalações arrendadas, com Carlos Martins a garantir a continuidade dos seus 87 trabalhadores, dos quais 50 laboram na Inapa Portugal.

Já na adenda ao seu relatório, o administrador de insolvência da Inapa Portugal considerava que "a única forma de acautelar o valor do estabelecimento e garantir a proteção do nível de emprego passe por se ver aceite a presente proposta", a qual permitirá, logo à cabeça, "manter o emprego, assegurando que os credores com créditos efetivos incrementem o valor da recuperação dos respetivos créditos", lembrando Bruno Costa Pereira que "os créditos laborais de natureza condicional não verão verificada a respetiva condição".

De resto, deduzidos os custos da massa falida da Inapa Portugal, sobrarão poucos milhares de euros para distribuir pelos credores da empresa, que reclamam neste processo 37,7 milhões de euros, com o Novo Banco e a CGD à cabeça do pelotão, com 9,6 milhões e 8,8 milhões de euros, respetivamente. Mesmo enxugada a lista, nomeadamente de garantias cruzadas, a dívida direta ronda os 19 milhões de euros.

A faturação desta empresa recuou de 34 milhões de euros em 2023 para 21 milhões no ano passado, enquanto a da Inapa – Comunicação Visual baixou de 1,8 milhões para 1,3 milhões de euros. Já a Inapa Packaging, onde os credores não subordinados reclamam 1,3 milhões de euros, faturou 6,2 milhões de euros no último exercício, menos 1,1 milhões face ao precedente.

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/industria/detalhe/credores-da-inapa-portugal-aceitam-oferta-de-carlos-martins
 

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Re: Economia nacional
« Responder #938 em: Abril 02, 2025, 11:03:11 am »
Taxa de Inflação desceu para 1,9% em Março


 

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Re: Economia nacional
« Responder #939 em: Abril 09, 2025, 12:16:08 pm »
Exportações de bens disparam 11,9% em fevereiro. Défice comercial diminuiu 483 milhões

Exportações cresceram acima das importações, contribuindo para aliviar o défice comercial de bens. Défice da balança comercial encolheu para 1.952 milhões. Preço das mercadorias aumentou em ambos os fluxos, "o que não acontecia desde fevereiro de 2023".



As exportações portuguesas de bens dispararam 11,9%, em termos homólogos, no mês de fevereiro, segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). O crescimento das exportações superou largamente o das importações, o que contribuiu para diminuir o défice da balança comercial de bens em 438 milhões de euros.

O forte crescimento das exportações foi explicado pelas transações com vista a ou na sequência de trabalhos por encomenda, ou seja, em que não há uma transferência de propriedade e os bens chegam a Portugal apenas para sofrerem um processo de melhoria, transformação ou processamento. Quando excluídas essas transações, o crescimento das exportações foi "mais modesto", de apenas 1,5%.

Os combustíveis e lubrificantes pesaram sobre as exportações em fevereiro. Os dados do INE revelam que, excluindo esse tipo de bens, o crescimento homólogo das exportações foi de 13,5%.

Por destinos das exportações, destaque para o aumento das exportações para a Alemanha (+73,4%), sobretudo de fornecimentos industriais (nomeadamente produtos químicos), e o acréscimo das exportações para Espanha (+5,9%).

Por outro lado, as importações de bens aumentaram 3,3% em fevereiro. Sem contar com as transações com vista a ou na sequência de trabalhos por encomenda, as importações aumentaram 4,8%, o que significa que, ao contrário do que se verificou nas exportações, as encomendas prejudicaram o total importado. Já sem considerar combustíveis e lubrificantes, registou-se um acréscimo de 2,9% nas importações.

Do lado das importações, salientaram-se os aumentos das importações de bens de consumo (+9,8%), de máquinas e outros bens de capital (+4,8%), e de combustíveis e lubrificantes (+6,7%). Por países, verificou-se um acréscimo das importações provenientes da China (+30,4%), principalmente de máquinas e aparelhos e de produtos químicos, e de França (+15,6%), maioritariamente veículos e outro material de transporte.

Em parte, o crescimento das exportações e importações de bens está a refletir a subida do preço das mercadorias. O INE dá conta de que o preço por unidade das mercadorias aumentou em ambos os fluxos, "o que não acontecia desde fevereiro de 2023". Nas exportações, o aumento foi de 0,5%. Nas importações, foi de 0,4%. Excluindo os produtos petrolíferos, a variação foi de 0,8% nas exportações e nula nas importações.

Já o défice da balança comercial encolheu 483 milhões de euros em fevereiro, em termos homólogos, atingindo 1.952 milhões de euros. Quando excluídas as transações com vista ou na sequência de trabalhos por encomenda, o défice da balança comercial totalizou 2.468 milhões, em resultado do agravamento de 320 milhões de euros em termos homólogos.



Os combustíveis e lubrificantes representaram 29,8% do défice da balança comercial em fevereiro. Isso fez com que o défice da balança comercial expurgado do efeito destes produtos totalizou 1.370 milhões, o que corresponde a uma diminuição de 588 milhões face a fevereiro de 2024.

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/conjuntura/detalhe/-exportacoes-de-bens-disparam-119-em-fevereiro-defice-comercial-diminuiu-483-milhoes
 

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Re: Economia nacional
« Responder #940 em: Abril 12, 2025, 12:41:29 am »
Governo aprova medidas de apoio à competitividade, exportação e internacionalização (o famoso plano dos 10 000 milhões de euros)

O Conselho de Ministros aprovou o Programa Reforçar, um conjunto de medidas destinadas a apoiar a competitividade das empresas, a exportação e a internacionalização da economia portuguesa, em resposta aos desafios colocados pelo contexto internacional.

O programa prevê a mobilização de até 10 mil milhões de euros, através de instrumentos financeiros dirigidos a empresas com atividade exportadora e internacionalizada, com especial atenção à diversificação de mercados.

Entre as principais medidas estão:

    Reforço das linhas de financiamento do Banco Português de Fomento (BPF), com um total de 5 185 milhões de euros destinados a fundo de maneio e investimento empresarial;
    Nova linha de financiamento no valor de 3 500 milhões de euros, incluindo 400 milhões em subvenções, orientada para o investimento de empresas exportadoras;
    Reforço dos plafonds de seguros de crédito à exportação, no valor de 1 200 milhões de euros, para apoiar a diversificação de mercados, através da Agência de Crédito à Exportação do BPF;
    Novo programa de incentivos no âmbito do Portugal 2030, no valor de 200 milhões de euros, para apoio à internacionalização e exportação. Deste montante, 150 milhões destinam-se especificamente a pequenas e médias empresas.


O Programa Reforçar será complementado por avisos de candidatura a lançar em 2025, no valor de 2 640 milhões de euros, no âmbito do Portugal 2030 e do PRR, com destaque para áreas como inovação, descarbonização, qualificação e investimento produtivo.

A implementação do programa será acompanhada por um Grupo de Trabalho interministerial, com coordenação do Banco Português de Fomento.

https://www.portugal.gov.pt/pt/gc24/comunicacao/noticia?i=governo-aprova-medidas-de-apoio-a-competitividade-exportacao-e-internacionalizacao

Resposta da UE:

Bruxelas pede cautela orçamental após Portugal ter proposto plano de 10.000 milhões de euros

O comissário europeu para a Economia não aludiu especificamente ao pacote português, mas indicou que o executivo comunitário está, de momento, "a concentrar-se na macroeconomia, no impacto das tarifas no crescimento atual, no impacto da inflação, na volatilidade dos mercados financeiros".



A Comissão Europeia pediu esta sexta-feira "cautela na resposta orçamental" dos países da União Europeia (UE) às tarifas anunciadas pelos Estados Unidos, após Portugal ter anunciado um pacote de medidas de 10 mil milhões de euros às empresas exportadoras.

"Do lado da Comissão Europeia, a nossa primeira avaliação é que precisamos de ser um pouco cautelosos na nossa resposta orçamental. Tivemos a pandemia de covid-19, tivemos uma crise energética relacionada com a agressão da Rússia na Ucrânia, enfrentamos sérios desafios de segurança e temos um défice e uma dívida elevados", disse o comissário europeu da Economia, Valdis Dombrovskis.

Em conferência de imprensa após o primeiro dia da reunião informal dos ministros das Finanças da UE marcado pelas tensões comerciais das novas políticas protecionistas norte-americanas, em Varsóvia pela presidência polaca do Conselho, Valdis Dombrovskis reforçou: "Temos de ter em mente estas considerações de sustentabilidade orçamental".

O comissário europeu da tutela respondia a uma questão sobre se o executivo comunitário planeava avançar com apoios aos setores mais afetados da UE, aliviar as apertadas regras para ajudas estatais ou com outras medidas, depois de países como Portugal e Espanha já terem apresentado respostas.

Na quinta-feira, o Governo anunciou um pacote de medidas com um volume superior a 10 mil milhões de euros para o apoio rápido às empresas exportadoras, que incluem linhas de crédito, seguros de crédito e a expansão de apoios à internacionalização.

Hoje, o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, apontou que este pacote para apoiar as empresas exportadoras portuguesas - com empréstimos, linhas de seguros e fundos europeus - face às tarifas anunciadas pelos Estados Unidos estará em vigor dentro de algumas semanas, após "diálogo com a Comissão Europeia".

O programa irá abranger empresas exportadoras com base em Portugal.

Valdis Dombrovskis não aludiu especificamente ao pacote português, mas indicou que o executivo comunitário está, de momento, "a concentrar-se na macroeconomia, no impacto das tarifas no crescimento atual, no impacto da inflação, na volatilidade dos mercados financeiros".

"Não tivemos discussões aprofundadas sobre setores específicos, embora algumas das medidas de apoio dos Estados-membros que foram anunciadas tenham sido mencionadas" na reunião do Ecofin, adiantou.

Os ministros das Finanças da zona euro discutiram hoje o impacto económico das novas tarifas aduaneiras dos Estados Unidos, num contexto de alívio após o anúncio norte-americano de suspensão temporária, pausa também adotada pelo bloco comunitário.

Cálculos hoje publicados pela Comissão Europeia dão conta de que os novos direitos aduaneiros norte-americanos implicam perdas de 0,8% a 1,4% no Produto Interno Bruto (PIB) até 2027, sendo esta percentagem de 0,2% do PIB no caso da UE.

No pior cenário, isto é, se os direitos aduaneiros forem permanentes ou se houver outras contramedidas, as consequências económicas serão mais negativas, de até 3,1% a 3,3% para os Estados Unidos e de 0,5% a 0,6% para a UE.

Em termos globais, o executivo comunitário estima uma perda de 1,2% no PIB mundial e uma queda de 7,7% no comércio mundial em três anos.

Ainda hoje, em declarações à Lusa, a comissária europeia para a União da Poupança e dos Investimentos, Maria Luís Albuquerque, salientou que esta iniciativa "torna a Europa mais capacitada para resistir a choques externos e turbulências do mercado ao mesmo tempo que contribui para a inovação e o crescimento económico", ao mesmo tempo que "cria as condições para o aumento da rentabilidade das poupanças dos cidadãos da Europa".

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/europa/uniao-europeia/detalhe/bruxelas-pede-cautela-orcamental-apos-portugal-ter-proposto-plano-de-10000-milhoes-de-euros

Realmente com tantas promessas como baixar o IRS, subir salários, aumentar o investimento na Defesa, agora mais 10 mil milhões para combater as tarifas de Trump e ao mesmo tempo garantir que Portugal vai ter excedentes orçamentais!!!!!! Se conseguirmos isso tudo, vai ficar o mundo inteiro de boca aberta a olhar para nós! Realisticamente, palpita-me que não prevêem um cenário de recessão mundial e até nacional, só por causa do lunático do outro lado do Atlântico!