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Indústrias de Defesa / Re: Industria de Defesa Chinesa
« Última mensagem por Malagueta em Hoje às 09:55:04 am »
https://eco.sapo.pt/2025/12/09/custos-de-certificacao-afastam-empresas-de-menor-dimensao-do-setor-da-defesa/

Custos de certificação afastam empresas de menor dimensão do setor da Defesa

"Bunkers", pessoal qualificado, inspeções periódicas ou requisitos de rastreabilidade são algumas das exigências para produzir para a defesa. Um processo "muito difícil" que afasta empresas menores

Acertificação para a NATO deu muito trabalho. Tive de fazer um bunker de betão armado na própria empresa para a informação estar lá guardada“, recorda Reinaldo Teixeira, o dono da Carité Calçados, uma das empresas portuguesas do setor do calçado que já produz para o setor da Defesa há vários anos. O testemunho do histórico empresário de Felgueiras ilustra as dificuldades das empresas para obter certificações que lhes permitam colocar os seus produtos junto do setor da Defesa, naquilo que qualifica como um processo “muito difícil”. Um esforço que a AED Cluster defende que deve ser ajudado com instrumentos públicos.

A Carité venceu o seu primeiro concurso para a NATO, quando em 2020 ganhou um concurso para produzir 100 mil pares de botas militares para a organização. Mas, para chegar a esta fase a empresa precisou preparar-se e obter uma certificação, sem a qual não poderia oferecer os seus produtos. “É muito difícil, nem qualquer empresa consegue esse certificado“, comenta o empresário, ao ECO/eRadar, destacando que a manutenção da certificação obrigada a custos que, possivelmente, só podem suportados por empresas médias e grandes.

Mas como foi conseguir este “selo”? Além do bunker que teve de construir — e restringir o acesso a apenas duas pessoas —, Reinaldo Teixeira contratou um escritório “que já tinha feito a certificação para uma têxtil” e ajudou a empresa de calçado a preparar todo o processo, que “demorou à volta de um ano“. Apesar do trabalho e esforços exigidos, o dono da Carité destaca as vantagens de ganhar via verde para o setor: “Se queremos o futuro temos de o preparar.”

No mercado desde 1983, a EID tem vindo “a construir um posicionamento adaptado às necessidades e exigências do setor da Defesa em Portugal e no resto do mundo”, adianta fonte oficial da empresa. Há mais tempo neste setor, onde fornece sistemas integrados de comunicação, a EID já tem o nível de certificação da NATO e, por isso, ganhou acesso a participar em projetos para a NATO Communications and Information Agency (NCIA) e para a NATO Support and Procurement Agency (NSPA).

“A exigência atual prende-se com as certificações que são solicitadas para as pessoas que irão trabalhar nesses projetos, como a Acreditação Nato Secret, um processo que decorre junto do GNS – Gabinete Nacional de Segurança”, explica a mesma fonte. Apesar de os processos de certificação terem acabado “por decorrer de forma tranquila”, “também houve desde logo a consciência coletiva da mais-valia do reconhecimento por parte de uma entidade externa de que os nossos métodos de trabalho são sistemáticos e, em última análise, asseguram que as nossas soluções vão ao encontro das expectativas dos clientes”

O principal desafio para a empresa “foi a necessidade de ultrapassar a resistência natural à alteração do modo de trabalhar, nomeadamente no que respeita à criação e manutenção de registos que, no âmbito de uma certificação, são o meio de evidenciar a robustez e a rastreabilidade dos processos”, explica fonte da companhia.

“Como qualquer empresa que atua na Indústria da Defesa, a EID enfrenta desafios naturais ao posicionar os seus produtos e soluções no mercado internacional, desde ciclos de decisão longos até requisitos técnicos muito específicos“, destaca fonte oficial, acrescentando que uma das suas vantagens é “a enorme capacidade de combinar tecnologias fiáveis, a proximidade com os clientes e uma forte reputação construída ao longo de décadas”. “Isto permite-nos transformar desafios em oportunidades e consolidar a presença da EID em vários mercados estratégicos”, remata a mesma fonte.

Fernando Cunha, CEO da Beyond Composite, que desenvolve e comercializa soluções de proteção balística em materiais compósitos, tanto para proteção pessoal como para plataformas terrestres, navais e aéreas, realça que “num setor como o da Defesa, é fundamental a existência de credibilidade, historial técnico e prova de desempenho real“. “É um mercado que valoriza profundamente a experiência acumulada e as referências internacionais, pelo que a entrada de novos players exige capacidade de demonstração, testes exigentes e um acompanhamento técnico muito próximo dos clientes”, explica o líder da empresa onde a família Azevedo adquiriu uma posição maioritária.

Em termos de certificações, Fernando Cunha explica que podem ser divididas em dois eixos distintos. “Por um lado, temos o licenciamento da empresa: a Beyond Composite está devidamente licenciada pelo Ministério da Defesa Nacional para a comercialização de bens e tecnologias militares. Este processo exige conformidade legal, auditorias e mecanismos de controlo de exportação.”

Por outro lado, os materiais da empresa são testados e certificados segundo a norma STANAG 4569, que estabelece os requisitos de proteção para veículos blindados militares. “Esta certificação comprova que as nossas soluções conseguem proteger plataformas contra munições e ameaças balísticas estandardizadas, garantindo comparabilidade e fiabilidade internacional”, explica o CEO da Beyond Composite, atualmente “em vários mercados europeus e em programas de cooperação transatlântica, com fornecimento de soluções para parceiros em setores terrestre, naval e aéreo”.

Mais do que o processo de certificação em si, o responsável diz que “o verdadeiro desafio não é apenas certificar uma solução, mas sim certificar a melhor solução possível para cada cliente“. “A nossa abordagem é baseada em desenvolvimento iterativo: testamos, ajustamos e otimizamos continuamente”, acrescenta.

Fernando Cunha admite que este é um setor com uma “cadeia de valor altamente estável, onde a credibilidade e a confiança são determinantes”. “Essa estabilidade significa naturalmente uma menor permeabilidade à entrada de novos players, especialmente estrangeiros“, diz, acrescentando que “muitos países mantêm políticas industriais que protegem e priorizam fabricantes locais“.

Ainda assim, o gestor reforça que “quando as empresas demonstram elevada competência técnica, capacidade industrial e conformidade com normas internacionais, é possível conquistar espaço e desenvolver parcerias estratégicas“.

Certificação apoiada com instrumentos públicos
“O reforço do investimento em Defesa na Europa e em Portugal é uma oportunidade única para o nosso ecossistema industrial”, defende José Neves, presidente do AED Cluster Portugal. Segundo o mesmo responsável, “a inserção em cadeias de fornecimento internacionais — incluindo NATO, UE ou OEM (Fabricante do Equipamento Original) globais — exige que as empresas nacionais cumpram padrões robustos de qualidade, segurança e compliance, que são inerentes ao setor da defesa”.

José Neves refere que “a preparação para certificações é um esforço de médio prazo, que deve ser apoiado por instrumentos públicos e alinhado com a estratégia nacional de capacitação tecnológica“.

O presidente do AED Cluster nota que embora cada programa tenha requisitos específicos, há linhas orientadoras que as empresas devem seguir:

Alinhar-se com normas técnicas internacionais, como EN9100, AQAP ou outras certificações de qualidade e segurança reconhecidas no setor;
Reforçar processos internos de rastreabilidade, cibersegurança e gestão industrial, aspetos essenciais para operar em ambientes regulados;
Antecipar exigências de integração nas cadeias de fornecimento, sendo ouvidas e envolvidas antes da assinatura dos contratos, “algo que a AED Cluster Portugal considera crítico para evitar que requisitos sejam definidos sem considerar as capacidades nacionais”;
Trabalhar em parceria com entidades certificadoras, Forças Armadas e OEM, garantindo que requisitos técnicos e operacionais são cumpridos desde fases iniciais de desenvolvimento.
Investir na formação profissional qualificada.
Para José Neves, “o setor da Defesa é, por natureza, um mercado altamente regulado, competitivo e frequentemente protegido, onde os países procuram maximizar a sua base industrial e tecnológica”, um contexto que “cria desafios evidentes para empresas de menor dimensão, como é o caso da maioria das empresas portuguesas“.

Para que a indústria nacional não perca esta oportunidade única, o responsável defende que “a solução passa por construir relações industriais de longo prazo, garantindo que cada grande aquisição nacional abre portas à participação de empresas portuguesas em programas internacionais”. “É essa lógica que permitirá transformar compras militares em verdadeiro investimento económico, reforçando a presença internacional de Portugal e afirmando o país como parceiro credível e competitivo”, remata.

Para José Neves, há uma “falta de visão estratégica integrada”. “Portugal ainda não possui uma política industrial de Defesa clara e duradoura — algo que a AED está neste momento a trabalhar — que dê previsibilidade às empresas”, explica, sublinhando que “sem previsibilidade, a indústria não investe e não escala“.
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Marinha Portuguesa / Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Última mensagem por nelson38899 em Hoje às 09:49:08 am »
Os franceses ainda não desistiram.
Até ao lavar dos cestos é vindima...

A sério?  ???

Carracentos

Como escreveu o Duarte, só se oferecerem 4 pelo preço de 3 :mrgreen:



Eu também mudo a minha opinião se oferecerem 4 por 3 mas na sua full capacity.
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Portugal / Re: Sector Ferroviário
« Última mensagem por Malagueta em Hoje às 09:43:57 am »
https://www.publico.pt/2025/12/08/economia/noticia/comboio-portugues-estara-pronto-2026-2157326

https://www.plataformamedia.com/2025/12/09/primeiro-comboio-portugues-ganha-forma-e-prototipo-devera-estar-pronto-em-2026/

Primeiro comboio português ganha forma e protótipo deverá estar pronto em 2026

O desenvolvimento do primeiro comboio totalmente produzido em Portugal está a avançar e o protótipo deverá ficar concluído em 2026. O projeto reúne empresas nacionais do setor metalomecânico e ferroviário, com o objetivo de relançar a capacidade industrial do país e reforçar a autonomia tecnológica num segmento dominado por fabricantes internacionais.

Este avanço resulta de anos de investimento e planeamento estratégico. Depois de décadas em que Portugal deixou de produzir comboios, o setor ferroviário nacional ganhou novo fôlego com programas de financiamento europeu e com a necessidade de renovar a frota da CP. O objetivo passa não apenas por modernizar infraestruturas, mas também por recuperar capacidade produtiva interna, reduzindo dependências externas num mercado global altamente competitivo.

O protótipo, que está a ser desenvolvido numa lógica modular, incluirá carruagens de primeira e segunda classe e uma carruagem-bar vocacionada para viagens de média distância. A composição utilizará tecnologia “push-pull”, que permite operar a marcha em ambos os sentidos sem necessidade de manobrar a locomotiva. Esta característica, comum nos sistemas ferroviários mais modernos, melhora a eficiência e reduz tempos operacionais nas estações terminal.

A construção do comboio nacional tem impacto muito além do setor ferroviário. O projeto está a gerar emprego altamente especializado, envolvendo engenheiros mecânicos, eletrónicos e de materiais, bem como técnicos de soldadura, montagem e testes. Pequenas e médias empresas portuguesas também participam na cadeia de fornecimento, produzindo componentes estruturais, interiores e sistemas de segurança. Este efeito multiplicador é visto como essencial para revitalizar o tecido industrial tradicional e estimular inovação tecnológica.

Do ponto de vista estratégico, a iniciativa pode posicionar Portugal como um produtor relevante no mercado europeu de material circulante. Com a crescente procura por soluções ferroviárias sustentáveis e a aposta internacional na redução de emissões, abre-se a possibilidade de exportação futura, caso o protótipo seja homologado com sucesso e cumpra os rigorosos padrões da União Europeia.

O calendário aponta para que, após a conclusão do protótipo, se iniciem testes dinâmicos em linha, seguidos de processos de certificação. Se todas as etapas forem cumpridas dentro dos prazos, o comboio poderá circular em território nacional ainda nesta década.

Mais do que um feito tecnológico, o projeto representa a reafirmação das capacidades industriais do país. Portugal, que outrora construiu material ferroviário de referência, reencontra agora esse caminho, reforçando autonomia e ambição num setor de enorme impacto económico e ambiental. O primeiro comboio português é, por isso, uma peça-chave num futuro que procura ser mais inovador, sustentável e competitivo.

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Portugal / Re: Reformar e Modernizar as Forças Armadas
« Última mensagem por Malagueta em Hoje às 09:29:31 am »
Na edição de hoje do diário "Público", mas apenas para assinantes.

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CEMGFA: “Precisaremos de 67 mil milhões em equipamentos” e “36 mil militares” nos próximos 20 anos

Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas revela visão para o futuro. Em reequipamento, serão precisos 67 mil milhões. Portugal deverá reforçar em breve missões na Roménia, Lituânia e Eslováquia.

https://www.publico.pt/2025/12/09/politica/entrevista/cemgfa-precisaremos-67-mil-milhoes-equipamentos-36-mil-militares-proximos-20-anos-2157422

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Portugal precisa de mais 8 mil militares e está vulnerável nas defesas antiaéreas

Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas diz que o primeiro objetivo são 32 mil.

Portugal precisa de mais oito mil militares para atingir o objetivo legal de um efetivo de 32 mil nas Forças Armadas, prevendo-se até 36 mil nos próximos 20 anos, e está carente de defesas antiaéreas. Em entrevista ao jornal Público, o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), general do Exército José Nunes da Fonseca, especifica que há "capacidade de defesa a baixas altitudes", mas reconhece vulnerabilidade "a médias e altas altitudes", tal "como está a Ucrânia" e "a maior parte dos países da NATO" (Organização do Tratado do Atlântico Norte). "Para o objetivo de 32 mil militares, faltam cerca de sete, oito mil. A estimativa de recursos humanos é chegar muito próximo dos 35, 36 mil, dadas as capacidades que estão a ser levantadas porque são muito significativas, muito tecnológicas e, sobretudo carecem de pessoas. Não podemos adquirir equipamentos e depois não ter pessoas para os operar", disse.

O principal conselheiro militar do ministro da Defesa Nacional estimou serem precisos 67 mil milhões de euros só em equipamento nas próximas duas décadas, algo como "3.500 milhões de euros por ano". "Houve que fazer opções. A atual Lei de Programação Militar (LPM), no seu conjunto global, são 5.570 milhões de euros. Mas os cálculos iniciais, antes de chegar ao valor final, eram cerca de 11.000 milhões de euros. Portanto, cerca de metade das necessidades das Forças Armadas ficaram por colmatar", lamentou o CEMGFA. Segundo Nunes da Fonseca, Portugal tem neste momento 808 militares em missão no estrangeiro, mas há alturas em que o efetivo destacado em teatros de operação externos atinge entre 1.200 a 1.300 pessoas. "Mas, ao longo deste ano, teremos tido mais de 3.000 militares em missões", revelou, defendendo ter sido "um retrocesso ou uma distração" o facto de as temáticas da segurança e da Defesa terem saído dos currículos escolares, nomeadamente na disciplina de Cidadania.

Para o CEMGFA, é preciso "realimentar nos nossos jovens a obrigatoriedade de defender Portugal", afirmou, quando questionado sobre a reintrodução do serviço militar obrigatório, que terminou formalmente em Portugal em 2004, mas fora decidido em 1999, então com o socialista António Guterres como primeiro-ministro. Quarta-feira, o ministro da Defesa Nacional, o democrata-cristão Nuno Melo anunciou que a candidatura portuguesa aos empréstimos europeus 'SAFE' inclui a aquisição de fragatas, a recuperação do Arsenal do Alfeite e a produção de blindados, munições, satélites e drones em Portugal. "Vamos investir em fragatas, em artilharia de campanha, em satélites, em veículos médios de combate, em viaturas estáticas, em munições, em sistemas antiaéreos e em drones, sendo que, no caso dos drones, o projeto do SAFE é liderado por Portugal", adiantou, no Instituto de Defesa Nacional (IDN), em Lisboa.

No passado dia 28, o Conselho de Ministros aprovou a candidatura formal de Portugal ao programa europeu de empréstimos para a Defesa SAFE, no valor de 5,8 mil milhões de euros.

https://www.sabado.pt/portugal/detalhe/portugal-precisa-de-mais-8-mil-militares-e-esta-vulneravel-nas-defesas-antiaereas

O numero de dinheiro preciso para  equipamentos assusta, mesmo que seja em 20 anos........

vai dar um trabalham aos políticos explicar isso
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Armadas/Sistemas de Armas / Re: Marinha Sueca
« Última mensagem por P44 em Hoje às 09:09:04 am »

Proposta da Navantia derivada da F110
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Marinha Portuguesa / Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Última mensagem por P44 em Hoje às 09:08:11 am »
A navantia está agora a apontar baterias para a Suécia

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Propuesta de Navantia para el concurso sueco de fragatas. Por ahora se han presentado candidaturas francesa (FDI), británica (Tipo 26) y la española basada en las F-110. Por lo que se sabe, parece que Suecia y Noruega han decidido estrechar sus lazos en materia de Defensa y aparentemente habría un acuerdo para operar las mismas fragatas. Dado que Noruega ha elegido las Tipo 26, parecería que los británicos tienen las de ganar

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Portugal / Re: Reformar e Modernizar as Forças Armadas
« Última mensagem por Charlie Jaguar em Hoje às 09:07:50 am »
Na edição de hoje do diário "Público", mas apenas para assinantes.

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CEMGFA: “Precisaremos de 67 mil milhões em equipamentos” e “36 mil militares” nos próximos 20 anos

Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas revela visão para o futuro. Em reequipamento, serão precisos 67 mil milhões. Portugal deverá reforçar em breve missões na Roménia, Lituânia e Eslováquia.

https://www.publico.pt/2025/12/09/politica/entrevista/cemgfa-precisaremos-67-mil-milhoes-equipamentos-36-mil-militares-proximos-20-anos-2157422

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Portugal precisa de mais 8 mil militares e está vulnerável nas defesas antiaéreas

Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas diz que o primeiro objetivo são 32 mil.

Portugal precisa de mais oito mil militares para atingir o objetivo legal de um efetivo de 32 mil nas Forças Armadas, prevendo-se até 36 mil nos próximos 20 anos, e está carente de defesas antiaéreas. Em entrevista ao jornal Público, o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), general do Exército José Nunes da Fonseca, especifica que há "capacidade de defesa a baixas altitudes", mas reconhece vulnerabilidade "a médias e altas altitudes", tal "como está a Ucrânia" e "a maior parte dos países da NATO" (Organização do Tratado do Atlântico Norte). "Para o objetivo de 32 mil militares, faltam cerca de sete, oito mil. A estimativa de recursos humanos é chegar muito próximo dos 35, 36 mil, dadas as capacidades que estão a ser levantadas porque são muito significativas, muito tecnológicas e, sobretudo carecem de pessoas. Não podemos adquirir equipamentos e depois não ter pessoas para os operar", disse.

O principal conselheiro militar do ministro da Defesa Nacional estimou serem precisos 67 mil milhões de euros só em equipamento nas próximas duas décadas, algo como "3.500 milhões de euros por ano". "Houve que fazer opções. A atual Lei de Programação Militar (LPM), no seu conjunto global, são 5.570 milhões de euros. Mas os cálculos iniciais, antes de chegar ao valor final, eram cerca de 11.000 milhões de euros. Portanto, cerca de metade das necessidades das Forças Armadas ficaram por colmatar", lamentou o CEMGFA. Segundo Nunes da Fonseca, Portugal tem neste momento 808 militares em missão no estrangeiro, mas há alturas em que o efetivo destacado em teatros de operação externos atinge entre 1.200 a 1.300 pessoas. "Mas, ao longo deste ano, teremos tido mais de 3.000 militares em missões", revelou, defendendo ter sido "um retrocesso ou uma distração" o facto de as temáticas da segurança e da Defesa terem saído dos currículos escolares, nomeadamente na disciplina de Cidadania.

Para o CEMGFA, é preciso "realimentar nos nossos jovens a obrigatoriedade de defender Portugal", afirmou, quando questionado sobre a reintrodução do serviço militar obrigatório, que terminou formalmente em Portugal em 2004, mas fora decidido em 1999, então com o socialista António Guterres como primeiro-ministro. Quarta-feira, o ministro da Defesa Nacional, o democrata-cristão Nuno Melo anunciou que a candidatura portuguesa aos empréstimos europeus 'SAFE' inclui a aquisição de fragatas, a recuperação do Arsenal do Alfeite e a produção de blindados, munições, satélites e drones em Portugal. "Vamos investir em fragatas, em artilharia de campanha, em satélites, em veículos médios de combate, em viaturas estáticas, em munições, em sistemas antiaéreos e em drones, sendo que, no caso dos drones, o projeto do SAFE é liderado por Portugal", adiantou, no Instituto de Defesa Nacional (IDN), em Lisboa.

No passado dia 28, o Conselho de Ministros aprovou a candidatura formal de Portugal ao programa europeu de empréstimos para a Defesa SAFE, no valor de 5,8 mil milhões de euros.

https://www.sabado.pt/portugal/detalhe/portugal-precisa-de-mais-8-mil-militares-e-esta-vulneravel-nas-defesas-antiaereas
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Portugal / Re: Reformar e Modernizar as Forças Armadas
« Última mensagem por Charlie Jaguar em Hoje às 08:53:24 am »
Na edição de hoje do diário "Público", mas apenas para assinantes.

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CEMGFA: “Precisaremos de 67 mil milhões em equipamentos” e “36 mil militares” nos próximos 20 anos

Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas revela visão para o futuro. Em reequipamento, serão precisos 67 mil milhões. Portugal deverá reforçar em breve missões na Roménia, Lituânia e Eslováquia.

https://www.publico.pt/2025/12/09/politica/entrevista/cemgfa-precisaremos-67-mil-milhoes-equipamentos-36-mil-militares-proximos-20-anos-2157422
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Marinha Portuguesa / Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Última mensagem por Charlie Jaguar em Hoje às 08:47:08 am »
Os franceses ainda não desistiram.
Até ao lavar dos cestos é vindima...

Como assim? Se até o "hidrográfico" já veio congratular-se com a decisão de se optar pelas FREMM, onde é que vem escrito que os franceses continuam na corrida?  ???

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As Fragatas FREMM
06 de dezembro de 2025 às 00:30

António Silva Ribeiro
Almirante ex-CEMGFA

A substituição das fragatas da classe Vasco da Gama por três fragatas FREMM é uma opção de enorme relevância estratégica porque, num contexto em que o Atlântico vê aumentar a presença de submarinos, mísseis e drones, Portugal tem de manter, nas próximas décadas, uma capacidade credível de escolta e projeção naval de alta intensidade.

https://www.cmjornal.pt/opiniao/colunistas/analise-estrategica/detalhe/as-fragatas-fremm
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Armadas/Sistemas de Armas / Re: Royal Navy
« Última mensagem por P44 em Hoje às 08:45:53 am »
How's that Brexit working out?  ::)

RN frigate force shrinks again as HMS Lancaster decommissioned
https://www.janes.com/osint-insights/defence-news/sea/rn-frigate-force-shrinks-again-as-hms-lancaster-decommissioned

Tem de haver dinheiro para as mesquitas 😈👀
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