O dc e outros por aqui ainda não perceberam, que agora jogamos em 2 tabuleiros, USA e UE. O CEMGFA já veio falar nos 67 MM, por algum motivo....Teoricamente vais ter tudo, F-35, Typhoon e depois GCAP....A-400, MRTT, AEW, SAMs, P-8 etc
Eu percebo tudo. Desde logo que Portugal sempre jogou nos 2 tabuleiros. O grosso das aquisições "recentes" aos EUA, foram quase sempre de material em segunda-mão/credenciais de material vindo das Lajes. De resto, muito material Europeu.
Portanto essa narrativa não muda face à realidade até agora.
Essa dos 67000M em 20 anos, tem tanta probabilidade de acontecer como de me sair o primeiro prémio do Euromilhões 3 vezes seguidas. Ninguém acredita nisso, quando até já há críticas a onde se vai gastar os míseros 5800M do SAFE.
Depois, falam em reduzir dependência dos EUA, e no entanto falam em (a negrito material americano):
-Typhoon,
F-35, GCAP a médio/longo prazo, MRTT, A-400,
P-8, Caracal,
UH-60,
Chinook, AEW,
UCAVs da General Atomics.
Quando eu falo em:
-
F-35, MRTT, A-400 (opcional), A321 MPA,
UH-60/MH-60, EuroDrone UCAV, EuroDrone AEW;
Ou:
-
F-16 a curto prazo, GCAP a médio prazo, e o resto igual ao de cima.
Em que parte do mundo, é que entre estas 3 linhas de pensamento, a primeira é a que supostamente representa menos dependência dos EUA?
Ter uma frota uniformazada de caças americanos é um problema, mas ter N outros meios dos EUA já não é? Make it make sense.
A solução inteligente, pelo menos enquanto a política desastrosa dos EUA continua, era a última daquelas 3. Aguentar com F-16, eventualmente comprando uns quantos em segunda-mão para garantir que aguentam mais tempo, e pegar no dinheiro poupado (ao comprar Typhoon em cima dos joelhos à pressa), e resolver outras lacunas e/ou entrar directamente no GCAP.
Comprar Typhoon à pressa, não tem cabimento nenhum. É o mais puro exemplo de "tusa do mijo". É uma decisão precipitada, e cara, para um programa para o qual não há assim tanta urgência.
Mas tu próprio já vieste dizer que o F-35 está mais longe de ser uma realidade.
É uma questão de tempo até virem admitir que a FAP vai ter que se contentar com um modelo de caça, e que dificilmente haverá dinheiro para entrar no GCAP e comprar o dito avião na década de 40.