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Forças Armadas e Sistemas de Armas => Exército Português => Tópico iniciado por: Paula em Fevereiro 15, 2011, 03:36:26 pm
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Sou uma mãe que tem um filho a fazer tropa num quartel que fica situado no centro sul. Venho por este meio alertar a todos que fecham os olhos às PRAXES MILITARES.
O meu filho têm sido vitima de um camarada a ponto de o acordar das 23h até às 2h da manhã para o mandar para uma piscina pouco limpa (contaminada), cheguei ao ponto de me encontrar com o meu filho e encontra-lo na rua a dormir cheio de medo.
Em relação a estas acções vergonhosas neste quartel ninguém se opôs tenho esperança que haja alguém que possa ajudar acabar com estas praxes.
O meu filho é soldado pronto e não está em formação.
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Apesar de concordar consigo, pergunto se isso não fará parte do curso?
Pois o meu irmão nos para-quedistas, durante a recruta passou muita das vezes a noite ao relento, não só ele mas como todos os do grupo dele e havia muitas noites em que sofreram guerra psicologia através de musica ao berros.
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Há praxes e praxes. Há praxes que fazem parte do curso e da dureza da vida militar e há praxes que são abuso.
Enviar militares para uma piscina durante a noite não me parece abuso. Não faz isso parte da vida de ser militar?
Então se o militar estiver em Campanha e durante uma missão o mandam entrar num rio à noite, o militar vai-se queixar da água fria e desta estar suja?
Conheço pessoas que estão em certas brigadas que fazem coisas semelhantes, entre passar noites ao relento, entrar dentro água durante a noite, fazer exercícios nocturnos em calções e t-shirt, faça bom tempo ou chuva, etc, isto já depois da recruta, apesar de não ser todos os dias, na parte inicial foi muito assim. Faz parte da vida e preparação militar.
Não esquecer que o seu filho é militar, e que existem preparações para estes, pois estes não são secretários, não são empresários, são isso mesmo, militares, e têm que estar preparados se para conflitos. É preciso discernir se realmente é abuso, ou se é o seu filho que não aguenta a vida de militar se estiver numa brigada mais operacional. E com as informações que nos dá, não se consegue tirar conclusão se é uma coisa ou outra.
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O filho é militar mas só tem que responder perante superiores e não compinchas ou com a mania.
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Os factos descritos não são suficientes para se conseguir avaliar a situação e opiniar objectivamente - apenas se pode especular.
E a proposito do que muitas vezes se conta em casa ou no circulo de amigos, algumas para impressionar, lembro-me de há quase 20 anos ter confirmado uma situação dessas.
Estava eu no respectivo bar, quando passaram para lá uma chamada telefonica, de alguem que queria falar com um graduado - o telefonista de serviço não sabendo muito bem o que fazer lá ligou para um dos bares e por sinal fui eu que foi ao telefone para ver o que se passava.
Ouço então uma senhora, com voz de quem se encontra aflita e que me pergunta literalmente o seguinte:
"eu estou a telefonar porque queria saber se o meu filho que é o instruendo X, já chegou da marcha dos 100km! é que estou muito preocupada se ele aguentou! "
:lol:
Eu comecei-me a rir e disse que sim que já tinha chegado da marcha dos 45km e que o resto fazia depois.
E por incrivel coincidência o intruendo X até era mesmo no meu grupo, ou seja , era meu instruendo.
Ora, claro que o rapaz depois não fez os 55 km em falta, mas levou uma valente esfrega, para não andar a mentir em casa armado em gabarolas que o obrigavam a fazer isto e aquilo.
E podia contar aqui muitos casos de exageros contados por muitos e que por vezes até aparecem em artigos do jornal e que são uma perfeita mentira.
Não estou a dizer que é o caso, mas volto a repetir, os factos descritos e por 3ª pessoa não são elucidativos do que se passou e em que contexto se passou, embora à partida pareça praxe e tambem posso acrescentar que sou contra a praxe que implique sevícias ou afins.
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Existem dois tipos de praxe a nivel militar:
Uma destina se a enquadrar o individuo no meio militar onde ira prestar serviço, incutindo lhe espirito de corpo e integrando o com os restantes camaradas (ocasionalmente pondo a rusticidade do mesma a prova). Praxes com estes fins tem todo o meu apoio.
Depois existem praxes que visam somente gozar, humilhar e rebaixar. Estas por seu lado condeno veementemente.
Ora, pela descriçao nao e possivel descernir se o que se passou foi uma dessas praxes, ou um exagero por parte do militar ou se o que se passou estava integrado num curso.
Ps: desculpem a fala de acentuaçao, mas o teclado que estou a usar, nao me permite coloca-la.
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Eu senti na pele os dois tipos de praxe por isso estou à vontade para dizer que a praxe bem feita não causa nenhum problema. Se querem que vos diga, acho que as praxes que a minha irmã passou na universidade foram bastante piores (praxes sem o minimo sentido e sempre feitas para humilhar) do que eu na tropa. No meu tempo de tropa só praxei o meu "afilhado" com uma completa de 10 com guia antes de explicar-lhe como é que a "cena" funcionava. O desgraçado ainda por cima desistiu e foi bico.
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Caro CB
foi bico???????????
Queira perder algum tempo comigo, como sou do tempo do batuque, bico para mim é feito de joelhos, neste caso não estou a apanhar.
Tenha lá paciência .
Att
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Caro CB
foi bico???????????
Queira perder algum tempo comigo, como sou do tempo do batuque, bico para mim é feito de joelhos, neste caso não estou a apanhar.
Tenha lá paciência .
Att
bico, é o que os pára-quedistas chamam aos soldados de boina castanha.
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Correcto. Reminiscências do uso de bivaque.
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Bivaque! Não boina castanha.
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Caros utilizadores estamos falando de coisas serias.
Se tiverem interessados em fazer-mos um forum de sexo, respondam.
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Bico=ser despresivel que por norma fez com que os seus camaradas arranhassem mais por ser um belo monte de material inerte (também inclui alguns camaradas que tiveram o azar de se lesionar e serem eliminados).
Arremacho=no comments (senão o sô Sargento ainda agarra num Leo e manda-me a casa abaixo).
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Nunca fui de discussões sobre o tamanho das pilas, cor de boinas ou o meu cão que come o teu...
Mas... :mrgreen:
Agora a sério Cabeça nunca percebi esses nomes, bico é pelo bivaque mas arremacho e pistolo?
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Cara Senhora,
Tal como o caro Corapa disse acima, a informação é demasiado vaga para se possa opinar e realmente a ajudar. Assim sendo apenas podemos especular.
O seu filho está em formação? Se já não está em formação, a situação que relata pode ser enquadrada como abusiva (atenção, isto baseado no que a Sra diz).
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Nunca fui de discussões sobre o tamanho das pilas, cor de boinas ou o meu cão que come o teu...
Mas... :mrgreen:
7 semanas por causa das 2 semanas de adaptação. E não serias o primeiro a andar com a Boina Verde só tendo o Curso de Pára-quedismo...mas isso são outras cantigas.
2 anos para a Castanha? Como se costuma dizer, há Boinas e Boinas, o que dá valor a uma é o sacrificio que cada um teve para a conquistar. :twisted: :lol:
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