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Outras Temáticas de Defesa => Livros-Revistas-Filmes-Documentários => Tópico iniciado por: Desertas em Janeiro 08, 2011, 11:47:40 pm
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'Restrepo', um documentário com duas horas de duração, vencedor do prémio Grand Jury para melhor documentário no Sundance Film Festival de 2010, conta a história do destacamento de um pelotão de soldados norte-americanos no Vale de Korengal, no Afeganistão. O documentário centra-se num grupo de 15 soldados, "Restrepo", nome que foi dado em homenagem a um pelotão médico que tinha morrido no cumprimento do dever. Esta foi considerada uma das operações mais perigosas da história militar dos Estados Unidos da América.
Este é um documentário inteiramente experimental: as câmaras nunca saíram do vale e não há entrevistas a generais ou diplomatas.
Gostaria de saber as opiniões de quem já viu este documentário .
Um Abraço
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Para começar devo dizer que só vi uma parte do documentário ( deu no fim de ano no National Geographic ), mas cá vai:
É interessante, dá uma perspectiva que creio ajudar a perceber muito bem como é a vivencia de uma pequena unidade em ambiente hostil e relativamente isolados. A parte que vi explorou, de uma forma algo excessiva na minha opinião, o efeito psicológico que as baixas produzem tanto individual como colectivamente dentro desta unidade.
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Já vi e gostei, como já disse o AtInF explora particularmente a parte psicológica dos soldados, mas também os momentos de convivío entre eles, algumas situações de combate, e as conversações entre as chefias americanos e as "chefias" locais. Não é uma obra-prima, mas mostra a realidade.
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Partilho igualmente dessa apreciação ao "desequilíbrio psícológico".
Fiquei com a impressão também de uma falta de disciplina ou eficácia de tiro com as armas ligeiras.
Gostei do moço da M240 que afirmou: "My mom was a fucking yippie. I couldn´t play with guns and even a water gun shaped like a a frog was taken from me because it had "gun" written on it." (ou algo do género
).
O Capitão, ao explicar às suas tropas o que tinha sucedido no outro posto, parecia comportar-se de forma artificial, num daqueles momentos "motivadores" ensinados em vulgaríssimas acções de formação. E parecia que estava a fazer frete em tudo. Provavelmente estaria.
Fiquei com a ideia que aquele povo do vale era muito semelhante ao da minha terrinha: não sabe para onde quer ir nem quer saber.